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Ameaçadas de extinção, bancas de revista e jornais de São Luís resistem e organizam associação

Ed Wilson Araújo

Uma das marcas da gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT) na reta final do seu segundo mandato tem sido a inauguração ou a reforma de praças em diversos bairros da cidade.

Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade está eliminando as bancas dos logradouros públicos

Na região do Centro Histórico, as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) já reformaram duas praças importantes: os complexos Deodoro/Pantheon e João Lisboa/Largo do Carmo.

As reformas melhoraram os ambientes, mas eliminaram as bancas de jornais e revistas. O mesmo ocorreu na requalificação da praça da Bíblia, onde uma pequena banca estava instalada e foi excluída do local.

O processo de extermínio chegou ao bairro Renascença II, nas imediações do shopping Tropical. Nestes casos, por ação do Ministério Público (reveja aqui).

Diante das ameaças, os gestores das bancas começaram a criar uma associação com o objetivo de unir e organizar a categoria para buscar meios de manter as suas instalações e assegurar a sobrevivência de pais e mães de família que trabalham como difusores culturais em São Luís, alguns com mais de 20 anos de atuação.

O trabalho de organização da associação já iniciou e terá prosseguimento durante uma reunião neste sábado (5 de setembro), às 10h, na sede do Sindicato dos Servidores Federais (Sindsep), no Monte Castelo.

Equipamentos culturais

As bancas são equipamentos culturais da cidade, não só um local de comércio e fonte de trabalho e renda para os seus gestores e familiares. Elas servem para congregar as pessoas, difundir produtos informativos e de entretenimento fundamentais para a formação educacional dos usuários.

Leia mais sobre as bancas no artigo Estariam “higienizando” o Centro Histórico de São Luís?

Além de ser fonte de trabalho e renda, as bancas são lugares de encontro entre os frequentadores e servem ainda como ponto de referência para fornecer informações variadas. É muito comum as pessoas irem às bancas para saber os itinerários de ônibus ou identificar locais públicos e privados de prestação de serviços.

Para as bancas convergem também públicos especiais como os produtores e fãs de histórias em quadrinhos (HQs), produtos culturais fascinantes para crianças e adultos de várias gerações.

Informalmente, as bancas funcionam até mesmo como pontos de informação turística em São Luís. Apesar de tudo isso, sofrem perseguições.

Transformações

Os gestores das bancas estão atentos às transformações tecnológicas que diminuíram o consumo dos produtos impressos diante do processo de digitalização.

Eles sabem que precisam se adaptar à nova configuração do mundo digital, mas não admitem a extinção. “Vamos nos adequar às mudanças e queremos seguir ocupando os espaços da cidade como produtores culturais diante das novas modalidades tecnológicas”, pontuam em coro os gestores das bancas.

Uma das propostas é modificar a nomenclatura de banca de jornais e revistas para ponto de cultura. A definição ainda está em curso e será parte do diálogo na construção da associação.

Os gestores também estão abertos ao diálogo com os poderes público e privado para formar parcerias. Se já são pontos de difusão cultural, as bancas poderiam ser incorporadas ou adicionadas aos projetos e ações de incentivo ao turismo em São Luís.

As instalações poderiam ser padronizadas com as motivações arquitetônicas e imagens do conceito colonial da cidade e ser equipadas com plataformas tecnológicas capazes de oferecer serviços e conteúdos aos usuários.

É possível encontrar alternativas junto às secretarias municipais e estaduais, de forma interdisciplinar, convergindo Cultura, Turismo, Ciência e Tecnologia.

Presas apenas ao mundo analógico as bancas não podem ficar, mas também não devem ser extintas, apagando as marcas culturais da cidade e as fontes de sobrevivência para tantas famílias.

Que venha o diálogo para o bem da cidade.

Imagem destacada capturada no site imirante.com

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Receita e mulher

Eloy Melonio é professor, escritor, poeta e compositor.

Maria, Zilda, Dulce, Chiquinha, Arcângela, Fernanda, Marielle, Elza.

Que me perdoem os homens, mas não vou dar aqui uma “receita” de mulher. Se essa era a sua expectativa, podem tirar o cavalinho da chuva. Nem mesmo Vinicius de Moraes foi capaz de fazê-lo, apesar de sua genialidade. Porque a mulher é muito mais que apenas um rosto atraente, geralmente com cabelos longos, quadril largo, peitos polpudos e pernas torneadas. Um aspecto físico que é captado natural ou sutilmente pelo olhar masculino interessado em curtir com ela momentos de intimidade.

O certo é que a mulher não é apenas isso. Ela é muito mais que “nádegas” e “saboneteiras”, como exigia o poeta. É óbvio que, em sua poesia, Vinicius fala em nome de um olhar sensual, típico do boêmio de sua época. E está perdoado por isso, posto que seu poema “Receita de Mulher”, de 1959, é uma estupenda peça literária. Mas está longe de representar, em sua plenitude, as mulheres deste país. Carl Jung também o perdoaria, porque, assim como as pessoas têm medidas diferentes (sapatos, roupas etc.), “não existe uma receita para a vida que sirva para todos”.

É inegável que a mulher ocupa espaço privilegiado nos versos dos poetas, nas músicas românticas e nas cenas de qualquer love story. Poemas, canções e filmes exaltam sua beleza e sensualidade. Um cenário em que é geralmente apresentada como musa, amada, amante, sedutora. E tudo isso por causa de sua fina e atraente natureza feminina.

