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Mostra inédita em São Luís expõe capas de jornais do Brasil e de Portugal

A partir desse sábado (16) o público pode apreciar as capas de 54 jornais brasileiros e portugueses que marcaram época, registraram a história e são guardiões da memória dos dois países.

 Uma verdadeira viagem no tempo e na história. É isso que os maranhenses poderão conferir a partir desse sábado (16.10), no salão “Casa de Portugal”, no Convento das Mercês, situado à rua da Palma, 502, no Centro Histórico de São Luís.

Trata-se da exposição “Jornais centenários do Brasil e Portugal: um legado cultural”; que reúne dois séculos de história, em uma viagem emocionante contada nas páginas dos jornais desses dois países.

O evento é uma promoção conjunta das seguintes entidades: Associação Portuguesa de Imprensa; Associação de Imprensa de Pernambuco; Vice-Consulado de Portugal em Belém; Camões Portugal / Instituto da Cooperação e da Língua; Consulado Honorário de Portugal em São Luís e da Sociedade Humanitária 1º de Dezembro; com apoio do Conselho da Comunidade Luso Brasileira do Maranhão.

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As matrizes da violência contra a mulher no Brasil

Os colonizadores europeus e os deportados que vieram para o Brasil encontraram aqui uma terra fértil para todo tipo de prática sórdida contra as mulheres.

As índias vulneráveis e posteriormente as escravas eram violentadas de todas as formas.

Um homem branco poderia estuprar quantas mulheres quisesse. Era uma espécie de regra.

Na obra “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freire, é possível ter uma ideia dessa atrocidade:

 “O ambiente em que começou a vida brasileira foi de quase intoxicação sexual”

Parte dos religiosos que vieram para cá também foi tomada pela “devassidão”.

Segundo Freire:

“Foram sexualidades exaltadas as dos dois povos que primeiro se encontraram nessa parte da América; o português e a mulher indígena. Contra a idéia geral de que a lubricidade maior comunicou-a ao brasileiro o africano, parece-nos que foi precisamente este, dos três elementos que se juntaram para formar o Brasil, o mais francamente sexual; e o mais libidinoso, o português.”

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Hannah Arendt explica parte do bolsonarismo

Faço minhas as palavras da escritora Hannah Arendt para explicar alguns traços da ultra direita vigente hoje no Brasil.

Os excertos são retirados da obra clássica “As origens do totalitarismo”.

“Conjugação do horrível com o ridículo” aplico à estética grotesca do presidente Jair Bolsonaro e de todo o seu entorno, marcado por tipos comportamentais violentos, machistas, misóginos e homofóbicos.

“Mistura da escória com o chorume” pode ser adequado perfeitamente à junção de duas escórias do país na atualidade: a milícia e as igrejas neopentecostais.

“Atmosfera de cemitério” cabe perfeitamente na condução desastrosa do governo diante da pandemia Covid-19.

“Charlatanismo cura-tudo” cabe como uma luva na figura caótica do guru do negacionismo – Olavo de Carvalho.

Caberiam inúmeras outras frases, nos seus devidos contextos, extraídos da monumental obra de Arendt, mas vou ficar por aqui. Escória e chorume já são suficientes.

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China anuncia fundo de R$ 1,29 bilhão para apoiar proteção da biodiversidade de países em desenvolvimento

Fonte: Site Chinadaily

O presidente Xi Jinping participou, na terça-feira (12), por meio de um link de vídeo, da cúpula dos líderes da 15ª reunião da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP15). Na ocasião, ele fez um discurso de abertura. Veja os principais aspectos abordados pelo líder chinês:

Sobre cooperação internacional verde

– A comunidade internacional deve aumentar a cooperação, construir consenso e reunir forças para construir uma comunidade de toda a vida na Terra;

– Os países precisam dar as mãos e iniciar uma nova jornada de desenvolvimento de alta qualidade para a humanidade;

– As atividades humanas devem ser mantidas dentro dos limites da ecologia e do meio ambiente;

– O direito internacional deve ser tomado como base para defender um sistema de governança internacional justo e equitativo;

– Os esforços devem ser concentrados na melhoria do bem-estar das pessoas para promover a equidade e a justiça social;

