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Uema divulga medidas sanitárias para a realização das provas do Paes 2021

A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio da Assessoria de Seletivos e Concursos, divulgou documentos com medidas de biossegurança para realização das provas do Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior – Paes 2021, que é o vestibular da instituição.

Por causa da pandemia da Covid-19, os 43.956 candidatos inscritos no vestibular da Uema foram divididos em dois grupos. Desse modo, cerca de 23.685 candidatos irão participar das provas no primeiro dia e os outros 20.271 no segundo dia.

Dentre as medidas de biossegurança a serem adotadas pela Uema que constam no documento estão: disponibilizar álcool gel 70% em vários pontos dos locais de prova; afastamento mínimo de 2 metros entre mesas e cadeiras individuais; realizar marcações em cada prédio para que seja mantido o distanciamento social durante o fluxo de pessoas nos dias das provas; dispor colaboradores para organizar as filas dentro ou fora de cada prédio; aferição da temperatura, na entrada de cada local da prova; restrição do número de candidatos por sala que não ultrapassará 40% de sua capacidade máxima.

Já para o candidato as orientações são: utilizar máscara, de forma a cobrir a boca e o nariz; submeter-se a aferição da temperatura corporal para permissão de acesso ao local de aplicação da prova; higienizar as mãos com álcool gel 70% que será disponibilizado nos locais de prova; substituir a máscara de proteção facial a cada 2 horas; evitar aperto de mãos, beijos e abraços; obedecer às demarcações de distanciamento (2 metros) e às orientações dos fiscais e coordenadores de prova sobre as medidas de segurança; levar sua própria garrafa, transparente e sem rótulo, devidamente abastecida com água; e apenas consumir alimentos secos durante a realização da prova.

Sobre o Paes 2021

O vestibular em etapa única irá ocorrer nos dias 4 e 5 de julho para evitar aglomerações. A prova consiste em 44 questões objetivas de múltipla escolha e uma produção textual.

O Paes 2021 irá selecionar candidatos aos cursos de graduação, na modalidade presencial, para o primeiro e o segundo semestres. Estão sendo ofertadas 4.080 vagas para os campi da Uema e 855 vagas para a UemaSul.

O cartão de confirmação de inscrição estará disponível no site www.paes.uema.br, no período do dia 28 de junho a 4 de julho.

No cartão de confirmação de inscrição, o candidato poderá conferir local, data e horário da prova, além das medidas de biossegurança que devem ser seguidas no dia do certame.

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Governo realiza força-tarefa para vacinação em massa em Alcântara

O vice-governador Carlos Brandão esteve no município de Alcântara, nesta segunda-feira (14), junto com o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, para acompanhar as ações da força-tarefa que vem sendo executada para vacinar toda a população maior de 18 anos contra a Covid-19. O trabalho está sendo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Prefeitura de Alcântara, e faz parte das estratégias do Governo do Estado para acelerar a vacinação contra a doença no Maranhão. 

A cidade já conta com mais de 15 mil pessoas vacinadas com a primeira dose. O município é caracterizado pela grande presença de quilombolas, um dos grupos inseridos no público-alvo da campanha de vacinação contra a Covid-19. A proposta do Governo é, com o cenário oportuno, tornar Alcântara uma das primeiras cidades brasileiras a ter toda a população adulta vacinada.

“O Maranhão é o estado do país com melhor desempenho no combate à Covid-19 e a cidade de Alcântara possui o melhor índice de vacinação. Portanto, nossa intenção é fazer com que aqui seja o município com maior número de imunizados o mais rápido possível. Quero destacar ainda o empenho das equipes de saúde do Estado em parceria com a Prefeitura, pois sem eles não teríamos este resultado que já é um exemplo para o Brasil”, disse o vice-governador Carlos Brandão. 

O município de Alcântara faz parte da Região Metropolitana de São Luís e tem população total de 22 mil habitantes. Para alcançar todos os habitantes maiores de 18 anos, as secretarias de Saúde do Estado e do Município uniram forças, principalmente na vacinação da segunda dose.

Para isso, a SES destacou para o município equipes da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma). São enfermeiros, aplicadores e digitadores que, em conjunto com os profissionais municipais, estão colaborando para o avanço do processo de vacinação. 