Aproveitando esse potencial, o marketing do mundo dos negócios associou seu sex appeal ao imaginário coletivo dos homens (e das mulheres). Se Gisele Bündchen usa essa marca de batom, também Ana Paula vai querer usá-la. Do mesmo jeito, se a Juliana Paz curtia uma “boa” cerveja, muita gente também seguia o seu estilo de vida.

E, assim, surgiram as misses, as cover girls, as top models, a garota do Fantástico, a Vera Verão, da Itaipava.

No auge das revistas de mulher pelada, alguém gritava com ar de superioridade: Já sei quem vai ser a capa da Playboy deste mês! Muita gente ainda se lembra (e até guarda exemplares) das capas mais vendidas com a Feiticeira, a Tiazinha, Adriane Galisteu, Carla Perez.

É importante destacar que, em quarenta anos de Playboy no Brasil, apenas nove mulheres negras posaram em suas capas. Em 1980, um ensaio apresentava “Sônia e as mulatas”. Dezesseis anos depois, a belíssima Isabel Fillardis provocou filas nas bancas de revista.

Mas o que existe além dessa representação sensual da mulher? Para os especialistas, uma variedade de qualidades e potencialidades. Entre elas: a mulher é apaixonada pelo que faz, não tem medo de assumir riscos, quer evoluir na carreira. E está, hoje, fortemente representada no mercado de trabalho: a cientista, a produtora cultural, a política, a policial, a juíza, a agricultora, a empresária, a motorista da van escolar.

Além de tudo isso, vale destacar a quase esquecida “companheira”, expressão bíblica para a primeira mulher, criada a partir da costela de Adão, que, muitas vezes, mesmo trabalhando fora, é dona de casa em tempo integral.

Preciso aqui, de forma especial, falar da mulher em sua condição de cidadã, engajada em várias frentes. Que luta pelos seus direitos e que, corajosamente, representa outras mulheres. Essa, em geral, não está nem aí para o “estereótipo” de Vinicius de Moraes, embora algumas delas (juízas, delegadas, médicas, procuradoras) se encaixem na descrição do poetinha.

Hoje, quando se destaca em nível nacional ou internacional, a mulher não é vista como mulher apenas, mas como alguém que luta pelo bem-estar das pessoas. Infelizmente, o mundo dos smartphones ainda não foi capaz de ver, ouvir e entender a sua voz de modo a equipará-la ao seu companheiro. E isso, como diria Roberto Carlos, por causa de um “detalhe tão pequeno”: quem ainda faz as leis são esses sujeitos que se dizem seus companheiros. Felizmente, elas sabem que um longo caminho ainda as separa do “oásis” da igualdade. Mas já conseguem vislumbrar, no bom sentido, a mesma “sombra e água fresca” que os homens desfrutam há muito tempo.

No Brasil, a palanque político mudou muito nas últimas décadas. Nesse novo cenário, as mulheres ganharam espaço e voz no debate em torno de questões essencialmente femininas como aborto, assédio, maternidade, igualdade de direitos. Não sei dizer o número de atrizes nesse palco, mas sei que sua representatividade se torna cada vez mais forte e mais consistente.

Nosso século se orgulha de ter empoderado duas jovens que chamaram a atenção do mundo com seu grito de indignação: a paquistanesa Malala Yousafzai, a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, em 2014; e a “pirralha” sueca Greta Thunberg, que, aos 16 anos, foi escolhida “Person of the Year/2019” pela revista Time. Aliás, essa honraria — não é demais lembrar — era, até pouco tempo atrás, reverência midiática exclusiva dos homens.

É notório que a mulher hoje pisa e repisa os estereótipos impostos pela mente dominante do homem. Já destronou o famigerado “sexo frágil” e o cambaleante “Por trás de um grande homem…”. E consolida sua posição na sociedade em busca de mais direitos, mais reconhecimento e oportunidades. Mas ainda tem uma lista considerável de “pedrinhas” para tirar do meio do caminho.

É sempre bom lembrar que “uma jornada de mil milhas começa com o primeiro passo”. E jamais esquecer as grandes mulheres que teceram, de certa forma, a história do mundo contemporâneo: Geraldine Ferraro, a primeira candidata à vice-presidência dos Estados Unidos, em 1984, Margaret Thatcher, a “primeira” primeira-ministra do Reino Unido, de 1979 a 1990. E tantas outras, famosas e anônimas, no Brasil e no mundo, que fazem parte do rol das mulheres que pensam e agem para dar o devido colorido à sua importância na sociedade moderna.

Entre erros e acertos, a história não pode mais perder de vista o valor, a força e o poder das mulheres. Nesse contexto, um bom exemplo vem de Hillary Clinton, a bem-sucedida política norte-americana: “Por mais difícil que isto possa parecer para mim, eu aprendi muito com as derrotas” (prefácio de seu livro “Hard Choices”, Ed. Simon and Schuster).

Nesse viés, ainda existem algumas esquinas difíceis de dobrar. Como diz a canção, “nem sempre o sol brilha/ Também há dias em que a chuva cai” (Mar de Rosas, The Fevers). O radicalismo e a intolerância político-ideológica são — muitas vezes — pontos inconsequentes. Quando transformam a luta em guerra, perdem tempo e espaço. Se veem o homem apenas como um inimigo, perdem de vista o oásis dos sonhos dourados. Em todo processo de mudança, a política é a rua principal. E aí, mais que “força e obstinação”, quem precisa caminhar de peito aberto é a capacidade de dialogar.

