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Dia do Radialista: conheça as duas datas celebrativas

Nesse programa especial para celebrar o Dia do Radialista registramos as referências históricas da efeméride.

A primeira alusiva à instituição do piso salarial da categoria, pelo então presidente Getúlio Vargas, em 1943.

E a segunda em referência ao nascimento do músico, radialista e locutor esportivo Ary Barroso, em 1903.

Homenageamos especialmente todos e todas os(as) profissionais do rádio, os comunicadores e as comunicadoras das emissoras comunitárias e as mulheres radialistas.

Mas a grande homenagem é para a audiência. Independente da data, o ouvinte “faz” o rádio todos os dias.

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O PT do Maranhão está em outro patamar

Ed Wilson Araújo

O ato de lançamento da pré-candidatura de Felipe Camarão ao Governo do Maranhão é um divisor de águas no processo de reconstrução do PT.

Digo reconstrução tomando como referência os longos últimos anos, quando o partido vinha sendo marcado por acirradas disputas internas, fabricando contra si próprio a imagem de uma agremiação desagregada, em constante batalha das tendências, incapaz de superar as suas fraturas em nome de um projeto coletivo.

O noticiário sobre o PT maranhense nos meios de comunicação era sempre de crise e de resultados muito aquém da força e do simbolismo da legenda.

A situação chegou ao limite quando, na eleição de 2020, elegemos apenas um prefeito nos 217 municípios do estado.

Apesar do tamanho, o maior partido da América Latina pensava pequeno aqui no Maranhão. Quebrado em vários pedaços, sem consistência orgânica, o PT de outrora era constantemente empurrado nas cordas da luta de boxe para a defensiva, servindo apenas como linha auxiliar de outras legendas e até de projetos conservadores.

Hoje o partido elabora a grande política, no sentido de se posicionar não só para um processo eleitoral datado em 2022, mas olhando o futuro…

A disputa entre as tendências, que era de autodestruição, agora é pautada no diálogo e na compreensão de que é possível superar as diferenças para alcançar objetivos e metas planejados com visão estratégica.

O ato do dia 4 de novembro de 2021 demarcou um território de relativa pacificação interna e simboliza a convergência da maioria das tendências no projeto da candidatura própria.

É tempo de protagonismo e unidade partidária! A direção, a militância e a base social petistas têm um nome. Parte do trabalho interno está feito, mas todos sabem o tamanho da responsabilidade e dos desafios postos à frente.

Felipe Camarão quer ser o
candidato de Lula e Flávio Dino

As tarefas e as metas adiante consistem no diálogo com todas as forças políticas sintonizadas na grande batalha para derrotar Jair Bolsonaro. Nesse cenário, o PT do Maranhão está sintonizado nos critérios e no nome ideal para unificar os interesses locais e os nacionais, convergindo para Felipe Camarão o apoio do governador Flávio Dino e da maior referência do campo progressista no Brasil – Luis Inácio Lula da Silva.

O perfil da nossa pré-candidatura reúne as condições para construir pontes, eliminar barreiras, pensar coletivamente, somar forças e buscar aliados na tarefa maior de combater a extrema direita, atuar intensamente na eleição de LULA presidente e de uma expressiva bancada parlamentar progressista.

A tática eleitoral da candidatura própria enxerga a conjuntura percebendo a árvore na dimensão da floresta, o Maranhão e a República. Temos, portanto, a responsabilidade com os dois legados deixados pela era Lula / Dilma Roussef e Flávio Dino.

Portanto, a pré-candidatura do PT do Maranhão está posicionada no contexto de um projeto coletivo e já começa a fazer lastro dentro e fora do partido.

Mas é preciso, sobretudo, ouvir a sociedade. A visão de um projeto coletivo passa sobretudo pela participação popular, incorporando os movimentos sociais de todas as qualidades e diversidades, os partidos políticos, a riqueza das experiências do povo, o campo científico, o setor empresarial, as religiosidades, a juventude e as políticas públicas que já deram certo e podem avançar.

