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Católicos preparam grande virada do ano na avenida Litorânea

Missa e shows católicos fazem parte da programação da virada

A Renovação Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese de São Luís realizará no dia 31 de dezembro a Virada do Ano Com Jesus, a partir das 20h30, na Praça do Pescador, na avenida Litorânea.

A Virada do Ano com Jesus já faz parte do calendário de festividades de fim de ano da sociedade maranhense. É um evento pioneiro no Brasil que está em sua 20ª edição, sendo esse, o terceiro ano na Litorânea.

Na abertura acontecerá um grande show  com a Banda Mouras, logo em seguida será celebrada  a Santa Missa e haverá grande momento de adoração e louvor. Além de toda essa programação, não poderá faltar a contagem regressiva.A festa continuará após a queima de fogos com os shows do  Ministério Fiat e do cantor Cosme, ambos muito conhecidos entre os católicos.

No local,será montada uma estrutura com palco, cadeiras e banheiros para garantir a comodidade dos participantes. Além de espaço gourmet, onde será oferecido jantar a preço acessível e  lanches. Outro diferencial é o espaço kids com brinquedos, para que as famílias possam viver esse momento ao lado das crianças. 

SERVIÇO

O que? Virada do Ano com Jesus

Quando? 31/12 a partir das 20h30

Onde? Praça do Pescador, Av. Litorânea

Entrada franca

Contatos para entrevistas: 

Robert Araújo: (98) 9123-5952

Letícia Barone: (98) 8853-6537

Adriana Duarte (98) 98812-3227

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O pênis decepado e o sucesso da sofrência

por Ed Wilson Araújo

Ao longo de toda a minha vida de jornalista eu nunca tinha escrito um texto com título tão apelativo, escandaloso e sensacionalista.

Num dia triste e frio de Porto Alegre, eu saí do teatro São Pedro pensando no padre Antonio Vieira:

“A pregação que frutifica, a pregação que aproveita, não é aquela que dá gosto ao ouvinte, é aquela que lhe dá pena.Quando o ouvinte a cada palavra do pregador treme; quando cada palavra do pregador é um torcedor para o coração do ouvinte; quando o ouvinte vai do sermão para casa confuso e atônito, sem saber parte de si, então é a preparação qual convém, então se pode esperar que faça fruto […]. (VIEIRA, 2013)

Foi assim que a minha alma ficou após as cortinas se fecharem – torturada, sentindo o açoite das cenas, em harmonia coma navalhada das falas. Cada ator tinha, entre os dentes, a língua ensanguentada pelo ódio das lâminas atravessadas no meio da boca.

Baseada no texto do dramaturgo grego Dimitris Dimiátridis, com a direção de Luciano Alabarse e Margarida Peixoto, a peça “A vertigem dos animais antes do abate” aborda a formação e a decadência de uma família conturbada pela sexualidade do patriarca, produzindo um turbilhão de paixões entre o casal, os filhos e um amigo.

A trama é atravessada por conflitos de toda ordem das paixões – amor, ódio, avareza, desejo, ira, ganância, inveja,arrogância, luxúria, fome de poder… – numa impressionante dinâmica cênica com final surpreendente, que resulta em ato extremo insinuado no título desse texto.

Pausa para o(a) leitor(a) me chamar de spoiler!

No teatro, a família esfacelada parece receber inspiração filosófica. É como se Nietzshe colocasse querosene na fogueira de Bakunin.

Escrita por um grego nascido em 1944 (Dimitris Dimiátridis) a peça bebe na fonte da tragédia grega clássica.

Como não sou crítico de teatro, fiz referência ao espetáculo apenas para falar sobre outras dimensões da tragédia -a vida comum das pessoas fora do palco.

Por diferentes caminhos, estilos e formas de expressão, o sentido da tragédia está presente tanto nos artistas eruditos quanto nos compositores populares. Ocorre que as distintas formas de apropriação das pulsações do mundo pelos artistas levam a produção cultural para ambientes separados: o bar cult e a choperia; o teatro acarpetado e apraça; o meio da rua e o palco sofisticado; o You Tube e o velho rádio.

