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Aniversário na pandemia covid19

No meu aniversário, agradeço tod@s pelas felicitações. Estar vivo e com saúde é uma glória nesses tempos. Sigamos firmes e vamos fazer a travessia. Como diz o poeta Maiakóvski…

E então, que quereis?…

Fiz ranger as folhas de jornal

abrindo-lhes as pálpebras piscantes.

E logo

de cada fronteira distante

subiu um cheiro de pólvora

perseguindo-me até em casa.

Nestes últimos vinte anos

nada de novo há

no rugir das tempestades.

Não estamos alegres,

é certo,

mas também por que razão

haveríamos de ficar tristes?

O mar da história

é agitado.

As ameaças

e as guerras

havemos de atravessá-las,

rompê-las ao meio,

cortando-as

como uma quilha corta

as ondas.

Vladímir Maiakóvski

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O verdadeiro lado de Rodrigo Maia é a “velha” nova direita

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Democratas), não é um bolsonarista assumido, mas pode ser algo tão perigoso quanto.

Perigoso porque faz pose de democrata, dialoga com todos os partidos e conduz a Câmara à base do fisiologismo e do clientelismo, velhos vícios da política no Brasil.

Nas mãos do presidente da Câmara está a condução de uma série de investigações e pedidos que podem levar à derrocada do presidente Jair Bolsonaro.

Mas, Rodrigo Maia não faz andar.

Antes da pandemia, ele tomava café com Bolsonaro e jantava com o Centrão. Negociava com um e outro, indistintamente.

Agora, em meio ao caos da covid19, Maia segue no mesmo “equilíbrio” de sempre. Ele é o centro do Centrão.

Em frente às câmeras de TV dá declarações de repúdio às atitudes tresloucadas de Bolsonaro, mas dentro da Câmara conduz todas as votações de interesse do campo conservador.

Maia tem o DNA da direita, é filho do conservadorismo e vai sempre defender os interesses da elite.

Entre os privilégios de um banqueiro e os interesses de um pobre que está nas filas da Caixa para receber 600 reais, sacrificando sua integridade física, Maia vai sempre optar pelo representante do capital.

Não nos iludamos com o presidente da Câmara. Ele parece o executivo de luxo do governo Bolsonaro.

Foto: Marcos Corrêa/PR

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Bombeiros iniciam operação para organizar filas e evitar aglomerações em agências bancárias no Maranhão

Sob coordenação do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), dezenas de bombeiros iniciaram na manhã desta segunda-feira (4) uma operação para organizar as filas nas agências da Caixa espalhadas pelas quatro cidades que integram a Ilha de São Luís. 

A medida é para evitar as aglomerações em agências bancárias que vêm efetuando o pagamento do auxílio emergencial, pacote aprovado pelo Congresso Nacional para reduzir os impactos econômicos decorrentes da pandemia de Covid-19 entre os brasileiros.

Batizada de Operação Distância Segura, a ação vem sendo realizada em agências bancárias dos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. De acordo com o major Lisboa, chefe da seção de Comunicação do CBMMA, durante a Operação Distância Segura as equipes estão utilizando viaturas equipadas com megafones para conscientizar a população sobre a importância dessas medidas de segurança no combate à pandemia.

Bombeiros organizam filas na Caixa

“Temos consciência que essas ações não serão eficientes se não houver a conscientização das pessoas. Além dessas ações que nós estamos desenvolvendo na Operação Distância Segura, estamos trabalhando na conscientização das pessoas, para usarem máscaras e para se manterem organizadas no distanciamento. Assim a gente acredita que consegue uma boa intervenção para prevenir a transmissão do novo coronavírus”, frisou major Lisboa.         

Uma força-tarefa envolvendo equipes do CBMMA e da Secretaria de Estado de Governo (Segov) trabalhou diuturnamente, durante o sábado e o domingo, para balizar e marcar as filas nas agências bancárias e evitar as cenas de aglomerações recorrentes em todo o Brasil, que são foco de transmissão do novo coronavírus.

Segundo o tenente Paulo Costa, que coordenou o início de uma das fiscalizações, as posições foram sinalizadas para garantir uma distância segura entre cada pessoa na fila e evitar possíveis contágios.

Bombeiros organizam filas na Caixa

“Foi feita uma marcação na fila pelo Corpo de Bombeiros a cada 1,5 metro. A gente fica orientando as pessoas para que fiquem nessas marcações para evitar aglomerações. Todas as agências bancárias têm uma equipe do Corpo de Bombeiros fazendo essa organização, acompanhado de algum funcionário da Caixa, que nos auxiliam nessa organização”, explicou o militar.