– Os novos objetivos de proteção ambiental definidos pelas pessoas devem ser ambiciosos, por um lado, e pragmáticos e equilibrados, por outro;

– Devemos nos esforçar para permitir que a transição verde impulsione o desenvolvimento sustentável global;

– A cooperação internacional verde precisa ser intensificada e os frutos do desenvolvimento verde devem ser compartilhados entre todos os países;

– Devemos garantir resultados ganha-ganha em crescimento econômico e proteção ambiental;

– Os países em desenvolvimento precisam de apoio na recuperação da economia, protegendo o meio ambiente;

– A China investirá 1,5 bilhão de yuans (cerca de US $ 233 milhões) para estabelecer o Fundo de Biodiversidade de Kunming. O fundo será usado para apoiar países em desenvolvimento na proteção da biodiversidade. A China apela e dá as boas-vindas a todas as partes para que façam contribuições para o fundo;

– A primeira fase dos grandes projetos de energia eólica e fotovoltaicos da China em áreas desérticas, com uma capacidade instalada de aproximadamente 100 milhões de quilowatts, iniciou recentemente a construção;

– Para atingir seu pico de carbono e metas de neutralidade, a China lançará planos de implementação para elevar as emissões de dióxido de carbono em áreas e setores-chave, bem como uma série de medidas de apoio;

– China desenvolverá vigorosamente energia renovável;

– A China está se movendo mais rapidamente para estabelecer um sistema de áreas protegidas, com parques nacionais como o principal;

– Com área de terra protegida de 230.000 quilômetros quadrados, o primeiro lote de parques nacionais da China abriga quase 30 por cento das principais espécies de vida selvagem terrestre do país;

– A China começou a construir um sistema de jardins botânicos nacionais em lugares como Pequim e Guangzhou.

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Toada de João Chiador para celebrar Nossa Senhora Aparecida

Foto: Antônio José / Divulgação

Nossa Senhora Mãe Aparecida
Não me deixe morrer de medo
Pelo o que pode acontecer
Eu vivo cheio de esperanças
Diante de Negras Profecias
Mesmo assim quero cantar “prá” guarnecer
É de arrepiar o que vislumbrou
No apocalipse o Evangelista São João
Mais tarde Nostradamus confirmou
Que é chegada a hora da transformação
Quero estar bem preparado
Para o que der e vier
Eu vou guarnecer meu batalhão
E seja o que deus quiser.

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Carta à nação é recuo ou estratégia para novo ataque?

Fonte: Rádio Brasil de Fato

Jair Bolsonaro (sem partido) recua após incentivar o caos e defender golpe contra o Supremo Tribunal Federal (STF) no 7 de setembro é um dos destaques do comentário político de Rodrigo Vianna no Programa Tempero da Notícia desta semana. Veja a análise do jornalista sobre as repercussões das expectativas para os atos de 7 de setembro e os movimentos no Palácio do Planalto, na rede bolsonarista, Congresso Nacional e mercado.

Vianna aborda também os atos contrários ao presidente em mais de 160 cidades do Brasil e do exterior e a crescente do ex-presidente Lula como liderança política alternativa ao projeto de poder da extrema direita de Bolsonaro.

“Lula segue agindo com consciência e calma, gravou belo pronunciamento no dia 6, falando de economia, emprego, justiça social. Tudo que bolsonaro ignorou no sete de setembro”, analisa o jornalista.

Depois das ameaças a democracia e as instituições por Bolsonaro, Arthur Lira e o Centrão voltam para a Panela de Pressão do programa e das redes, uma vez que o presidente da Câmara segue “apoiando o golpismo”, como definiu Vianna.

Na Sobremesa, uma dica para aliviar as tensões do país, o jornalista indica a Cidade de Gelo, produção russa, na Netflix.

Onde ouvir e assistir

O programa vai ao ar todas as sextas-feiras, às 20h30, no Youtube do Brasil de Fato e na TVT, no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC.

Moradores do estado de São Paulo podem acompanhar o programa pela Rádio Brasil Atual (98,9 FM na Capital Paulista e 93,3 FM na Baixada Santista), nos mesmos horários. 