No universo das redes sociais, a panela de pressão ferve repleta de opiniões, argumentos e posições. E é por lá que está, hoje, caminhando a humanidade. Em muitas situações, as trincheiras são necessárias. E, como já disse, bem melhor que a guerra é o diálogo e a negociação. E, nesse contexto, a mulher parece ter o perfil ideal para entrar nessa lida democrática.

A intenção de Júlia Gama (Miss Brasil 2020) é uma oportuna lição: “Como Miss Brasil, eu desejo o diálogo e a inclusão, eu desejo construir mais pontes e menos muros. Espero usar a minha voz para falar de cuidados, proteção social e de saúde”.

E quanto às “oito mulheres” da primeira linha deste ensaio?

Apesar da escolha aleatória, são mulheres reconhecidas e, algumas vezes, homenageadas por sua representatividade nas mais variadas áreas do universo político-social deste país. Se adicionar um título ou sobrenome, facilmente serão reconhecidas: Maria da Penha, Zilda Arns, Irmã Dulce, Chiquinha Gonzaga, (…), Fernanda Montenegro, Marielle Franco, Elza Soares.

Dessas, ressalto a persistência e a determinação de Elza Soares, que, aos 90 anos, continua trabalhando como nunca. Sobre sua vida, ela revela: “Faço questão de ser ativista. Eu brigo, grito, vou à luta. Pelos gays, pelos negros, pela juventude, pela mulheres, por quem não é ouvido” (Veja, coluna Primeira Pessoa, 5-8-2020).

Essa lista não significa que essas são as mais destacadas ou as mais representativas. São apenas alguns exemplos. Você pode ter outros nomes. O que importa aqui é a atitude da mulher diante dos desafios da vida, da sociedade e do mundo. E como enfrentá-los.

Uma delas você certamente não conseguiu identificar. E por que está nessa lista? Porque, mesmo “anônima”, foi, para a sua família, um exemplo de força, caráter, dignidade.

Essa mulher — física e socialmente — está longe do perfil idealizado por Vinicius de Moraes. E muito distante das “socialites” e “beldades” que habitavam o imaginário do poeta. Era, ao contrário, uma “guerreira”, no estrito uso do termo. Analfabeta, acordava cedo para preparar os filhos para a escola. Fazia de “tudo” em casa, pois nunca teve empregada para ajudá-la a criar os cinco dos nove filhos sobreviventes. Suas “nádegas” não eram bonitas, pois se sentava no chão para quebrar coco e, com isso, ajudar na renda da família. Em vez de “saboneteiras”, o destaque eram os ombros. Estes sim, fortes de tanto carregar peso. E as mãos calejadas de lavar roupa com sabão em barra. Uma incontestável representante das milhões de mulheres que habitam os mais precários e vulneráveis espaços deste país.

Arcângela era simplesmente uma dona de casa. Mulher modesta, e — acima de tudo — honrada, trabalhadora, sonhadora. A eterna “companheira” de vida e túmulo de Seu Manoel Rodrigues, meu pai.

E habilitada a entrar em qualquer lista de mulheres dignas, aqui e alhures.

Imagem destacada / divulgação / Atividades do Elas que São Elas!, grupo de alunas da Universidade Vila Velha, no Espírito Santo.

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Coligação de Neto Evangelista reúne Roseana Sarney, o PSL bolsonarista e o PDT de Weverton Rocha

O campo conservador engorda as fileiras em São Luís. Dessa vez o “velho” MDB controlado pela família liderada por José Sarney vai compor ao lado do pré-candidato a prefeito Neto Evangelista (DEM).

A coligação até agora já tem o bolsonarista PSL, o MDB, o PTB e o PDT, controlado pelo senador Weverton Rocha.

Até pouco tempo considerado adversário dos Sarney, eleito em 2018 na chapa do governador Flávio Dino (PCdoB) com o discurso anti-oligarquia, o senador pedetista acomoda facilmente seus novos interesses ao lado de Roseana Sarney.

Com o apoio do MDB, Neto Evangelista torna-se um candidato competitivo para enfrentar o líder nas pesquisas, Eduardo Braide (Podemos), que recentemente obteve apoio do PSDB.

Do PDT Neto Evangelista vai agregar uma estrutura de poder há 30 anos enraizada na máquina administrativa de São Luís. O PSL bolsonarista soma um valioso tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV. E Roseana Sarney, gostemos ou não, ainda tem um certo recall eleitoral em São Luís.

Além disso, Neto Evangelista, ex-secretário de Desenvolvimento Social do Governo do Maranhão, faz parte do consórcio de postulantes à Prefeitura direta ou indiretamente vinculado ao governador Flávio Dino (PCdoB).

Assim, essa aliança heterogênea reúne partidos da extrema direita (PSL), legendas progressistas como o PDT, o velho MDB centrista e aliados de peso do governador, a exemplo do senador pedetista Weverton Rocha.

Sem Madeira

Antes de formalizar o apoio a Neto Evangelista, a ex-governadora Roseana Sarney foi cortejada duas vezes pelo ex-juiz federal e pré-candidato a prefeito Carlos Madeira (Solidariedade).

