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Festival Guarnicê de Cinema 2023 abre inscrições

A edição 46 do Festival Guarnicê de Cinema está com inscrições abertas até 11 de fevereiro por meio do site guarnice.ufma.br.  O quarto mais longevo festival de cinema do Brasil será realizado novamente em formato híbrido, com exibições presenciais em São Luís e on-line pelo aplicativo CineGuarnicê e pelo site guarnice.ufma.br. Nesta edição, o festival será promovido entre os dias 9 e 16 de junho, no âmbito do São João maranhense, um dos mais tradicionais do país.

Cineastas de todo o país podem concorrer nas mostras competitivas nacionais de filmes de longa e curta-metragem. Realizadores ibero-americanos e de países de língua portuguesa também podem participar, desde que os filmes sejam falados, dublados ou legendados em português. As mostras competitivas maranhenses são de videoclipe, reportagem audiovisual e filme publicitário, além de longa e curta-metragem. 

O Guarnicê aceita produções finalizadas a partir de junho de 2022  e que não tenham sido inscritas em edições anteriores do festival. A inscrição é gratuita.

Entre os prêmios ofertados estão o de melhor filme de longa-metragem nacional, que receberá R$20 mil, e o de melhor curta nacional, que será premiado com R$10 mil. A Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) destinará dez salários mínimos aos melhores filmes maranhenses. Outros detalhes sobre a premiação, assim como todas as informações do Guarnicê, podem ser encontrados no regulamento do festival.

A programação do festival abrange exibições de mostras competitivas e paralelas e ações formativas diversificadas, como oficinas, palestras, workshops, além do seminário Ciência Cine Guarnicê. Todas as atividades são gratuitas.

Confira o edital na íntegra.

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Deputado bolsonarista fez projeto para perdoar terroristas antecipadamente

Fonte: site do PT

Projeto foi apresentado 45 dias antes dos atentados em Brasília. Gleisi denuncia manobra golpista e avisa: “Não vão ter vez, punição pra todos! Sem anistia” 

Surge mais uma prova de que Jair Bolsonaro e seus cúmplices tramaram um golpe de Estado no Brasil. E a nova evidência consegue ser ainda mais inquestionável que a minuta de decreto para mudar o resultado das eleições, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Em 24 de novembro de 2022, 45 dias antes dos atentados terroristas em Brasília, o deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO), ex-líder do governo Bolsonaro, apresentou um projeto de lei que anistia, antecipadamente, os golpistas que atacaram as sedes dos Três Poderes.

Trata-se do PL nº 2.858/22, que “concede anistia a todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor da Lei”.

Em outras palavras, ao apresentar esse projeto, o deputado não buscava apenas perdoar crimes que já haviam sido cometidos por bolsonaristas, como o bloqueio de rodovias

Ele se preocupou também em perdoar os crimes que viriam a ser praticados enquanto o projeto tramitasse no Congresso. É a mais clara comprovação de que os cúmplices de Bolsonaro sabiam que outros atentados contra a democracia estavam por vir.

No site da Câmara dos Deputados é possível ver que, após ser apresentado, o projeto chegou à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) no dia 6 de janeiro, dois dias antes dos atentados.

A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), mostrou indignação ao tomar conhecimento da tramoia golpista. “Ex-líder do governo do genocida, deputado do PL, apresentou projeto para anistiar golpistas que atentaram contra a democracia. É o fim da picada dar salvo conduto pra quem fez arruaça pelo país e vandalizou prédios públicos. Não vão ter vez, punição pra todos!”, escreveu no Twitter.

Roteiro do golpe fica claro

Com a nova prova, fica impossível não enxergar que Jair Bolsonaro e seus cúmplices tramaram e tentaram executar um golpe no Brasil por terem perdido as eleições.

Logo após a vitória de Lula, movimentos claramente orquestrados paralisaram rodovias no Brasil, enquanto Bolsonaro se recusava a reconhecer o resultado das eleições. 

Além disso, o ex-presidente manteve sua turba mobilizada ao dizer que estava buscando “uma saída”, ou seja, uma forma de não respeitar o resultado das urnas.

