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Globo & Bolsonaro: entre tapas e beijos

Ed Wilson Araújo

As Organizações Globo estão mesmo atritadas com Jair Bolsonaro?

Aparentemente, sim.

Mas, se você atentar bem, a rixa entre eles é limitada às questões morais e comportamentais do presidente em relação à pandemia covid19.

Afinal, uma dama fina da burguesia midiática não consegue conviver bem com um homem grosseiro, que despreza a vida, ignora a pandemia, agride jornalistas e chama de lixo a nossa senhora da tela brasileira.

Fora o atrito moral com o presidente, as Organizações Globo estão de paz e amor com a agenda econômica ultraliberal do bolsonarismo, tocada a ferro e fogo pela equipe econômica de Paulo Guedes, com apoio do velho Centrão no Congresso Nacional.

Veja, por exemplo, como o Jornal Nacional e os outros conteúdos noticiosos abordam as privatizações e as reformas previdenciária, trabalhista e administrativa?!

Durante todo o processo de tramitação da reforma da Previdência os telejornais globais trataram Paulo Guedes como o príncipe do capitalismo “moderno”. O ministro não era apenas exposto exageradamente nas matérias. Ele era louvado como um garoto propaganda dos banqueiros interessados em destruir a Previdência Pública e a Assistência Social para implantar o regime de capitalização.

“Precisamos economizar R$ 1 trilhão”, dizia o globalíssimo Paulo Guedes no famoso bordão sobre a reforma previdenciária, enquanto seu chefe Jair Bolsonaro tocava a boiada no parlamento.

Aquilo não era jornalismo e sim uma campanha publicitária contra a Previdência pública.

Na Globo News, todos os programas de análise política e econômica sincronizam o mesmo discurso: “é preciso reduzir o Estado”, “as reformas são urgentes e inadiáveis”, “o Brasil vai quebrar se não fizer as reformas” e por aí vai.

Miriam Leitão é a principal representante da catilinária ultraliberal de Paulo Guedes. Ela é a mesma jornalista que dinamitava a política econômica do PT. Você lembra?

Leia mais sobre Miriam Leitão em “Detalhes tão pequenos de nós três”

Então, é assim. As Organizações Globo implicam com Jair Bolsonaro porque ele não usa máscara de proteção, mas se lixam para a perda de proteção dos direitos trabalhistas e previdenciários do povo brasileiro.

Muita gente boa anda encantada com os editoriais do Jornal Nacional e aquelas interpretações sentimentais de William Bonner e Renata Vasconcelos nas rixas com o presidente.

Ele merece sim ser repudiado por todas as atrocidades cometidas desde a campanha eleitoral e até o presente momento da pandemia. Não há dúvidas de que Jair Bolsonaro é desumano e deve ser combatido.

Porém, não esqueçamos que o bolsonarismo é um subproduto do golpe contra a democracia orquestrado com a participação de uma parte do sistema de Justiça, do parlamento mercenário e das Organizações Globo liderando uma campanha contra o PT, as esquerdas em geral e as instituições.

É sempre bom lembrar que as peças jornalísticas globais movimentaram o xadrez político para criar uma corrente de opinião majoritária e avassaladora que acusou, julgou e condenou a democracia no Brasil.

As Organizações Globo integram o consenso hegemônico da elite econômica e política em todos os governos. Ela funciona como o partido único do capital. Se os interesses dessa casta forem afetados, haverá reação.

Sabemos que a hegemonia é um processo atravessado por contradições e a mídia de mercado opera na movimentação das forças políticas entre a dominação e a emancipação, sempre optando pelo lado da elite opressora.

O jornalismo global torcia o nariz até mesmo no cenário da política econômica do PT que privilegiava a burguesia e fazia algumas concessões aos pobres.

Então, quando a elite econômica percebeu que o PT ficaria uma longa temporada no poder e não dava sinais de radicalizar a política econômica no caminho ultraliberal, veio o golpe com a participação expressiva do espírito de Roberto Marinho.

Agora o cenário é ideal. Paulo Guedes é o garoto propaganda e o operador agressivo das privatizações, das reformas e de toda a agenda radical do bolsonarismo contra o Brasil.

É assim mesmo, passando o trator e a boiada. Afinal, o agro é pop, o agro é tech, o agro é tudo.

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Por que ‘picotavam’ as pedras de cantaria nas calçadas de São Luís?

Ed Wilson Araújo (jornalista e professor da UFMA)

Materiais da arquitetura portuguesa aplicados nas ruas, praças e em parte das edificações do Centro Histórico de São Luís têm referência na vigência da Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e do Maranhão, na gestão do Marquês de Pombal, nos fins século XVIII e início do XIX.

Baseada em farta mão de obra escrava, a elite portuguesa concentrava dinheiro e poder. A pujança dos negócios favorecia a adaptação de São Luís a alguns parâmetros da arquitetura de Lisboa. Na época, a capital lusitana estava sendo reconstruída após ser devastada por um terremoto, em 1775.