O secretário Carlos Lula observou que, nos próximos dias, todo o município deverá ser alcançado com a vacina. “Alcântara vira referência histórica para o Brasil em imunização. O principal motivo deste sucesso é a população e o fato de ela ter acolhido a iniciativa, pois precisamos controlar a doença e não só aqui, mas também no país inteiro e essa é a mensagem que queremos enviar para todo o país, incentivando os estados e municípios a seguirem firmes na vacinação, pois juntos vamos vencer!”, enfatizou.

O prefeito da cidade, Padre William, enfatizou que, em até um mês, todos deverão ter tomado a primeira e a segunda dose. “Alcântara agradece ao Governo do Estado pelo apoio. Somente unidos e firmes no propósito contra o vírus é que iremos vencer a pandemia em busca de dias melhores”, disse o gestor municipal.

Cidade já conta com mais de 15 mil pessoas vacinadas com a primeira dose (Foto: Ruy Barros)

O agricultor Antônio Mendes, de 32 anos, aproveitou o ponto de vacinação montado em frente à Unidade Básica de Saúde Caravelas para receber a sua segunda dose. “A expectativa era grande para ser imunizado. A vacina, no momento, é a única arma que temos contra o vírus, por isso é ideal que todos aproveitem a oportunidade e se vacinem”, alertou. 

Comunidades Quilombolas 

Alcântara é o município com maior número de quilombos no Brasil. Ao todo são 204 comunidades, onde vivem mais de 3,3 mil famílias. A Comunidade Quilombola Peroba, localizada a 35km da sede do município foi uma das contempladas com a ação de vacinação nesta segunda-feira (14). Lá residem aproximadamente 650 pessoas, 500 destas maiores de 18 anos.

Membro da Comunidade Peroba, Vicente Amaral Rodrigues, de 71 anos, disse ter sido um grande passo para a população quilombola de Alcântara. “Nessa pandemia em que estamos vivendo, nós ficamos com medo, mas com a vacina podemos nos sentir mais confiantes para andar no meio da sociedade. Eu espero que essa vacina chegue a mais pessoas, assim como chegou até a gente”, pediu Vicente.

Imagem destacada / Vice-governador Carlos Brandão e secretário Carlos Lula acompanharam a força-tarefa para vacinação (Foto: Luiz Paula)

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Bicentenário da Imprensa no Maranhão terá livro comemorativo

Em 2021 ocorrerão as comemorações do Bicentenário da Imprensa Maranhense. A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) fará uma série de publicações e eventos. Uma comissão (estou nela com vários colegas) está organizando essas ações.

Uma das obras, com selo da Editora da UFMA, vai reunir artigos sobre os meios impresso e eletrônico (rádios, TV, internet etc) e os trabalhos podem relacionar as mídias/jornalismo do Norte/Nordeste com as do Maranhão em qualquer período.

O livro é organizado pelos professores Marcos Fabio Belo Matos (vice-reitor da UFMA), Roseane Arcanjo Pinheiro (Curso de Jornalismo/PPGCOm UFMA Imperatriz) e  Roni César Andrade de Araújo (Curso de História da UEMA). Os docentes são membros da Comissão Científica das Comemorações pelos 200 Anos da Fundação da Imprensa no Maranhão.

Segue abaixo o link.sobre-os-200-anos-da-imprensa-no-maranhao Leia mais em http://portalpadrao.ufma.br/site/noticias/lancado-edital-para-publicacao-de-livro-

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Aos namorados do Brasil

Dai-me, Senhor, assistência técnica
para eu falar aos namorados do Brasil.
Será que namorado algum escuta alguém?
Adianta falar a namorados?
E será que tenho coisas a dizer-lhes
que eles não saibam, eles que transformam
a sabedoria universal em divino esquecimento?
Adianta-lhes, Senhor, saber alguma coisa,
quando perdem os olhos
para toda paisagem ,
perdem os ouvidos
para toda melodia
e só vêem, só escutam
melodia e paisagem de sua própria fabricação?

Cegos, surdos, mudos – felizes! – são os namorados
enquanto namorados. Antes, depois
são gente como a gente, no pedestre dia-a-dia.
Mas quem foi namorado sabe que outra vez
voltará à sublime invalidez
que é signo de perfeição interior.
Namorado é o ser fora do tempo,
fora de obrigação e CPF,
ISS, IFP, PASEP,INPS.

Os códigos, desarmados, retrocedem
de sua porta, as multas envergonham-se
de alvejá-lo, as guerras, os tratados
internacionais encolhem o rabo
diante dele, em volta dele. O tempo,
afiando sem pausa a sua foice,
espera que o namorado desnamore
para sempre.
Mas nascem todo dia namorados
novos, renovados, inovantes,
e ninguém ganha ou perde essa batalha.

