Uma das entidades organizadoras das manifestações, a Associação dos Professores da UFMA (Apruma) faz recomendações de segurança e cuidados sanitários para os participantes. Atividades iniciam sábado, 9h, na praça Deodoro.
29M: Fora Bolsonaro, recomendações da Diretoria da APRUMA
A APRUMA – Seção Sindical, por meio da sua atual Diretoria, vem construindo e participando de atos e intensificação de campanhas contra o governo genocida de Bolsonaro. Já foram inúmeras manifestações online, atos presenciais simbólicos e carreatas denunciando a política anticiência, as medidas econômicas desastrosas, a proposta de Reforma Administrativa, o PL 5595/2020 e os ataques para desmontar o Estado de Direitos que ainda garante, minimamente, estrutura pública com financiamento público da saúde e da educação.
A negação da pandemia do novo Coronavírus pelo governo, refletida na falta de política de enfrentamento e ausência de plano de imunização da população, fez o País passar da marca de 450 mil mortos, tantas vidas interrompidas e milhares de corações que sofrem a dor do luto e, em muitos casos, já tendo que se refazer para acolher amigos e familiares contaminados em situação moderada ou grave.
A Diretoria da APRUMA vem construindo, conjuntamente com diversas outras entidades, sindicatos, centrais, o Ato 29M – Fora Bolsonaro, às 9h, na Praça Deodoro, em São Luís, e colaborando em outras cidades do Estado com sua militância.
Em São Luís, nas plenárias já realizadas para organizar a manifestação, as entidades envolvidas definiram que o ato deve ser presencial, que animasse a população a retornar a ocupar as ruas e derrotar o Governo Bolsonaro, decisão com a qual a Diretoria da APRUMA tem pleno acordo, por entender que a população brasileira precisa retomar os espaços das ruas, comprovadamente a única forma capaz de derrotar governos autoritários.
Entretanto, com o recente aumento na curva de infecção da pandemia de covid-19, com ocupação de leitos de UTI na Região Metropolitana de São Luís acima de 90%, ponderamos que a retomada das ruas precisa ser feita de modo consequente e responsável. A realização de atos que reúnam multidões, embora necessária e legítima, precisa considerar a real situação pandêmica do momento do ato que, considerando os índices referentes à pandemia, é agora desfavorável.
Pelas ponderações manifestas, a Diretoria da APRUMA recomenda que ocupemos as ruas, gritemos: Fora Bolsonaro!
Mas se tiver com sintomas, ou testado positivo, ou cuidando de amigos ou familiares com Covid, não vá.
Aos companheiros e companheiras que se sentirem seguros e seguras em participar que o façam seguindo todos os protocolos sanitários que o momento exige.
O Maranhão recebeu, nesta quinta-feira (27), mais um lote de vacinas Pfizer. São 17.550 doses do imunizante que serão utilizadas para dar continuidade à imunização de pessoas com comorbidades, incluindo gestantes e puérperas, e pessoas com deficiência permanente.
“Estamos trabalhando para dar celeridade à vacinação de forma a alcançar o público conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde. Por ser um público novo, a orientação é que as doses sejam aplicadas todas como D1, o que nos dá tempo para a segunda dose já que o intervalo entre as doses é de 12 semanas”, disse a chefe do Departamento de Controle das Doenças Imunopreveníveis da SES, Halice Figueiredo.
As doses foram encaminhadas para a Central de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos do Maranhão (CEADI-MA), estrutura vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), responsável pela distribuição dos imunizantes. No local, as doses estão armazenadas em ultrafreezers, aparelhos que garantem a conservação adequada da vacina e podem chegar à temperatura de –86°.
A distribuição das doses deverá ser iniciada a partir da segunda-feira (31), tendo como destino os municípios da Grande Ilha, além de Imperatriz e Balsas. A partir da próxima semana, também receberão doses da Pfizer os municípios de Caxias e Timon, para realizar a vacinação de gestantes e puérperas com comorbidades.
Com a nova remessa, o Maranhão já recebeu 3.059.310 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 1.181.740 doses da CoronaVac, 1.800.350 da AstraZeneca e 77.220 da Pfizer. Só nesta semana, o Maranhão recebeu 487.050 vacinas, sendo 469.500 doses de AstraZeneca, incluindo 300 mil doses extras enviadas pelo Ministério da Saúde.