Todos são válidos e refletem o espírito democrático da produção, distribuição e consumo dos bens culturais.

O brega e a sofrência, por exemplo, são manifestações precisas dos conflitos humanos, onde o amor é sempre acentralidade.

Em torno dele, o amor, circula um imenso caleidoscópio de sentimentos e motivações tantas.

Na música popular, aquela que toca nas quitandas, nos botecos, nas espeluncas das feiras, nas choperias, serestas, clubões e galpões de festa, barracões e terreiros, o amor é o mantra.

Com ele, circula uma atmosfera de sentimentos e atos: ciúme, traição, machismo, vingança, perdão, reencontro,decepção, interesse, desejo, sexo, poder e impotência, dinheiro, casamentos e divórcios, paz na cama, separações e reencontros, frustrações, volta por cima,opressão, exploração, submissão…

Esse é o manancial de sensações que permeia as músicas dominantes nas camadas populares.

A sofrência, por exemplo, percorre com maestria esse universo das subjetividades plenas de desejo, em versos fáceis,rimas previsíveis, acordes padronizados, bons de memorizar e repetir, cantar sem perceber, automaticamente.

A música popular industrial ou mesmo a produção artesanal transformada em hit de massa na era digital penetra no universo sensorial das pessoas em busca de fidelizá-las pelo coração, no sentido mais piegas para a tradução do amor.

Os temas das composições são sempre os mesmos, mas nunca perdem a majestade: o amor, na sofrência, só faz sentido se tiver conflito, frustração, contrariedade, dor … em uma palavra, tragédia!

As coisas do coração alimentam uma estética sonora fatal, precisa, direto ao ponto frágil – a crise conjugal, o amor não correspondido, relacionamento proibido ou incompatível pela posição social, dinheiro, as antíteses do casal, cenas de ciúme, desprezo, abandono,infidelidade, reconciliação e tantos outros lances.

A cada tempo, a indústria fonográfica ou alguém de fora do circuito comercial fabrica uma letra mágica, transformada em mantra nos programas de rádio, celulares, nas redes sociais, radiolas dos bares,carros sonorizados e shows ao vivo nas festas populares.

Se você, caro(a) leitor(a), andar pelos bairros de São Luís vai perceber enormes cartazes colados nas paredes anunciando festas grandiosas dos cantores de brega, sofrência e sertanejo universitário, apenas para ficar nesses exemplos.

Esses shows, às vezes produzidos até fora do circuito comercial, arrastam multidões.

O hit marcante o ano inteiro está sempre colado no tripé amor / traição / sofrimento.

2018 já tem um verso predominante, com um título formado apenas por duas letras: “Oi”, composição de Bruno Caliman e sucesso na voz de Leo Magalhães. O refrão, uma febre, é de uma simplicidade cruel:

 “Toda vez que você me disser oi / Eu vou responder só oi”

Esta letra, como outras a cada época, virou epidemia musical. Toca em todos os lugares, independente da chamada grande mídia, às vezes sem o controle dos donos das gravadoras gigantes.

É a música temática daquilo que é latente na vida comum: “chifre”, escracho, deboche, a fofoca d@s feirantes, as futricas da vizinhança, o papo predileto dos homens no balcão do bar, a resenha da quitanda, o papo em volta do jogo de dama e dominó ou depois do jogo de futebol e dos fuxicos dos homens bisbilhoteiros que não curtem esporte.

Sem qualquer pretensão de escrever sobre teatro, tema que desconheço, tomei a peça citada apenas para abordar outro tipo de tragédia – a música consumida nos meios populares, o lugar onde,concretamente, um processo de indústria criativa se alastra, capaz de produzir fenômenos como Reginaldo Rossi e Amado Batista, este último colecionador de prêmios e tantos discos de ouro e platina.

Eis o som da malemolência, da pilantragem e da malandragem, dos homens e mulheres vadios (no sentido filosófico da vadiagem)…. É o hit da sacanagem, da traição pela frente e por traz, da raparigagem e do tomamento de gosto com a pessoa proibida.