Pois namorar é destino dos humanos,
destino que regula
nossa dor, nossa doação, nosso inferno gozoso.
E quem vive, atenção:
cumpra sua obrigação de namorar,
sob pena de viver apenas na aparência.
De ser o seu cadáver itinerante.
De não ser. De estar, e nem estar.

O problema, Senhor, é como aprender, como exercer
a arte de namorar, que audiovisual nenhum ensina,
e vai além de toda universidade.
Quem aprendeu não ensina. Quem ensina não sabe.
E o namorado só aprende, sem sentir que aprendeu,
por obra e graça de sua namorada.

A mulher antes e depois da Bíblia
é pois enciclopédia natural
ciência infusa, inconciente, infensa a testes,
fulgurante no simples manifestar-se, chegado o momento.
Há que aprender com as mulheres
as finezas finíssimas do namoro.
O homem nasce ignorante, vive ignorante, às vezes morre
três vezes ignorante de seu coração
e da maneira de usá-lo.

Só a mulher (como explicar?)
entende certas coisas
que não são para entender. São para aspirar
como essência, ou nem assim. Elas aspiram
o segredo do mundo.

Há homens que se cansam depressa de namorar,
outros que são infiéis à namorada.
Pobre de quem não aprendeu direito,
ai de quem nunca estará maduro para aprender,
triste de quem não merecia, não merece namorar.

Pois namorar não é só juntar duas atrações
no velho estilo ou no moderno estilo,
com arrepios, murmúrios, silêncios,
caminhadas, jantares, gravações,
fins-de-semana, o carro à toda ou a 80,
lancha, piscina, dia-dos-namorados,
foto colorida, filme adoidado,,
rápido motel onde os espelhos
não guardam beijo e alma de ninguém.

Namorar é o sentido absoluto
que se esconde no gesto muito simples,
não intencional, nunca previsto,
e dá ao gesto a cor do amanhecer,
para ficar durando, perdurando,
som de cristal na concha
ou no infinito.

Namorar é além do beijo e da sintaxe,
não depende de estado ou condição.
Ser duplicado, ser complexo,
que em si mesmo se mira e se desdobra,
o namorado, a namorada
não são aquelas mesmas criaturas
que cruzamos na rua.
São outras, são estrelas remotíssimas,
fora de qualquer sistema ou situação.
A limitação terrestre, que os persegue,
tenta cobrar (inveja)
o terrível imposto de passagem:
“Depressa! Corre! Vai acabar! Vai fenecer!
Vai corromper-se tudo em flor esmigalhada
na sola dos sapatos…”
Ou senão:
“Desiste! Foge! Esquece!”
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem.
Fogem os covardes.
Que importa? A cada hora nascem
outros namorados para a novidade
da antiga experiência.
E inauguram cada manhã
(namoramor)
o velho, velho mundo renovado.

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Pandemia favorece os mais ricos

O Brasil, terra dos paradoxos, regrediu quanto às condições econômicas (…)

Artigo de Frei Betto, publicado originalmente aqui

O Brasil, terra dos paradoxos, regrediu quanto às condições econômicas da população durante a pandemia e, no entanto, aumentou o número de bilionários. O empresariado industrial cede lugar à burguesia financeira. O dinheiro se desloca da propriedade imóvel (agropecuária e industrial) para a propriedade móvel (ativos financeiros).

Segundo Oded Grajew, da Oxfam Brasil, aqui os 5% mais ricos concentram em mãos 95% da renda nacional, e 10% possuem 74% das riquezas.

A revista Forbes, que pesquisa os mais ricos no mundo, informa que, no Brasil, dobrou o número de pessoas que tiveram aumentada suas fortunas em pelo menos 1 bilhão de dólares (R$ 5 bilhões). O elenco passou de 31, em 2016, para 65, em 2021. Assim, no país a participação dos ricos no total de bilionários do mundo saltou de 1,7% (2016) para 2,4% em 2021.

Já a economia brasileira caminha em sentido inverso. Regrediu do 9º para o 12º lugar no ranking dos maiores PIB do mundo. Se comparada com a evolução da riqueza global, a participação do Brasil foi reduzida em 33,3%, pois deixou de representar 2,4% do PIB mundial (posição em 2016) para assumir, em 2020, o exíguo perfil de apenas 1,6%.