A intervenção estadual nas filas dos bancos surge em razão da falta de providências do Governo Federal e das instituições financeiras para resolver o problema. 

“Depois vamos cobrar da Caixa o ressarcimento ao Governo do Estado, uma vez que a obrigação jurídica é deles”, afirmou o governador Flávio Dino.

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ADBJ presta solidariedade ao juiz Douglas de Melo Martins, ameaçado por decisão sobre lockdown

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia – ABJD, através de seu núcleo Maranhão, vem a público manifestar total solidariedade ao juiz Douglas de Melo Martins, do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, que, em razão do exercício de suas atribuições jurisdicionais, passou a ser vítima de ofensas e ameaças à sua integridade física após ter concedido liminar em ação proposta por representantes do Ministério Público que atuam nos quatro municípios que compõem a Ilha de São Luís no sentido de determinar ao Estado do Maranhão e aos municípios que decretassem lockdown e adotassem medidas para proteger vidas durante a pandemia do novo coronavírus, que já ceifou a vida mais de centenas de maranhenses e coloca todos em risco.

É absolutamente inaceitável que, em um Estado de Direito, um magistrado no exercício de suas funções seja vítima desse tipo de violência. As prerrogativas da magistratura são garantias civilizatórias, asseguradas pela Constituição da República com a função imprescindível de permitir que os juízes exerçam suas funções com independência e imparcialidade.

Sem prejuízo do direito de expressão e crítica, e independentemente do mérito da decisão proferida pelo magistrado, as medidas adequadas para a revisão do conteúdo das decisões judiciais são os recursos jurídicos previstos em lei, não se admitindo sejam combatidas pela violência ou intimidação.

Importante destacar que a violência sofrida pelo magistrado neste caso não é um ato isolado, e se dá em um momento em que profissionais da imprensa e até de saúde pública têm sido vítimas de agressões por hordas de militantes de extrema direita, fanatizados e estimulados por mentiras e manifestações de ódio disseminadas pelo Presidente da República, seus filhos e assessores mais próximos, os quais, evocando períodos sombrios da nossa história, compõem um verdadeiro gabinete do ódio, antidemocrático e anticientífico, colocando em grave risco a independência das instituições, a democracia e até mesmo a saúde e a vida dos brasileiros.

Ressalte-se que também o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional vêm sendo agredidos e ameaçados publicamente pelas mesmas pessoas, inclusive com ameaças de fechamento e intervenção, sob aparente respaldo criminoso de agentes das Forças Armadas, como sugerido reiteradamente pelo presidente Jair Bolsonaro em discurso na data de ontem, domingo, 3/05/2020.

Aliás, a interferência de membros do Exército Brasileiro contra a independência dos Tribunais é fato que antecede ao atual governo, como inequivocamente registram as manifestações de alguns de suas maiores autoridades em redes sociais. O vírus que ataca a democracia é anterior ao novo coronavírus, e, na conjuntura brasileira, demandam enfrentamento conjunto, pois, hoje, são aliados. Um fortalece o outro.

A ABJD tem se posicionado de forma crítica e alertado a sociedade para esse fenômeno, que vem deplorando a democracia no Brasil nos últimos anos e, agora com mais violência, também os valores civilizatórios mais básicos da sociedade. Hoje, no Brasil infectado pelo vírus anticivilizatório de gurus e milícias de sociopatas que ultrajam os símbolos nacionais, se tornou mais do que nunca necessário dizer o óbvio: que ditadura não é opção, que democracia é fundamental, que a ciência é importante, que a vida é mais importante que os negócios e que o papel de um governo legítimo é proteger ambos. A sociedade precisa estar atenta para defender a democracia, a civilização e a vida antes que seja tarde demais.

Ao magistrado Douglas de Melo Martins o nosso absoluto respeito e solidariedade.

São Luís/MA, 04 de maio de 2020.

COORDENAÇÃO ESTADUAL ABJD – NÚCLEO MARANHÃO

Foto: De Jesus / O Estado

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Obras do hospital de campanha em Açailândia chegam à reta final

Com obras em estágio avançado, o Hospital de Campanha em Açailândia está cada vez mais próximo de ser entregue, fortalecendo a luta contra o novo coronavírus (Covid-19) no Maranhão. Resultado da parceria entre o Governo do Estado e a empresa Vale, responsável pela montagem do espaço, a estrutura fica localizada nas proximidades do Fórum de Açailândia, no bairro Tropical, e contará com 60 leitos para atender os casos de Covid-19 considerados de baixa complexidade.

