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ABPCom realiza webinário com pesquisador moçambicano

Fonte: Site da ABPCom

A ABPCom promove na próxima terça-feira (25/04), às 10h (horário de Brasília) o webinário Moçambique: Comunicação, Comunidades e Saúde com Joaquim Domingos Lequechane, diretor do Centro de Investigação Operacional da Beira (CIOB), Delegação Provincial de Sofala, do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique. O evento será online, gratuito e transmitido pelo canal do YouTube da associação.

Nesta conversa, Joaquim abordará como se dá o trabalho junto as comunidades moçambicanas, em especial na Cidade da Beira e Chimoio, distantes 1200 KM da capital do país, Maputo. Trata-se de uma oportunidade para conhecermos mais sobre a comunicação e cultura de nossos irmãos africanos.

Os projetos têm a participação ativa das comunidades para o controle e prevenção de doenças contagiosas nas regiões, por meio de mapeamentos e conversas com moradores locais, são identificadas as dificuldades, discutidas as possíveis soluções para os problemas, sempre com a participação ativa das comunidades. Joaquim abordará suas experiências nos casos de HIV e Malária.

Joaquim Domingos Lequechane é Licenciado em Saúde Pública no Instituto Superior de Ciências de Saúde, Maputo e atualmente faz doutorado em Doenças Tropicais e Saúde Global, no Instituto de Higiene e Medicina Tropical, na Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Teve como parceiros nacionais e internacionais de pesquisa de diversas OSCs e instituições internacionais, entre elas: CIOB: EDCTP, Clinton Health Access International (CHAI), USAID, IHMT-NOVA, Fundação Belmiro de Azevedo (FBA), Portugal, Instituto Internacional de Vacinas (IVI), FNUAP, Health Alliance International(HAI)/Comité de Saúde de Moçambique (CSM), Universidade Carolina do Norte, Eua.

O evento será transmito pelo canal do YouTube da ABPCom, a partir das 10h (horário de Brasília) e todes que acompanharem sincronamente terão direito a certificado de participação.

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Atlas da Notícia 2023 convida pesquisadores(as) para contribuir em coleta de dados

Fonte: Portal Intercom

Atlas da Notícia, o mais completo censo do jornalismo local no Brasil, ainda está recebendo adesões de pesquisadores(as) de todo o país para sua sexta edição,cuja coleta de dados deve ser concluída em junho. Realizado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (ProJor) e executado pelo Volt Data Lab, o Atlas da Notícia cobre os 5.570 municípios brasileiros para identificar veículos de imprensa, obter informações sobre a atividade jornalística no país, registrar a abertura e o fechamento de empresas de comunicação e identificar desertos de notícias.

O projeto adota o modelo de crowdsourcing, com a colaboração de professores(as) e estudantes de escolas de jornalismo das cinco regiões do país e de voluntários para a coleta de dados, e traz uma novidade interessante para pesquisadores(as) em 2023: uma ferramenta que permitirá o cruzamento de dados do censo com outras bases de dados, ampliando as possibilidades de produção de conhecimento sobre o tema.

Para aderir à pesquisa, preencha o formulário: https://www.atlas.jor.br/voluntarios-form/.

Para registrar interesse na ferramenta de pesquisa, preencha este formulário: https://www.atlas.jor.br/ferramenta-para-pesquisadores/.

Inspirado no projeto America’s Growing News Deserts, da Columbia Journalism Review, o Atlas da Notícia é uma iniciativa que tem o apoio institucional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e patrocínio da Meta. A Intercom, enquanto maior e mais abrangente associação do campo científico da Comunicação do Brasil, apoia a divulgação do projeto junto à comunidade acadêmica desde 2020.

Na última edição, o Atlas da Notícia teve a participação de 174 colaboradores(as) voluntários(as) e identificou 13.734 veículos jornalísticos em atividade no país. Os resultados podem ser conferidos no site do projeto.

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Pintura: Silvio Martins abre exposição “É teu o olhar”

A exposição de pinturas “É o teu olhar” tem início dia 22 de abril e vai até 6 de maio, na Casa Verde Espaço Holístico, São Francisco. A abertura ocorrerá às 18h. Compõem a mostra 16 telas em acrílico pintadas por Silvio Martins.