Ex-juiz Carlos Madeira ofereceu a vice e cargos ao MDB

O próprio Madeira e o secretário de Segurança do Governo Flávio Dino, Jefferson Portela (PCdoB), fizeram uma visita à ex-governadora, dia 5 de agosto.

Depois, o magistrado aposentado concedeu uma entrevista à rádio Mirante AM, dia 27 de agosto, quando fez elogios explícitos ao ex-presidente José Sarney e ofereceu a posição de vice para o MDB na chapa, além de secretarias em uma eventual vitória e composição da equipe na Prefeitura de São Luís.

Ouça aqui a entrevista completa, no programa Ponto Final, da rádio Mirante AM

Apesar dos afagos e ofertas de Carlos Madeira o MDB preferiu a aliança com Neto Evangelista.

Imagem destacada / divulgação: Roseana Sarney, ao centro, com Neto Evangelista e a cúpula de políticos do MDB

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Bira apresenta plano de governo com 40 compromissos para administrar São Luís

Fonte: Blog do Gildean Farias, com edição

Um documento construído de forma popular e plural, com a ajuda de muitas mãos. Assim foi definido o plano de governo apresentado pelo pré-candidato a prefeito de São Luís, Bira do Pindaré (PSB), aos filiados do PSB com a presença de técnicos e especialistas. A exposição dos 40 compromissos de Bira por uma São Luís mais humana, bela e justa, foi realizada nesta segunda-feira (31), em uma plenária virtual.

O pré-candidato ressaltou que o plano de governo apresentado nesta segunda-feira foi elaborado de forma coletiva, através das agendas e reuniões do movimento ‘Pense São Luís’, desenvolvido pelo PSB desde o início do ano, possibilitando a escuta e a contribuição de todos os setores da sociedade e de todas as comunidades de São Luís.

“O nosso plano de governo e os nossos 40 compromissos apresentados hoje são fruto de um processo de muito diálogo, construído de forma coletiva, popular, ouvindo técnicos e especialistas e que vai resultar num programa de alto nível, de alta qualidade e muito enraizado na realidade que a gente vive que é o nosso grande desafio: transformar essa realidade que aí está”, pontuou o pré-candidato.

A plenária virtual teve a participação de pré-candidatos(as) a vereador(a) pelo PSB, apoiadores e lideranças comunitárias e de movimentos sociais que acrescentaram propostas e sugestões para serem adicionadas ao documento final que será registrado na Justiça Eleitoral.

Entre os compromissos apresentados por Bira, destaque para a área da Educação, com a proposta de criação do programa Escola Plena, que tem como objetivo expandir a oferta de educação integral com uma pedagogia pautada no protagonismo infanto-juvenil e com a introdução da formação de um segundo idioma em todo o itinerário escolar.

Outro destaque do plano de governo é relativo à mobilidade urbana, com a proposição de um transporte coletivo mais seguro, sustentável, acessível e de boa qualidade, revisão e transparência na política tarifária, além da implantação do Passe Livre para estudantes e famílias de baixa renda.

“Temos um plano pautado no compromisso com as principais demandas e prioridades da nossa cidade. Um plano coerente e possível de ser implementado através de uma gestão criativa, capaz de gerir o orçamento público com eficiência, otimizando os resultados e construindo tudo com a participação popular”, ressaltou Bira.

Com a apresentação do plano de governo com os compromissos por uma São Luís mais humana, bela e justa, Bira do Pindaré (PSB) está pronto para encarar mais um desafio em sua trajetória política, que soma meio milhão de votos na campanha de senador, em 2006, e quase 100 mil votos que o elegeram deputado federal no último pleito, alcançando uma das maiores votações em São Luís. A pré-candidatura de Bira está consolidada e cada vez mais crescente nas pesquisas eleitorais e é considerada prioridade pelo PSB nacional.

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Emilio Azevedo afirma: “São Luís precisa de um para pra acertar”

Em debate realizado ontem (30/08), com transmissão pelo Facebook, o jornalista e pré-candidato a vereador de São Luís, Emilio Azevedo (Agência Tambor/Vias de Fato), disse que “a indústria pesada e as grandes empresas da construção civil seguem ameaçando São Luís com seus planos de expansão”.

Segundo o jornalista, a cidade já acumula uma série de graves problemas relacionados à pobreza, violência, poluição, falta de água, saneamento e de mobilidade urbana. Ele diz que tudo isso pode ser agravado “se prevalecerem os planos de uma elite econômica que pensa unicamente em seus lucros”.

Emílio argumentou que São Luís precisa “aumentar a força política de um campo democrático e popular, comprometido com a justiça social”.

Segundo o jornalista “é preciso um para pra acertar. Precisamos mudar o eixo do planejamento da cidade, priorizando a vida e consequentemente a preservação ambiental, com uma economia criativa e solidária, que inclua o trabalho rural, os extrativistas e todas as dimensões de nossa produção, tradição e rico patrimônio cultural”.

Na opinião do pré-candidato a vereador pelo PSB, “essa mudança de eixo é uma luta que passa necessariamente pela participação da sociedade e fundamentalmente pela ação da Prefeitura e da Câmara Municipal”.

O segundo debate

As afirmações de Emilio foram feitas num segundo debate provocado pela carta aberta que propôs sua candidatura a vereador de São Luís.

Participaram desse debate, ao lado do jornalista, a Iyalorixá Jô Brandão e o advogado Guilherme Zagallo. Os dois estão entre os mais de 200 nomes que assinam a carta aberta propondo a candidatura de Emilio.