“Em tempo recorde ampliamos a nossa oferta de leitos no intuito de oportunizar a assistência aos diagnosticadas com a Covid-19. Com o Hospital de Campanha em Açailândia, vamos ampliar o suporte às unidades públicas que atendem a região, deixando-as exclusivas para os casos que demandam maior atenção devido à gravidade”, disse o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

Ao todo, serão 60 leitos, sendo 53 de enfermaria e sete para UTI. “Para a Vale é uma honra contribuir com o hospital de campanha, que visa o atendimento às pessoas infectadas pelo coronavírus. O nosso principal objetivo é contribuir para que as equipes médicas tenham uma qualidade de trabalho a contento e que também a população seja bem atendida com infraestrutura adequada”, afirmou a gerente de Relações Governamentais da Vale, Vanessa Tavares.

O hospital contará com o apoio de duas ambulâncias de plantão, ambas equipadas com estrutura de UTI. Aproximadamente 217 profissionais deverão trabalhar no local, entre equipe multiprofissional e médica. O hospital será entregue ainda neste mês de maio.

Capital

Em São Luís, o Governo segue construindo outro Hospital de Campanha como forma de aliviar a crescente demanda nas unidades de saúde. Localizado no pavilhão de eventos do Multicenter Negócios e Eventos, a instalação da estrutura foi requerida por meio do Decreto Governamental nº 35.779.

“No que compete à responsabilidade do Estado, temos feito todo possível para salvar vidas, todavia, o nosso principal aliado na luta contra o coronavírus continuará sendo a população. Por esta razão continuaremos a enfatizar que sejam seguidas com rigor as medidas de prevenção, principalmente o respeito ao decreto de lockdown que entra em vigor nesta terça-feira. Este momento é o momento de pôr a mão na consciência, deixar o individualismo de lado e pensar no próximo”, pontuou Carlos Lula.

Com o piso finalizado e as paredes sendo erguidas. A estrutura contará com 200 leitos, sendo 186 leitos clínicos e mais 14 de UTI. A região concentra atualmente mais de 90% dos casos do novo coronavírus do estado.

A estrutura será administrada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), com apoio da Casa Civil. A montagem do hospital em São Luís é resultado de uma parceria entre a Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Vale, Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Emserh.

(Foto: Reprodução/Ascom Vale)

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Podcast: Robson Junior estreia “Conversando é que a gente se entende”

Já começou a ser distribuído nas redes sociais o podcast “Conversando é que a gente se entende”, idealizado pelo radialista Robson Júnior, a usina de criatividade na mídia sonora, apresentador do programa Repórter Difusora, na rádio Difusora FM, instrutor de Comunicação para rádio e professor de Oratória.

Entre tantas ideias e projetos, o “Conversando…” saiu do papel com a proposta de ser um bate-papo em volta de uma mesa, como se fosse uma conversa informal, porém com um fio condutor para não dispersar a audiência.

A cada edição os convidados falam sobre o tema definido pelo âncora Robson Junior. No programa de estreia distribuído dia 30 de abril de 2020 a abordagem teve como foco as perspectivas de futuro após a pandemia do novo coronavírus.

Na edição inaugural a música tema do programa, “Dias melhores”, de Jota Quest, costurou os sentidos e as narrativas desenvolvidas pelos convidados que falaram sobre as suas impressões do mundo quando a pandemia passar.

É mais ou menos assim: a dor e o sofrimento de hoje têm algo a nos ensinar no futuro.

Participaram do primeiro programa o médico e ex-secretário de Saúde do Governo do Maranhão, Marcos Pacheco; o professor universitário e diretor do Instituto de Criminalística do Maranhão, Robson Mourão; o mestre em Oratória, escritor, teólogo e publicitário, Marcos Soares; e o jornalista, doutor em Comunicação pela PUC do Rio Grande do Sul, professor da UFMA, presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão e membro da Agência Tambor, Ed Wilson Araújo.

Na segunda edição, postada em 1º de maio, o tema da pandemia seguiu na pauta.

Como será o mundo pós-coronavírus?

Para dialogar em torno dessa pergunta participaram o médico William Cantanhede, psiquiatra e psicólogo, também com formação em Filosofia; e a professora universitária Itapotiara, bacharel e licenciada em Ciências Biológicas e mestre em Geologia.

Vale a pena conferir.

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Makers do Maranhão já produziram mais de 2.500 protetores faciais para profissionais de saúde

No dia 7 de abril, o grupo ‘Makers contra o Covid-19’ fez a entrega de 320 protetores faciais (face shields) para atender a demanda dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra o novo coronavírus no Maranhão. Em menos de um mês, a produção desse coletivo de voluntários inovadores mais do que sextuplicou e hoje eles já contabilizam 2.559 protetores faciais fabricados.