Segundo ele, a mostra nos convida a observar linhas, retas, curvas e cores numa velocidade contemplativa; isto é, sem a rapidez com que olhamos um outdoor.  

Praticante de yoga, Silvio Martins começou a pintar no período da pandemia. “Pintar é uma atividade prazerosa e terapêutica. Quando pinto minha percepção de tempo evapora”, explica.

 A exposição conta ainda com a curadoria do premiado artista plástico Cláudio Costa.

 “É teu o olhar” tem como pano de fundo máscaras que convidam o observador a olhar e, talvez, ver o que ainda não foi visto.  

SERVIÇO

O quê: Exposição de pinturas “É o teu olhar”

Onde: Casa Verde Espaço Holístico (rua das Quaresmeiras, 19, São Francisco)

Quando: 22 de abril a 6 de maio

Abertura: 22 de abril, às 16h

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Alexandre de Moraes vota para tornar réus responsáveis por atos terroristas do 8 de janeiro

Pelo menos 100 suspeitos, presos por atos criminosos nos prédios dos Três Poderes, foram denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR). Prejuízos ao patrimônio nacional chegam a R$ 26,2 milhões

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou nesta terça-feira, 18, para tornar réus os bolsonaristas responsáveis pelos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023, quando criminosos depredaram sedes dos Três Poderes, em Brasília. Os prejuízos aos cofres públicos chegaram ao valor de R$ 26,2 milhões.

O julgamento dos 100 suspeitos, que seguem presos após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), teve início no plenário virtual. Outros nove ministros têm até o dia 24 de abril para incluírem seus votos no sistema eletrônico da Corte.

Moraes destacou que as condutas dos denunciados são gravíssimas e que tentar destruir a democracia é inconstitucional.

“Tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à Separação de Poderes e e aos direitos fundamentais”.

Tirania

Para o ministro da Suprema Corte, os criminosos praticaram tirania, violência, foram arbitrários e quebraram os princípios da República.

“Em suma, pleiteando a tirania, o arbítrio, a violência e a quebra dos princípios republicanos, como se verifica pelas manifestações criminosas ora imputadas ao denunciado”.

Crimes e prisões

Os responsáveis pelos atos terroristas, caso se tornem réus, responderão pelos crimes de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Imagem destacada / 8 de janeiro: Ministro Alexandre de Moraes vota para tornar réus responsáveis por atos terroristas. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Coroba é premiado por ação na saúde

A gestão do prefeito Benedito Coroba, em Itapecuru Mirim, tem inovado com várias iniciativas. É um trabalho que vem sendo reconhecido, em todo o Maranhão.

Uma dessas ações da atual gestão da prefeitura de Itapecuru foi premiada, recentemente, duas vezes. Estou falando do Centro de Assistência a Saúde Integrativa e Plantas Medicinais (CASIPLAM), criado há apenas um ano.

Em dezembro do ano passado, Benedito Coroba recebeu homenagem no I Simpósio das Práticas Integrativas e Educação Popular em Saúde, promovido pelo Governo do Estado do Maranhão.

Na ocasião, Itapecuru foi premiada pelo Conselho Regional de Farmácia, que estava fazendo 60 anos. A entidade deu uma honraria para Benedito Coroba, por ele ter sido o primeiro prefeito a investir em centro focado em cuidar das pessoas, com plantas medicinais e práticas integrativas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Prefeito Coroba exibe premiação concedida pelo Conselho Regional de Farmácia

Mais recentemente, por conta desse mesmo CASIPLAM, Itapecuru Mirim foi premiada no I Congresso Estadual do Municipalismo Maranhense, promovido pela Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), evento realizado mês passado, entre os dias 13 e 14 de março.

O CASIPLAM é um espaço terapêutico, criado na gestão de Benedito Coroba com o objetivo de cuidar das pessoas com tratamentos naturais, como uso de plantas medicinais, remédios fitoterápicos, óleos essenciais, meditação, osteopatia e acupuntura.

Saúde humanizada

O CASIPLAM oferece tratamento alternativo à Medicina tradicional para todas as faixas etárias, atendendo todas as doenças, de forma preventiva e curativa.