A pré-candidatura do PT está disposta a construir uma grande frente progressista, ouvindo todos os segmentos da sociedade para a construção de um plano de governo sintonizado na missão de promover ainda mais crescimento econômico e inclusão social no Maranhão.

Avante, Maranhão! simboliza um novo momento. O PT tem tudo para crescer com mais qualidade, protagonismo e unidade. Esse é o desafio de todos nós.

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São Luís terá mais quatro murais em homenagem aos cantadores de bumba-meu-boi

A capital do Maranhão vai ganhar novos ‘Murais da Memória’ em novembro, que serão graffitados pelas mãos do artista plástico Gil Leros (foto).

O projeto “Amo, Poeta e Cantador”, que já havia colorido a cidade com painéis de figuras ilustres do bumba-meu-boi do Maranhão, teve proposta aprovada em Edital da Lei Aldir Blanc, o que vai possibilitar a feitura de quatro novos murais ainda em 2021.

Nesta etapa, serão homenageados amos, poetas e cantadores dos grupos de bumba-meu-boi da Fé em Deus, Maracanã, Nina Rodrigues e da Madre Deus. A proposta também vai viabilizar a produção de um livro (documental) contando a história do projeto “Amo, Poeta e Cantador: Murais da Memória pelo Maranhão” entrelaçada às histórias dos mestres de bumba-meu-boi que estão sendo homenageados nos murais.

O artista Gil Leros já iniciou o ‘Mural da Memória’ em homenagem ao mestre Antônio Ribeiro, conhecido no meio artístico como ‘Tonico’, presidente do boi da Fé em Deus, folclorista há cerca 50 anos com uma vida dedicada à cultura maranhense.  O mural será construído na sede da brincadeira, no bairro Fé em Deus, localizado próximo ao Centro de São Luís.

Desde 2015, o artista Gil Leros já graffitou 13 grandes murais em cidades do Maranhão e um deles no município de São José de Rio Preto (São Paulo). Somando-se aos quatro novos que serão feitos este mês em São Luís, o livro trará, portanto, 17 lindas histórias do bumba-meu-boi do Maranhão, dos murais e das grandes personalidades homenageadas pelo projeto.

O livro será lançado logo após a confecção dos murais, por plataforma online, através de uma roda de conversa. A proposta é reproduzir ainda 500 exemplares para serem entregues/doados em escolas, pontos de cultura e instituições culturais do Brasil.

Além do livro, o trabalho contempla um documentário para ser lançado ainda este mês e vai retratar mais a fundo as tradições religiosas e culturais dos grupos de bumba-meu-boi, assim como a trajetória percorrida pelo projeto “Amo, Poeta e Cantador” em 2021, resultando na confecção de 10 grandes murais em sete cidades do Maranhão.

Os recursos para a construção dos quatro novos ‘Murais da Memória’ são oriundos da Lei Federal nº 14.017, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão – SECMA (Edital 07/2021), do ‘Conexão Cultural – Fomento a Projetos’. A realização é do artista Gil Leros, por meio da “Maais Arte”.

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Hoje! Felipe Camarão (PT) lança pré-candidatura ao Governo do Maranhão

Aguardado com muita expectativa, o ato de lançamento da pré-candidatura de Felipe Camarão é o principal fato político da semana e tem potencial para mexer no tabuleiro da sucessão do governador Flávio Dino

Petistas, simpatizantes, apoiadores e observadores do cenário político de todas as regiões do estado mobilizam-se para participar do evento denominado “Avante, Maranhão” nesta quinta-feira (4), a partir das 18h, no Residencial Recepções, localizado na Av. Mário Andreazza, 26, Olho D’água.

O pré-candidato vem se movimentando nos bastidores do PT com amplo apoio da militância e da maioria dos dirigentes petistas, dialogando também com vários partidos para ampliar a sua base. Além disso, Camarão afirma sistematicamente que quer ser o candidato de Lula (PT) e do governador Flávio Dino (PSB).