Jô Brandão coordena o coletivo Dan Eji e é ativista dos direitos dos povos e comunidades tradicionais. Zagallo foi conselheiro federal da OAB e é membro do Movimento de Defesa da Ilha.

Ao final do debate Emilio disse que havia sido “um privilégio contar com o conhecimento e as informações disponibilizadas por Jô e Zagallo”

Além dos três debatedores, dezenas de pessoas se manifestaram nos comentários. A mediação foi da jornalista Flávia Regina Melo e o evento contou com o apoio do Blog Buliçoso e do Blog do Ed Wilson.

A carta aberta se encontra publicada no site Bandeira de Aço. Lá você pode conhecer os quatro compromissos da futura candidatura e ver o nome de todas pessoas que assinaram.

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Estimativa da população do Maranhão passa de 7,1 milhões, segundo IBGE

O estado é o 11º mais populoso do país

O IBGE divulgou as Estimativas de População, que são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos.

De acordo com as estimativas, em 1º de julho de 2020, o Maranhão contava com 7.114.598 habitantes, distribuídos pelos seus 217 municípios, representando próximo de 3,4% da população brasileira. A estimativa de 2019 apontava a população do Maranhão sendo composta por 7.075.181 habitantes.

A população do Maranhão é a 11ª maior dentre as 27 Unidades da Federação. Os três estados mais populosos do país localizam-se na Região Sudeste, enquanto os cinco estados menos populosos localizam-se na Região Norte. O estado de São Paulo, com 46,3 milhões de habitantes, concentra 21,9% da população total do país, seguido de Minas Gerais, com 21,3 milhões de habitantes e do Rio de Janeiro, com 17,4 milhões de habitantes.

Estima-se que o Brasil tem, em 2020, quase 211,8 milhões de habitantes, distribuídos pelos 5.570 municípios que compõem as 27 Unidades da Federação, com um acréscimo populacional de 0,77% em relação ao ano passado.

São Luís: 15º município mais populoso do Brasil

Em 2020, são 17 os municípios com população superior a 1 milhão de habitantes. Desses, 14 são capitais estaduais. Esses municípios concentram 21,9% da população do país.

O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do Brasil, com 12,33 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,75 milhões de habitantes), Brasília (3,05 milhões de habitantes) e Salvador (2,88 milhões de habitantes). São Luís, por sua vez, é o 15º município brasileiro mais populoso, com 1.108.975 habitantes.

Municípios maranhenses

Ainda de acordo com as Estimativas de População, além da capital São Luís, os outros quatro municípios maranhenses mais populosos em 2020 são Imperatriz, com 259.337 habitantes, São José de Ribamar, com 179.028 habitantes, Timon, com 170.222 habitantes, e Caxias, com 165.525 habitantes.

Já Junco do Maranhão (4.392 habitantes), São Félix de Balsas (4.562 habitantes), Nova Iorque (4.682 habitantes), São Pedro dos Crentes (4.684 habitantes) e São Raimundo do Doca Bezerra (5.131 habitantes) são os municípios com os menores números de habitantes do estado.

Fonte: Unidade Estadual do IBGE no Maranhão / Supervisão de Disseminação de Informações

Imagem destacada / vista aérea do município de Codó, na região leste do Maranhão capturada nesse site

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Estariam “higienizando” o Centro Histórico de São Luís?

Ed Wilson Araújo

Em primeiro lugar, é preciso dizer: as obras do PAC Cidades Históricas melhoraram o visual deplorável da praça Deodoro e da rua Grande, da praça João Lisboa e do largo do Carmo. Objetivamente, são mudanças essenciais, necessárias e cobradas faz tempo.

No entanto, passíveis de observação e crítica no intuito de provocar reflexão sobre as alterações no espaço urbano, assunto de interesse coletivo.

A crítica incide sobre a forma e o conteúdo das intervenções, em sua maioria feitas sem a participação das pessoas direta ou indiretamente afetadas pelas obras: moradores, frequentadores, comerciantes etc.

Há pouco diálogo entre os executores das obras e a população. Tão grave quanto a verticalidade na execução dos projetos é a falta de informações sobre a utilização do dinheiro público nas construções.

Uma cidade sem participação e transparência, dois aspectos fundamentais da gestão púbica democrática, deixa muito a desejar.

Sem mediações, as obras são tocadas de cima para baixo, atropelando o direito do cidadão de opinar sobre as alterações nos territórios de uso comum.

Certas obras violam até os conceitos e marcas simbólicas da cidade, configurando uma renovação que apaga a memória e destitui a urbe das suas pulsações humanas constituídas pelos sedimentos da matéria política, histórica, econômica e cultural.

Tomamos como primeiro exemplo a gloriosa reforma do complexo das praças Deodoro-Pantheon. Ficou bonito, é lógico, mas ali não há qualquer vestígio de um marco histórico da cidade – a Greve da Meia Passagem.

Esferas de concreto na nova praça Deodoro

Se hoje os estudantes ainda usufruem daquela conquista de 1979, cujo palco principal foi a praça, a cidade perde uma referência histórica fundamental.

São tantas bolas de concreto e nenhuma placa sequer lembra o massacre contra os estudantes e a conquista da meia passagem com muita luta. É ou não uma forma de apagamento da memória da cidade?