Caiu também o PIB por habitante. Na lista de 195 países, o Brasil passou da 76ª posição, em 2014, para a 85ª posição em 2020, segundo dados do FMI. Nosso PIB retrocedeu 3,8% entre os governos Temer e Bolsonaro.

De acordo com dados do IBGE (novembro de 2020), no Brasil mais de 50 milhões de pessoas se encontram na pobreza (renda per capita mensal de, no máximo, R$ 499), e 13 milhões, na extrema pobreza (renda mensal não ultrapassa R$ 178).

Da população brasileira, 14,4 milhões estão desempregados; 40 milhões sobrevivem de empregos informais; 13,6 milhões vivem em favelas. Passa da metade o número de brasileiros de 25 anos ou mais que não concluíram a educação básica, e 33,1% não terminaram o ensino fundamental. Outro dado preocupante: a cada ano, são assassinados, em nosso país, 44 mil pessoas, a maioria negros e pobres. Somos a sétima nação mais desigual do mundo.

Dados Globais

Entre 2016 e 2020, a economia global cresceu 10,7%, e o número de bilionários, 52,2%. A elevação do PIB da China em 31,3% elevou a quantidade de seus bilionários em 295%. Segundo o índice Bloomberg, o patrimônio dos donos das 500 maiores fortunas do planeta aumentou quase R$ 10 trilhões em 2020. A lista é liderada por executivos de empresas de tecnologia e artigos de luxo.

A pandemia favorece os mais ricos. A quarentena doméstica intensificou o uso de tecnologia e as vendas online. As ações do Zoom subiram 450%. E sem poder viajar, os bilionários se dedicaram a adquirir, via ecommerce, produtos sofisticados como joias, relógios e marcas de grife.

O economista Michael Roberts afirma que um número muito reduzido de pessoas (menos de 0,1%) possui 25% da riqueza mundial. Apenas 1% do topo das famílias tem 43% da riqueza global, os 10% seguintes, 81%, enquanto os 50% da base somente 1%. Este 1% do topo é integrado por 52 milhões de multimilionários em riqueza líquida (descontadas já as dívidas). Dentro desse 1%, há 175 mil pessoas super ricas, pois cada uma abocanha mais de 50 bilhões de dólares em riqueza líquida. Esta informação vem do relatório de 2020 produzido pelo Credit Suisse Global Wealth, que acaba de ser divulgado.

O relatório continua sendo a análise mais abrangente e explicativa da riqueza global (não confundir com a renda), assim como da desigualdade da riqueza pessoal no mundo. Todos os anos esse relatório analisa a riqueza – composta pelos ativos financeiros (ações, obrigações, dinheiro, fundos de pensões etc.) e propriedades (casas, fazendas etc.) – de 5,2 bilhões de pessoas em todo o mundo, descontadas já as dívidas.

De acordo com o relatório de 2020, a riqueza familiar total global aumentou US$ 36,3 trilhões em 2019. Mas a pandemia cortou esse aumento de 2019 quase pela metade (US$ 17,5 trilhões), entre janeiro e março de 2020. No entanto, os mercados de ações e os preços das propriedades se recuperaram rapidamente, graças às injeções de crédito dos governos e dos bancos centrais.

Na queda da riqueza global, a região mais afetada foi a América Latina, onde as desvalorizações cambiais reforçaram as reduções do PIB em dólares, resultando na perda de 12,8% na riqueza total em dólares. A pandemia também estagnou o crescimento esperado nos EUA e causou perdas em todas as outras regiões, exceto China e Índia. Entre as principais economias globais, o Reino Unido testemunhou a maior erosão relativa da riqueza.

No final de 2019, os EUA e a Europa – que reúnem apenas 17% da população mundial adulta – concentravam 55% da riqueza global total. As diferenças de riqueza dentro dos países são ainda mais pronunciadas. No mesmo período, os milionários de todos os países do mundo – que somam 1% da população adulta – tinham em mãos 43,4% do patrimônio líquido global.