A traição refinada na tragédia grega é a raparigagem da sofrência. O cult sofisticado e o trivial comem o mesmo alimento espiritual – as paixões e as suas deformações.

Ou mutilações. O pênis decepado no teatro é a imagem e semelhança do homem ou mulher impotente, traído(a)! Ele geralmente vai para a mesa de bar e finaliza a farra madrugada adentro, com uma cerveja quente, derrotado por si mesmo, diante da incapacidade de amar ou ser amado.

Certas melodias suscitam amputação. É oque se costuma dizer sobre determinado padrão denominado “música de cortar pulso”.

Ao final de um processo grotesco de aniquilação do casamento e da família, o patriarca na peça “A vertigem dos animais antes do abate” decepa o próprio pênis, apontando o seu órgão genital -a representação da virilidade – como responsável pela sucessão de tragédias.

No teatro, o pênis, participante da cópula que engendra a criação, é um objeto sexual propagador da destruição de uma família inteira por crime e loucura.

A instituição familiar, um dos pilares da sociedade burguesa, foi implodida no teatro grego.

Outras tantas tragédias cotidianas são narradas pela música do meio popular, falando sobre a vida comum e as dores do amor.

Sofrência, foi a tragédia que te pariu!

Leia mais sobre a peça “A vertigem dos animais antes do abate aqui e aqui

Imagem: recorte do cartaz da peça “A vertigem dos animais antes do abate”, retirada dese site

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O pregão do Cuscuz Ideal

De longe se ouve o brado, ou melhor, o pregão, na voz que ecoa pelas avenidas entre os paredões de concreto ou nas ruas e becos da cidade, em diversos bairros de São Luís.

Os pregoeiros do Cuscuz Ideal fazem parte da “paisagem sonora” de São Luís há mais de 40 anos, quando os vendedores popularizaram este produto típico da culinária nordestina, originário da base alimentar indígena.

Por todos os cantos da cidade os vendedores do Cuscuz Ideal anunciam a iguaria, na forma de pregão, formato de anúncio criado no gogó e adaptado pelos ambulantes ao longo de décadas.

Na São Luís antiga, éramos acordados pelos pregões dos vendedores de carvão de varinha, dos mercadores de frutas e verduras da Maioba, entre tantos outros criativos anúncios do povo.

Luis Carlos da Silva sustenta a família vendendo cuscuz ideal há 35 anos.

A fábrica desta saborosa invenção gastronômica está instalada desde 1967, no bairro do Anil, nas proximidades da escola Cintra.

Segundo Luis Silva, 80 vendedores percorrem as ruas da cidade todos os dias, exceto às segundas-feiras, dia de folga. A maioria faz o percurso de bicicleta. Outros ainda vendem carregando a caixa na cabeça.

Nos dias de chuva, não há quem resista a um café acompanhado de um ideal fumaçando.

Imagem cuscuz capturada neste site

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Hoje vamos de poesia!

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Lançamento do livro “Chorografia do Maranhão” fecha a temporada 2018 do projeto RicoChoro ComVida na Praça

Evento terá o grupo Tira Teima e a cavaquinhista
carioca Luciana Rabello

A cavaquinista carioca Luciana Rabello já está em São Luís. Ela é a artista convidada do sarau de encerramento da temporada 2018 do projeto RicoChoro ComVida na Praça, que acontece no próximo sábado, 15 de dezembro, às 19h, na Praça Gonçalves Dias (Centro).

Luciana Rabello já tem seu nome garantido na história da música popular brasileira, sobretudo o Choro, gênero musical que abraçou desde sua estreia em disco, em 1977, no elepê “Os Carioquinhas no Choro”, em grupo que tinha também seu irmão, o saudoso Raphael Rabello, no violão sete cordas, que acabaria a ser um prenúncio da merecidamente festejada Camerata Carioca.

De lá para cá ela vem colecionando canções, créditos em fichas técnicas de discos e shows, além de muito trabalho, sobretudo desde que fundou, com Maurício Carrilho, a gravadora Acari Records, dedicada exclusivamente ao Choro, por onde lança seus próprios trabalhos e os de mais um sem fim de talentosos artífices da música popular produzida no Brasil.