Esse artigo foi publicado em 16 de agosto de 2015 na primeira plataforma do Blog do Ed Wilson. Seis anos depois do texto, há sinais de aproximação entre Lula e Fernando Henrique Cardoso. Veja o texto original de 2015.
A fronteira entre o PT e o PSDB é curta e tênue.
Logo após a campanha de 2014, quando amigos e familiares ainda costuravam as feridas provocadas pelo tom agressivo da guerra eleitoral, a presidente eleita Dilma Roussef negou suas promessas e transformou-se em uma espécie de Aécio Neves de saia.
Dilma adotou o programa econômico do PSDB e efetivou no Ministério da Fazenda um dos principais representantes do neoliberalismo – Joaquim Levy.
Ato contínuo, o governo petista adotou uma série de medidas restritivas aos direitos dos trabalhadores, atingindo salários e aposentadoria.
Tudo aquilo que se esperava de um governo tucano foi antecipado pelo segundo mandato de Dilma.
Portanto, é preciso superar o maniqueísmo entre o PT e o PSDB. Esse fundamentalismo partidário entre vermelhos e amarelos não leva a lugar nenhum.
Para além das paixões eleitorais e afetos partidários, agravou-se uma crise da democracia brasileira que vai perdurar e seguir contaminando este e o próximo governo a ser eleito em 2018.
A crise é grave, ampla e não será resolvida apenas com a vitória eleitoral do PT ou do PSDB. Todo o Estado brasileiro está controlado pela corrupção eleitoral e administrativa.
Diante desse cenário, não será surpresa se Lula e FHC abrirem um diálogo na perspectiva de construir uma agenda mínima para o Brasil.
Afinal, entre eles não há grandes divergências. Os tucanos deram a Lula o mapa para navegar nas águas mansas da estabilidade do Plano Real. Até os economistas do PT reconhecem isso!
Lula aperfeiçoou os programas sociais criados pelo PSDB, transformando o Bolsa Família em uma das maiores plataformas de distribuição de renda do mundo.
INIMIGO MAIOR
Na atual conjuntura e no pós-2018, seja qual for o presidente eleito, o governo será parasitado pelo PMDB e a sua constelação – o PMDBismo.
O PMDBismo é a moeda da governabilidade, o cimento político do conservadorismo democrático e da corrupção. Nos últimos 20 anos, já teve várias denominações: Anões do Orçamento, Centrão, Mensalão e Petrolão.
No retrato atual da conjuntura, a principal figura pública do PMDBismo é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, síntese da política degenerada em todos os sentidos.
O PMDBismo é a negação da República porque parasita todos os governos. É disso que o Brasil precisa se livrar, atacando a cultura política que domina o sistema partidário brasileiro.
Esse tipo de coronelismo contemporâneo sustenta o ciclo vicioso do financiamento de campanha e amplia essa prática para a compra de apoio dentro do Congresso Nacional, através de cargos, favores e, na versão degenerada, o pagamento em dinheiro aos parlamentares. PACTO PELO BRASIL
Lula já manifestou interesse em dialogar com FHC. Se a ideia prosperar, petistas e tucanos podem consolidar um bloco partidário para enfrentar o parasitismo do PMDB e construir uma agenda urgente para o Brasil.
A reforma política, cortando o financiamento privado de campanha, deve ser o centro do debate, viabilizando uma Constituinte Exclusiva para rever as regras do jogo.
É fundamental estancar o mecanismo de alimentação financeira dos partidos por meios escusos. Essa é a raiz principal dos esquemas de corrupção que controlaram o Congresso Nacional.
Torna-se impositivo cortar pela raiz o mal da corrupção eleitoral.
Além da reforma política, a agenda entre PT e PSDB deve incluir a pactuação da governabilidade sem submissão ao PMDB, daí a necessidade da aliança entre petistas e tucanos dentro do Congresso Nacional.
Outra questão fundamental é atualizar o programa da social-democracia, comum ao PT e ao PSDB, construindo um conjunto de ações para a retomada do desenvolvimento econômico.
A crise é ruim para todos os partidos que pretendem construir a governabilidade no quadro atual.