Em 2 de janeiro, seu ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, assume a secretaria de Segurança do Distrito Federal, muda todo o comando da Polícia Militar e cria todas as condições para a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

No dia 12, uma operação de busca e apreensão na casa de Torres encontra o texto de um decreto que apresentava uma forma de Bolsonaro intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e cancelar as eleições.

E agora sabemos que, ao mesmo tempo, no Congresso Nacional, o bolsonarismo já buscava uma forma de impedir que os apoiadores do golpe fossem punidos. 

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Rádios comunitárias e democracia no 7º Congresso da Abraço Maranhão

Acesse o link para inscrição e veja a programação

Radialistas de todas as regiões do Maranhão já começaram a fazer inscrições para o 7º Congresso da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão.

Clique AQUI no formulário e garanta a sua vaga. Cada emissora pode participar com um(a) representante com direito a voto.

O evento será realizado de 20 a 22 de janeiro, no auditório do Sindicato dos Bancários, no Centro de São Luís. A inscrição custa 50.00 (cinqüenta reais), garantindo alimentação e hospedagem para os congressistas do continente.

Durante os três dias do evento haverá palestras, debates, tribuna livre, relatos de experiências sobre as emissoras comunitárias e a eleição da nova diretoria da Abraço Maranhão para o triênio 2023 – 2026.

A cerimônia de abertura começa sexta-feira (20), às 14h, com a participação de parlamentares, militantes históricos e entidades parceiras do movimento de rádios comunitárias.

Com o tema “Comunicação para a vida: rádios comunitárias e democracia”, o evento tem como objetivo dialogar sobre a situação das emissoras, fortalecer a organização da Abraço Maranhão e das entidades parceiras da luta pela democratização da comunicação.

“Após o resultado das últimas eleições presidenciais, com a vitória do campo democrático, há um novo cenário de otimismo para as rádios comunitárias e vamos seguir lutando no Congresso Nacional e junto ao poder executivo para melhorar as condições de funcionamento e sustentabilidade das emissoras”, avalia Ed Wilson Araújo, jornalista, professor da UFMA e atual presidente da Abraço no Maranhão.

Veja abaixo a programação (provisória – sujeita a pequenas alterações):

7º Congresso da Abraço Maranhão

20 de janeiro (sexta-feira)

8h às 11h – Credenciamento e recepção dos congressistas

11h – Renovação de outorga (engenheiro Fernando Cesar Moraes e advogado Fernando Cesar)

12h – Almoço 

14h – Mesa de Abertura: Sindicato dos Bancários, MST, Agência Tambor, Abraço Maranhão, deputado federal Márcio Jerry, Movimento de Mulheres, Washington Oliveira (TCE), Luis Henrique Lula e Departamento de Comunicação Social da UFMA.

16h – Lanche

16h30 – Gestão e administração de emissoras comunitárias (Marcio Carneiro e Ramon Bezerra, professores doutores do Curso de Comunicação da UFMA)

18h – Aprovação do Regimento Interno do 7º Congresso da Abraço Maranhão

21 de janeiro (sábado)

8h – Eleição da nova diretoria da Abraço Maranhão (2023 -2026)

10h – Desafios da Comunicação no novo governo federal: Luiz Henrique Lula (dirigente do PT Nacional e participante do GT Transição Governamental), Abraço Maranhão, Agência Tambor, MST (Brasil de Fato) e Claudia Santiago (Núcleo Piratininga de Comunicação)

12h – almoço

14h – Palestra sobre projetos culturais e rádios comunitárias, com Armando Nobre (gestor e produtor cultural, ex-presidente do Conselho Estadual de Cultura do Maranhão)

16h – Movimentos sociais e rádios comunitárias: Agência Tambor, TV Quilombo, CUT, CTB e CSP Conlutas

17h30 – Para onde vai o rádio?, com os radialistas Paulo Pelegrini (Universidade FM), Robson Junior (Difusora FM) e Marcial Lima (Mirante AM)

19h – Lançamento do livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”

20h – Jantar e atividade cultural

22 (domingo)

8h – O movimento sindical de as rádios comunitárias: NPC, Apruma, Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Urbanitários, Sindsep e Sindicato dos Ferroviários.