A iniciativa recebeu o Prêmio de Boas Práticas do evento da FAMEM. Na ocasião, o prefeito Benedito Coroba, acompanhado de vereadores, secretários e assessores, participou da premiação e recebeu o cheque no valor de R$ 3 mil reais.

O Centro de Assistência a Saúde Integrativa e Plantas Medicinais funciona em um prédio com 9 cômodos de 35 m quadrados, tendo expediente de segunda a sexta-feira com apoio de 11 profissionais, incluindo especialistas e auxiliares.

No Casiplam, moradores recebem tratamento de saúde preventivo e curativo

Todos aqueles que buscam atendimento de qualidade e humanizado, em qualquer faixa etária, são atendidos. E os resultados já começam a aparecer: pacientes com hipertensão e diabetes, sob o controle do acompanhamento do que é prescrito no local, têm registrado controle da doença.

Pacientes com autismo, após melhoria na seletividade alimentar, incluindo uso de chás terapêuticos e óleos essenciais, também apresentam melhorias no comportamento. E pacientes com transtornos mentais leves recebem práticas de meditação como complemento a todos os tratamentos.

O prêmio é mais do que um reconhecimento a uma iniciativa em prol da saúde pública. É uma demonstração de que, não somente é possível fazer com recursos públicos, mas ir além do que é dever constitucional, inovando as práticas de gestão.

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Revogar é preciso! Reflexões do Movimento UFMA Democrática com Compromisso Social pela Revogação do Novo Ensino Médio

O Novo Ensino Médio (NEM) aprovado em 2017 pela Lei 13.415, oriundo da Medida Provisória 746/2016 inaugurou uma nova ofensiva do projeto do capital para educação no âmbito da educação básica. Na época, em setembro de 2016, com a notícia da instauração da nova organização do ensino médio, centenas de escolas foram ocupadas por estudantes que durante semanas gestaram, de forma auto organizativa, seus espaços escolares.

Medida Provisória é um resquício dos anos de chumbo, com característica autoritária e sem respeito aos tramites nas casas legislativas no país. É um instrumento que, conforme a lei, deve ser utilizado em casos de extrema relevância e urgência, o que não se aplicava ao contexto das mudanças estruturais do NEM. Várias associações científicas, entidades e movimentos sociais se posicionaram contrários ao que estava sendo imposto sem um processo amplo e democrático de discussão.

Hoje, após seis anos da aprovação da Lei que institui o NEM, várias redes, sobretudo as estaduais, tem implementado o modelo fracassado pela forma e conteúdo. As disciplinas vinculadas ao pensamento científico, filosófico e artístico foram reduzidas substancialmente dando lugar à “arranjos” curriculares dos mais diversos tipos, sem a garantia do acesso ao conhecimento historicamente sistematizado e acumulado pela humanidade.

O NEM apresenta uma concepção de formação esvaziada e fragmentada, aprofundando a dualidade estrutural, com a criação de um modelo mais rico pedagogicamente para as escolas privadas e um modelo empobrecido para as escolas públicas brasileiras. A precarização do trabalho docente se aprofundou com a implementação do NEM, acrescentando, também, o processo de privatização da rede pública, onde concentra 84,2% das matrículas (Resumo Técnico do Censo da Educação Básica, 2022).

Fundamentada na Pedagogia das Competências, alinhando-se, portanto à BNCC, o NEM concentra seus objetivos em garantir a reprodução da força de trabalho para atender ao processo de exploração e de apropriação privada do resultado do trabalho. Confude-se mercado de trabalho com mundo do trabalho, ignorando que parcela significativa da juventude estão em empregos sem direitos ou mesmo encontram-se no dilema “nem-nem”: nem estuda e nem trabalha. Nesse contexto, a juventude pobre e periférica é empurrada para a informalidade e para o processo de desescolarização, com acesso apenas ao que é imediato e pragmático. Assim, pode-se dizer que a maior contribuição do NEM é para com o acirramento das desigualdades.

A taxa de abandono no Ensino Médio foi de 20,8% em 2020. Esses índices aumentaram até 2022, reflexo também do modelo imposto pela contrarreforma. Nesta etapa da educação básica as matrículas de pessoas pretas/pardas são de 54%, de pessoas brancas, 44,8%, de pessoas amarelas/indígenas 1,5% e 23,5% não declaradas. Ou seja, a discussão do acesso, permanência e conclusão no ensino médio também perpassa o debate socioeconômico e as discussões ético-raciais.