A elite lusitana, formada por latifundiários e comerciantes instalados em São Luís, adaptava alguns padrões de construção de Lisboa para a capital maranhense. Entre os materiais utilizados na arquitetura estavam as pedras de cantaria, que vinham de Portugal transportadas nos lastros dos navios.

Detalhes das calçadas de São Luís em 2021. Foto: José Reinaldo Martins

No artigo “São Luís: uma urbstranscolonial”(publicado no livro “São Luís 400 anos: (con)tradições de uma cidade histórica”, o pesquisador Josenildo de Jesus Pereira contextualiza o uso das pedras de cantaria nas adequações do espaço urbano de uma cidade marcada pela cultura escravocrata.

Entre as mudanças ocorridas na Província no início e meados do século XIX, Josenildo Pereira aponta: a acentuada presença inglesa; a independência política; o lento processo de interiorização da Metrópole; a abdicação do Imperador; as reformas políticas na Corte do Rio de Janeiro; as lutas sociais no campo, como a Balaiada; as fugas de escravos e os quilombos.

Nas páginas 136 e 137, escreve Josenildo Pereira:

“Dada a maior presença do poder público no cotidiano da cidade, o seu perfil urbano foi sendo modificado por meio de pressões de uma série de posturas. Os passeios públicos em geral passaram a ser calçados com pedras de cantaria vindas de Portugal como lastro dos navios. Essas pedras eram lavradas em blocos retangulares de aproximadamente 80cm de comprimento por 50cm de largura. Com o tempo e o passar contínuo dos transeuntes, ficavam lisas, polidas, escorregadias. Por essa razão foi aprovada a Lei de nº 08, que em seu artigo 220, determinava que:

Os proprietários que tiverem os passeios de suas casas calçadas com pedras de cantaria são obrigados a picá-las de três em três anos, nos meses de dezembro e janeiro sob pena de multa de 20$ reis e de ser feito esse trabalho pela Intendência por conta do Infrator.

Advertimos, entretanto, que todo esse esmero para com a cidade realizava-se, em grande parte, graças ao trabalho de escravos e, também, aos recursos econômicos advindos da agroexportação pautada, sobretudo, na cultura algodão, ao comércio importador e exortador de suas casas comerciais, dinamizadas com a presença inglesa.

Foi nesse meio urbano da cidade de São Luís, particularmente, na área demarcada pelas Praias Grande e do Desterro e Fonte do Ribeirão, lugares onde eram praticadas as atividades financeiras, comerciais, portuárias e onde vivia parte da elite econômica em seus sobrados e casarões, que a escravidão urbana se desenvolve. E, desse modo, os trabalhadores escravos ficaram envolvidos em uma rede de várias atividades: ofícios, comércio e serviços domésticos.”

Fonte de pesquisa

São Luís 400 anos: (con)tradições de uma cidade histórica. Organizadores: Alan Kardec Gomes Pacheco Filho, Helidacy Maria Muniz Corrêa, Josenildo de Jesus Pereira. São Luís: Café & Lápis; Ed. UEMA, 2014. 341p.

Imagem destacada / calçadas na rua Portugal, Centro Histórico de São Luís / capturada aqui

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Paulo Freire inspira programa educacional no Maranhão

A ideia de educação para mudar o mundo talvez seja a esperança que o filósofo e pedagogo Paulo Freire deixou para aqueles que sonham com um mundo de paz, dignidade e justiça social. Inspirado no professor, o Governo do Maranhão, por meio da secretarias de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e da Educação (Seduc), em parceria com o Movimento Sem Terra (MST) lançou, nesta segunda-feira (21), o Núcleo de Educação Popular (NEP) Paulo Freire, que tem como objetivo central a articulação de uma rede maranhense de educadores populares com formação em Direitos Humanos, Educação, Comunicação e Cultura Popular, agentes de promoção e defesa dos direitos fundamentais. O NEP está em harmonia, ainda, com pelo menos seis Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

A Educação Popular, como nos ensinou Paulo Freire, é um processo político-pedagógico que visa a transformação social. Embora a educação, por si, não transforme a sociedade, o esforço coletivo e consciente de construção, apropriação e multiplicação do conhecimento impulsiona processos importantes de transformação da realidade. No entanto, é preciso ter em mente que a promoção desta educação requer a valorização do conhecimento produzido com, pelo e para o povo, potencializando seus saberes, suas realidades e com base nisso, construir novos saberes a partir das leituras do contexto sociopolítico.

O lançamento do NEP Paulo Freire contou com a participação virtual de Nita Freire, viúva do professor, que destacou a importância de formar educadores populares e que estes educadores sejam pessoas amorosas, no sentido de fazerem o que gostam, porque educar é um dos principais compromissos na busca de uma sociedade melhor e mais justa. Nita falou da esperança para Paulo Freire e defendeu que a esperança que o autor defendia é nutrida pela ação, é preciso lutar e agir por esse mundo “esperançado”. A esperança precisa da força do movimento do verbo, por isso, dizia “esperançar”: fazer esse mundo melhor e investir em educação popular é agir por essa transformação.