Seu disco solo mais recente é “Candeia Branca” [Acari Records, 2013], completamente autoral, com composições feitas em parceria com o marido Paulo César Pinheiro, outro gigante da música popular brasileira, fornecedor de repertório para nomes a perder de lista.

O Choro na roda de conversa

Na véspera de sua apresentação (sexta-feira 14), Luciana Rabello participará de uma roda de conversa, aberta a músicos, estudantes de música, curiosos e interessados em geral, na Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo (Emem, Rua da Estrela, Praia Grande). O papo terá como tema o Choro, passando por seus fundamentos básicos, sua história, chegando até o Choro contemporâneo. A atividade também é gratuita.

O longevo Tira-Teima — Na ocasião do sarau de RicoChoro ComVida na Praça, Luciana Rabello será recebida pelo Regional Tira-Teima, mais antigo grupamento de Choro em atividade no Maranhão, reconhecido por este feito pela Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão com a Medalha do Mérito Legislativo João do Vale (resolução legislativa nº. 747/2014).

O grupo está em atividade desde meados da década de 1970, tendo figurado, com outra formação, na ficha técnica de “Lances de Agora”, disco lendário de Chico Maranhão, lançado pela também lendária gravadora Discos Marcus Pereira. O álbum foi gravado em quatro dias, em junho de 1978, na Sacristia da Igreja do Desterro, bairro do centro histórico da capital maranhense. No entanto, só em 2016 eles lançaram “Gente do Choro”, seu disco de estreia, em que fazem o registro de choros autorais, nomes que passaram pelo grupo, caso do cantor e pandeirista Léo Capiba, e de homenagens recebidas, caso da valsa “Simples como Serra”, composta pelo violonista João Pedro Borges, em homenagem ao flautista da formação.

Atualmente o Tira-Teima é integrado pelos seguintes bambas: Francisco Solano (violão sete cordas), Henrique Brasil (percussão), Júnior Maranhão (violão sete cordas), Paulo Trabulsi (cavaquinho solo), Sadi Ericeira (cavaquinho centro), Serra de Almeida (flauta) e Zé Carlos (percussão).

Entre os destaques do repertório do grupo estão “Dom Chiquin” (Serra de Almeida), “Companheiro” (Paulo Trabulsi/ Francisco Solano), “Expressivo” (Paulo Trabulsi) e “No balanço da Luciana” (Avena de Castro). A estas se somam, do repertório de Luciana Rabello, “Flor de sapucaia” (Luciana Rabello/ Cristóvão Bastos), “Manga rosa” (Jonas Pereira da Silva), “Um choro pro Waldir” (Cristóvão Bastos/ Paulinho da Viola) e “De bem com a vida” (Luciana Rabello).

Participação especial — Durante sua apresentação, a cavaquinhista contará com a participação especial da cantora Alexandra Nicolas, cuja estreia fonográfica, o disco “Festejos”, lançado pela Acari Records em 2013, teve direção musical de Luciana Rabello e Maurício Carrilho.

Os trabalhos serão abertos pelo DJ Franklin, um dos mais requisitados e talentosos da cena ludovicense. Seu nome é sinônimo de diversidade, fruto de sua pesquisa, curiosidade, acervo e disposição.

O Choro registrado em livro — Ainda durante o sarau, que marca o encerramento das atividades do projeto em 2018, será lançado o livro “Chorografia do Maranhão”, de Ricarte Almeida Santos, Rivânio Almeida Santos e Zema Ribeiro. O livro reúne em 52 entrevistas, o depoimento de 54 instrumentistas de Choro, nascidos ou radicados no Maranhão, publicadas como uma série, entre março de 2013 e maio de 2015, no jornal “O Imparcial”. O livro sai pela editora Pitomba! com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e a chancela do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Acessibilidade — Todas as edições de RicoChoro ComVida na Praça garantem a presença confortável de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O projeto itinerante conta com banheiros acessíveis, assentos preferenciais com sinalização, audiodescrição e tradução simultânea em libras.