As inúmeras dificuldades internas para a implementação do NEM foram amplamente anunciadas por professores e pesquisadores bem antes delas acontecerem e as justificativas apresentadas agora pelos defensores do novo formato do ensino médio, que vão da má gestão na execução à falta de políticas e esforços governamentais, não conseguem explicar o desastre, revelado inclusive pela dificuldade de adequar o ENEM a este e, consequentemente, acessar à educação superior. O prejuízo formativo é claro, alunos, cujas escolas já estão vivenciando o Novo Ensino Médio não estão preparados para responder as questões do ENEM, há uma perda significativa de conteúdos, uma vez que houve redução drástica da carga horária de humanas e de naturais, em favor de generalidades, para as quais os docentes, também não foram formados. Importante destacar também que o currículo do Ensino Médio não deve ser submetido à lógica das avaliações em larga escala, mas não deve ignorá-las.

Nesse sentido, cumpre observar o descompasso entre as licenciaturas e o NEM, isso porque elas foram alijadas do seu processo de construção. As várias políticas aprovadas com vistas a fortalecer as licenciaturas ao longo dos anos, bem como programas (como PIBID e Residência Pedagógica, que visam complementar e aprimorá-las) agora parecem obsoletos. De certo que os poucos representantes das IES nas comissões de elaboração das propostas curriculares estaduais do NEM, em sua grande maioria, não trouxeram o debate para a Universidade, no caso da UFMA isso é facilmente constatado, as licenciaturas foram totalmente isoladas, porém, é também inegável o pouco interesse por parte dos “patrocinadores” do NEM nessa interlocução, o que sem dúvida serviu para aumentar o abismo entre as IES e as Escolas, explicação que, no entanto, não retira da primeira o peso da omissão e, por conseguinte, da falta de um efetivo compromisso institucional e social. Perdeu-se, na ocasião, a oportunidade de fazer uma grande mobilização contra o NEM, diga-se de passagem, nem mesmo o Fórum das licenciaturas cumpriu seu papel, e, novamente, a Universidade segue apática diante do tema, contando com iniciativas particulares de seus docentes, representantes estudantis e sindicatos, sem o devido e necessário engajamento da Instituição.

Mesmo com as notícias vinculadas na mídia no último dia 03 de março, sobre a revogação da Portaria 521, de julho de 2021 (estabelece o cronograma de implementação do NEM), a luta pela revogação do Novo Ensino Médio permanece atual e necessária. A suspensão do cronograma não garante a anulação e, ainda, não há sinalização para outros mecanismos legais que dão sustentação a esse modelo. Além da Lei 13.415/2017, é necessário revogar a Resolução n.3 de 2018, que atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio, que prevê parte da carga horária (CH) a ser ofertada por Ensino a Distância, sendo 20% da CH no Ensino Médio Regular, 30% no Ensino Médio noturno e 80% na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ainda, a Portaria 733, de setembro de 2021 também deve entrar no pacote do “revogaço”, pois aprofunda a estruturação de ações específicas para o programa de Itinerários Formativos.

O Movimento UFMA Democrática com Compromisso Social entende que defender a revogação do NEM é firmar um compromisso social com a formação de milhares de jovens e adultos em seu pleno direito à educação de qualidade, socialmente referenciada. Discutir esta etapa da educação básica requer um amplo debate democrático com todos e todas que constroem a educação brasileira, sobretudo com aqueles e aquelas que estão no cotidiano das escolas deste país, mas a Universidade não pode aceitar estar a margem dessa discussão. Podemos avançar na construção coletiva de um ensino médio consolidado e fortalecido, com bases sólidas de formação propedêutica no sentido de garantir um desenvolvimento humano, com leitura e intervenção no mundo de forma crítica.

Adriely Almeida Costa – Discente Cultura e Sociedade CCH/UFMA

Marise Marçalina de Castro Silva Rosa – Educação CCSO/UFMA

Micael Carvalho dos Santos – Música COLUN/UFMA

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1 hora sem celular

Hoje, na hora do almoço, tive uma experiência incrível, como há tempos não experimentava.