Ex-filiado ao Democratas, Camarão ingressou recentemente no PT. Ele foi secretário de Administração e atualmente comanda a pasta da Educação no Governo do Maranhão, responsável pela condução de várias ações e políticas públicas implantadas na gestão Flávio Dino, com destaque para a Escola Digna, quem vem substituindo os antigos “colégios” de taipa e palha por prédios com instalações modernas e confortáveis em áreas pobres de várias regiões do estado.

O ingresso de Felipe Camarão no PT e a pré-candidatura ao governo entusiasmam a militância, parlamentares, dirigentes, gestores estaduais e municipais e simpatizantes, demonstrando potencial para atrair outros atores políticos fora do espectro petista.

Outrora marcado por fortes disputas internas, o PT do Maranhão está majoritariamente engajado na construção da candidatura própria para disputar o Governo do Estado, deixando de ser linha auxiliar de outras legendas para assumir protagonismo político e eleitoral.

Diretórios petistas já se mobilizam para organizar atividades em diversas cidades com vistas a potencializar o nome do pré-candidato nas sedes dos municípios e nas áreas rurais.

A depender do ato desta quinta-feira e dos próximos passos, Felipe Camarão marcha para unir o PT em torno da candidatura própria ao Governo do Maranhão e criar as condições objetivas para, em primeiro lugar, obter o aval de Lula, passo decisivo para alcançar a condição se ser o preferido do governador Flávio Dino na sucessão do Palácio dos Leões.

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Riqueza e diversidade marcam “Karawara”, novo disco de Rommel

Álbum será disponibilizado dia 5 de novembro nas plataformas de streaming e sai pela Biscoito Fino

Por Zema Ribeiro*

Ao longo dos últimos meses o cantor e compositor Rommel antecipou aperitivos de seu novo disco, “Karawara”, que será disponibilizado nas plataformas de streaming no próximo dia 5 de novembro (sexta-feira). O álbum sai pela gravadora Biscoito Fino.

Maranhense de São Luís, radicado no Canadá, Rommel não perdeu um pingo de brasilidade. Seu novo disco, cantado em português, espanhol, francês e inglês, é também marcado pela diversidade rítmica que é sinônimo de música popular brasileira.

A expressão em tupi que dá título ao disco refere-se aos espíritos da floresta e é também uma homenagem aos povos indígenas do mundo, e sua história de luta por direitos humanos básicos e reconhecimento. Nos singles e videoclipes que o artista disponibilizou até aqui, além da pluralidade melódica, o trabalho é marcado também pelo passeio por vários assuntos urgentes: “Karawara” é, com o perdão do clichê, um disco para dançar e pensar.

O sagrado dos terreiros das religiões de matriz africana, o combate ao racismo, as belezas naturais de São Luís e Montreal, a degradação ambiental (que tem arrancado povos e espíritos das florestas de seu habitat natural), a celebração da ancestralidade, através da reverência a grandes mestres comparecem ao temário de “Karawara”.

Um time de músicos de primeira grandeza, entre brasileiros e canadenses acompanha Rommel (voz, violão e guitarra) ao longo das 13 faixas autorais, que ele assina sozinho ou em parceria. Destacamos a banda base: André Galamba (baixo, guitarra e violão), Aquiles Melo (bateria), Carlos Bala (bateria), Dark Brandão (percussão), David Ryshpan (teclados), Debson Silva (trombone), Erivan Duarte (baixo), Márcio Oliveira (trompete), Parrô Mello (saxofone e arranjos de metais), Paulo Bottas (teclados) e Vovô Saramanda (percussão, arranjos e efeitos). A produção musical é de Rommel e Rafael Cunha França.

“Karawara” terá show de lançamento online dia 6 de novembro (sexta-feira), com transmissão pelo canal Rommel Music no youtube. A apresentação acontece às 21h (horário de Brasília).