RicoChoro ComVida na Praça é uma realização de Eurica Produções, Girassol Produções Artísticas e RicoChoro Produções Culturais, com patrocínio de TVN, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

 Serviço:

O quê: Última edição da temporada 2018 do projeto RicoChoro ComVida na Praça

Quem: DJ Franklin, Regional Tira-Teima, Luciana Rabello e participação especial de Alexandra Nícolas

Quando: dia 15 de dezembro (sábado), às 19h

Onde: Praça Gonçalves Dias (Centro)

Quanto: grátis

Redes sociais: facebook/instagram: @ricochorocomvida

Patrocínio: TVN, através da Lei Estadual de Incentivo àCultura do Maranhão.

Foto: Piu Dip, capturada neste site

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TV Ed Wilson

Guerreiro e a casa Granfina em Ponta de Areia

Saindo de barco do porto do município de Guimarães, em uma hora de navegação pela baía de Cumã, chegamos a Ponta de Areia, uma bela praia e povoado no município de Alcântara.

Antes mesmo de desembarcar, nas proximidades da praia, avista-se uma casa que desperta curiosidade. De longe avistamos bandeirolas hasteadas em mastros, algo parecido com um terreiro enfeitado para festa de tambor, paisagem comum no interior do Maranhão.

Só ao caminhar pela praia e chegar perto podemos perceber que a casa tinha um adereço especial – a inscrição encravada na parede principal dando nome ao lugar “Granfina – o descanso do guerreiro”.

Veja mais no site Agenda Maranhão

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Sem Terra reocupam área em Pindaré-Mirim, no Maranhão


Sem terra enfrenta policiais durante o despejo de novembro de 2018.
Crédito: jornal Brasil de Fato

As famílias haviam sido despejadas violentamente no início de novembro

Por volta das 6 horas desta sexta-feira (07/12) o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) reocupou com cerca de 150 famílias o acampamento Novo Pindaré, na fazenda Vila Velha, localizada em Pindaré Mirim, a cerca de 250 km de São Luís, capital do Maranhão.

Com a reocupação da área que já estava sob o controle dos sem terra há mais de dois anos, antes do violento despejo de novembro de 2018, o MST reivindica do Instituto de Terras do Maranhão (Iterma) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a agilidade na vistoria da área e o assentamento imediato das famílias.

Para a Coordenação Estadual do MST, a reocupação tem também outro fundamento: pressionar uma negociação pelo direito das famílias colherem toda a produção de alimentos realizada nos últimos dois anos.

 Antes do despejo de novembro deste ano, a área cultivada estava calculada em cerca de 10 hectares da arroz, oito hectares de feijão e cerca de 110 hectares de mandioca, além de criação de galinhas e de porcos, e só agora um mês depois as famílias poderão saber os prejuízos.

O dito proprietário da área é João Claudino, empresário dono de uma rede de lojas no Norte e Nordeste do Brasil. O MST afirma que a área é da União e que o despejo de novembro foi completamente irregular.

João Claudino responde a um processo na Justiça Federal de Teresina, no Piauí, por invasão de terras públicas, no caso, uma como Área de Preservação Permanente (APP) localizada às margens do rio Parnaíba, no território piauiense.

Até o momento a situação no acampamento Novo Pindaré encontra-setranquila, sem conflito.

Fonte: Assessoria de Comunicação do MST

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Têka Arts promove desfile de moda com tema quilombola



Nessa sexta-feira (07/12),  às 20h30, a escadaria do Beco Catarina Mina será mais uma vez a passarela do desfile da estilista maranhense Têka Castellano – Têka Arts. O evento, que está em sua 16ª edição, já faz parte do calendário cultural de São Luís e reúne uma centena de pessoas todos os anos, entre amigos, admiradores e turistas.

Esse ano o tema é quilombo.

A marca Têka Arts teve início no ano de 1998, em Alcobaça-Bahia, local onde a proprietária abriu sua primeira loja. Em 2002 registrou sua empresa, atuando no mercado de moda alternativa no Maranhão há 17 anos, sempre lançando peças de roupas, bijuterias e acessórios com toque artístico-artesanal.