10h – Aprovação do plano de lutas da gestão 2023 – 2026

12h – Almoço e retorno para casa

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Governo federal abre edital para rádios comunitárias em mais de 200 municípios

Três editais foram publicados no Diário Oficial da União. As associações têm 60 dias para preencher o formulário e enviar a documentação para o Ministério das Comunicações

Acesse AQUI o site e veja como participar.

Associações e fundações sem fins lucrativos de 23 estados têm 60 dias para participar de três editais de seleção para executar o serviço de Radiodifusão Comunitária.

Veja as cidades contempladas no Maranhão: Codó, Zé Doca, Santa Quitéria, São Domingos, São Roberto, Senador Alexandre Costa, Serrano, Itaipava do Grajaú, Penalva, São Domingos do Azeitão, São João do Caru e Trizidela do Vale.

Para mais esclarecimentos, no Maranhão, entre em contato com o engenheiro Fernando Cesar Moraes: (98) 99117 – 3403

Os certames dos editais 208/2022, 209/2022 e 211/2022 foram lançados na ultima quinta-feira (12) e prosseguem até o dia 13/03/2022, beneficiando 216 municípios em 23 estados do Brasil.

São canais em Frequência Modulada (FM) e as outorgas concedidas terão validade de 10 anos, sem direito de exclusividade. A entidade interessada deverá realizar a inscrição por meio do envio de documentação nos moldes do edital e pelo preenchimento de formulário eletrônico disponível no Portal de Serviços do Governo Federal.

Minas Gerais (28), São Paulo (25), Bahia (22) e Rio Grande do Sul (20) são os estados com mais municípios contemplados. A seleção é publicada pela Secretaria de Radiodifusão (Serad) do Ministério das Comunicações e soma a mais um edital aberto até 30 de janeiro que disponibilizará mais 71 canais em 19 estados

No total, o Brasil tem cerca de 5 mil rádios comunitárias em funcionamento.

Confira os editais: 

Edital 208/2022

Edital 209/2022

Edital 211/2022

 “O serviço de radiodifusão comunitária tem o papel fundamental de democratizar o acesso à informação em todo o país, além de levar cultura e entretenimento para a população”, ressaltou o secretário de Radiodifusão substituto, William Zambelli.

Para o presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão, professor Ed Wilson Araújo, a publicação dos novos editais contempla uma antiga reivindicação dos dirigentes e do movimento pela democratização da comunicação. “O governo que inicia dá um passo importante com a publicação dos editais; no entanto, precisamos avançar mais na mudança da legislação que garanta o aumento da potência e mecanismos de sustentabilidade para as emissoras”, avalia Araújo.

Formulário Eletrônico – Para participar da seleção, as entidades devem preencher o formulário eletrônico disponível no Portal de Serviços do Governo Federal. Nele, é necessário ingressar com a conta única, utilizada para ter acesso aos serviços eletrônicos.

Qualquer pessoa física poderá enviar requerimento em nome da fundação ou associação comunitária interessada, bastando anexar os documentos necessários para comprovar que possui poderes para representá-la. A documentação será analisada pela Secretaria de Radiodifusão após o término do prazo indicado. Todo o processo é eletrônico.

Para mais esclarecimentos no Maranhão entre em contato com o engenheiro Fernando Cesar Moraes: (98) 99117 – 3403

Saiba mais também no site da Abraço Brasil

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Nota de Esclarecimento presta solidariedade ao conselheiro e ex-presidente do TCE Washington Oliveira

A propósito de informações veiculadas em matéria postada sexta-feira, 13, no Blog do Domingos Costa, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão vem a público esclarecer os seguintes aspectos:

Nota de Esclarecimento do TCE

1. A divulgação de informações e elementos de fiscalização que envolvem dados sensíveis e que não são produzidos pelo TCE, a exemplo das ligadas às contratações públicas, foi vedada pela Lei Geral de Proteção de Dados.