As edições também estão disponíveis nas plataformas de podcasts e podem ser escutadas no DeezerSpotifyGoogle PodcastsItunes e Pocket Casts.

Edição: Marina Duarte de Souza

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USimples: a força musical da periferia

Fonte: Blog Mundioca

Um sub gênero do rap que surgiu nos subúrbios de Atlanta/EUA por volta da década de 1990, mas que ganhou vida própria no Brasil, esse é começo do trap, ou na íntegra da palavra traduzida “armadilha”, uma mistura entre hip hop, pop e música eletrônica, com letras que jogam na cara a verdade nua e crua a partir da vivência de cada artista.

É nessa onda, mas não só nela que a produtora musical USimples desenvolve um mega trabalho cultural, principalmente com jovens da periferia de São Luís em uma rede que envolve inúmeros agentes que começa com uma ideia na cabeça de um artista, segue com o beatmaker nos estúdios e a partir daí não há limites para o alcance, e quando falamos que não há limites é coisa séria, se você ligar o rádio, acessar as plataformas streams como o Spotify, Youtube, etc, isso em qualquer parte do mundo você vai ouvir a batida arrastada, hipnótica e grave do trap acumulando milhões de views, é um fenômeno que, ao que indica está apenas começando.

trap chegou forte no Brasil por volta de 2017 surfando na onda mundial que o ritmo desenvolveu, principalmente nos Estados Unidos, a partir daí esse tsunami só cresce e revela novos talentos a cada dia e cada vez mais jovens, envolvendo milhões de acessos e fãs principalmente nas plataformas de música populares, artistas como Matuê, Mc Igu e Denov são alguns dos principais nomes brasileiros do gênero.

No Maranhão a Usimples destaca o MC RamonzinhoAnjos VicFicha Mob, mas a trip é grande, KLT Cash, a fenomenal GGi e outras dezenas de MCs fazem parte desse circulo positivo que envolve arte, desenvolvimento econômico e esperança para milhares de jovens em sua maioria das periferias pobres do Brasil.

A MundiOca Revista Eletrônica acompanhada do fotógrafo Jorrimar Sousa encontrou essa força na sede da produtora, um estúdio que fica localizado na região da Cohab, bairro populoso e periférico da cidade de São Luís, Maranhão.

A conversa com Dinho KalebeYoung, MC Ramonzinho, Anjos Vic e Max aconteceu na sala de gravação da maioria dos trabalhos da produtora, donde eles se comunicam com o mundo e reafirmam que o mercado tá de olho é no som que a periferia criou.

Já consideramos o trap como o som dessa geração, mas quem somos nós pra afirmar isso? Melhor deixar falar quem vive esse mundo de dentro e sabe como ninguém como é sobreviver nas armadilhas que o sistema impõe, e é aí que entra o trap porra.

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Show em Pedreiras vai homenagear João do Vale no dia em que comemoraria 88 anos

O cantor, compositor e poeta João do Vale será homenageado nesta segunda-feira (11), no dia em que comemoraria 88 anos. A programação, promovida pelo Governo do Estado, acontece em Pedreiras com a apresentação de artistas da cidade, com oficinas de teatro, show musical e sarau poético. O evento será realizado no Parque João do Vale, equipamento estadual recentemente inaugurado na cidade de Pedreiras.

Na programação está prevista a realização de show e sarau poético, a partir das 18h, com a participação de artistas locais. O repertório será composto por releituras de sucessos, como Carcará, Na Asa do Vento, Peba na Pimenta, Pisa na Fulô e muito mais. A ideia é celebrar a rica obra musical de um dos maiores compositores brasileiro. Pela manhã e tarde, a atriz Jaqueline Lemos comanda a oficina de teatro “Mente sã, corpo são”.

O Parque João do Vale é um centro cultural com diversas atrações. Possui um memorial em homenagem ao cantor, biblioteca, escola de música, 4 praças temáticas, brinquedos interativos, restaurante, auditório, academia ao ar livre, quadras esportivas e um Centro de Referência da Juventude do Médio Mearim.

Nascido na cidade de Pedreiras em 1933, João do Vale compôs músicas que marcaram a canção popular brasileira. 