Em suma, o que o relatório mostra é que bilhões de pessoas não têm riqueza líquida nenhuma, e a distribuição da riqueza pessoal global reflete um mundo em que alguns gigantes, como Gulliver, olham para baixo e contemplam uma imensa massa de liliputianos…

Segundo Thomas Piketty, se houvesse um imposto mundial de 2% sobre fortunas acima de 10 milhões de euros, isso renderia dez vezes mais: 1 trilhão de euros por ano, ou 1% do PIB global, que poderia ser distribuído a cada país proporcionalmente à sua população. Se for de 2 milhões de euros, o PIB mundial cresceria 2%, ou mesmo 5% com uma escala altamente progressiva para os bilionários. Mais do que suficiente para substituir toda a ajuda oficial internacional atual, que representa menos de 0,2% do PIB global (e apenas 0,03% para a ajuda humanitária de emergência).

Uma medida urgente seria implementar a renda básica universal. Se dividirmos o PIB Mundial (calculado em cerca de 84 trilhões de dólares) pelos 7,2 bilhões de seres humanos, chegaremos ao valor per capita de US$ 11.667,00, ou seja, cada um disporia, por ano, de R$ 60 mil ou R$ 5 mil por mês.

Essa radiografia contraria quem acredita que a humanidade sairá melhor dessa pandemia. Quando o Titanic começou a afundar, os mais ricos não se preocuparam com o próximo. Correram para os botes de salvação, sem se importar com quem não teve o mesmo privilégio. Portanto, coloca-se como desafio urgente trabalhar pela cultura do cuidado e da solidariedade. Precisamos, urgente, de seis conquistas básicas: educação, saúde e acesso digital para todos, energia limpa, uso sustentável da Terra e cidades sustentáveis.

*Frei Betto é frade dominicano, jornalista e escritor, autor de “Parábolas de Jesus – ética e valores universais” (Vozes), entre outros livros. Livraria Virtual: freibetto.org/livraria

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Luiz Henrique Lula da Silva assume mandato de deputado estadual

Vice-líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), o deputado Zé Inácio informou ao governador Flávio Dino, na noite desta quarta-feira (9), que irá se licenciar do cargo. 

Em sua vaga de deputado estadual assume o suplente Luiz Henrique Lula Da Silva, também do Partido dos Trabalhadores (PT). 

O anúncio foi feito durante reunião no Palácio dos Leões. Presentes ao momento, a secretária-chefe da Assessoria Especial do Governador, Joslene Rodrigues, o secretário de Cidades, Márcio Jerry, o secretário de Comunicação, Ricardo Cappelli, e o secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves. 

Sobre Luiz Henrique Lula da Silva

Natural de São Luís, Luiz Henrique Lula da Silva é jornalista e membro da Direção Nacional do PT. Foi secretário adjunto de Cidades durante a gestão do governador Jackson Lago, presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias no Maranhão (Abraço-MA) e gestor substituto da Delegacia de Desenvolvimento Agrário do Maranhão durante o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva.

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Rio aprova PL para criação do Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos

Fonte: Comitê Brasileiro de Defensores de DH

Nesta quarta-feira (09/06), foi derrubado o veto do governador Cláudio Castro ao Projeto de Lei nº1061/2019, que institui o Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores Sociais e Ambientalistas no Estado do Rio De Janeiro (PEPDDH/RJ). A derrubada do veto é fruto de uma mobilização da sociedade civil. Com a aprovação da lei, agora, é necessário garantir um orçamento adequado ao seu funcionamento.

O PL de autoria dos Deputados Estaduais André Ceciliano (PT) e Renata Souza (PSOL), visa articular e adotar medidas para proteção e assistência aos defensoras e defensores, que estejam em situação de risco, vulnerabilidade ou criminalizados devido à sua atuação em prol dos direitos humanos.

Especificamente no Rio de Janeiro, o grau de vulnerabilidade em que se encontram as defensoras e os defensores de direitos humanos, que atuam no enfrentamento da violência urbana e institucional, atingiu um elevado nível de visibilidade após a execução da Vereadora Marielle Franco. Inclusive, com a ocorrência de ameaças de morte contra autoridades que se dedicam ao enfrentamento de grupos armados, que exercem domínio territorial e econômico de determinadas regiões do estado, tais como as milícias.

Diante do contexto militarizado e alto grau de vulnerabilidade e risco a vida contra defensoras e defensores de direitos humanos, o CBDDH, compreender o PL nº1061/2019 como um importante passo para pautar a necessidade de protocolos de proteção e defesa da vida e a luta de militantes e ativistas.