Em sua fala, o secretário de Estado da Sedihpop, Chico Gonçalves lembrou que 2021 é o ano do centenário de Paulo Freire e afirmou que o melhor jeito de celebrar o autor é ensinando o seu método: “E o Núcleo de Educação Popular tem exatamente esse objetivo de compartilhar com educadores e movimentos sociais o legado de Paulo Freire, mas sobretudo de organizar os educadores em uma grande rede de Educação Popular que auxilie no combate a todas as violações que exploram as pessoas e roubam a sua dignidade, porque o método de Paulo Freire não é descolado da promoção dos direitos humanos.”

O secretário de Estado da Seduc, Felipe Camarão destacou a importância de Paulo Freire para a educação brasileira e o defendeu como patrono da educação brasileira e maranhense, pois ele quem inspira o Governo do Maranhão em suas ações, em programas como o Escola Digna, que garante um espaço adequado para a convivência dos alunos, para um melhor aprendizado e que capacita também os professores para a promoção de um ensino de qualidade; o “Sim, eu Posso!”, que alfabetizou centenas de adultos em parceria com o MST; e agora com o Núcleo de Educação Popular, que tende a promover uma educação libertária como Paulo Freire ensinou. Ressaltou programas de segurança alimentar e afirmou que “Apesar das dificuldades impostas pela pandemia, o Governo Flávio Dino tem atuado para garantir comida na mesa e livro na mão.”

O coordenador do MST no Maranhão, Jonas Borges agradeceu a fala de Nita Freire e a parceria com o Governo do Estado, afirmou que o trabalho com o governo tem trazido bons frutos, como a alfabetização promovida pelo “Sim, eu posso!” e agora com o NEP que já era um plano antigo do movimento e irá ser fundamental para a construção da rede de educadores e uma oportunidade de aproximação com os movimentos locais.

O gestor do NEP na Sedihpop, Bruno Lacerda, que assistiu ao evento, afirmou que a rede de educação popular tende a ser “uma rede dinamizada por meio atividades formativas, que deve contribuir com o fortalecimento da pauta dos direitos humanos nos municípios, pois tais formações dialogarão com a Agenda 2030, que requer a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Diretamente, de forma inicial, as formações estão alinhadas a pelo menos seis dos objetivos da Agenda: o de combate a fome e promoção de agricultura sustentável; Saúde e bem-estar; Educação de Qualidade; Igualdade de Gênero; Trabalho decente e crescimento econômico; e o de Redução das Desigualdades. Então, podemos afirmar, que de certo modo, a educação popular já está transformando a vida dos maranhenses, promovendo direitos e combatendo as injustiças.”

O NEP Paulo Freire engajará mobilizadores, educadores, voluntários, lideranças comunitárias e sociais em diversos segmentos da sociedade civil, movimentos sociais, igrejas, organizações não-governamentais e outras representações que se disponham a construir uma rede de solidariedade ativa em defesa dos direitos, do conhecimento e da vida do nosso povo. Devendo, assim, reunir lideranças indígenas, quilombolas, ribeirinhas, pescadores, assentados rurais e agricultores familiares, professores e estudantes de instituições de Ensino Médio e Superior do estado do Maranhão. Por conta da pandemia, serão privilegiadas atividades virtuais, como lives, webinários, cursos, seminários e plenárias, sempre articulados aos temas da educação, comunicação e cultura popular.

Imagem destacada / divulgação: Secretário Chico Gonçalves lembrou que 2021 é o ano do centenário Paulo Freire

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Camponeses assassinados no Maranhão estavam marcados para morrer

Uma nota pública (veja abaixo) com 135 apoiadores e apoiadoras pede rigorosa investigação das autoridades de Segurança do Estado do Maranhão com o objetivo de apurar o duplo assassinato dos trabalhadores rurais Reginaldo Alves Barros e Maria da Luz Benício de Sousa (foto destacada), ocorrido em 18 de junho, no município de Junco do Maranhão.

Assinam o documento a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura (Fetaema) e dezenas de sindicatos filiados, movimentos sociais do campo e da cidade.

A região onde está localizado o município Junco do Maranhão, na região do Alto Turi, é palco de violência gerada por madeireiros, mineradores e grileiros contra indígenas, trabalhadores rurais e comunidades tradicionais.

O casal assassinado já havia sido ameaçado e intimidado por sua atuação em defesa dos territórios e do povo camponês na região.

NOTA PÚBLICA! QUEM MATOU REGINALDO ALVES BARROS E MARIA DA LUZ BENÍCIO DE SOUSA?