Os makers são pessoas que usam a inovação para produzir coisas. Eles têm parceria com o Casarão Tech, do Governo do Maranhão, que estimula o uso de novas tecnologias. 

Do total produzido, já foram entregues 1.165 máscaras e mais de 1.000 unidades deste tipo de Equipamento de Proteção Individual (EPI) devem ser entregues nos próximos dias. Tudo isso obedecendo as normas especificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Equipamentos produzidos pelos makers (Foto: Divulgação)

Mas a produção não para aí. Em meio à escassez mundial de EPIs hospitalares para tratar pacientes com a Covid-19, a comunidade Makers do Maranhão e a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) desenvolveram dois novos produtos para proteção de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. 

Na última sexta-feira (24), o grupo entregou para teste e validação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) dez cabines de proteção em acrílico e dois protótipos de máscaras N95. 

Enquanto as face shields se assemelham às viseiras de capacetes de motociclistas e são a primeira barreira física para que os profissionais de saúde evitem contato com gotículas do vírus, a máscara do tipo N95 (ou PFF2) se diferencia das máscaras cirúrgicas por filtrar partículas em dois sentidos, retendo o que é emitido por quem a utiliza e bloqueando cerca de 95% das partículas em suspensão.  

Casarão Tech

Makers são pessoas ou grupos que promovem a inovação e essa iniciativa contra a Covid-19 tem como makerspace o Casarão Tech Renato Archer, espaço de inovação do Governo do Maranhão localizado no Centro Histórico de São Luís, voltado para estimular achados tecnológicos no estado.

Produção feita pelos makers do Casarão Tech (Foto: Divulgação)

Para evitar aglomerações, uma parte reduzida da equipe de desenvolvedores atua na montagem, controle de qualidade e distribuição dos equipamentos na sede do Casarão Tech, e outros 70 voluntários trabalham de casa.    

O Casarão Tech conta com mais de 14 impressoras 3D e maquinários de alta performance para produção em escala de EPIs. 

Os equipamentos que hoje atuam na produção de EPIs no combate ao novo coronavírus poderão ser reutilizados em outros projetos inovadores no futuro. É o que avalia o superintendente de Inovação da Secti, Leandro Franco. 

“Toda essa estrutura que está sendo criada pode ser aproveitada pós-Covid, o que torna mais interessante ainda esse investimento”, afirma o superintendente.

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Big não são os “brothers”. Big são as “sisters”

Eloy Melonio *

Que tal tirar uns minutinhos de nosso precioso tempo pra falar do Big Brother Brasil, o famoso BBB da Rede Globo? Por quê? Porque tá todo mundo falando sobre isso. Especialmente depois da final apoteótica da 20ª edição do mais popular reality show do país, nessa segunda-feira, 27, que consagrou uma mulher negra como a grande vencedora.

Esse estrondoso sucesso me faz lembrar o início do BBB, quando uma suposta elite intelectual vigiava e condenava quem assistia ao programa, então acusado de “vulgar”, sem conteúdo, e com excessivo apelo sexual. E era assim mesmo! Pelo menos para muita gente. Mas havia algo mais subliminar, só apreendido por olhos e ouvidos mais atentos. Gente que tentava entender o que cada participante tinha a dizer, a ousar, a realizar. Que via nas cenas e nas pessoas um reflexo de sua casa, de seu condomínio, do escritório, dos amigos.

Eu era um desses desajustados.

Nessa loucura toda, quanto mais se fala em liberdade, mais se tenta reprimi-la. E os repressores são justamente seus pretensos defensores. Quanta incoerência, não? Hoje muita gente receia expor suas idéias, suas escolhas, suas concepções. Porque uma “milícia” parece andar atrás de quem pensa diferente dela. Na verdade, nesse velho Brasil de hoje, são “duas”. Que não apenas caçam, mas acusam e julgam. E ainda usam apelidos ofensivos com o nítido intuito de depreciar o outro. E aí eu me pergunto: para onde foi a educação, o respeito, a convivência pacífica?

Uma parte de que sempre gostei no BBB ¬― e que ainda me emociona ― é a música-tema do programa. Paulo Ricardo não podia estar mais inspirado quando compôs Vida Real, música que é a cara do programa. E que tem tudo a ver com a vida: a dos participantes e a nossa vidinha de cada dia. Na contramão do programa, a música não promove o embate de idéias ou atitudes agressivas entre os oponentes. É mais uma conversa de amigo, de brother, de gente que se interessa pelo outro. Do início ao fim, o ex-RPM revela esse interesse em conhecer e entender o outro: Se você pudesse (soubesse)…, o que faria?

É ou não é apaixonante?