Diante das condições políticas e administrativas do Brasil contemporâneo, inviável sob a égide do PMDBismo, a saída é juntar as afinidades e o pragmatismo do PT e do PSDB para salvar o Brasil. Acima de tudo, é preciso deixar bem claro que o pacto não tem o objetivo de resolver as graves desigualdades do Brasil. Essa é uma questão mais profunda do capitalismo e da luta de classes.
O pacto é uma agenda emergencial, visando impedir o caos político e administrativo, que vai penalizar principalmente os mais pobres. EVITANDO O PIOR
Assim, o pacto entre o PT e o PSDB visa destruir o inimigo maior – o PMDBismo – para evitar o pior cenário: a ascensão do fascismo e a negação da democracia.
Enquanto petistas e tucanos apaixonados se agridem na internet, enxergando grandes diferenças entre Lula e FHC, a extrema direita cresce, ganhando a simpatia de fanáticos despolitizados.
Nesse oceano de incertezas e vazios na condução do país, há um ambiente fértil para a adesão da massa desempregada e sem esperança aos ideais totalitários. O Congresso Nacional está cheio de Bolsonaros dispostos a conduzir as insatisfações da população ao pior dos mundos.
A democracia foi o melhor regime até agora construído pela humanidade, com todos os seus defeitos. Não podemos abrir mão dela.
O pacto PT+PSDB visa evitar o pior – a emergência de setores fascistas e a abertura de espaço para os golpismos da extrema direita.
Entre a social-democracia de Lula/FHC e o fascismo da extrema direita, é melhor ficarmos com a parceria tucano-petista.
Lula e FHC precisam conversar muito mais.
Imagem destacada / Lula já enviou sinais de que está aberto ao diálogo com os tucanos liderados por FHC
A categoria dos bancários do Maranhão teve uma importante vitoria sábado, 22 de maio. Apurados os votos para eleição do seu Sindicato, venceu a Chapa 1 “Trabalho, Resistência e Luta”, presidida por Dielson Rodrigues (Banco do Brasil).
A vitória da Chapa 1 representa a continuidade de uma ação promovida por um grupo de trabalhadores e trabalhadoras que é reconhecido nacionalmente. Isso é fato!
Hoje, o Sindicato dos Bancários do Maranhão é um dos principais sindicatos do Brasil. É uma referência de luta, independência e transparência. A Chapa 1 teve o apoio da atual diretoria do Sindicato, presidida por Eloy Natan.
A vitória foi eleitoralmente expressiva, com a Chapa 1 tendo 1.673 votos (66,23%) e os adversários tendo 852 (33,77%). A Chapa presidida por Dielson Rodrigues teve o dobro de votos da chapa derrotada.
A verdade venceu
Se eleitoralmente foi tranquilo, no plano político a Chapa 1 enfrentou grande baixaria, sofrendo ataques, inclusive de instrumentos ligados a extrema direita bolsonarista.
No dia 12 de maio, no meio da campanha eleitoral para a direção do Sindicato dos Bancários, a Agência Tambor publicou editorial intitulado “A informação vencerá a calúnia”.
Nesse texto, deixamos muito claro, para a opinião pública e para a categoria, “nosso apoio irrestrito a Chapa 1”.
Além do apoio, lamentamos e informamos que integrantes da Chapa 1 foram obrigados a mover ações na Justiça, por conta de calúnias.
Hoje, com a vitoria da verdade na eleição do Sindicato dos Bancários do Maranhão, podemos dizer que a verdadeira democracia saiu ganhando.
Salve a democracia! E parabéns a toda a categoria!
Nesta segunda-feira, dia 24, a equipe do projeto “Amo, Poeta e Cantador” desembarca na cidade de Axixá, a aproximadamente 100 Km da capital maranhense, para iniciar a confecção do seu segundo grande ‘Mural da Memória’, de um total de 10 que o projeto fará neste ano de 2021.
A homenagem, dessa vez, é ao músico, poeta e compositor Francisco Naiva, fundador do Bumba meu Boi de Axixá, o mais antigo boi de sotaque de Orquestra da Região do Munim.