O TCE, na condição de órgão responsável pelo controle externo, tão somente custodia tais informações.

A Constituição Federal não define, como uma das atribuições dos tribunais de contas, atuarem como instituições responsáveis pela transparência na gestão pública.

Neste campo, cabe aos referidos tribunais implementar ações que estimulem o cumprimento do Princípio da Transparência na gestão e o consequente controle social.

2. O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, em substituição ao Sistema de Acompanhamento Contratações Públicas (Sacop), criou o Sistema de Informações para o Controle (Sinc-Contrata), que se utiliza da tecnologia de Metadados para o exercício pleno do controle externo, possibilitando o uso da Inteligência Artificial para identificação dos pontos passíveis de procedimentos fiscalizatórios.

A gestão de Metadados utilizada pelo TCE maranhense permite a construção de APIs, forma de integração de sistemas que possibilita maior segurança dos dados e facilidade no intercâmbio de informações, resultando na tramitação mais célere dessas informações entre os diferentes órgãos que integram a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão. Aspecto que impacta positivamente nas medidas de controle externo.

3. Em relação ao Censo Eletrônico dos Servidores do Estado do Maranhão (Cesma), tratou-se de ação específica de controle para o levantamento de informações sobre a estrutura das folhas de pagamento dos fiscalizados do TCE.

O objetivo maior do Cesma foi a elaboração de matrizes de fiscalização e responsabilização nas ações de controle externo realizadas pela instituição, trabalho em andamento no âmbito do sistema Sinc-Folha.

Ressalta-se que a Instrução Normativa aprovada pelo TCE criando o Cesma, já estabelecia o seu prazo de vigência.

4. Afirmamos que o conselheiro Joaquim Washington Luiz de Oliveira sempre pautou sua conduta nos mais elevados princípios éticos. No exercício da presidência do Tribunal de Contas do Maranhão suas ações sempre foram baseadas na obediência à legalidade e à moralidade, objetivando o cumprimento da missão constitucional atribuída à Corte de Contas maranhense.

5. O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão repudia todas as manifestações da funesta cultura de fake news que tantos danos tem causado ao país.

Marcelo Tavares Silva
Presidente

João Jorge Jinkings Pavão
Vice-presidente

Raimundo Oliveira Filho
Corregedor

Álvaro César de França Ferreira
Conselheiro

José de Ribamar Caldas Furtado
Conselheiro

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A inguinoransa astravanca o pogrécio

Prof. Jáder Cavalcante

Quando estou dirigindo, sempre que tenho oportunidade, opto por trafegar pela nossa Via Expressa, cujo nome simboliza sua função social: ser uma artéria rodoviária de rápido escoamento. Lembro que, há algumas semanas, houve uma reportagem sobre aquela avenida, noticiando que a comunidade do Vinhais Velho havia feito uma barreira de fogo, impedindo o tráfego de veículos. Parece-me que alguém da comunidade fora atropelado enquanto atravessava aquela via de trânsito rápido. A população exigia a instalação de quebra-molas na avenida para reduzir o risco de acidentes.

Mudando de assunto, não me lembro de já ter visto alguma manifestação contra a fornecedora de eletricidade, quando alguém morre por eletroplessão. Nunca vi os parentes e vizinhos da vítima falecida exigirem que a voltagem da rede fosse reduzida de 220 V para 50 V, para evitar mortes. Não tenho notícia de piquetes e barreiras de fogo na frente das subestações a fim de impedir o acesso aos funcionários da manutenção. Pois é, a corrente continuará 220 V, e os menos avisados e menos afortunados continuarão perdendo a vida por causa da perigosíssima energia elétrica, com a qual convivemos desde que nascemos, e recebemos orientações acerca do perigo que ela representa.