No Brasil, defensores e defensoras de direitos humanos convivem com processos de intimidações, ameaças, deslegitimação, criminalização e assassinatos. Dentre os grupos mais vulneráveis, estão aqueles que dedicam as suas vidas à luta pelos direitos à terra e ao trabalho do campo e na cidade, bem como lideranças de povos e comunidades tradicionais, além de ativistas na área de comunicação e mídia. São indígenas, quilombolas e caiçaras, comunicadores populares e comunitários e ativistas que, muitas vezes, contrapõem-se a interesses de grandes corporações e empreendimentos, além de denunciar através da mídia crimes contra o direito à vida, à cidade, ao campo, segurança pública, entre outros.  

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Programa Voz do Brasil já teve o horário flexibilizado, mas a retransmissão pode até ser dispensada

Por Beto Almeida*

A Voz do Brasil é a primeira experiência bem sucedida de regulamentação informativa no Brasil, determinando que pelo menos uma hora ao dia, em cadeia nacional, seja destinada pelas emissoras de rádio (concessionárias da União), à transmissão de informações dos poderes constituídos, o que, frequentemente, é negado pela mentalidade editorial dos empresários da comunicação, submetida aos ditames do mercado. Em sua gana insaciável por acumulação, estes magnatas da comunicação pressionam pela flexibilização do horário de exibição da Voz do Brasil, sempre com o intuito extinguir o programa, pois nele vêm um exemplo exitoso e perigoso de regulamentação informativa, tese que abominam, em favor de uma absoluta ditadura do mercado sobre a comunicação. Nesta pressão que exercem sobre os poderes constituídos, os magnatas da mídia já tiveram o apoio até de um Ministro da Comunicação do PT, Paulo Bernardo, que, presente a um Congresso da ABERT, defendeu, lamentavelmente, a flexibilização da Voz do Brasil, durante o governo Dilma Rousseff.

Num país em que o povo não tem acesso a leitura de jornais e revistas e onde o noticiário de rádio e tv é marcado por uma linha editorial escandalosamente a favor da demolição dos direitos trabalhistas, previdenciários e da comunicação, a defesa da Voz do Brasil deveria ser parte da agenda de lutas dos sindicatos dos jornalistas e trabalhadores em geral, da Fenaj, da ABI e dos partidos progressistas, tendo em vista que somente naquela uma hora os cidadãos têm acesso à totalidade de informações  sobre atos oficiais que decidem sobre sua vida, ao contrário dos noticiosos das emissoras privadas, sempre manipulados pelos interesses dos anunciantes e dos proprietários das empresas de comunicação, jamais dispostos a reconhecer o direito à comunicação como um direito constitucional da sociedade.

Portaria

A portaria do Ministério das Comunicações autoriza a veiculação fora do intervalo de 19h às 22h quando as emissoras optarem por transmitir jogos da seleção brasileira de futebol ou jogos de equipes brasileiras em campeonatos estaduais, nacionais, sul americanos ou internacionais. Se o início do jogo estiver marcado entre 19h e 20h30, o programa poderá ser retransmitido, sem cortes, com início até as 23h do mesmo dia. Se o início do jogo estiver marcado para depois de 20h30, A Voz do Brasil poderá ser transmitida, sem cortes, antes do jogo ou com início até 23h30 do mesmo dia.

Dispensa de retransmissão

Está prevista a dispensa da retransmissão do programa nos casos em que o jogo que estiver sendo transmitido vá para prorrogação ou resulte em decisão por cobrança de pênaltis, impedindo seu término até os horários limites fixados para o início da retransmissão; ou caso ocorra “alguma situação de força maior durante o jogo que impeça seu término até os horários limites fixados para início da retransmissão”.

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Veja abaixo o noticiário oficial do governo federal sobre a Voz do Brasil

Divulgado calendário de retransmissão da Voz do Brasil para 2021

Portaria prevê flexibilização ou dispensa em caso de transmissão de partidas de futebol ou datas comemorativas de estados e municípiosCompartilhe:   Publicado em 07/04/2021 12h24 Atualizado em 07/04/2021 14h31Divulgado calendário de retransmissão da Voz do Brasil para 2021

O processo de flexibilização ou dispensa de retransmissão da Voz do Brasil teve início em 2018. – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

OMinistério das Comunicações publicou, no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (7), o calendário de flexibilização ou dispensa de retransmissão do programa A Voz do Brasil para 2021.

O documento informa que, em caso de transmissão de partidas de futebol da Seleção Brasileira ou de clubes em nível estadual, nacional ou internacional, as emissoras ficam autorizadas a ter o horário de retransmissão da Voz do Brasil flexibilizado ou mesmo dispensado, essa última hipótese em situações específicas.