Nunca assisti ao BBB sob a mesma ótica de um telespectador comum. Enquanto alguns queriam apenas ver participantes atraentes, seminus, exibindo-se na piscina e nas festas, ou fazendo sexo debaixo do edredom, eu buscava aspectos mais psicológicos. Suas idéias e motivações, seus sonhos e suas estratégias, suas histórias, indo um pouco além para conhecer a pessoa por trás do participante.

No show, um participante pode até fingir, dissimular, enganar os outros. E aqui, um parêntese para uma explicação do padre Manuel Bernardes (Nova Floresta, IV, p. 5.): “Simular é fingir o que não é; dissimular é encobrir o que é.” Alguns até tentam, mas “Encobrir o que se (verdadeiramente) é” para milhões e milhões de olhos é uma tarefa hercúlea.

Dessa forma, the Big boss, ou seja, aquele que assiste a tudo da poltrona de sua casa e tem o poder de decidir, raramente é enganado. E é aí que, para mim, reside a genialidade do programa-laboratório, hoje estudado por comunicadores, psicólogos, críticos de arte. E curtido pelos comuns, pelos “invisíveis”, e (pasmem!) até pela antiga opositora elite intelectual.

Acho que Paulo Ricardo não imaginava quão fortes e verdadeiras eram suas palavras. E que a verdade ― tão avacalhada em nossos dias ― confirma-se como único caminho das pessoas sérias e honestas. Seus versos hoje soam ainda mais atuais e significativos do que em 2002: “O mundo é perigoso/ E cheio de armadilhas/ Um dia estéril e gozo/ Verdades e mentiras”.

O tempo passou e o show ganhou status de “jogo”, competição que exige mais que aparência física, simpatia ou loquacidade do participante. Jogo é a palavra que melhor traduz o espírito do programa, desbancando a idéia de que é apenas um showzinho qualquer, cheia de gente bonita. Jogo tem foco, estratégia, esquema…, e um vencedor.

Sob tanta inspiração, Paulo Ricardo já antecipava: “Viver é quase um jogo/ Um mergulho no infinito/ Se souber brincar com fogo/ Não há nada mais bonito”.

Da inspiração musical para o mundo dos brothers, o programa capitaneado por Tiago Leifert é bem diferente do BBB da era Pedro Bial. É mais conceitual, mais estratégico e mais envolvente. E nesse contexto, o apresentador é tão interativo quanto os concorrentes. Equilibrado, e dono de invejável expressividade, Leifert rege o programa com a batuta da fina autoridade, da simpatia e da elegância.

A edição 2020 do BBB foi realmente espetacular. Reuniu gente comum (os inscritos) e celebridades do mundo digital (os convidados) num mesmo palco. Provocou discussões acirradas e oportunas, como o debate racial, protagonizado por dois participantes negros: a médica Thelma Assis, 35 anos, e o ator Babu Santana, 40 anos.

Thelma, a única das três finalistas que se inscreveu no programa, sabia quem ela era, pagou para ver o futuro, deslumbrou-se com o brilho das estrelas, driblou armadilhas, mergulhou no infinito. Fez de tudo um pouco, seguindo a trilha sonora de Vida Real. E, acima de tudo, “brincou com fogo”, quando, estrategicamente, teve de votar em Babu, amigo e parceiro de lutas.

Finalmente, depois de mais de 90 dias de confinamento, Tiago Leifert, com a voz embargada pela emoção, anunciou: Thelma Assis, a grande vencedora do BBB 2020.

E o nosso amado Brasil viverá, até janeiro de 2021, merecidamente, sob o reinado de uma Big Sister.

  • Eloy Melonio é professor de inglês, compositor, escritor e poeta.
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A queda para cima: Sérgio Moro e a nova face da tirania

Por Marco Rodrigues, escritor e filósofo

No diálogo Πολιτεία (Politéia), do filósofo grego Platão, mais conhecido como A República, um sofista (mestre na arte da persuasão), chamado Trasímaco, apresenta a seguinte tese: “o justo nada mais é senão a vantagem do mais forte”. Essa ideia poderia muito bem servir ao ex-juiz, e agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que teve a imagem de “herói nacional ” construída com a ajuda de boa parte da mídia, embora se servindo à revelia de procedimentos ilegais e vazamentos, enquanto exercia o cargo de juiz federal em pleno apogeu da Operação Lava-Jato. Porém, a potência da mística entorno do combate à corrupção acabou por solapar e minimizar essas práticas sorrateiras, ao ponto de parecerem nem existir. Combatia-se a corrupção? Sem dúvida, como jamais havia se realizado antes, com ampla autonomia do Ministério Público e da Polícia Federal inclusive, mas na mesma medida em que também se cometia crimes e abusos contra o ordenamento legal.