Parei para almoçar no restaurante anexo a um posto de gasolina e resolvi deixar o celular no carro para ter a sensação de liberdade por uns minutos.

Após me servir, procurei um lugar para sentar e logo avistei um conhecido de longas datas. Foi uma alegria aquele encontro. Ele havia deixado o celular carregando em uma tomada do restaurante e fizemos o que não é comum: conversar.

Dialogamos por longos 60 minutos e foi incrível. Só ao final da conversa ele resgatou o aparelho da tomada e plugou-se para atentar às mensagens.

Ao nos despedirmos, tive uma imensa sensação de alívio. Como foi boa aquela hora sem olhar o objeto que me escraviza a todo momento.

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Acordos assinados entre Brasil e China somam R$ 50 bilhões

Assinados pelos presidentes Lula e Xi Jinping, os acordos vão de medidas para facilitar o comércio a ações que beneficiam a agricultura, passando pela cooperação industrial e a construção de satélite

Fonte: Site do PT

Acordos firmados, nesta sexta-feira (14), entre Brasil e China devem somar cerca de R$ 50 bilhões em investimentos, segundo cálculos informados pelo Ministério da Fazenda à Folha de S. Paulo. São 15 protocolos, memorandos e planos assinados pelos presidentes Lula e Xi Jinping (veja lista abaixo).

Pelo Twitter, Lula informou que os acordos vão ajudar o Brasil a avançar em áreas como energias renováveis, indústria automotiva, agronegócio, linhas de crédito verde, tecnologia da informação, saúde e infraestrutura.

Um dos destaques é o avanço na parceria entre os dois países na construção do satélite CBERS-6, munido de uma tecnologia que permite o monitoramento de florestas como a Amazônia mesmo com nuvens.

Foram acertadas ainda a criação de um grupo de trabalho para implementar medidas que facilitem o comércio bilateral e cooperações nas áreas de pesquisa e inovação, tecnologias da informação e comunicação, promoção industrial e investimentos na economia digital.

Na área da agricultura, foram assinados um plano de trabalho de cooperação na certificação eletrônica para produtos de origem animal e um protocolo sobre requisitos sanitários e de quarentena para proteína processada de animais terrestres a ser exportada do Brasil para a China.

Reindutrialização e negociações em real e iene

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (14), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que acompanha Lula na viagem, disse que uma preocupação constante do presidente tem sido com o fortalecimento da indústria no Brasil por meio de investimentos de empresas chinesas.

“O presidente colocou, em todas as reuniões, o desafio de intensificarmos os estudos sobre a viabilidade de reindustrializar o Brasil em parceria com o capital chinês, que está disponível e vê na América do Sul uma oportunidade de criar ali uma plataforma para seus produtos tanto para venda local quanto para exportação”, disse Haddad.

O ministro também comentou a declaração de Lula sobre a possibilidade de China e Brasil começarem a fazer negócios não mais em dólar, mas com suas moedas locais. Na quinta-feira (13), Haddad já havia dito que essa é uma forma de “escapar da camisa de força de ter comércio fixado em moeda de um país que não faz parte da transação”.

Nesta sexta-feira, ele lembrou que se trata de uma discussão inciada anos atrás, tanto no âmbito do Mercosul quanto no dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Essa ideia prosperou com alguma celeridade no Mercosul, mas no período recente retraiu barbaramente. Agora, volta à mesa para que aprofundemos o tema e possamos promover o intercâmbio comercial com base nessa filosofia.”

LISTA DE ACORDOS ASSINADOS

Memorando de entendimento sobre o grupo de trabalho de facilitação de comércio;

Protocolo complementar sobre o desenvolvimento conjunto do CBERS-6 ao acordo-quadro sobre cooperação em aplicações pacíficas de ciência e tecnologia do espaço exterior;

Memorando de entendimento sobre cooperação em pesquisa e inovação;

Memorando de entendimento sobre cooperação em tecnologias da informação e comunicação;

Memorando de entendimento para a promoção do investimento e cooperação industrial;

Memorando de entendimento sobre o fortalecimento da cooperação em investimentos na economia digital;