Personalidade reconhecida no meio artístico e cultural do estado do Maranhão, Francisco Naiva partiu em 2013, aos 81 anos, mas deixou um grande legado – afirma sua filha Leila Naiva, que atualmente comanda o Bumba meu Boi de Axixá, mantendo vivas as tradições e também a ‘mesma paixão’, assegura, que o pai tinha pela brincadeira.
“Sem amor e dedicação não dá pra fazer bem feito. A batida única do sotaque de Orquestra do Boi de Axixá está na minha alma. E, assim como o meu pai, Francisco Naiva, tenho me esforçado para que o Boi de Axixá não perca a sua essência. Quero manter vivo o nome e o legado dele”, fala Leila Naiva, que, atualmente, também é secretária de Cultura e Turismo do município de Axixá.
O ‘Mural da Memória’ em homenagem ao mestre Francisco Naiva será confeccionado entre os dias 24 e 27 de maio, no muro da sede do Bumba Boi de Axixá, às margens da MA 402, no sentido de quem segue para a região dos Lençóis Maranhenses e para Rota das Emoções, que leva a Barreirinhas, Tutóia, Fortaleza, e outras cidades turísticas do nordeste brasileiro.
O primeiro mural graffitado este ano pelo artista Gil Leros, nesta nova etapa do projeto “Amo, Poeta e Cantador”, foi no Centro de Saúde do bairro da Liberdade, entre os dias 19 e 23 de abril. O homenageado foi o mestre Leonardo, fundador do Boi da Liberdade, de sotaque de Zabumba. Além de São Luís e Axixá, serão construídos ‘Murais da Memória’ em Cururupu, Barreirinhas, Guimarães, Viana e São José de Ribamar.
Paralelamente à confecção dos murais, imagens estão sendo captadas para a produção de um documentário, que vai contar a história, tradição, trajetória, sotaques, e falar também sobre as grandes personalidades do Bumba meu Boi do Maranhão. O projeto é uma realização do Bumba meu Boi da Floresta, com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Benfeitoria e do Sitawi.
Imagem destacada / artista Gil Leros registra homenagens em várias cidades do Maranhão / divulgação
O presidente Jair Bolsonaro e os seus seguidores ocuparam novamente as ruas de algumas cidades neste domingo (23), em mais um ato de afronta às recomendações das autoridades sanitárias.
Enquanto o número de vítimas da covid19 no Brasil se aproxima de meio milhão de mortos, os bolsonaristas participaram de atos com aglomeração e sem máscaras.
Como se não bastassem esses absurdos, os manifestantes insultaram e expulsaram um repórter da CNN Brasil da manifestação no Aterro do Flamengo (Rio de Janeiro), no momento em que ele fazia a cobertura do evento.
A violência contra jornalistas de qualquer emissora é inaceitável.
Este blog é avesso à linha editorial da CNN Brasil, um dos conglomerados da mídia de mercado associado à CNN Internacional, alinhada aos projetos hegemônicos das elites em todos os países onde a emissora atua.
A CNN Brasil tem entre os seus âncoras o jornalista Alexandre Garcia, ex-apresentador da Rede Globo e atualmente um dos mais expressivos bolsonaristas da CNN Brasil.
Mesmo assim, não se pode legitimar a violência contra o trabalho do repórter da CNN que foi proibido de fazer o seu trabalho.
A liberdade de imprensa é um preceito fundamental da democracia.
Quando o fanatismo e a intolerância se misturam é um péssimo sinal de que os tons do fascismo avançam contra as instituições essenciais ao Estado Democrático de Direito, a exemplo do Jornalismo.
Usar máscara, lavar as mãos, vacinar e manter o isolamento social devem ser repetidos exaustivamente no coração e na mente de cada brasileiro(a).
Sem uma ampla campanha educativa nos meios de comunicação convencionais e nas redes digitais não haverá conversão do povo às medidas sanitárias.
Informação qualificada tem de ser uma obsessão permanente, no sentido de disseminar conteúdo como se estivéssemos fazendo propaganda de guerra.
Nesta guerra todas as armas são válidas. O velho panfleto, carro de som nos bairros, investimento nas emissoras comunitárias, FMs, AMs e webradios, propaganda no horário nobre da televisão e todos os recursos das novas tecnologias precisam ser arregimentados em uma convocação para a defesa da vida.