Em 2003 a loja passou a realizar o Desfile de Roupas Alternativas, em que apresenta cenicamente a coleção anual da estilista Têka Castellano, proprietária da loja e responsável por toda a criação e design da produção.

Localizada no Centro Histórico de São Luís, no Beco Catarina Mina – Praia Grande, a loja é frequentemente visitada por turistas, possui vários clientes de outras regiões do país e de outros países. Têka Artes já exportou peças para França, onde a estilista também realizou exposição, além de Porto Alegre, Florianópolis e Argentina.

As criações de Têka Arts permitem revisitar tendências e estilos, voltando-se para a produção de peças diferentes do circuito da moda tradicional.

As roupas alternativas, apresentadas pela estilista, baseiam-se na estética africana e indígena, inspirados na cultura popular maranhense, com suas festas e ritos. Nessa identificação, a artista utiliza-se de matéria prima pouco valorizada no circuito de moda tradicional: retalhos, chita, tecidos africanos, fibras, sementes, tecido cru e confecção artesanal, que marcam o estilo e a tendência da estilista Têka.

SERVIÇO

Desfile de Roupas Alternativas Têka Arts

Dia: 7 de dezembro (sexta-feira)

Hora: 20h30

Local: Beco Catarina Mina, 105

Reviver – Praia Grande São Luís do Maranhão

E-mail: teka-arts@hotmail.com

Telefones: (98) 3232-5834/ 98879-1078

Imagem: divulgação Têka Arts

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Governo do Maranhão realiza cerimônia de entrega do Prêmio Fapema Sergio Ferretti 2018


As instituições Centro de Cultura Negra do Maranhão e Casa das Minas, além das professoras Cindia Brustolin e Marilande Martins Abreu; e da pesquisadora Maria Michol Pinho de Carvalho (in memoriam) receberão a homenagem Honra ao Mérito Científico- Tecnológico.

Pesquisadores maranhenses, de diferentes áreas do conhecimento e instituições de ensino serão homenageados nesta quarta-feira (05), pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), durante a entrega do Prêmio Fapema Sergio Ferretti 2018. A premiação é considerada a maior no Norte-Nordeste e será entregue a 50 pesquisadores e orientadores vencedores. Os nomes serão conhecidos durante o evento que terá como palco o Teatro Arthur Azevedo em uma noite de gala da ciência. A cerimônia será presidida pelo diretor da instituição, Alex Oliveira, e está marcada para as 18h30.

“Tudo está sendo preparado com muito carinho pelo Governo do Estado para esta grande noite de homenagem, reconhecimento e valorização do trabalho que vem sendo desenvolvido pelos pesquisadores maranhenses em todas às áreas do conhecimento. Seis instituições de ensino superior estão concorrendo aos prêmios. Mesmo com todas as dificuldades financeiras, com os cortes de recursos do Governo Federal, o governador Flávio Dino tem investido fortemente nesta área e o resultado é que conseguimos triplicar o número de bolsas de pós-graduação e o conceito desses programas também melhoraram. O Prêmio Fapema é um momento também de comemorarmos esses avanços”, disse Alex Oliveira.

Este ano, o prêmio chega à sua 14ª edição. Concorrem ao prêmio, que também tem entre seus objetivos estimular a divulgação científica, tecnológica e de inovação no Estado, trabalhos inovadores e relevantes para o progresso científico e tecnológico do Maranhão. Serão premiados pesquisadores nas categorias Pesquisador Júnior, Jovem Cientista, Dissertação de Mestrado, Tese de Doutorado, Pesquisador Sênior, Jornalismo Científico, Periódico Científico, Inovação Tecnológica, Popvídeo Ciências e a categoria Homenagem Especial – Prêmio FAPEMA Sergio Ferretti 2018, que terá como ganhador, uma personalidade da comunidade científica cujo conjunto da obra é reconhecidamente relevante para o Maranhão.