Já na avenida Pedro II, a parte mais sofisticada do Centro Histórico, onde estão as sedes do Governo do Estado, da Prefeitura de São Luís, do Tribunal de Justiça e da Arquidiocese de São Luís, o animado Tambor de Crioula do Mestre Amaral foi execrado.

No local está inaugurada a praça em homenagem aos poetas, e o novo largo passa a ser um lugar primoroso para fotografar e usufruir do belo visual do rio Anil.

Mas, a retirada do tambor serve também para reflexão sobre o tipo de dispositivo cultural permitido e/ou deslocado no espaço urbano.

O abrigo da praça João Lisboa é outro equipamento sob ameaça, assim como as bancas de revista e os camelôs já empurrados da praça Deodoro para as transversais da rua Grande.

Em qualquer lugar do planeta, considerando a perspectiva das cidades históricas, o abrigo seria destruído e refeito em padrões modernos. Mesmo não sendo original da praça João Lisboa, ele merece requalificação, considerando os sentidos conotativo e denotativo do vocábulo “abrigo”, signo de acolhida, afeto, solidariedade, proteção e sociabilidade em geral.

Abrigo segue gerando polêmica. Imagem capturada em O Imparcial

Ocorre que em São Luís há um apego exagerado ao passado… um tal “reviver”.  Aí, já que o abrigo não é “original”, passa a ser considerado um monstrengo e, por isso, deve ser demolido, quando deveria ser reconstruído em outros moldes, adaptado à realidade contemporânea sem qualquer prejuízo ao conjunto arquitetônico do entorno.

Salta aos olhos, ainda, a ferocidade dos inimigos do abrigo da João Lisboa que não se manifestam sobre a grilagem ampla, geral e irrestrita na cidade, patrocinada e organizada pelos endinheirados, que se apropriam dos terrenos à revelia das leis.

Queria ver, por exemplo, os iconoclastas do abrigo criticarem os latifundiários urbanos que se apossam de áreas valorizadas em São Luís para construir shoppings e galerias disfarçados de postos de gasolina. Esses sim, verdadeiros monstrengos, erguidos em qualquer lugar, sem respeito ao Impacto de Vizinhança, um dos dispositivos do Plano Diretor.

Por que os demolidores do abrigo não se manifestam sobre o posto de gasolina construído na margem da avenida Jerônimo de Albuquerque, em frente ao hospital São Domingos, colocando em risco centenas de pacientes e trabalhadores?!

Poderiam ainda aproveitar o ensejo para pedir a retirada do “prédio do BEM”, na rua do Egito, cujas obras estão marcadas por corrupção (leia aqui).

Está clara, portanto, uma certa discriminação ao escolher os adversários, na lógica de varrer do mapa alguns equipamentos não incorporados ao modo de ver aristocrático da elite escravocrata que dominou a cidade e ainda está presente hoje, em algumas cabeças.

Tal forma de pensar carrega o apego ao complexo de geriatria cultural que serve para justificar a dinamite no abrigo dos pobres, mas não vale para demolir a grilagem dos ricos em centenas de espaços privilegiados da cidade, feitos ilegalmente, com a leniência das autoridades.

A seletividade na ocupação do espaço urbano chegou ao antigo e famoso “Xirizal do Oscar Frota”, onde a dispersão das prostitutas no tradicional reduto das profissionais do sexo foi algo tão violento como derramar veneno para matar baratas.

Demolição do “Xirizal” dispersou as prostitutas. Foto: Biaman Prado

O massacre dos pobres, putas e negros, não necessariamente nessa ordem, está nas raízes mais profundas do processo de discriminação e violência marcantes na formação de São Luís. Afinal, toda a beleza e a imponência dos casarões do Centro Histórico foram erguidas pela mão de obra escrava, gerando uma população de pedreiros e ajudantes mutilados, fruto das mais desumanas condições de trabalho.

Mas, estamos em outros tempos, das velhas práticas. “Agora vai”, ou melhor, é “São Luís em obras”. Na véspera da eleição, outra intervenção há muito tempo cobrada alcança a antiga parada de ônibus do Anel Viário, as barracas e os botecos do entorno. Trata-se de uma intervenção necessária, visando organizar aquela bagunça generalizada.

Como não temos informação amplamente divulgada sobre o projeto, a obra e o investimento do dinheiro público, esperamos que os comerciantes informais sejam reassentados no seu local de origem ou em outro ambiente, de forma a garantir as suas condições e meios de sobrevivência.

Quanto à nova obra do Anel Viário, cabe uma anotação sobre um dos equipamentos mais importantes do Centro Histórico – o Aterro do Bacanga. Aos poucos aquele espaço vai sendo ocupado por vários puxadinhos e arranjos, sem observar um consistente projeto arquitetônico já tantas vezes comentado em nossos escritos (leia aqui e mais aqui)

Cabe reiterar a crítica sobre a forma e o conteúdo das obras. Em cima da eleição colocam os tratores no Anel Viário desprezando o ganho estético, social e ambiental de um projeto arquitetônico bem mais utilitário para a cidade.

De volta ao tema central, observando bem os exemplos de remoção ou tentativas de eliminar as bancas de revista, os camelôs, as barracas do Anel Viário, o tambor do Mestre Amaral, o abrigo da João Lisboa e as putas do Xirizal do Oscar Frota, podemos refletir juntos sobre um relativo processo de higienização social no coração da cidade.

Parece haver um conceito de isolamento e guetização dos equipamentos e das pessoas não representativas do sentimento saudosista da elite escravocrata que mandava na cidade e ainda hoje tem seu pensamento vivo e entranhado em vários poderes oficiais.