Quantas pessoas perdem a vida por ano em decorrência do atraso de uma ambulância? Acredito que milhares. No entanto, quando uma vítima de AVC morre na meia hora seguinte ao acidente, sem que o socorro médico chegue a tempo de conduzi-la para receber atendimento especializado, não tenho lembrança de manifestações de populares queimando ambulâncias ou depredando a Secretaria de Saúde. E assim a vida continua seu desenrolar natural: às vezes, o socorro chegará a tempo; outras vezes, não. E a sociedade vai continuar aceitando como normal essa oscilação na presteza do atendimento. É claro que o ideal seria o socorro chegar em um minuto, mas o caos do nosso trânsito nem sempre permite tal celeridade no atendimento, nem seria possível deixar ambulâncias de plantão a cada quilômetro quadrado da cidade.

Hoje, vindo do Centro para a Cohama, decidi ganhar tempo trafegando pela Via Expressa e, para meu desapontamento, constatei que, em alguns trechos, foram instaladas placas limitando a velocidade máxima em 60 km/h assim como os impiedosos detectores de velocidade acoplados a câmeras, próximo do local onde se veem marcas de incêndio no asfalto: a meu ver, um retrocesso. Os moradores da redondeza têm a perigosa energia elétrica em suas casas, e sabem conviver com essa ameaçadora ceifadora de vidas. Se alguém morre de choque, a culpa é da fatalidade, ou até da própria vítima, que economizou nas medidas de segurança. Mas por que a culpa das mortes por atropelamento nunca é da vítima, que pode ter agido com imprudência? Até porque, se uma via é chamada de “expressa”, os motoristas se sentem com liberdade para apertar o pedal da direita.

E as exigências dos manifestantes são sempre as mesmas: obstáculos a fim de reduzir a fluência que a via permite. Nunca se viu uma comunidade fazendo um mea culpa e, após uma tragédia fatal em alguma avenida ou rodovia, solicitar às autoridades ações de conscientização e preparação entre seus moradores, tal qual são submetidos os funcionários de qualquer grande indústria quando são contratados. Se cursos forem oferecidos à comunidade, demonstrando os riscos de conviver próximo a uma via de trânsito rápido, além de ensinar a maneira correta de atravessar a avenida, acredito que tais tragédias poderão ser evitadas. 

Mas não! Sempre o errado é quem trafega nas condições estabelecidas para a via. E a comunidade quer que a via se adapte às suas limitações cognitivas, não o contrário, como se o progresso tenha que ser freado e deva receber injeções de regresso. Isso me faz lembrar de um caso acontecido num zoológico, em que um maluco pulou o alambrado de segurança da jaula dos leões, aproximou-se das grades de ferro e, tendo sido puxado por um dos enjaulados, naturalmente, virou refeição dos felinos, que só estavam cumprindo à risca seu papel de predador que a natureza lhes concedera. Como resultado, os seguranças do zoológico mataram os dois leões, a fim de resgatar o inútil cadáver do inútil. Ou seja, os leões foram considerados culpados pelo erro do incauto invasor de seus domínios. Tal qual o episódio dos leões assassinados, a opção é punir os motoristas, que usufruem a facilidade de uma via expressa, a nossa Via Expressa. Realmente, a cada dia, convenço-me de que não há caminho plausível para uma sociedade sem ser por meio da educação.

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Matheus Nachtergaele estrela musical “Molière” em São Luís

Com 14 atores e músicos no palco, o musical “Molière” será apresentado pela primeira vez no Teatro Arthur Azevedo (rua do Sol), no mês de fevereiro, em São Luís, na sexta (3) e sábado (4), às 21h e no domingo, dia 5, às 19h. O musical é protagonizado pelo ator Matheus Nachtergaele e os ingressos estão à venda no site da Ingresso Digital (https://www.ingressodigital.com/evento/6885,6886,6887/Molire) e na bilheteria do teatro.

A comédia musical tem produção local da Tablado Produções e a direção de Diego Fortes, ganhador do Prêmio Shell em 2017 pelo espetáculo O Grande Sucesso. O espetáculo traz uma disputa bem-humorada entre a Comédia, representada pelo autor Molière (Matheus Nachtergaele) e a Tragédia, na figura do poeta Jean Racine (Elcio Nogueira Seixas).