Homenagem a Sergiio Ferretti

Nesta edição o prêmio recebe o nome do antropólogo e museólogo Sergio Ferretti, que faleceu em maio último. O professor Ferretti, como era conhecido, deixa um importante legado em pesquisas sobre cultura popular, religiões e cultos afro-brasileiros. “Sergio Ferretti contribuiu muito para o conhecimento no Maranhão. Um antropólogo respeitado, uma figura de envergadura nacional e internacional, com várias incursões também fora do país”, pontuou o diretor-presidente da Fapema, Alex Oliveira.

O presidente acrescentou ainda que a homenagem é uma forma de lembrar o seu legado e a sua contribuição para a Comissão Maranhense de Folclore, a Casa das Minas, o Centro de Cultura Negra, entre outras instituições. A divulgação de suas pesquisas foi fundamental para se entender o Tambor de Minas, a religião de matriz africana praticada no Maranhão.

Homenagem Especial

A categoria Homenagem Especial Fapema foi lançada em 2015 com o propósito de reconhecer o trabalho de pesquisadores que contribuem para o desenvolvimento do estado. A professora e pesquisadora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal do Maranhão, Maria Nilce de Sousa Ribeiro, foi a primeira premiada. Em 2016, por ocasião do Prêmio Fapema Maria Aragão, o agraciado foi o médico infectologista, Antonio Rafael da Silva, diretor do Centro de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias (Credip). Ano passado foi a vez do jornalista e professor Ed Wilson Ferreira Araújo. Este ano, o nome do vencedor só será conhecido na noite do evento.

Honra ao Mérito

A Fapema vai render homenagens a três personalidades e duas instituições com placas de Honra ao Mérito Científico-Tecnológico. Os nomes têm a ver com a obra e a atuação de Sergio Ferretti como professor e pesquisador.

Conheça os homenageados:

Cindia Brustolin

É professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA. Possui graduação em Direito pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), mestrado em Desenvolvimento Rural (área de Sociologia Rural) e doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A indicação da Professora Cindia Brustolin ao Prêmio FAPEMA 2018 decorre da sua trajetória acadêmica por meio da realização de estudos e pesquisas voltadas às comunidades quilombolas com enfoque, sobretudo, nas religiões de matriz africana tendo como representação o projeto de pesquisa e extensão apoiado pela Fapema, intitulado: “Festas e festejos em Santa Rosa dos Pretos: proposta de inclusão produtiva”.

Marilande Martins Abreu

Professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA. Doutora em Ciências Sociais pela UNICAMP. Mestrado e graduação em Ciências Sociais pela UFMA. Realiza pesquisa sobre religiões de tradição africana desde 1999, sendo desde então, integrante do Grupo de Pesquisa em Religião e Cultura Popular – GPMina. Em 2014 fundou, com colegas, o Laboratório de Pesquisa em Psicanálise e Ciências Sociais – PSICANACS, grupo de pesquisa no qual desenvolve pesquisas interdisciplinares. Atualmente é coordenadora/tutora do Programa de Educação Tutorial – PET Ciências Sociais/UFMA. É professora visitante da L’ Université Paris Diderot /Paris VII (Sorbonne Cité), situada em Paris/Fr.

Maria Michol Pinho de Carvalho (in memoriam)

Era graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão e mestra em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi membro do Grupo de Pesquisa do CNPq/UEMA “Cultura Popular” e da Comissão Maranhense de Folclore. Foi secretária estadual adjunta de Cultura e diretora do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho. Tinha experiência na área de Antropologia, com ênfase em Folclore, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura popular, folclore e memória oral.

Casa das Minas

A Casa das Minas, terreiro mais antigo do Maranhão, fundado por africanos na década de 1840, foi o tema do mestrado em Ciências Sociais de Sergio Ferretti. A dissertação foi transformada no livro Querebentam de Zomadonu.  A Casa das Minas é considerada como tendo implantado o modelo de Culto do Tambor de Mina.   A casa é dedicada ao culto de voduns, entidades espirituais do antigo reino africano do Daomé, atual República do Benin. A Casa das Minas, sempre foi chefiada por mulheres, respeitando a tradição matriarcal vinda da África. Essas mulheres são denominadas de vodunsis (são as devotas que recebem as entidades, os voduns, em transe). Desde sua fundação, a Casa foi comandada por seis vodunsis (após a escolha, estas vodunsis devem exercer a função de comando do culto até a morte).