Quanto às bancas de revista e similares, vamos pensar juntos….

Perseguição às bancas de revista ocorre também na área nobre da cidade

São Luís, ainda agarrada ao equivocado epíteto de Atenas Brasileira, teve várias livrarias fechadas e está em curso uma verdadeira perseguição às bancas. Tais equipamentos não combinam mesmo com o visual “hipermoderno” da cidade “retrô” das avenidas e ruas remendadas por um asfalto do século 19 por onde trotam caminhonetes de luxo (leia aqui sobre livrarias fechadas).

Ademais, em meio a tanta celebração pela idoneidade literária da cidade, o Memorial Bandeira Tribuzzi foi desativado e não há notícia de onde foi parar o acervo do poeta autor do hino oficial de São Luís.

Assim, a cidade se movimenta com deslocamentos ou dispersões e reacomodações compulsórias. Os camelôs, por exemplo, vão se reagrupando de acordo com as novas regras de espacialização do comércio.

Geralmente, as obras fazem uma bela maquiagem na paisagem para ela ficar atrativa aos turistas e excluem as pessoas e equipamentos que vivem, sobrevivem, circulam e usufruem do espaço urbano.

A higienização social segue o rito de apagamento das marcas simbólicas e da memória da cidade, que precisa ser limpa, aspirada e lubrificada socialmente, seguindo padrões de uma certa forma de pensar cheia de contradições.

Então, o saneamento é seletivo. Limpa-se o Centro Histórico para embelezar a vista dos turistas e moradores que não podem tomar banho nas praias impróprias contaminadas pelos esgotos.

No curso da higienização social não é apenas a “Península” (leia aqui) que pretende se isolar. As obras do Centro Histórico estão “limpando” a cidade, onde erguem-se várias ilhas.

E se no Centro Histórico, onde estão as cabeças mais iluminadas e puras, a cidade é discriminatória, imagine na zona rural, onde a proposta de revisão do Plano Diretor pode ter repercussões gravíssimas na sustentabilidade da ilha toda no curto prazo!

Lá na “roça”, onde o capital da especulação imobiliária é voraz na concentração do mercado de terras, os conflitos são resolvidos com mais violência, a ferro e fogo.

Por fim, como o título do artigo é uma pergunta, tenho questionamentos no lugar de teses prontas. E para fazer jus ao primeiro parágrafo, reitero: todas as edificações feitas recentemente são fundamentais para qualificar o Centro Histórico e honrar o título de São Luís Patrimônio Cultural da Humanidade.

Minha única certeza, em se tratando de higienização e saneamento, é que estamos na cidade toda brilhosa com novas obras, mas cercados pelo mar de coliformes fecais.

A cidade limpa, higienizada, contém o germe da sua própria sujeira.

Imagem destacada / antigo abrigo da praça João Lisboa / capturada no site do jornal O Estado do Maranhão

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O machado afiado da poesia e do reggae em canção e clipe

Os poetas Fernando Abreu e Celso Borges juntaram seu amor ao reggae e a música de Bob Marley para fazer uma versão livre da canção Small Axe, do cantor e compositor jamaicano.

O reggae Machado Afiado foi gravado no mês de junho e virou clipe pelas mãos de Inácio Araújo, da Carabina Filmes. O lançamento acontece no próximo sábado.

Na primeira etapa do projeto, em junho, os poetas gravaram a parceria no Estúdio Zabumba Records. A produção musical foi assinada pelo percussionista Luiz Claudio que, também, tocou na sessão. Fernando Abreu fez os violões e dividiu os vocais com Celso Borges; Jesiel Bives tocou teclados e baixo; e George Gomes, bateria. Jailton Sodré gravou, mix e masterizou a faixa.

No mês seguinte, a dupla saiu às ruas, acompanhada pela câmera de Inácio Araújo, da Carabina Filmes, e gravaram imagens na Praia Grande. A edição final do clipe terá também a participação especial do artista plástico Edson Mondego tocando berimbau.

“Nos divertimos muito nas gravações, tanto no estúdio quanto nas ruas do centro. A gente sabe que não é cantor nem tem pretensões de seguir carreira ou algo parecido.  Machado Afiado é antes de qualquer coisa uma homenagem a Bob Marley, um  cara que admiramos muito”, afirma Celso Borges.

Para o poeta Fernando Abreu “o reggae e Bob Marley estão misturados com a poesia da gente desde o começo. Estamos muito felizes de cantar uma letra que é uma leitura livre mas reverente de um poeta do povo, que sempre será farol e referência”.

MACHADO AFIADO

Versão livre de Fernando Abreu e Celso Borges
Para a música Small Axe, de Bob Marley

Se é tarde eu não sei
Resistimos
Somos Davi
Se você é Golias

A gente vai pra cima de ti
É inútil fugir
Tu queda é pra já
Cadê tua coragem?

Você me dá pão e circo
Querendo se dar bem
Mas o pau que dá em Chico
Dá em Francisco também

Você cavou sua cova
Se envenenou com seu ódio
Eu já disse e vou repetir
Sai fora, man
Sai fora
É capoeira pra cima de ti
Não corre man
Não corre

Você me dá pão e circo
Querendo se dar bem
Mas o pau que dá em Chico
Dá em Francisco também

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Coronelismo no PSDB ameaça a pré-candidatura de Wellington do Curso

O senador bolsonarista Roberto Rocha (PSDB) opera com todas as armas para destituir o deputado estadual tucano Wellington do Curso (WC) das pretensões de disputar a Prefeitura de São Luís.