Videoclipe – A faixa-título do novo disco de Rommel também vai ganhar videoclipe, que será lançado em novembro, após o disco. O clipe de “Karawara” foi rodado no Xingu, bebendo diretamente na fonte ancestral de que se alimenta o disco e a obra de Rommel como um todo. O videoclipe é dirigido por Takumã Kiukuro, cineasta indígena, da aldeia que lhe dá o sobrenome, atualmente residindo na aldeia Ipatsé, no Parque Nacional do Xingu, e Caio Lazaneo.

A música poderosa de Rommel aliada a imagens orgânicas – indígenas captados por seus irmãos – garante ao espectador um mergulho profundo na ancestralidade tão cara ao artista e/m sua coerente trajetória. Kiukuro teve filmes premiados nos festivais de Gramado e Brasília, dois dos mais importantes do país, e no Presence Autochtone de Terres em Vues, em Montreal. Lazaneo tem mestrado e doutorado em Ciências da Comunicação (ECA/USP) e teve seu curta-metragem “Ressuscita-me” premiado na categoria Super Filme do Festival Internacional de Cinema Super8 de Curitiba, em 2017.

Serviço

“Karawara”, novo disco de Rommel. Nas plataformas de streaming no dia 5 de novembro (sexta-feira).

Show virtual de lançamento dia 6, no canal Rommel Music no youtube.

O videoclipe da faixa-título será disponibilizado ainda em novembro.

*Zema Ribeiro é jornalista. Escreve no Farofafá e apresenta, aos sábados, na Rádio Timbira AM, o Balaio Cultural

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Finados! Mortes e violências no campo refletem a velha estrutura agrária no Maranhão

Veneno do agronegócio, grilagem, efeitos nocivos da mineração e pistolagem contra trabalhadores(as) rurais, povos e comunidades tradicionais ainda terão controle?

Na noite de 29 de outubro de 2021 (sexta-feira), por voltas das 19h, dois pistoleiros mataram o camponês João de Deus Moreira Rodrigues, conhecido como “Cozinhado”, de 51 anos de idade. O crime ocorreu em frente à sua residência, no povoado Santo Antônio, zona rural de Arari, na Baixada Maranhense.

A vítima estava marcada para morrer, assim como outros casos de trabalhadores(as) rurais, líderes comunitários, sindicalistas e agentes de pastoral executados no Maranhão ao longo dos últimos anos. Trata-se de um cenário de violência típico da velha estrutura oligárquica que persevera no campo.

Os fazendeiros tradicionais, grileiros, a mineração e o agronegócio agem de diversas formas violentas. O veneno despejado pelos aviões sobre as lavouras de soja alcança as grandes fazendas de monocultura e, “por tabela”, os vizinhos agricultores familiares acuados nas margens dos latifúndios.

Pode-se interpretar a pulverização venenosa como acidente de percurso ou intimidação propositada para coagir os camponeses a saírem dos seus territórios.

Os tratores avançam sobre o cerrado maranhense na expansão da fronteira do agronegócio atropelando as leis ambientais, o direito dos povos aos seus territórios e tudo que tiver pela frente, inclusive as pessoas!

Tratores também são utilizados para ameaçar, intimidar e destruir os bens dos povos e comunidades tradicionais.

Se o veneno e os tratores não são suficientes para alcançar os objetivos, entra em cena a pistolagem. Matar, no sentido de eliminar um eventual obstáculo, provoca o efeito direto. É a tática do choque e pavor.

São inegáveis os avanços do governo Flávio Dino ao longo de dois mandatos (a concluir) em diversos setores. O Maranhão melhorou nas áreas de educação, saúde, intraestrutura, políticas assistenciais em geral, nas medidas efetivas de combate à pandemia Covid19, na política de encarceramento e na visão de que governo não é meio de enriquecimento pessoal dos gestores do dinheiro público.