Embalada por músicas de Caetano Veloso, executadas ao vivo com arranjos originais do maestro Gilson Fukushima, a montagem integra o projeto de intercâmbio cultural promovido pelo Teatro Promíscuo, tendo como foco a valorização da dramaturgia latino-americana. A peça marca a estreia da obra teatral da renomada dramaturga mexicana Sabina Berman no Brasil.

Em cena, quatorze atores e músicos vão narrar o inusitado conflito entre formas opostas de pensar o mundo, expressas pelas famosas máscaras do teatro: uma ri malandramente de tudo e de todos e a outra mostra reverência e temor diante da dor e da morte. O embate épico entre essas duas faces da vida tem como cenário a corte carnavalesca de Luis XIV, o Rei Sol (Josie Antello), na França.

Amado pelo público e favorito do extravagante rei, Molière trava uma luta tragicômica com seu aprendiz Racine para manter a posição de dramaturgo mais prestigiado da corte. Enquanto isso, o Arcebispo de Paris, grande entusiasta da guerra, Monsenhor Péréfixe (Renato Borghi), tentará se aproveitar do conflito para banir do reino o Teatro e seus artistas, endurecer a censura e lançar a França em uma era de obscurantismo, violência e sacrifício.

Ficha Técnica:

Texto: Sabina Berman | Tradução: Elcio Nogueira Seixas e Renato Borghi | Adaptação: Diego Fortes e Luci Collin | Direção: Diego Fortes | Elenco: Matheus Nachtergaele, Elcio Nogueira Seixas, Renato Borghi, Rafael Camargo, Luciana Borghi, Josie Antello, Jorge Hissa, Regina França, Diogo Brandão, Débora Veneziani, Joana Araujo, Fábio Cardoso e Renata Neves | Cenografia: André Cortez | Figurino: Karlla Girotto | Direção Musical: Gilson Fukushima | Iluminação: Beto Bruel e Nadja Naira | Assistente de Direção: Carol Carreiro | Fotos: Eika Yabusame, Jamil Kubruk e Luísa Bonin, Paulo Uras – Estúdio FB | Diretora de Produção: Camila Bevilacqua – Produtor Executivo: Diogo Pasquim | Idealização: Teatro Promíscuo| Produção: Lady Camis Produções

Serviço:

Molière – Uma comédia musical de Sabina Berman

Temporada: 03/02 a 05/02/2023

Local: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol)

Horário: sexta (03/02), às 21h | sábado (04/02), às 21h e domingo (05/02), às 19h

Duração: 120 minutos

Classificação: 12 anos

Ingressos: Venda on-line no site Ingresso Digital e na bilheteria do teatro.

Produção local: Tablado Produções.

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Encontro Nacional de Pesquisa Aplicada em Comunicação recebe trabalhos

Fonte: Jornal Intercom / Imagem capturada no site do ApliCom 2023

Está aberta até 28 de fevereiro a chamada de trabalhos do Encontro Nacional de Pesquisa Aplicada em Comunicação (ApliCom), que será realizado nos dias 20 e 21 de junho no Centro de Ciências Sociais, no campus São Luís da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

A chamada de trabalhos inclui duas modalidades:

● Resumo expandido (de cinco a oito páginas), para estudantes de graduação ou pós-graduação, de iniciação científica (Pibic), iniciação tecnológica (Pibiti) ou alunos participantes de grupos de pesquisa relatando trabalhos concluídos ou em andamento.

● Artigo (de 12 a 15 páginas), para mestrandos(as), mestres, doutorandos(as) ou doutores(as) relatando trabalhos concluídos ou em andamento.

As submissões devem ser direcionadas a uma das seguintes trilhas:

● Métricas, Dados, Big Data e IA

● Games, Entretenimento e Metaverso

● Empreendedorismo Social e Inovação

● ESG, Gestão de Risco e Imagem Institucional

● Métodos e Desenvolvimento de Produtos

● Comunicação , Direitos Humanos, Saúde e Acessibilidade

● Comunicação e Política , Gestão e Estratégias de Comunicação

Confira a chamada de trabalhos completa no site do evento.