É preciso inundar o imaginário do povo com informações de combate à pandemia.
Se não podemos esperar quase nada do governo federal, cabe às administrações estaduais elaborar e colocar em prática um plano estratégico de comunicação sobre a pandemia covid19.
O Consórcio de Governadores do Nordeste, experiência exitosa em vários aspectos, precisa refletir sobre uma ação conjunta de comunicação pública.
Há muito dinheiro investido em propaganda de obras e outros feitos dos governadores(as). Todos os dias as telas são inundadas com anúncios fartamente exibidos ao longo de toda a programação da TV, principalmente no horário nobre, além da vastidão de informes publicitários nas redes digitais.
O escritor Eugênio Bucci já advertia para um vício da comunicação institucional denominado narcisismo dos gestores. Isso ocorre quando o dinheiro da comunicação pública serve para turbinar a promoção pessoal dos governadores, presidentes e prefeitos.
Nos períodos mais próximos das eleições esse vício é ampliado em dimensões gigantes.
A razão é simples. O Brasil virou um grande necrotério. É hora de dar um tempo na propaganda narcísica e pensar mais na vida de milhões de brasileiros.
Estamos falando de mortes que podem ser evitadas com informação.
A fortuna investida na promoção pessoal dos gestores precisa ser convertida em propaganda educativa sobre as medidas sanitárias. O dinheiro público das verbas publicitárias deve retornar à sociedade no formato de comunicação institucional para proteger a vida.
Atravessamos o momento mais perigoso, quando a população, ameaçada por uma terceira onda de contaminação, acha que a pandemia está acabando e abre a guarda.
O perigo de uma tragédia ainda maior está posto. Para combate-lo é necessário forte investimento na persuasão do povo brasileiro para absorver o sentido protetivo das medidas sanitárias.
Com o tema: “Reconstruir o país: a retomada do estado democrático de direito e a defesa da educação pública, gratuita, democrática, laica, inclusiva e de qualidade social”, e o lema: “Educação para todos/as se constrói com Democracia e participação social: nenhum direito a menos”, foi lançada nesta quinta-feira (20) a Conferência Maranhense de Educação (Comae 2022), uma ação do Fórum Estadual de Educação (FEE), em regime de colaboração com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), prefeituras, instituições públicas e sociais.
A Comae tem como objetivo geral potencializar ações de mobilização de setores e segmentos da educação maranhense com vistas à defesa de um Estado Democrático de Direito, que garanta educação pública, de gestão pública, gratuita, inclusiva, laica, democrática e de qualidade social para todas e todos.
As Conferências de Educação, além de previstas em lei (Lei Federal nº 13.005/14, de 24 de junho de 2014; Lei nº 10.009, de 11 de junho de 2014 e Leis que aprovaram os Planos Municipais de Educação), possuem um caráter mobilizador e propositivo, articulam expectativas da sociedade brasileira, em relação ao direito à educação e, por meio da interação democrática entre sociedade civil e governo, promovem o debate e a construção de propostas para a definição e implementação de políticas públicas para a educação.
A cerimônia, que ocorreu de forma virtual, pelo canal da Seduc no YouTube, foi acompanhada por aproximadamente 650 pessoas representantes da comunidade escolar e sociedade civil organizada, e contou com a participação do secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão; de Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); de Emerson Araújo, da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME); do deputado estadual Zé Inácio; e da professora Benedita Costa, coordenadora do Fórum Estadual de Educação, que fez a abertura do evento destacando a importância da conferência.
“As Conferências de Educação, além elas serem previstas em leis, vêm se consolidando como instrumento democrático de participação popular na definição da política educacional do país, onde envolve todos os seguimentos: gestores escolares, professores, funcionários de escola, estudantes, e pais de alunos, movimentos sociais, então todos os segmentos da sociedade têm oportunidade dessa discussão que tem um caráter mobilizador e propositivo, além de articular a expectativa da sociedade brasileira em relação ao direito à educação. E por meio da interação democrática entre a sociedade civil e o governo, promove o debate para construção de propostas para definição da educação pública no nosso país, no nosso estado e no nosso município”, destacou a professora Benedita Costa.