As organizações abaixo assinadas vêm a público cobrar das autoridades uma efetiva investigação sobre o duplo homicídio dos trabalhadores rurais Reginaldo Alves Barros e Maria da Luz Benício de Sousa. Ambos foram baleados durante uma emboscada, crime ocorrido na manhã desta sexta-feira (18), no Povoado Vilela/Gleba Campina, município de Junco do Maranhão.

O filho de criação do casal, de apenas 2 anos de idade, foi encontrado vivo, sobre o corpo da mãe, banhado de sangue. Maria da Luz era dirigente sindical, atuando como suplente do STTR de Junco do Maranhão, sindicato filiado à Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Maranhão – FETAEMA.

Este foi o quarto homicídio registrado no Povoado Vilela desde 2019. Os dois anteriores seguem sem resolução, gerando insegurança e medo entre os moradores e moradoras da comunidade. Ressaltamos que a região é palco de violentos conflitos agrários e há mais de 10 anos, a comunidade Vilela/Gleba Campina tem sido ameaçada de expulsão de suas terras tradicionalmente ocupadas por um fazendeiro local.

Um processo de regularização fundiária tramita no ITERMA desde 2010, sem ter tido finalização. A comunidade é composta por um total de 66 famílias que ocupam uma área de aproximadamente 2.250 hectares de terra, onde desenvolvem atividades de agricultura familiar, com o plantio de milho, feijão, arroz, além da criação de animais.

As organizações signatárias exigem das autoridades competentes do Estado do Maranhão agilidade nas investigações e reforçam que acompanharão os desdobramentos do inquérito policial.

Consideramos que acesso à terra é um direito de todos e todas. Não mediremos esforços para garantir que os direitos dos povos camponeses do Maranhão sejam respeitados.

Reiteramos nosso compromisso com a luta dos Trabalhadores Rurais do Estado do Maranhão e seguiremos denunciando, mobilizando e apoiando a luta camponesa em nosso estado.

São Luís-Ma, 19 de junho de 2021

1. Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão- FETAEMA

2. Sociedade Maranhense de Direitos Humanos-SMDH

3. Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Pe. Marcos Passerini

4. Comissão Pastoral da Terra-MA

5. Programa de Assessoria Rural da Diocese de Brejo-MA

6. Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares- CONTAG

7. Central Única dos Trabalhadores – CUT

8. Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH Brasil

9. Conselho Pastoral dos Pescadores do Maranhão

10. Movimento Sem Terra-MA

11. Centro de Cultura Negra do Maranhão- CCN

12. Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu-MIQCB

13. Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara-MABE

14. Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas- CONAQ

15. Fórum Carajás

16. Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo

17. Fórum de Mulheres de Imperatriz

18. Amavida

19. Marcha Mundial das Mulheres-Maranhão

20. REMNEGRA- Rede de Mulheres Negras do Maranhão

21. Associação dos Produtores Rurais Quilombolas de Santa Rosa dos Pretos

22. UNEGRO-Maranhão

23. União dos Escoteiros do Brasil – Região do Maranhão

24. Centro de Defesa e Promoção dos Direitos da Cidadania-CEDEPRODC

25. Conselho Regional de Serviço Social /CRESS/MA

26. Confederação dos Trabalhadores do Brasil/Maranhão- CTB-MA

27. Movimento de Defesa da Ilha

28. ONG Arte Mojó

29. Conselho Gestor da Resex Tauá-Mirim

30. Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Luís-Ma

31. Centro de Estudos Bíblicos do Maranhão – CEBI- MA

32. Pastoral Diocesana de Educação (Diocese de Brejo)

33. Centro de Direitos Humanos de Santa Quitéria

34. Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo – CDHPF

35. Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus (MSC)