Evento será realizado no Parque João do Vale (Foto: Divulgação)

Participou do show Opinião em 1964, considerado um dos espetáculos mais importantes na música popular brasileira. Dele participou ao lado de Zé Kéti e Nara Leão, tornando-se conhecido principalmente pelo sucesso de sua música Carcará, a mais marcante do espetáculo, que lançou Maria Bethânia como cantora.

Em 1982 gravou seu segundo disco, ao lado de Chico Buarque, que, no ano anterior, havia produzido o LP João do Vale convida, com participações de Nara Leão, Tom Jobim, Gonzaguinha e Zé Ramalho. Em 1994, Chico Buarque voltou a reverenciar o amigo, reunindo artistas para gravar o disco João Batista do Vale, prêmio Sharp de melhor disco regional.

João do Vale faleceu em São Luís no dia 06 de dezembro de 1996.

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Nobel da Paz vai para jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov

Fonte: Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo)

O Prêmio Nobel da Paz de 2021 foi entregue a dois jornalistas – a filipina Maria Ressa e o russo Dmitry Muratov – por seu trabalho em defesa da liberdade de expressão. “Eles representam todos os jornalistas que defendem esse ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”, diz o comunicado oficial do comitê norueguês do Nobel.

É a primeira vez desde 1935 que jornalistas recebem a honraria. Naquele ano o alemão Carl von Ossietzky foi premiado por ter revelado o programa secreto de rearmamento de seu país no pós-guerra. “A concessão do Nobel da Paz a Maria Ressa e Dmitry Muratov, além de coroar o trabalho corajoso de ambos em prol dos direitos humanos, é um reconhecimento a todas e todos os jornalistas ao redor do mundo que diariamente enfrentam agressões, ameaças, perseguições judiciais e outros desafios para levar aos cidadãos de seus países informação de qualidade”, disse o presidente da Abraji, Marcelo Träsel. 

Maria Ressa, de 58 anos, é CEO do Rappler, um site independente de jornalismo investigativo nas Filipinas. Ela se tornou alvo do presidente Rodrigo Duterte ao denunciar os abusos da guerra às drogas promovida pelo governo que provocou a morte de mais de 12 mil pessoas, muitas delas sem relação com o tráfico. Em 2019, foi presa acusada de violar uma lei contra “difamação cibernética” por ter publicado uma reportagem em que acusava um empresário filipino de atividades ilegais. 

Em 2018, Ressa foi capa da revista Time, ao lado de outros três jornalistas: o saudita Jamal Kashoggi, assassinado em outubro daquele ano no consulado da Arábia Saudita em Istambul (Turquia); os birmaneses Wa Lone e Kyaw Soe, da agência de notícias Reuters, presos em Mianmar; e a redação do jornal norte-americano Capital Gazette, que teve cinco profissionais mortos em um atentado, em junho de 2018.

Reconhecida por sua luta global contra a desinformação, Ressa mal pôde acreditar quando recebeu o telefonema de Olav Njølstad, secretário do comitê do Nobel. “Meu Deus! Estou sem palavras! Muito obrigada”, afirmou. Em entrevista ao Rappler, ela disse que os jornalistas lutam pelos fatos, mas que, quando esses fatos se tornam objeto de debate e o maior distribuidor de notícias do mundo espalha mentiras ligadas ao ódio e ajuda a difundi-las mais rápido e de forma mais ampla do que os fatos, o jornalismo se torna ativismo. “Foi o que fizemos no Rappler”, afirmou.

“Creio que o comitê do Nobel se deu conta de que um mundo sem fatos é um mundo sem verdade, sem confiança. É um choque que uma jornalista das Filipinas e um da Rússia tenham recebido o Nobel da Paz. Isso diz muito sobre o estado do mundo hoje”, completou.

Já o russo Dmitry Muratov, de 59 anos, é cofundador e editor-chefe do Novaya Gazeta, um dos principais jornais de oposição ao governo de Vladimir Putin. É o veículo mais independente da Rússia atualmente, segundo o comitê norueguês. 