A professora Benedita também destacou a mobilização para que as conferências populares fossem realizadas. “Em 2016, o Governo Federal, sob a presidência de Michel Temer, rompeu com o Fórum Nacional de Educação (FNE) que, até então era responsável pelas conferências. A sociedade civil organizada uniu esforços e criou o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), que assumiu as conferências de educação de 2018. E hoje, é sob a coordenação do FNPE que nós estamos realizando as conferências. E como temos um governo federal que não está preocupado com a educação, não sabemos se eles têm a intenção de realizar as conferências. Então, é fundamental que a sociedade civil se mobilize e participe dessas conferências nos seus municípios”, complementou Benedita.
O professor Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), destacou a importância da sociedade civil organizada, que inclui as entidades de defesa da educação, se reorganizar para enfrentar o desmonte que está sendo feito na educação.
“É por isso que nós nos reagrupamos no Fórum Nacional Popular da Educação depois do golpe de 2016: o golpe da Presidente Dilma, o golpe nos direitos da classe trabalhadora, um golpe na educação e nas políticas públicas, com a Emenda Constitucional nº 95 que reduz os investimentos na educação até 2036, e consequentemente atacou as políticas que conquistamos com o Plano Nacional de Educação […]. Por isso, estou aqui para conversar com vocês sobre o instrumento de mobilização que o Fórum Nacional Popular de Educação coloca, mais uma vez, pelo Brasil a fora: a Conape 22. […] Defendemos a escola gratuita e democrática, com gestão pública”, destacou o professor Heleno.
Todos os participantes chamaram atenção para a necessidade da mobilização e participação popular nas conferências como forma de fazer proposições em defesa da educação.
“Nós entendemos que não dá mais para continuar brincando de fazer educação. Nós entendemos que a educação brasileira teve momento importante nos governos populares, iniciado em 2013 e interrompida com o golpe de 2016. Mas, essa educação precisa avançar mais! Eu entendo que os governos progressistas, os governos estaduais, os governos municipais progressistas devem, também, defender essa pauta de educação de qualidade social. Nós temos que defender a execução do Plano Nacional, os Planos Estaduais e Municipais de Educação”, pontuou Emerson Araújo, presidente da UNCME.
“Sabemos que fazer as conferências de educação não será fácil. Mas, teremos que fazer: as conferências municipais, estaduais e nacional. […] O que me chama a atenção é que a conferência é um instrumento de articulação, diálogo e de formatação de governo e sociedade civil, e este ano talvez nem teremos a participação do governo federal, ou pelo menos uma participação ativa do governo federal na organização dessas conferências. Daí a importância da Famem e do Governo do Estado fortalecerem essas conferências”, frisou o deputado estadual Zé Inácio.
O secretário Felipe Camarão encerrou o evento destacando o momento que a sociedade brasileira enfrenta. “Nós estamos vivendo um momento de necessidade de reconstrução da sociedade, de reconstrução da educação brasileira. E essa reconstrução passa, inclusive, pela ausência de um Ministério da Educação, porque, hoje no país nós não temos um Ministério da Educação. Nós temos tanta pauta importante, no entanto, lá no Congresso Nacional com uma pauta de homeschooling, por exemplo, querendo acabar com a educação das nossas crianças, dos nossos jovens na escola. Uma pauta que vai na contramão do que defendemos e que temos de importante no momento: garantir a vacinação, combater a pandemia, viabilizar uma estrutura tecnológica para a educação pública nos estados e municípios, que é o fortalecimento da Educação Básica, do Fundeb, dentre outras”, enfatizou Felipe Camarão.
“De maneira proporcional foi o Maranhão que mais vacinou profissionais da educação. A vacinação do Maranhão representa mais da metade da imunização dos profissionais da educação do Nordeste. Portanto, nós estamos avançando e avançado muito, com respeito aos nossos profissionais e com a esperança em dias melhores”, declarou Felipe.
A conferência estadual traz seis eixos temáticos que servirão de embasamento para Conferências Livres, Municipais e Conferências Regionais que acontecerão ao longo deste ano, nas sedes das 19 Unidades Regionais de Educação (UREs) do Estado, com a finalidade de cumprir as etapas preparatórias da Conape 2022, coordenada pelo Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE).