Já estava esboçado, inequivocamente, um projeto de poder, cujas raízes já se estendiam às paragens da parcialidade ainda não muito nítidas. O verme da corrosão social vagarosamente roía as bordas da Constituição Federal de 1988. Cito aqui o livro A República não apenas por ser a justiça o tema central, além da dimensão política de seu debate. Essa obra na verdade permite compreender, quando lida cuidadosamente, a genealogia das possíveis aspirações tirânicas e suas causas, as quais não se realizam sem a imposição de uma fúria ornada de certa pseudomoral, cujo sentido precisa contagiar e inspirar a esperança e o anseio por mudança meio ao caos, generalizado pela ineficiência das instituições políticas em decadência. É na figura de um “salvador da pátria”, de um “messias”, que esse fenômeno se demonstra, na mesma medida que o autoritarismo avança sistematicamente.

Poderíamos supor, então, que se trataria de Jair Bolsonaro a consumação dessa tendência em vigor. Mas não, de forma alguma. Apresentar-lhes-ei uma outra hipótese. Antes, em estado de crisálida, uma mariposa hematófaga que crescia em Curitiba, as sombras do mito mequetrefe, rompe o invólucro e começa voar. O presidente da república Jair Bolsonaro não tem condições cognitivas mínimas para se tornar nem mesmo o maior dos estúpidos da história brasileira. Restar-lhe-á, em dado momento, apenas anedotas burlescas a seu respeito, ilustrativas de um tempo caricato ao delírio de teorias da conspiração e obscurantismo. Por outro lado, tem realizado, sem perceber, o trabalho sujo que servirá ao autêntico representante dos modos tirânicos hodiernos, deixando assim um larguíssimo campo aberto. As desavenças com governadores, até com aqueles que eram a ele simpáticos, como Ronaldo Caiado; as demissões por simples divergência e capricho, envolvendo o general Santos Cruz, Gustavo Bebianno, e principalmente a de Henrique Mandetta que, por sua vez, o incomodava pela popularidade atingida com mérito frente a pasta da saúde, expressa o orgulho característico da psicologia platônica do tirano. É por isso que Platão compreende que “o tirano terá que se livrar de todos”, é uma condição sine qua non, “se pretender governar, até que a sua volta não reste um único amigo ou inimigo de alguma dignidade”, pois nutre um egoísmo visceral por ser inteiramente dominado por seus apetites e frêmitos dos mais passionais – o que desencadeia a necessidade constante em ser o centro de todas as atenções. Todavia, isso constitui, inevitavelmente, a sua própria ruína, pois chegará um momento em que não será capaz de confiar nem mesmo em sua própria sombra.

Porém, estamos diante de um outro tipo de homem tirânico, que diferente do platônico não se deixa facilmente arrastar por seus ímpetos em histeria e chilique espontâneos. Pelo contrário, ele é frio, dissimulado. Olha de soslaio, sorri de canto de boca. Como um operador de telemarketing, fala quase sempre no mesmo tom, sem alterar drasticamente a voz, mesmo sob grande tensão. Não é porque não seja afetado pelos seus impulsos, mas porque os domina inteiramente, e por isso almeja realizá-los por completo no instante derradeiro. Não é uma disposição virtuosa, trata-se de uma disciplina dos vícios e iniquidades de um predador. Ao invés de inflamar-se por fora, como o tirano clássico, abrasa-se por dentro. Cirúrgico, como Hannibal Lecter, no clássico cinematográfico O Silêncio dos Inocentes, conhece os métodos mais eficazes no exercício da morte para não levantar tantas suspeitas. É por essa razão que suporta humilhações, é habilidoso em manter o foco. Cínico, sem utilizar de deboche, como na gíria ludovicense, “a cara nem treme”. É resiliente, de causar inveja ao melhor dos coachs; digo “melhor” apenas por cortesia. Não se importa de modo algum em perder a dignidade, em ser desautorizado, ultrajado, conquanto que isso garanta a saída oportuna no instante em que o seu adversário direto estiver em crise e enfraquecido pelas circunstâncias ou por sua própria inoperância. Arma em seu fracasso o próprio triunfo, fingindo ser a vítima, instaurando uma nova fase. Tem objetivos ao invés de sonhos, com ares megalomaníacos. Sendo assim considerado, o homem tirânico contemporâneo, que vos apresento, exerce o seu domínio, com efeito, através da indiferença atrativa de sua condição de existência, que serve de espelho ao ódio e ao moralismo exaltado das massas e dos homens médios que nele se reconhecem através de mecanismos de destruição que atuam como representações da eficácia.