Memorando de entendimento entre o Ministério da Fazenda do Brasil e o Ministério das Finanças da China;

Memorando de entendimento sobre cooperação em informação e comunicações;

Acordo de coprodução televisiva;

Memorando de entendimento entre Grupo de Mídia da China e Secretaria de Relações Institucionais do Brasil;

Acordo de cooperação entre a agência de notícias Xinhua e a EBC (Empresa Brasil de Comunicação);

Memorando de entendimento na cooperação para o desenvolvimento social e rural e combate à fome e à pobreza;

Plano de cooperação espacial 2023-2032 entre a Administração Espacial Nacional da China e a agência espacial brasileira;

Plano de trabalho de cooperação na certificação eletrônica para produtos de origem animal;

Protocolo sobre requisitos sanitários e de quarentena para proteína processada de animais terrestres a ser exportada do Brasil para a China;

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PT debate papel da comunicação para consolidar mudanças necessárias ao país

Imagem destacada / Mesa de abertura foi composta por Jilmar Tatto, Gleisi Hoffmann, Paulo Okamoto e Paulo Pimenta / Foto: Site do PT

Seminário Nacional de Comunicação do PT começou nesta quinta. Defesa do governo Lula, luta contra a extrema-direita e fortalecimento da estrutura de mídia do partido foram discutidos na abertura

Uma comunicação eficiente é fundamental no processo de disputa política. E, apesar dos significativos avanços que o Partido dos Trabalhadores obteve na área nos últimos anos, muito ainda precisa ser feito para que a extrema direita seja definitivamente derrotada e que o projeto de democracia, soberania e justiça social liderado pelo presidente Lula se consolide.

Em resumo, essa foi a mensagem central da mesa de abertura do Seminário Nacional de Comunicação do PT 2023, que reunirá, em Brasília, comunicadores do partido de todo o país na quinta e na sexta-feira (13 e 14).

O evento foi aberto pelo secretário nacional de Comunicação do PT, o deputado federal Jilmar Tatto (SP). Ele lembrou que, nos últimos três anos, o partido reestruturou toda a sua comunicação. Hoje, uma rede de canais – que inclui o site nacional, a TvPT, as redes sociais, a Rádio PT e o PT Cast –trabalha de forma coordenada, orientada a partir de uma pauta elaborada e discutida diariamente.

 “Sabemos, no entanto, que isso não é suficiente, precisamos fazer mais”, ressaltou Tatto, para quem um dos desafios é unificar ainda mais a comunicação do partido, fazendo com que toda a estrutura e militância atuem de forma coordenada, dando destaque, diariamente, ao tema central que se deseja comunicar.

“Precisamos conseguir com que, todos os dias, a gente hierarquize uma notícia para que todo o PT e a nossa base social falem e deem destaque a esse tema. Ainda temos dificuldade de unificar”, analisou.

Em seguida, a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse não ter dúvidas de que o PT tem condições de colocar em prática uma grande política de comunicação que seja capaz de falar diretamente com a população brasileira, especialmente devido à dedicada militância.

Gleisi ressaltou que, mesmo sem os mesmos recursos com os quais a extrema direita conta, o PT e sua militância conseguiram enfrentar as fake news e a perseguição e levar Lula da prisão injusta à Presidência mais uma vez. “Mas precisamos lembrar que Bolsonaro perdeu as eleições, mas o bolsonarismo continua. Há uma disputa política ainda a ser feita”, alertou.

Para ser bem-sucedido em sua nova fase de comunicação, o PT precisa ter muito clara a mensagem que quer passar ao povo. “A política precede a comunicação. O que queremos comunicar e para quem queremos comunicar. Sem essa clareza, não vamos conseguir. E não podemos perder a oportunidade de firmar nosso projeto de mudança. O governo Lula tem que dar certo. E garantir isso é um dever nosso”, conclamou Gleisi.

Okamoto: comunicação de mão dupla

O terceiro a falar foi o presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Paulo Okamoto, que também ressaltou a importância de uma comunicação aliada a um projeto político. “Precisamos de política de comunicação que seja capaz de politizar o nosso povo. As pessoas precisam saber de que lado estamos, o que fazemos e o que entregamos”, defendeu.