36. Comunidade Rio dos Cachorros

37. Fórum de Lutas por Direitos/MA-núcleos São Luís e Imperatriz

38. Partido Socialismo e Liberdade/Diretório São Luís- Psol

39. Partido Comunista Brasileiro- PCB

40. Unidade Classista

41. Animação dos Cristãos no Meio Rural-ACR

42. Associação Agroecológica Tijupá

43. Missionários Combonianos

44. Sttr de Cândido Mendes

45. Sttr de Godofredo Viana

46. Sttr de Luís Domingues

47. Sttr de Carutapera

48. Sttr de Amapá do Maranhão

49. Sttr de Boa Vista do Gurupi

50. Sttr de Junco do Maranhão

51. Sttr de Maracaçumé

52. Sttr de Centro Novo

53. Sttr de Governador Nunes Freire

54. Sttr de Turiaçu

55. Sttr de Turilândia

56. Sttr de Maranhãozinho

57. Sttr de Centro do Guilherme

58. Sttr de Presidente Médici

59. Sttr de Santa Luzia do Paruá

60. Sttr de Nova Olinda do Maranhão

61. Sttr de Araguanã

62. Sttr de Pedro do Rosário

63. Sttr de Zé Doca

64. Sttr de Governador Newton Belo

65. Sttr de Afonso Cunha

66. Sttr de Coelho neto

67. Sttr de Duque Bacelar

68. Sttr de Buriti

69. Sttr de Anapurus

70. Sttr de Mata Roma

71. Sttr de Chapadinha

72. Sttr de São Benedito do Rio Preto

73. Sttr de Urbano Santos

74. Sttr de Belágua

75. Sttr de Brejo

76. Sttr de Santa Quitéria

77. Sttr de Milagres

78. Sttr de São Bernardo

79. Sttr de Santana

80. Sttr de Água Doce

81. Sttr de Tutóia

82. Sttr de Paulino Neves

83. Sttr de Magalhães de Almeida

84. Sttr de Araioses

85. Sttr de Apicum Açu

86. Sttr de Bacuri

87. Sttr de Serrano do Maranhão

88. Sttr de Cururupu

89. Sttr de Mirinzal

90. Sttr de Porto Rico

91. Sttr de Cedral

92. Sttr de Guimarães

93. Sttr de Central do Maranhão

94. Sttr de Pinheiro

95. Sttr de Santa Helena

96. Sttr de Presidente Sarney

97. Sttr de Bequimão

98. Sttr de Peri-Mirim

99. Sttr de Palmeirândia

100. Sttr de Bacurituba

101. Sttr de Cajapió

102. Sttr de São Vicente de Ferrer

103. Sttr de Olinda nova

104. Sttr de Matinha

105. Sttr de Penalva

106. Sttr de Cajari

107. Sttr de Viana

108. Sttr de Alto Alegre do Maranhão

109. Sttr de Esperantinópolis

110. Sttr de Lago Rodrigues

111. Sttr de Lago junco

112. Sttr de Lago da Pedra

113. Sttr de Lagoa grande

114. Sttr de Paulo Ramos

115. Sttr de Bacabal

116. Sttr de Coroatá

117. Sttr de São Mateus

118. Sttr de Altamira

119. Sttr de Pedreiras

120. Sttr de Lago Verde

121. Sttr de Olho d’água das Cunhãs

122. Sttr de Trizidela do Vale

123. Sttr de São Luís Gonzaga

124. Sttr de São Roberto

125. Sttr de Lima Campos

126. Sttr de Igarapé Grande

127. Sttr de Alto Parnaíba

128. Sttr de Balsas

129. Sttr de São Raimundo das Mangabeiras

130. Sttr de São Félix de Balsas

131. Sttr de Fortaleza dos Nogueiras

132. Sttr de Tasso Fragoso

133. Sttr de São Domingos do Azeitão

134. Sttr de Novas Colinas

135. Lidiane Carvalho Amorim de Sousa (Pesquisadora)

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Rádio comunitária Ieshuá FM revela artistas na região do Alto Turi

Tudo começou no ano 2005, quando a emissora comunitária Ieshuá FM entrou no ar e realizou um festival de música para incentivar e valorizar os cantores e compositores da cidade a divulgarem suas produções.

A rádio fica localizada no município de Nova Olinda, na região do Alto Turi, no Maranhão. Ouça aqui

Depois do festival a direção da emissora decidiu criar um horário fixo na grade de programação, o “Talentos da Terra”, todos os domingos, das 12h às 14h, com a participação dos artistas da cidade.

Aos poucos o “Talentos da Terra” cresceu, ficou mais conhecido e atraiu atenção de músicos de outras cidades. “Somos um programa regional. Hoje em dia recebemos cantores e compositores de Araguanã, Zé Doca, Governador Nunes Freire (Encruzo), Maracaçumé, Centro do Guilherme e outras cidades da região. Artistas de Carutapera já estão agendados”, destacou Cícerro Ferraz, diretor da Ieshuá FM.

Transmissão ao vivo do Talentos da Terra é sucesso na região do Alto Turi

Antes da pandemia tinha um fluxo intenso de artistas na programação ao vivo do Talentos da Terra, mas atualmente, mesmo presencial, a emissora adota todos os cuidados para não aglomerar dentro da rádio. “A tecnologia facilitou a divulgação. Muitos cantores de várias regiões do Maranhão mandam músicas pelo celular para lançarmos no programa. Além disso temos lives com os músicos acompanhados do maestro “Zé do Violão”.

Durante a semana o maestro ensaia com alguns cantores para fazer a apresentação caprichada.

Edinho dos Controles e Gilvan Nascimento são sucesso na Ieshuá

“Cada domingo participam em média 3 a 4 cantores. O Talentos da Terra tem ainda muita interação, participação da audiência e transmissão ao vivo no Facebook e no You Tube da emissora. A audiência é grande. Os estilos mais tocados são reggae e brega, mas o programa é aberto a qualquer ritmo”, explicou Cícero Ferraz.

Ao longo do tempo o programa “Talentos da Terra” vem acumulando boas memórias e vitórias no trabalho de divulgação dos artistas locais e regionais. “Desse projeto alguns cantores já se profissionalizaram, como Wallison Love, Mauro Sérgio, Tony Nascimento, Lucas Monteles, entre outros artistas”, comemorou Ferraz.