Imagem destacada / Secretário Felipe Camarão no lançamento da Conferência Maranhense de Educação 2022 (Foto: Reprodução)
“Amanhece o sol muito claro, prometendo um formoso dia, e dentro em uma hora tolda o céu de nuvens, e começa a chover como no mais entranhado inverno.” Sermão da Quinta Dominga da Quaresma
Vivendo no Maranhão, no período de 1652 a 1661, o padre Antônio Vieira interpretou uma parte do metabolismo de São Luís no Sermão da Quinta Dominga da Quaresma.
No sermão consta a seguinte fábula: ao cair do céu, o diabo espatifou-se em vários pedaços e estes espalharam por diversos países da Europa, atribuindo a cada povo as características relacionadas às partes do corpo.
A cabeça do demo tombou na Espanha, daí serem os espanhóis “furiosos, altivos, e com arrogância graves”. O peito desabou na Itália, tornando os italianos “fabricadores de máquinas”. O ventre desmoronou na Alemanha, justificando a inclinação dos germanos à gula “e gastarem mais que os outros com a mesa e com a taça”.
Os pés, conta ainda a fábula, precipitaram na França, fazendo os franceses “pouco sossegados, apressados no andar, e amigos de bailes”. Os dois braços com mãos e unhas grandes foram parar na Holanda e em Argel, justificando o espírito corsário daqueles povos.
Vizinho à Espanha, Portugal foi contemplado com o fragmento da cabeça mais precioso ao sermão – a língua, com seus vícios e o abecedário formulado por Drexélio. A língua dividiu-se em vários domínios lusos. Ao Maranhão, couberam as interpretações sobre a letra “M”, conforme explica Vieira:
Esta é a substância do apólogo, nem mal formado, nem mal repartido, porque, ainda que a aplicação dos vícios totalmente não seja verdadeira, tem contudo a semelhança de verdade, que basta para dar sal à sátira. E, suposto que à Espanha lhe coube a cabeça, cuido eu que a parte dela que nos toca ao nosso Portugal é a língua, ao menos assim o entendem as nações estrangeiras que de mais perto nos tratam. Os vícios da língua são tantos, que fez Drexélio um abecedário inteiro e muito copioso deles. E se as letras deste abecedário se repartissem pelos estados de Portugal, que letra tocaria ao nosso Maranhão? Não há dúvida, que o M. M – Maranhão, M – murmurar, M – motejar, M – maldizer, M – malsinar, M – mexericar, e, sobretudo, M – mentir: mentir com as palavras, mentir com as obras, mentir com os pensamentos, que de todos e por todos os modos aqui se mente.
A leitura imediata da fábula, ao pé da letra, pode considerar uma pesada dose de preconceito e discriminação do autor sobre o Maranhão, mas o desenvolvimento do sermão é uma instigante construção dialética sobre os conceitos de verdade e mentira.
Quanto às outras palavras iniciadas pela letra “M”, elas denotam rir, gracejar, brincar, escarnecer, divertir-se, zombar, fofocar, intrigar e outros verbos que expressam em parte os conteúdos da conversação e dos qualificativos presentes na comunhão da vida pública e privada no cotidiano do maranhense.
Imagem destacada / colagem horizontal de duas fotos do céu de São Luís: a primeira foto azulada e a segunda cinza, indicando tempo fechado com ameaça de chuva / Fotos e montagem: Ed Wilson Araújo
Já está disponibilizado para as rádios comunitárias de todo o Maranhão e de outros estados a nova edição do programa “Rádio Abraço Saúde”. Nesse episódio o tema abordado é a influência do novo coronavírus e das suas variantes nas pessoas diabéticas, hipertensas e obesas, além dos outros tipos de comorbidades.
A produção do programa é da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão.
Para falar sobre esse tema a entrevistada é a médica infectologista Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco, doutora em Medicina Tropical e Saúde Internacional, pesquisadora e professora associada na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
A série de programas Rádio Abraço Saúde tem o objetivo de orientar e educar a população através de conteúdos simples e objetivos veiculados nas rádios comunitárias, levando informação confiável para as populações localizadas nos municípios mais distantes dos grandes centros urbanos.
Clique abaixo e ouça o programa.
As edições anteriores podem ser acessadas aqui e aqui.