Okamoto informou que a FPA vai se dedicar à formação e capacitação dos secretários estaduais e municipais do partido, e também de comitês de luta, para que a rede de comunicação se fortaleça e seja de mão dupla. “Não queremos apensas mandar daqui para lá. Queremos empoderar as pessoas, ouvi-las também”, antecipou.

Pimenta: “Ecossistema de comunicação” 

Por fim, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, falou dos desafios que um país polarizado traz para a comunicação do governo Lula e do PT. “Há uma forte calcificação. Uma grande parcela da população não está disposta a nos ouvir. O desafio é como falar com essas pessoas”, analisou.

Pimenta defendeu que governo e partido trabalhem juntos para romper as bolhas que dividem a sociedade e impedem o diálogo. “Precisamos criar um ecossistema da comunicação. Ou criamos um sistema de comunicação que integre tudo em uma estratégia comum, ou não vamos alcançar o nosso objetivo”, afirmou.

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Museu incentiva produção e divulgação cientifica no Médio Mearim

Fonte: Site da Fapema

Um espaço que estimula a produção e promove a divulgação cientifica, a partir da criação de jogos digitais é o foco do Museu Game Ciência. O museu é uma iniciativa do professor pós-doutor em Ensino de Ciências e Matemática, Hawbertt Rocha Costa, e integra o Espaço Ciência Maria Laura Lopes, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em Bacabal. O projeto teve apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). A iniciativa está alinhada as ações da FAPEMA de popularização da ciência que visam disseminar o conhecimento científico por meio do intercâmbio de informações entre a comunidade acadêmico-científica e a sociedade.

“É orientação do governador Carlos Brandão que a FAPEMA fomente projetos que contemple não somente a capital, projetos com foco também em oportunizar a maior participação possível de pesquisadores de todas as regiões e da comunidade. Nos deixa muito satisfeitos perceber que essa ampliação está surtindo resultado e alcança todo o Maranhão, valorizando nossos pesquisadores”, pontuou o diretor da FAPEMA, Nordman Wall.

Como objeto de produção do museu, foram catalogados jogos das décadas de 60 até os anos 2000, com enredos voltados para o ensino de Ciências, explica o professor e coordenador, Hawbertt Rocha Costa. Ele informa que já foram desenvolvidos, entre outros, jogos na área de Diabetes Tipo 1, Tabagismo, Astronomia, Física e Ambiental. “Este espaço para divulgação científica une aprendizado à diversão, estimulando a criação de jogos digitais”, disse.

A proposta de criação do museu iniciou em 2016. No ano seguinte, houve a estruturação de uma área onde passou a funcionar o laboratório de ensino digital para Ciência. “Não tínhamos espaço físico para ampliar o museu. Em 2022, ganhamos um espaço, foi quando enviamos novo projeto de pesquisa à FAPEMA e conseguimos o apoio da fundação. Isso fez uma enorme diferença no desenvolvimento das atividades e pudemos ampliar o acesso”, destacou o pesquisador.

Fruto do apoio financeiro da FAPEMA, por meio do edital Universal, o Museu Game Ciência foi ampliado e adquiridos equipamentos como aparelhos de televisão, computadores e outros itens. “Estamos crescendo aos poucos e colocando as ações em funcionamento, e este apoio da fundação veio complementar esse processo de avanço. A FAPEMA é uma instituição muito importante para esse projeto, pois, a partir dela foi possível iniciá-lo”, disse o professor Hawbertt Rocha Costa.

DIFUSÃO DA CIÊNCIA

O Espaço da Ciência Maria Laura Lopes tem por objetivo promover, a médio e longo prazo, atividades de divulgação científica que busquem a disseminação dessa cultura científica da comunidade da microrregião do Médio Mearim. O Museu Game Ciência vem somar aos esforços para oportunizar este aprendizado fora dos grandes centros.

“Há diversos espaços institucionalizados de educação, a exemplo dos museus, centros de pesquisa e laboratórios do Maranhão. “Muitos destes espaços estão concentrados em grandes centros urbanos e essa oportunidade dada pela FAPEMA, que nos possibilitou ampliar o Museu Game Ciência nos municípios, reflete em um maior acesso das comunidades a este aprendizado”, observou o professor.

Texto: Sandra Viana