Também está prevista a dispensa em aniversários ou datas comemorativas de estados e municípios. Para isso, no dia em questão, as emissoras locais precisam transmitir ações ou eventos ligados aos festejos.

Flexibilização

O processo de flexibilização ou dispensa de retransmissão da Voz do Brasil teve início em 2018, quando foi sancionada a lei que alterou o horário de retransmissão obrigatória, anteriormente das 19h às 20h, para 19h às 21h.

Já em 2020 foi publicada nova portaria que definiu regras de flexibilização e dispensa de retransmissão obrigatória. Ainda em 2020 foi promovida consulta pública para auxiliar na elaboração do calendário. A sociedade pôde participar do processo indicando datas e eventos relevantes que poderiam constar no cronograma.

“A participação da população foi muito relevante durante todo o processo de definição do calendário. Vamos repetir anualmente essa consulta”, ressaltou o secretário de Radiodifusão, Maximiliano Martinhão.

Tradição

A Voz do Brasil, o mais antigo do rádio brasileiro ainda no ar, pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), completou 85 anos em junho de 2020. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, exceto feriados.

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“Geografia da fome” 75 anos depois

Por Luiz Eduardo Neves dos Santos, geógrafo e prof. Adjunto I da UFMA

Em 1946, quando Josué de Castro publicou Geografia da Fome, o Brasil tinha 41 milhões de habitantes e padecia de graves problemas: a esperança de vida era de 45 anos, a taxa de mortalidade infantil era de 147 óbitos a cada mil nascidos vivos, 56% da população acima dos 10 anos de idade era analfabeta e 69% vivia no campo. A obra pode ser considerada a mais relevante pesquisa socioespacial sobre o tema da fome já feita no país até hoje, primeiro pelo seu pioneirismo, segundo pelo rigor científico em abordagem qualitativa, feito em uma escala de análise espacial ampla e complexa, baseada no método geográfico interpretativo, e em terceiro lugar pela força e coragem da denúncia de um tema quase proibido na época.

Josué de Castro fez um mapa de áreas alimentares no país, dividindo-o em três tipologias, a saber: 1. Áreas de fome endêmica; 2. Áreas de epidemias de fome; e 3. Áreas de Subnutrição e a parte final do livro é dedicada ao Estudo do Conjunto Brasileiro. Traçou um perfil dos hábitos alimentares no Brasil como um todo, identificando carências específicas na Amazônia, no nordeste açucareiro e também no Centro-Sul.

Mas foi no território do Sertão Nordestino que o médico e geógrafo pernambucano mais concentrou seus esforços de análise, não por acaso, a região era castigada por episódios de fome severa, devido a estiagem cíclica. Baseado teórica e metodologicamente em geógrafos franceses como Pierre Deffontaines e Vidal de la Blache, discutindo o tema da fome com naturalistas como Euclides da Cunha e Rodolfo Teófilo, se utilizando da riqueza semântica, poética e narrativa de romancistas como Rachel de Queiroz e José Américo de Almeida, travando duros debates com Gilberto Freyre e citando os importantes estudos sobre alimentação do médico Orlando Parahim, Josué de Castro elaborou uma profícua análise da fome no sertão. No entanto, foi muito além das causas ambientais e climáticas, algo impregnado na consciência nacional da época. Constatou que o problema da miséria e da fome na região era estrutural, explicado por questões históricas, fundiárias e políticas.

Ao analisar o Brasil, Castro fez duras críticas ao pensamento dominante daquele tempo, que colocava a industrialização como a única via para o desenvolvimento do país. Chamou atenção para que o governo investisse também na economia agrícola, por isso o “dilema” descrito no subtítulo da obra: “pão ou aço”, alimentação ou industrialização? A resolução, segundo ele, seria compatibilizar pão e aço segundo a imposição das circunstâncias sociais e da disponibilidade econômica existente. O principal caminho seria a instauração de uma ampla reforma agrária, sendo preciso superar o obstáculo jurídico da propriedade privada mediante “justo valor” a ser pago pelo Estado.