Para conferir alguns exemplos, sem titubear Sérgio Moro outrora propôs o “excludente de ilicitude”, isto é, licença para matar, como uma das medidas do “pacote anticrime”. Sem qualquer constrangimento, foi contra o projeto de lei que visa punir abuso de autoridade, ao passo que se servira largamente, na condição de juiz, de medidas coercitivas e mandados de prisão mesmo sem necessidade. Não hesitou em condenar sem provas, e provavelmente por esse motivo foi contra a proposta de instauração do chamado “juiz de garantias”, o que poderia eventualmente inviabilizar a promoção de seu bel-prazer, a exemplo da possibilidade de indicar uma testemunha à acusação, como fizera, cujo processo ele mesmo julgaria.

Ora, levando em consideração tamanho grau de manipulação, premeditação e calculismo, em nome dos próprios interesses, seria quiçá possível e forçoso se concluir que se trata de um caso de psicopatia? Deixo isso a cargo de especialistas. Com requintes de crueldade, no ato do pronunciamento de sua demissão, não foi difícil acusar o presidente Jair Bolsonaro de crimes graves, dentre os quais se destacam improbidade administrativa, por tentar interferir no trabalho da Polícia Federal e crime de responsabilidade, ao impor que se destituísse do cargo o diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo, de modo a atender demandas pessoais, as quais pouco ainda se sabe. E, para coroar seu sadismo, fez questão de sugerir que tais eventos seriam até impensáveis em tempos dos governos petistas, os quais sempre foi oposição: “Imaginem se durante a própria Lava Jato, o ministro, o diretor-geral, a então presidente Dilma, o ex-presidente Lula ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações sobre as investigações em andamento”. Quase como um lance de poker, arrogando para si uma ausência de autonomia na condução do ministério, afirmando não ter tido “carta branca”, reforça a imagem de autoritário do presidente da república e suaviza a sua própria, permitindo assim passar a impressão de que agora, além de “símbolo” do combate à corrupção, seria também o mais honrado paladino da liberdade. “Falei com o presidente que [a exoneração de Valeixo] seria uma intervenção política [na PF], e ele disse que ‘seria mesmo’”, diz ainda o ex-ministro, não tendo qualquer empatia ao chutar, com a ponto de seu caro sapato social, um cão que gradativamente agoniza, num gesto de regozijo e júbilo incapaz de arrependimento. Foi praticamente indiferente aos problemas decorrentes com a pandemia de covid-19, cuja medida utilizada não passou de silêncio.

Conduto, não poderia sair momentaneamente de cena sem conservar um traço distintivo do bolsonarismo à construção do morismo: a formação intelectual deficitária, ou simplesmente a burrice arrogante. Ao declarar que houvera solicitado uma pensão, caso algo a ele acontecesse, cuja proposta não está prevista em lei, deixa claro seu reles domínio do conhecimento jurídico, além de confessar sem querer um crime, previsto no seguinte mecanismo legal:

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem” (Artigo 317 – código penal)

Destarte, duas facções certamente estarão em curso. O bolsonarismo deve sem dúvida se radicalizar ainda mais, com o estrebuchar do “gabinete do ódio”, o que nutrirá a possível ascensão do morismo sem precisar nem mesmo de propaganda. Como modelo de homem tirânico contemporâneo, é Sergio Moro, e não Bolsonaro, embora isso não retire esse último da condição de escória existencial, o verdadeiro expoente daquilo que se denomina, embora de modo insuficiente, de extrema-direita.

Por fim, caberá aos “cidadões de bem” decidir quem apoiar, cuja ignorância passa a vivenciar um dilema: qual desses dois criminosos é menos criminoso ao combater a corrupção e a ameaça comunista?

É difícil imaginar quando esse delírio irá se dissipar, trazendo de volta a lucidez indispensável que permita se pensar, com seriedade, a promoção da democracia. Reflexões são extremamente necessárias nesse momento, frente a possibilidades distópicas que tem avançado, que minam a liberdade e a ideia de cidadania. Como adverte Montesquieu, cujos conceitos inspiraram inclusive a nossa Constituição, “liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder”. Por isso, preservar instituições é imprescindível e, ao invés de buscar destruí-las ou fechá-las, por conta de falhas humanas, que sempre irão existir, o que se precisa é constantemente corrigi-las e aperfeiçoá-las, com alternância de poder e vigilância perene de suas práticas que a todos afeta. 

Sem inteligência, não há salvação…

Imagem destacada capturada aqui / Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Projeto Conexão Cultural dá fôlego financeiro a mais de 600 artistas em tempos de pandemia

No dia 18 de março, um dia antes de decretar situação de calamidade pública no Maranhão por conta da pandemia do novo coronavírus, o governador Flávio Dino anunciou em suas redes sociais um edital de apresentações via internet para apoiar artistas, já que o setor cultural foi um dos primeiros a parar por força da pandemia. 