“Desde seu início, em 1993, a Novaya Gazeta publicou artigos críticos sobre temas que vão de corrupção, violência policial, prisões ilegais, fraude eleitoral e “fábricas de trolls” até o uso de forças militares russas dentro e fora da Rússia”, escreveu o comitê em seu comunicado. “Seus opositores responderam com assédio, ameaças, violência e assassinato. Desde o início do jornal, seis de seus jornalistas foram mortos, incluindo Anna Politkovskaja, que escreveu artigos reveladores sobre a guerra na Chechênia”.

Não à toa, Muratov dedicou o prêmio aos colegas mortos. “Não posso levar o crédito. Esse prêmio é da Novaya Gazeta, é dos que morreram defendendo o direito das pessoas à liberdade de expressão”, disse à agência russa Tass.

Para a Abraji, as liberdades de expressão e de imprensa são direitos humanos fundamentais que vêm sendo desrespeitados com frequência alarmante nos últimos anos. “Ressa e Muratov simbolizam a luta cotidiana de repórteres da Nicarágua, da Polônia, do Uzbequistão, da China, da Colômbia e, infelizmente, também do Brasil, para defender as liberdades de imprensa e de expressão”, afirmou o presidente Marcelo Träsel. “Esperamos que este Nobel da Paz ajude a conscientizar governos e cidadãos sobre a necessidade de uma imprensa livre para o progresso da humanidade”.

O ex-presidente da Abraji e atual conselheiro Daniel Bramatti relembra quando conheceu Maria Ressa em um evento nos Estados Unidos, pouco depois da vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. “Ela disse: ‘Preparem-se’, pois percebia as óbvias semelhanças entre o brasileiro e o presidente de seu país”, recordou Bramatti, acrescentando que a avalanche de processos impediu que Ressa viesse ao Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji em 2019 para participar do painel “A imprensa na mira de governos autoritários”, juntamente com jornalistas da Venezuela e da Polônia. 

Repercussão no Brasil e no mundo

A premiação de Ressa e Muratov foi celebrada por organizações que lutam pelas liberdades de expressão e de imprensa.

“Felicitamos os dois premiados que encarnam a luta em defesa da independência do jornalismo”, declarou Christophe Deloitte, secretário geral da Repórteres Sem Fronteiras. “Esse prêmio é uma homenagem extraordinária ao jornalismo e um chamado à mobilização em sua defesa numa década decisiva. É uma mensagem potente no momento em que as democracias estão fragilizadas pela proliferação de informações falsas e conteúdos de ódio.”

Já o diretor executivo do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, Joel Simon, Muratov e Ressa personificam os valores da liberdade de imprensa e a razão de sua importância. “São jornalistas ameaçados que desafiam a censura e a repressão para dar notícias, e têm inspirado outros a fazer o mesmo. Esse prêmio é um poderoso reconhecimento de seu trabalho incansável e dos jornalistas de todo o mundo. A luta deles é a nossa luta”. 

Para Maria José Braga, presidente da Fenaj, essa é uma conquista que deve ser celebrada por todos os jornalistas do mundo. “É o reconhecimento da importância do jornalismo para a constituição da cidadania e para a garantia da democracia, como forma de organização política que busca a resolução de conflitos por meio do diálogo e que, portanto, busca a paz. E é o reconhecimento do jornalista como profissional do jornalismo e do papel social de ambos, em um momento importante da história, quando informações falsas e/ou fraudulentas circulam massivamente provocando retrocessos civilizatórios”, afirmou.

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Paulo Jeronimo, disse ser muito reconfortante para a ABI, que há 113 anos está na trincheira pela liberdade de imprensa, a notícia de o Nobel ter ido para dois jornalistas, pois valoriza a liberdade de imprensa, um dos pilares da democracia. 

Foto destacada: ilustração de Niklas Elmehead mostra Maria Ressa e Dmitry Muratov. Reprodução/Prêmio Nobel

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Vem aí mais uma edição de “A noite sobre Alcântara”

Aguarde! Ainda em 2021 haverá o lançamento da nova safra do livro “A noite sobre Alcântara”, de Josué Montello.

Estivemos na cidade fazendo a leitura de alguns trechos da obra, que será relançada com a produção da Casa de Cultura Josué Montello.

No vídeo acima as personagens Florindo e Natalino dialogam sobre a expectativa do ano novo na cidade.

Imagem destacada capturada aqui