Quem não lembra as cabeças decepadas durante as rebeliões do antigo presídio de Pedrinhas?! Hoje, naquele local, os internos do Complexo Penitenciário estão incluídos em programas de recuperação e futura inserção na vida fora da cadeia.

No cenário nacional, a postura do governador enfrentando o golpe de 2016 (impeachment da presidenta Dilma Roussef), a denúncia da condenação sem provas do ex-presidente Lula e o combate ao bolsonarismo evidenciam um político sintonizado no campo da democracia.

No entanto, se avançou nos temas da urbanidade, o Maranhão ainda mantém intocada a antiga estrutura agrária opressora, que se manifesta no avanço da violência contra os(as) camponeses, quilombolas, indígenas, extrativistas e moradores ancestrais.

Para ser justo na análise, parte da violência generalizada é culpa da necropolítica diretamente vinculada ao bolsonarismo e todos os seus efeitos maléficos.

Mas a outra fatia da responsabilidade é dos gestores, da Justiça e dos parlamentares estaduais. Falta mais vontade política para estabelecer critérios sustentáveis na concessão das licenças ambientais, fiscalizar o uso racional dos recursos públicos, atuar rigorosamente contra as quadrilhas de assassinos do campo, agir acelerado nas investigações para apurar os crimes e punir os responsáveis, criar e cumprir leis eficazes sobre delitos ambientais e violência no campo, entre outras medidas.

É preciso criar uma força tarefa dos três poderes do Maranhão para combater a tragédia no campo. Alguém precisa conter essa barbárie.

Imagem destacada / Vitor Flynn / BBC BRASIL

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Sim, senhor “mito”!

A contradição é um dos combustíveis do fascismo.

Bolsonaristas sempre odiaram os programas sociais tipo Bolsa Família. Segundo eles, era esmola para os pobres e/ou compra de voto.

Agora, os mesmos bolsonaristas aplaudem o Auxílio Brasil, de 400 reais, válido só até o ano eleitoral de 2022.

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Abraji repudia agressão a jornalistas brasileiros em Roma

Neste domingo (31.out.2021), ao menos cinco equipes de reportagem foram agredidas durante a cobertura de um dos passeios do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em Roma, na Itália, onde esteve para participar da reunião do G20. Segundo relato do colunista do UOL, Jamil Chade, o episódio de violência começou antes mesmo da aparição de Bolsonaro, com uma produtora da Globo sendo intimidada por pessoas que aguardavam o presidente, e a repórter da Folha de S.Paulo, Ana Estela de Sousa Pinto, sendo empurrada de forma violenta por um segurança. 

Jair Bolsonaro retornava para o centro de Roma, quando decidiu se encontrar com apoiadores nas proximidades da embaixada brasileira. Após um breve discurso do presidente, diversos outros jornalistas também foram empurrados e agredidos por profissionais que faziam a segurança no local.

Ainda segundo o relato do colunista do UOL, minutos depois de o presidente deixar a embaixada, uma equipe de reportagem da GloboNews foi agredida por um segurança. O correspondente Leonardo Monteiro foi empurrado e recebeu um soco no estômago, no momento em que perguntou o porquê de o presidente não ter participado de alguns eventos do G20. De acordo com o G1, Monteiro também foi tratado com hostilidade por Bolsonaro. Ao tentar registrar a violência, Jamil Chade foi empurrado e agarrado pelo braço, além de ter o celular apreendido e jogado na rua.

A Folha de S.Paulo também tentou gravar a agressão, mas, segundo esta matéria da enviada especial, outro agente teria tentado arrancar o celular da repórter e a ameaçado. No relato da jornalista, entre as vítimas, estaria ainda uma equipe da BBC Brasil. 