Surgia ali o projeto Conexão Cultural. A iniciativa foi a solução encontrada para movimentar a economia criativa do Maranhão em tempos de distanciamento social. A ideia deu tão certo que no dia 4 de abril foi lançado um novo edital de apresentações culturais. 

O novo certame previa a seleção de 50 profissionais, mas por determinação do governador Flávio Dino, todos os artistas regularmente inscritos foram contemplados com o segundo edital do projeto. 

Ao todo, os dois editais selecionaram aproximadamente 650 artistas de várias modalidades culturais, como artes visuais, arte urbana, bandas de todos os gêneros, músicos de voz e violão, circo, dança, DJs, grupos instrumentais, performances teatrais e shows de humor.

Entre os contemplados, o DJ e pesquisador musical Pedrinho Dreadlock, que há 10 anos faz shows em São Luís com uma playlist heterogênea, que passeia pelo eletrônico, reggae, dub, soul e ritmos regionais, sempre com forte ênfase para a musicalidade negra. 

Com dois contratos fixos e vasta experiência na área artística, do dia para a noite o DJ viu seu faturamento como músico despencar devido à pandemia da Covid-19. Segundo Pedrinho, a quarentena que impôs o distanciamento social como saída para reduzir o contágio da doença “afetou 100% do seu rendimento”. 

“Eu não tenho como sair para gerar minha renda, os lugares em que me apresento estão fechados. Apertou tanto que estou me desfazendo de alguns equipamentos. Estou tentando desenvolver algo pela internet, mas ainda tá muito difícil. Nas lives, as pessoas preferem ajudar grandes artistas do que os artistas do seu próprio estado”, diz. 

Sua apresentação no projeto Conexão Cultural ainda não teve a data divulgada, mas ele reconhece a importância desse tipo de auxílio em um momento delicado para o setor artístico. 

“Eles foram muito felizes com essa iniciativa e em aprovarem todos os inscritos. Nota 10! Eu admiro muito a iniciativa. Não vejo nenhum estado que esteja fazendo isso com os artistas”, pontuou Pedrinho Dreadlock. 

DJ Pedrinho Dreadlock (Foto: arquivo pessoal)

Avaliação similar à do multi-instrumentista e produtor musical Sandoval Filho, que também foi selecionado na segunda chamada do Conexão Cultural. 

“Esse edital pra mim foi uma boa iniciativa do Estado, uma forma de não desamparar os músicos. Uma iniciativa excelente e necessária que eu acho que deve permanecer em apoio à classe artística enquanto a pandemia não acabar”, aponta o músico.            

Ele atua em projetos musicais consistentes da cena maranhense, como o duo Criolina e a Soulvenir, banda que ganhou projeção internacional em 2016 ao vencer o concurso EDP Live Bands Brasil e se apresentar em vários países da Europa.  

“Amparo fundamental”

Sandoval Filho diz que só não vem sofrendo tanto com os efeitos da pandemia porque mantém workshops online e algumas atividades de estúdio que não prescindem de contato físico com outros músicos. Sandoval Filho elogiou a decisão do governador em beneficiar todos os artistas inscritos no segundo edital. 

Sandoval Filho durante turnê da Soulvenir na Europa. (Foto: aquivo pessoal)

“Uma atitude dessa da parte do governador mostra que ele se preocupa com a classe artística. Isso é muito importante porque, infelizmente, é incomum as pessoas priorizarem ou darem importância para a classe artística. O meio artístico normalmente se locomove de forma independente e ter um amparo desse em uma situação como essa é fundamental”, afirmou. 

Já para Rhúzell Póvoas, músico que se apresenta com voz e violão em casas de shows maranhenses há duas décadas, se não fosse o projeto Conexão Cultural, o artista só teria como manter as despesas com o uso de uma reserva econômica pessoal e com o auxílio emergencial aprovado pelo Congresso.

“Achei uma grande iniciativa do estado, dando esse apoio aos artistas. Já dá pra dá uma ajuda nas despesas do músico enquanto esse período não acaba”, avalia Rhúzell. 

Os shows do Conexão Cultural são transmitidos pelo Instagram da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), @cultura.maranhao, e pelas redes sociais dos artistas. Cada apresentação tem duração de 15 a 30 minutos, com produção e transmissão ao vivo (lives) ou em mídia gravada enviada à Secma.

Imagem destacada / Rhúzell Póvoas (Foto: arquivo pessoal)