Cantor Marciano, de Santa Luzia do Paruá, é um
dos talentos revelados na rádio Ieshuá

O diretor da emissora também registrou, com pesar, alguns cantores que participaram do Talentos da Terra e já estão falecidos, alguns acometidos da pandemia covid19, como o saudoso Psica, Geny, Marcos Antonio e os maestros Frank Silva e Sebastião Medeiros, que acompanhavam os cantores.

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Atos “Fora Bolsonaro e Mourão” voltam às ruas neste sábado em várias regiões do Brasil

No Maranhão estão previstas manifestações em São Luís, Imperatriz e Caxias

Movimentos sociais, populares e estudantis, centrais sindicais e sindicatos organizam atos em todo o país reivindicando impeachment de Bolsonaro, vacinação em massa da população, auxílio emergencial capaz de combater a fome e a defesa dos serviços e empresas públicas

Depois dos grandes atos ocorridos pelo país em 29 de maio, as ruas voltam a ser ocupadas neste sábado (19) reivindicando impeachment do presidente Jair Bolsonaro, agilização na imunização da população contra a Covid19 e auxílio emergencial de no mínimo R$ 600,00 como forma de combater a fome.

A essa pauta – cujo mote é vacina no braço, comida no prato e impeachment já – soma-se a defesa dos serviços públicos em razão da tramitação da reforma administrativa que, segundo sindicatos, visa ao desmonte do atendimento à população – o que é mais grave num momento de pandemia. A reforma, que tramita no Congresso Nacional sob Proposta de Emenda Constitucional (PEC 32/2020) pode limitar o acesso ao ingresso nas carreiras do serviço público via concurso e privilegiar indicações políticas, além de delegar à iniciativa privada o atendimento à população.

Para diferenciar dos atos ocorridos recentemente em apoio a Bolsonaro, as instituições que organizam as atividades reforçam a necessidade de uso de máscaras PFF2 durante os atos, a manutenção do distanciamento físico e utilização regular de álcool 70º. Também alertam às pessoas que estiveram acometidas de qualquer mal-estar físico a não participação nas ações presenciais e a se mobilizarem pelas redes, compartilhando momentos das atividades pelo país ao longo do dia.

No Maranhão, estão previstas concentrações em ao menos três grandes cidades a partir das 8h deste sábado, 19:

Em São Luís, na praça Deodoro;

Imperatriz, praça de Fátima;

Caxias, praça da Matriz;

Além de pessoas ligadas aos movimentos que organizam os atos, é esperada, como nas mobilizações de maio, adesão da população em razão da gestão do governo federal que, segundo os organizadores, facilitam a disseminação do coronavírus, dificultam a aquisição e acesso às vacinas e estimulam aglomerações sem qualquer medida de segurança sanitária. Em maio, os atos reuniram centenas de pessoas no centro da capital maranhense e milhares pelo país afora.

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Grupo de Pesquisa lança campanha de sensibilização e combate ao trabalho escravo na Baixada Maranhense

Fonte: Portal Padrão UFMA

Com o slogan “Trabalho Certo: mesmo na precisão, não caia na escravidão”, a campanha pretende conscientizar a população acerca das formas de aliciamento na região; lançamento será dia 23 de junho, às 10h, pelo Google Meet

No próximo dia 23 de junho, às 10h, o Getecom (Grupo de Estudos Trabalho Escravo e Comunicação), da Universidade Federal do Maranhão, realiza o lançamento da campanha radiofônica com o objetivo de sensibilização e combate ao trabalho escravo. O evento será de forma virtual, pelo Google Meet.

A campanha “Trabalho Certo: mesmo na precisão, não caia na escravidão” faz parte do projeto de pesquisa “Comunicação, Migração e Trabalho Escravo Contemporâneo: trajetórias de trabalhadores (as) rurais da Baixada Maranhense”, coordenada pela professora Flávia de Almeida Moura, do departamento de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (Mestrado Profissional) da UFMA e abrange quatro municípios da região da Baixada Maranhense: Santa Helena, Pinheiro, Penalva e Viana.

A região lidera os locais de origem de trabalhadores que são resgatados de condições análogas à de escravo no Brasil atualmente. O objetivo do projeto é utilizar a mídia, principalmente a radiofônica, para conscientizar a população acerca das formas de aliciamento dos trabalhadores, além de ser uma forma de denunciar o trabalho escravo contemporâneo.

A campanha contou com a participação de dois bolsistas de iniciação científica e pesquisadores voluntários de Graduação e Pós-Graduação dos cursos de Comunicação e Design da UFMA. Foram produzidos, na primeira etapa, sete produtos de áudio, sendo dois podcast e quatro spots para serem veiculados em rádios comerciais e comunitárias da região da Baixada Maranhense, além de circular nas redes de entidades do movimento social, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão, entre outras.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio de formulário eletrônico. O link de acesso será enviado para o e-mail dos participantes inscritos. Mais informações com a professora Flávia Moura pelo telefone (98) 98104-6288.