Ao questionar Bolsonaro sobre por que ele não participaria da Cúpula do Clima (Cop-26), em Glasgow, na Escócia, Jamil Chade ouviu em resposta: “Não te devo satisfação”. Acostumado a cobrir visitas de presidentes do Brasil ao exterior, o repórter afirmou nunca haver passado por situação semelhante. “É patético o fato de a imprensa ser agredida na cobertura de um presidente em Roma para o G20, em um domingo à tarde”.

A Abraji repudia mais esse ataque à imprensa envolvendo a maior autoridade do país. Ao não condenar atos violentos de seus seguranças e apoiadores a jornalistas que tão somente estão cumprindo seu dever de informar, o presidente da República incentiva mais ataques do gênero, em uma escalada perigosa e que pode se revelar fatal.

Atacar o mensageiro é uma prática recorrente do governo Bolsonaro que, assim como qualquer outra administração, está sujeito ao escrutínio público. É dever da imprensa informar à sociedade atos do poder público, incluindo viagens do presidente no exercício do mandato. E a sociedade, por meio do art 5º da Constituição, inciso XIV, tem o direito do acesso à informação garantido.

Diretoria da Abraji, 31 de outubro de 2021

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Byung Chul-Han: trabalho, liberdade e escravidão na era digital

Filósofo bastante visitado na atualidade, o sul-coreano Byung Chul-Han vem chamando atenção com os seus escritos sobre a relação entre o ser humano e os dispositivos tecnológicos.

Em várias obras publicadas pela editora Vozes, o escritor expõe as contradições entre liberdade e escravidão no contexto da era digital.

Para algumas profissões necessariamente vinculadas ao mundo tech, o prometido ócio ou a economia de tempo está revelando o inverso; ou seja, a suposta liberdade escraviza.

Byung-Chul Han fez doutorado em Friburgo (Alemanha), em 1994, com uma tese sobre Martin Heidegger. Atualmente é professor da Universidade de Artes de Berlim. Ele estudou Filosofia na Universidade de Friburgo e Literatura Alemã e Teologia na Universidade de Munique.

Na obra “No enxame: perspectivas do digital” o autor faz associações entre o tempo dedicado ao trabalho como uma forma de coação da lógica capitalista contemporânea.

Segundo Byung Chul-Han, na fase das máquinas industriais o trabalho pressupunha um lugar para onde nos deslocávamos e exercíamos as atividades laborais.

Na era digital o trabalho otimizado pelos dispositivos móveis é intermitente e está em qualquer lugar, inclusive no sono.

“Hoje somos, de fato, livres das máquinas da época industrial, que nos escravizavam e nos exploravam, mas os aparatos digitais produzem uma nova coação, uma nova exploração. Eles nos exploram ainda mais eficientemente na medida em que eles, por causa de sua mobilidade, transformaram todo lugar em local de trabalho e todo o tempo em tempo de trabalho. A liberdade da mobilidade se inverte na coação fatal de ter de trabalhar em todo lugar”

Veja abaixo mais excertos do livro “No enxame: perspectivas do digital” (Vozes, 2018, p. 64-65)

O imperativo neoliberal do desempenho transforma o tempo em tempo de trabalho. Ele totaliza o tempo de trabalho. A pausa é apenas uma fase do tempo de trabalho. Hoje não temos nenhum outro tempo senão o tempo do trabalho. Assim, o trazemos não apenas para as [nossas] férias, mas também para o [nosso] sono. Por isso dormimos inquietos hoje. Os sujeitos do desempenho esgotados adormecem do mesmo modo com que uma perna adormece. Também o relaxamento não é mais do que uma modalidade do trabalho na medida em que ela serve para a regeneração da força de trabalho. A recuperação não é o outro do trabalho, mas sim o seu produto. Também o assim chamado desaceleramento não pode gerar um outro tempo. Ele é, igualmente, uma conseqüência, um reflexo do tempo de trabalho acelerado. Ele apenas diminui a velocidade do tempo de trabalho, em vez de transformá-lo em um outro tempo.