No velho estilo autoritário, o coronel tucano vem fazendo pressões e dividindo o partido para impor a desistência de WC e adesão à pré-candidatura de Eduardo Braide (Podemos).

Ele usa como argumento uma hipótese sem força nos fatos: caso WC desista para apoiar Eduardo Braide a eleição seria decidida em primeiro turno.

Qualquer pessoa com o mínimo de vivência sobre os pleitos em São Luís sabe que em 2020 existem várias candidaturas competitivas com ampla tendência de levar a decisão para o segundo turno.

Até mesmo Eduardo Braide tem ciência de que a sua liderança nas pesquisas é preocupante e perigosa porque ele será alvo do bombardeio de todos os adversários.

Internamente, o trator de Roberto Rocha sobre WC vem desagradando muito os pré-candidatos a vereador do PSDB. Embora não tenha coligação na eleição proporcional, eles avaliam que, na ausência do candidato majoritário tucano, ficarão preteridos e sem palanque próprio, algo fundamental para mobilizar as campanhas à Câmara Municipal.

A chapa da vereança argumenta que Wellington do Curso é um candidato competitivo, vem pontuando nas pesquisas e não deve abrir mão para submeter o protagonismo do PSDB a uma aliança.

O senador bolsonarista, por sua vez, sustenta que a convergência entre o PSDB e o Podemos é o resultado de um acordo celebrado na eleição de 2016, quando WC apoiou Braide no segundo turno contra Edivaldo Holanda Junior (PDT). Em 2018, na eleição para governador, o candidato derrotado Roberto Rocha obteve o apoio de Eduardo Braide (à época no PMN) contra Flávio Dino.

Caso abra mão da pré-candidatura, WC está prometido para ser o vice na chapa de Braide.

Mas, WC já percebeu o desfecho de uma eventual capitulação. Se desistir do protagonismo em 2020, mesmo em uma eventual vitória de Braide, vai desaparecer do cenário político.

Escorpiões são assim mesmo. Roberto Rocha foi capaz de negar a sua eleição de senador como apêndice de Flávio Dino e depois virou o maior inimigo do governador. Imagine o que ele será capaz de fazer com WC apenas na condição de vice-prefeito…

Lembrando que Roberto Rocha tem o mesmo sonho de consumo de Braide – ser governador. Sinal de que essa onda de paz e amor entre o PSDB e o Podemos é passageira.

No mais, é sempre importante lembrar: Roberto Rocha “foi eleito” senador em 2014 montado nas costas de Flávio Dino, surfando na onda de desgaste da oligarquia liderada por José Sarney.

Em 2018, na eleição para governador, já inimigo dos seus antigos aliados, o tucano disputou contra Flávio Dino e teve apenas 2% dos votos. Melhor dizendo: 2,05% = 64.446 votos! Isso em uma eleição majoritária.

Muito metido a estrategista, no velho estilo de coronel, Roberto Rocha quer primeiro atropelar Wellington do Curso para ficar ele sozinho “dono” do PSDB. Depois, vai confrontar Braide, quando o interesse de ambos for o mesmo – o Palácio dos Leões.

Assim, traindo uns e atropelando outros, Roberto Rocha vai sedimentando aquilo que já é quase uma profecia dos analistas políticos: ele nunca será governador do Maranhão.

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Indignação! Cultura de São Luís com prejuízo milionário!

Fonte: Agência Tambor, em 26/08/2020

São quase oito milhões de reais que os artistas e demais produtores culturais de São Luís têm direito e já foi disponibilizado pelo governo federal. Isso a partir da Lei Aldir Blanc, aprovada no Congresso Nacional, com os votos da bancada de oposição a Bolsorano.

Mas o Secretário de Cultura da Prefeitura de São Luís, Marlon Botão, disse simplesmente que não tem previsão de quando os recursos serão repassados para a classe artística e os demais trabalhadores da cultura de nossa cidade.

Mesmo sendo um recurso emergencial (é emergencial!), simplesmente não existe um calendário da prefeitura de São Luís para que a Lei seja aplicada e o recurso seja disponibilizado a quem de direito.

A afirmação de Marlon foi dada em entrevista realizada hoje (26/08), no Rádiojornal Tambor. Ao longo da entrevista, concedida a jornalista Flávia Regina, foram feitos mais de 400 comentários da classe artística e cultural de São Luís, todos eles indignados com a fala de Marlon e com a gestão da cultura na atual administração do município. Segundo a maioria dos comentários Marlon “apenas enrolou” na entrevista.  É isso que está registrado no Facebook da Agência Tambor.

O secretário de Cultura foi convidado a falar na Rádio Tambor porque, na segunda-feira (24/08), nós recebemos representantes da classe artística de São Luís que criticaram o secretário e a política cultural da prefeitura de São Luís.

A Agência Tambor seguirá acompanhando esse caso, de grande importância para nossa cidade. Seguiremos ouvindo os dois lados e deixando bem claro que apoiamos a reivindicação e a pressão dos artistas e produtores culturais.

Como dissemos no início dessa matéria, são quase oito milhões já disponibilizados para São Luís. É um direito! É um auxílio emergencial!

Ouça a entrevista com Marlon Botão aqui