Por: DCom / Revisão: Jáder Cavalcante

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Boi da Floresta recebe homenagem no projeto Murais da Memória

O sotaque de bumba meu boi da Baixada Maranhense, com suas matracas, maracás e pandeirões, será o próximo homenageado pelo projeto “Amo, Poeta e Cantador: Murais da Memória pelo Maranhão”. Mestre ‘Mundoca’ – Clemente Domingos Pinheiro, hoje, com 81 anos – é a nova personalidade a ser grafitada pelas mãos do artista plástico Gil Leros, entre os dias 17 e 20 de junho.

Este é o terceiro mural de 2021 da nova etapa do projeto “Amo, Poeta e Cantador”, que vai homenagear 10 personalidades do Bumba meu Boi do Maranhão. A imagem do mestre ‘Mundoca’ começa a ser graffitada nesta quinta-feira, 17, no muro da sede do Sistema Mirante de Comunicação, à Avenida Ana Jansen, no bairro do São Francisco em São Luís – MA.

O primeiro mural, em homenagem ao mestre Leonardo, do Boi da Liberdade, foi grafitado entre 19 e 23 de abril, no Centro de Saúde do bairro da Liberdade (São Luís/MA); e o segundo, em homenagem a Francisco Naiva, do Boi de Axixá, foi feito entre os dias 24 a 27 de maio, na referida cidade.

Mestre ‘Mundoca’ nasceu em 11 de novembro de 1939, em São Bento Novo do Maranhão, onde, aos 14 anos, teve o primeiro contato com as brincadeiras de bumba meu boi. Foi para São Luís aos 17 anos para trabalhar (1956), onde conheceu Apolônio Melônio, que fundaria, em 1972, o tradicional Boi da Floresta.

“Vim pra São Luís aos 17 anos, onde conheci Apolônio Melônio. Trabalhávamos juntos como estivadores no Porto de São Luís. Entrei pro Boi da Floresta logo no início da sua fundação, quando eu tinha 33 anos. E, hoje, mesmo cansado e com dificuldades para caminhar, não deixo de participar das brincadeiras todos os anos”, conta mestre Mundoca, que reside no bairro da Floresta em São Luís.

O cantador de toadas recebeu o apelido de ‘Mundoca’ em homenagem a um avô, que era chamado de ‘Doca’. Hoje, vive na companhia da esposa, Leonor, e de um de seus netos. Indagado sobre a homenagem que será feita pelo Projeto “Amo, Poeta e Cantador”, mestre Mundoca falou da sua alegria de estar vivo para receber tal homenagem: “Vou ficar mais conhecido (risos)”, e disparou: “Morre o boi, mas fica o nome”.

Dos 10 murais, quatro serão na capital maranhense e os demais em Axixá, Cururupu, Barreirinhas, Guimarães, Viana e São José de Ribamar. Paralelamente à confecção dos murais, imagens estão sendo captadas para a produção de um documentário, que vai contar a história, tradição, trajetória e sotaques, e falar também sobre as grandes personalidades do Bumba meu Boi do Maranhão.

O projeto “Amo, Poeta e Cantador” é uma realização do Bumba meu Boi da Floresta e do Artista Gil Leros, com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Benfeitoria e do Sitawi.

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Uema divulga medidas sanitárias para a realização das provas do Paes 2021

A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio da Assessoria de Seletivos e Concursos, divulgou documentos com medidas de biossegurança para realização das provas do Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior – Paes 2021, que é o vestibular da instituição.

Por causa da pandemia da Covid-19, os 43.956 candidatos inscritos no vestibular da Uema foram divididos em dois grupos. Desse modo, cerca de 23.685 candidatos irão participar das provas no primeiro dia e os outros 20.271 no segundo dia.

Dentre as medidas de biossegurança a serem adotadas pela Uema que constam no documento estão: disponibilizar álcool gel 70% em vários pontos dos locais de prova; afastamento mínimo de 2 metros entre mesas e cadeiras individuais; realizar marcações em cada prédio para que seja mantido o distanciamento social durante o fluxo de pessoas nos dias das provas; dispor colaboradores para organizar as filas dentro ou fora de cada prédio; aferição da temperatura, na entrada de cada local da prova; restrição do número de candidatos por sala que não ultrapassará 40% de sua capacidade máxima.

Já para o candidato as orientações são: utilizar máscara, de forma a cobrir a boca e o nariz; submeter-se a aferição da temperatura corporal para permissão de acesso ao local de aplicação da prova; higienizar as mãos com álcool gel 70% que será disponibilizado nos locais de prova; substituir a máscara de proteção facial a cada 2 horas; evitar aperto de mãos, beijos e abraços; obedecer às demarcações de distanciamento (2 metros) e às orientações dos fiscais e coordenadores de prova sobre as medidas de segurança; levar sua própria garrafa, transparente e sem rótulo, devidamente abastecida com água; e apenas consumir alimentos secos durante a realização da prova.