No decorrer destes 75 anos da 1ª edição de Geografia da Fome, o Brasil passou por transformações substanciais, resolveu o problema do abastecimento alimentar, aumentou e diversificou a produção agrícola, e de um modo geral sanou problemas mais específicos de carências alimentares, comuns nos anos 1940. Mas desde o início do 2º mandato de Dilma Roussef, momento do aprofundamento de uma agenda neoliberal, de ajuste fiscal e de seu impeachment em 2016, houve uma maior expansão das desigualdades sociais no país, resultado do baixo crescimento econômico, da redução drástica dos investimentos públicos, da flexibilização no mercado de trabalho, da turbulência política e da retração dos gastos com políticas sociais. 

Atualmente, em meio a mais grave pandemia em cem anos, a fome atingiu cerca de 19 milhões de brasileiros em 2020 de acordo com o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar, produzido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (PENSSAN), um documento de 66 páginas que atesta ainda que 116,8 milhões de pessoas no país convivem com algum tipo de insegurança alimentar em seu cotidiano.

O mais é revoltante é constatar que, a despeito das transferências de renda em 2020 e 2021, destinadas a famílias vulnerabilizadas, o governo federal não demonstra preocupação com a calamidade da fome em território nacional, visto que não há qualquer agenda política de estímulo a implantação de programas sociais para tratar o problema. Por outro lado, é possível observar uma postura governamental que contribui para os desmatamentos, a grilagem de terras e os garimpos ilegais na Amazônia, além do incentivo ao agronegócio, ao latifúndio e às monoculturas, ocasionando ameaças às comunidades tradicionais, suscetíveis à destruição de seus territórios e seus modos de vida pela sanha de megaprojetos mineiros, agropecuários e industriais.

Pelo exposto, é inadiável que se resgate e coloque em prática o legado de Josué de Castro. Sua Geografia da Fome nos mostra ainda hoje que os interesses mercantis de acumulação, materializados pela aliança entre elite nacional e grande capital financeiro, continuam sendo os principais responsáveis pela concentração de riqueza, pelo racismo ambiental e expropriação de camponeses, pela opressão às comunidades indígenas e quilombolas, extermínio de populações pretas nas cidades e pela destruição de biomas e ecossistemas no país. As consequências deste processo são o alastramento do desemprego, da miséria e da fome, ratificando o nosso persistente subdesenvolvimento, algo que só começará a ser superado, como o próprio Josué preconizou décadas atrás, com a definitiva emancipação alimentar do povo.

Artigo publicado em O Imparcial, dia 7 de junho de 2021

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No Maranhão, Arraial da Vacinação encerra com 5 mil doses aplicadas

O Governo do Maranhão promoveu o primeiro Arraial da Vacinação com 28 horas de atendimento ininterrupto no drive-thru do estacionamento do Pátio Norte Shopping, neste sábado (5) e domingo (6). No total, 5 mil pessoas da Grande Ilha de São Luís participaram da grande mobilização para vacinar contra a Covid-19.

O governador Flávio Dino compareceu à ação durante a noite do sábado e anunciou que vai repetir a estratégia em outras cidades do estado. “Este modelo é vitorioso, por isso vamos levar o Arraial da Vacinação para a cidade de Timon”, disse.

Enquanto esperavam a vez, os moradores da Grande Ilha de carro, moto ou bicicleta receberam mingau de milho e assistiam a apresentações de atrações culturais tradicionais deste período junino. O último carro deixou o Arraial da Vacinação um pouco antes das 13h deste domingo.

O Arraial da Vacinação foi realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em apoio aos municípios da Grande Ilha, para acelerar a vacinação contra a Covid-19. “A gente vai manter este ritmo. A ideia é esgotar as 300 mil doses da Grande Ilha e avançar com as estratégias de vacinação no interior do estado. Até o momento, o Maranhão vacinou 20% da população com a primeira dose e vamos fazer a busca ativa das pessoas que precisam receber a segunda dose para completar o esquema de vacinação”, explicou o secretário Carlos Lula.

A Secretaria de Estado da Cultura (Secma) colocou mais de 20 atrações para entreter a população durante as 28 horas de Arraial, dentre elas, Tambor de Crioula e Cacuriá de Dona Teté.

Drive da Vacinação

Nesta segunda-feira (7), a vacinação para moradores de Paço do Lumiar ou São José de Ribamar continua no drive-thru do estacionamento do Pátio Norte Shopping. 

É necessário ter idade a partir de 38 anos, apresentar documento com foto, comprovante de residência, cartão de vacinação e cartão do SUS. O serviço funciona de segunda a sexta, das 8h às 16h, e aos sábados, das 8h às 12h.