Hoje somos, de fato, livres das máquinas da época industrial, que nos escravizavam e nos exploravam, mas os aparatos digitais produzem uma nova coação, uma nova exploração. Eles nos exploram ainda mais eficientemente na medida em que eles, por causa de sua mobilidade, transformaram todo lugar em local de trabalho e todo o tempo em tempo de trabalho. A liberdade da mobilidade se inverte na coação fatal de ter de trabalhar em todo lugar. Na era das máquinas, o trabalho, simplesmente por causa da imobilidade das máquinas, era delimitável em relação ao não trabalho. O local de trabalho, ao qual era preciso se dirigir por conta própria, se deixava separar claramente dos espaços de não trabalho. Hoje essa delimitação é completamente suprimida em algumas profissões. O aparato digital torna o próprio trabalho móvel. Todos carregam o trabalho consigo como um depósito de trabalho. Assim não podemos mais escapar do trabalho. Dos smartfones, que prometem mais liberdade, parte uma coação fatal, a saber, uma coação da comunicação. Com isso se tem uma relação quase obssessiva, compulsória [zwanghaft] com o aparato digital. Também aqui a liberdade se inverte em coação. As redes sociais fortalecem enormemente essa pressão de comunicação. Ela resulta, em última instância, da lógica do capital. Mais comunicação significa mais capital. A circulação acelerada de comunicação e informação leva à circulação acelerada de capital.

Imagem destacada / Cena do filme “Tempos modernos”, de Charles Chaplin. EUA, 1936

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Vem aí “Festival de Rock no Maranhão”

A Fanzine Produções e a NJ Entretenimento produzem o primeiro “Festival de Rock no Maranhão” após quase dois longos anos de pandemia!

E para esse ressurgimento de shows de rock em São Luís foi preparado um line up a altura que o marco histórico exige. Com datas disputadas com todo o Brasil, a produção traz pela primeira vez à ilha rebelde ninguém menos do que o Masterchef Henrique Fogaça no comando da banda de hardcore Oitão.

E tem mais! A dupla da banda Angra Fabio Lione e Marcelo Barbosa, a lendária banda carioca Azul Limão com 40 anos de estrada e clássicos marcantes do heavy metal nacional, Ação Direta e os seus 30 anos de resistência no punk rock, o peso de décadas do Mutilator e sua referência no metal pesado nacional.

Vai rolar também Megahertz e os seus 35 anos do melhor thrash metal nordestino, Corja direto de Fortaleza despejando toda a fúria e empoderamento da mulher no palco e nove bandas maranhenses que vão mostrar a força da cena local: Basttardz, Serial Killer, Comportamento Estranho, Unblooded, Purpura Ink, Gods of Rage, Fome, Deep Hatred e Humanrise prometem abalar os alicerces do Ceprama no coração do Centro Histórico de São Luís.

O QUE?

Manifesto Rock São Luís  

Local: Ceprama  

Data: 13 e 14 de novembro de 2021  

Horário: 15 horas  

INGRESSOS  

Ingresso solidário por dia R$ 30,00 + 1kg de Alimento  

Passaporte solidário 2 dias R$ 50,00 + 1kg de Alimento  

Pontos de Venda  

Bilheteria Digital (Loja Shopping Rio Anil, Shopping da Ilha, Aplicativo BD e site oficial da Bilheteria Digital)  

Loja CD Rock Galeria La Ravardiere na rua do Passeio – Centro  

Gallery Tatto – Shoping da Ilha, Rio Anil Shopping  

Site: https://www.bilheteriadigital.com/manifesto-rock-festival-13-de-novembro  

PARA ENTRAR ENTRAR CONTATO  

Cíntia Pessoa (Assessoria) (98) 98852-9395  

Natanael Jr. (Produtor) (98) 99194-4423  

André Nadler (Produtor) (98) 9192- 6461  

E-mail: producaofanzine@hotmail.com  

Redes Sociais: @fanzineproducoes