Sobre o Paes 2021

O vestibular em etapa única irá ocorrer nos dias 4 e 5 de julho para evitar aglomerações. A prova consiste em 44 questões objetivas de múltipla escolha e uma produção textual.

O Paes 2021 irá selecionar candidatos aos cursos de graduação, na modalidade presencial, para o primeiro e o segundo semestres. Estão sendo ofertadas 4.080 vagas para os campi da Uema e 855 vagas para a UemaSul.

O cartão de confirmação de inscrição estará disponível no site www.paes.uema.br, no período do dia 28 de junho a 4 de julho.

No cartão de confirmação de inscrição, o candidato poderá conferir local, data e horário da prova, além das medidas de biossegurança que devem ser seguidas no dia do certame.

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Governo realiza força-tarefa para vacinação em massa em Alcântara

O vice-governador Carlos Brandão esteve no município de Alcântara, nesta segunda-feira (14), junto com o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, para acompanhar as ações da força-tarefa que vem sendo executada para vacinar toda a população maior de 18 anos contra a Covid-19. O trabalho está sendo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Prefeitura de Alcântara, e faz parte das estratégias do Governo do Estado para acelerar a vacinação contra a doença no Maranhão. 

A cidade já conta com mais de 15 mil pessoas vacinadas com a primeira dose. O município é caracterizado pela grande presença de quilombolas, um dos grupos inseridos no público-alvo da campanha de vacinação contra a Covid-19. A proposta do Governo é, com o cenário oportuno, tornar Alcântara uma das primeiras cidades brasileiras a ter toda a população adulta vacinada.

“O Maranhão é o estado do país com melhor desempenho no combate à Covid-19 e a cidade de Alcântara possui o melhor índice de vacinação. Portanto, nossa intenção é fazer com que aqui seja o município com maior número de imunizados o mais rápido possível. Quero destacar ainda o empenho das equipes de saúde do Estado em parceria com a Prefeitura, pois sem eles não teríamos este resultado que já é um exemplo para o Brasil”, disse o vice-governador Carlos Brandão. 

O município de Alcântara faz parte da Região Metropolitana de São Luís e tem população total de 22 mil habitantes. Para alcançar todos os habitantes maiores de 18 anos, as secretarias de Saúde do Estado e do Município uniram forças, principalmente na vacinação da segunda dose.

Para isso, a SES destacou para o município equipes da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma). São enfermeiros, aplicadores e digitadores que, em conjunto com os profissionais municipais, estão colaborando para o avanço do processo de vacinação. 

O secretário Carlos Lula observou que, nos próximos dias, todo o município deverá ser alcançado com a vacina. “Alcântara vira referência histórica para o Brasil em imunização. O principal motivo deste sucesso é a população e o fato de ela ter acolhido a iniciativa, pois precisamos controlar a doença e não só aqui, mas também no país inteiro e essa é a mensagem que queremos enviar para todo o país, incentivando os estados e municípios a seguirem firmes na vacinação, pois juntos vamos vencer!”, enfatizou.

O prefeito da cidade, Padre William, enfatizou que, em até um mês, todos deverão ter tomado a primeira e a segunda dose. “Alcântara agradece ao Governo do Estado pelo apoio. Somente unidos e firmes no propósito contra o vírus é que iremos vencer a pandemia em busca de dias melhores”, disse o gestor municipal.

Cidade já conta com mais de 15 mil pessoas vacinadas com a primeira dose (Foto: Ruy Barros)

O agricultor Antônio Mendes, de 32 anos, aproveitou o ponto de vacinação montado em frente à Unidade Básica de Saúde Caravelas para receber a sua segunda dose. “A expectativa era grande para ser imunizado. A vacina, no momento, é a única arma que temos contra o vírus, por isso é ideal que todos aproveitem a oportunidade e se vacinem”, alertou. 

Comunidades Quilombolas 

Alcântara é o município com maior número de quilombos no Brasil. Ao todo são 204 comunidades, onde vivem mais de 3,3 mil famílias. A Comunidade Quilombola Peroba, localizada a 35km da sede do município foi uma das contempladas com a ação de vacinação nesta segunda-feira (14). Lá residem aproximadamente 650 pessoas, 500 destas maiores de 18 anos.

Membro da Comunidade Peroba, Vicente Amaral Rodrigues, de 71 anos, disse ter sido um grande passo para a população quilombola de Alcântara. “Nessa pandemia em que estamos vivendo, nós ficamos com medo, mas com a vacina podemos nos sentir mais confiantes para andar no meio da sociedade. Eu espero que essa vacina chegue a mais pessoas, assim como chegou até a gente”, pediu Vicente.

Imagem destacada / Vice-governador Carlos Brandão e secretário Carlos Lula acompanharam a força-tarefa para vacinação (Foto: Luiz Paula)