Centro de Cultura Negra do Maranhão

O Centro de Cultura Negra do Maranhão conhecido como CCN/MA, foi fundado em 1979 no contexto de lutas pela democratização da sociedade brasileira. A iniciativa da fundação do CCN decorre da inquietação e indignação de um grupo de militantes das lutas sociais no estado e suas articulações com outros grupos de negros no país.

O CCN tem como missão “a conscientização política, cultural e religiosa para resgatar a identidade étnica e cultural e a autoestima do povo negro viabilizando ações que contribuam com a promoção de sua organização em busca de cidadania, combatendo todas as formas de racismo e promovendo os direitos da população negra no Maranhão”.

Mais sobre o prêmio  

Considerado o Oscar da Ciência do Maranhão, o prêmio teve este ano 219 trabalhos inscritos que foram avaliados por um Comitê de Julgamento formado por 13 consultores ad hoc dos estados de Pernambuco, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, garantindo assim maior lisura no processo de escolha dos finalistas.

Além do troféu oficial do concurso e certificado, os ganhadores receberão uma premiação em dinheiro que varia de R$ 1.750, 00 a R$ 14 mil dependendo da categoria, somando um montante de R$ 278.500,00.

A Categoria Jovem Cientista foi a que teve maior número de submissão de propostas, 75; seguida das categorias Dissertação de Mestrado, 57; Tese de Doutorado, 26 e Pesquisador Júnior, 22. Para o Prêmio Fapema Sergio Ferretti 2018 – Homenagem Especial serão selecionadas personalidades da comunidade científica do Maranhão cujo conjunto da obra é reconhecidamente relevante para o Estado.

Novidade da edição 2017, a escolha da categoria Popvídeo Ciência deste ano será feita também por meio de julgamento público pela internet. A ideia é colocar a ciência em debate para que se compreenda que ela não é um objeto da elite, mas de todos e que está em toda parte. Os três vídeos finalistas estão disponíveis no site da Fapema no endereço www.fapema.br. O prêmio Popvídeo será concedido aos vídeos melhores colocados (1º, 2º e 3º lugares), contemplando o estudante e o orientador.

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Baterista Jorge Amorim é atração no Chico Discos


Músico apresentará repertório de world jazz

O baterista fluminense Jorge Amorim se apresenta nesta sexta-feira, 7, no Chico Discos (Rua São João – Centro), a partir das 21h. Com um repertório que mescla ritmos de várias partes do mundo, com moldes de jazz contemporâneo, o músico será acompanhado pelo baixista, também do Rio de Janeiro, Carlito Gepe, e pelos maranhenses Ronaldo Rodrigues, na guitarra e bandolim, e João Neto, na flauta.

A noite contará ainda com a participação da cantora Célia Sampaio e do DJ Márcio Maguelo, com sua radiola Maré do Som.

Esta é a terceira vez que o virtuose se apresenta em São Luís. O projeto, intitulado Jorge Amorim & Tribo, passeia por gêneros e estilos como jazz, rock, samba e drum n’ bass, recheados de elementos de origem africana. A pegada do músico é forte e o balanço é certo.

O baterista aporta na capital maranhense a convite de Ronaldo Rodrigues, que o acompanha no Rio. O seu estilo espontâneo, ousado e eclético, somado à técnica apurada, costuma chamar a atenção do público e da crítica.

Jorge Amorim morou por 21 anos entre as cidades de Paris, Nova Iorque, Londres e Colônia, onde atuou como baterista e percussionista, acompanhando diversos artistas, entre os quais Baden Powell, Sivuca e Archie Shepp.

Já os músicos Ronaldo Rodrigues e João Neto são muito atuantes no cenário musical de São Luís, participando de grupos e projetos de gêneros musicais variados, como rock, MPB, jazz, blues e choro.

SERVIÇO

Show Jorge Amorim & Tribo

Quando: Sexta-feira, 7, às 21h

Local: Chico Discos (Rua São João – Centro)

Entrada: R$ 20,00

Imagem / Divulgação: Jorge Amorim