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Fenaj repudia terrorismo bolsonarista

Federação e sindicatos de jornalistas execram atos terroristas em Brasília e se solidarizam com profissionais agredidos durante cobertura 

O Brasil assistiu neste domingo (08/01) a lamentáveis ataques à democracia brasileira, promovidos por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições. O Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos, depredados e saqueados por terroristas a serviço de uma força política fascista, que tem como principal líder o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e os 31 Sindicatos de Jornalistas filiados repudiam de forma veemente a invasão aos prédios públicos e os ataques à democracia brasileira. O evento acontece uma semana depois de o país assistir a uma linda, diversa e inclusiva festa cívica, na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A FENAJ e os sindicatos filiados denunciam firmemente esse agrupamento que insiste em desafiar a Constituição, mantendo acampamentos em frente a quartéis do Exército, promovendo ações terroristas em Brasília e pedindo intervenção militar.

É inadmissível a omissão do governo do Distrito Federal, bem como a leniência de parte das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal diante da escalada anticonstitucional do bolsonarismo. Em qualquer país moderno e democrático, atitudes como as que temos visto no Brasil seriam severamente reprimidas e punidas, em defesa do bem maior e coletivo.

Os jornalistas brasileiros, no exercício de seu trabalho profissional, têm sido vítimas de intimidações e agressões por membros e apoiadores desse grupo político violento e antidemocrático. São centenas os casos registrados nos últimos anos, quase uma dezena apenas na primeira semana desse ano.

Exigimos apuração e rigorosa punição dos responsáveis por este grave atentado à democracia brasileira, incluindo financiadores e realizadores. Alertamos, ainda, para a necessidade de as forças de segurança combaterem o cerceamento ao trabalho dos jornalistas, vítimas recorrentes da onda de violência das hordas bolsonaristas.

Solidarizamo-nos com as equipes de imprensa agredidas e colocamos as estruturas sindicais à disposição da categoria.

Brasília, 8 de janeiro de 2023

Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

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O Capitólio à brasileira é fruto de um triplo apagão

Thais Reis Oliveira, editora executiva online de Carta Capital

A bonita cerimônia de posse de Lula, no domingo passado, parecia anunciar a bonança. Nos dias seguintes, Bolsonaro se manteve calado e o quórum dos famigerados acampamentos golpistas minguava.

Uma semana depois, porém, tudo mudou.

Na manhã do último domingo, ônibus vindos dos quatro cantos do país chegaram a Brasília apinhados de bolsonaristas radicais. Em poucas horas, milhares deles tomaram as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. 

O que se seguiu foi terrorismo. Dentro dos prédios, obras de arte foram destruídas, móveis e objetos foram quebrados, fezes e urina foi espalhadas pelo cômodos. Do lado de fora, jornalistas, policiais e até animais foram ameaçados e agredidos. 

Os amplos gramados que cercam os Três Poderes dificultam qualquer ação furtiva. Lúcio Costa concebeu a Esplanada como um espaço de manifestação cívica e democrática. Até aqui, tudo leva a acreditar que tamanha monstruosidade só ocorreu graças à omissão ou anuência das forças de segurança e de autoridades.

O governo Lula, o Legislativo, o Supremo e a comunidade internacional têm respondido à altura, punindo os envolvidos e condenando publicamente os atos. Apenas disso, contudo, não é o suficiente.

Embora uma tomada de poder esteja fora de questão, é grave que o bolsonarismo golpista tenha conseguido produzir uma imagem de força tão marcante. Como resumiu o professor Francisco Teixeira, da UFRJ, a CartaCapital, o Capitólio à brasileira é fruto de um triplo apagão: de segurança, de inteligência e tático. Só não foi pior porque nenhuma autoridade teve a vida ameaçada – e porque Bolsonaro está fora do poder e do Brasil. 

Os acampamentos golpistas estão, finalmente, sendo desmontados. Mas não a estrutura psíquica que originou esse movimento.

Por não se verem como terroristas, e sim como ‘patriotas’, os bolsonaristas que invadiram os Três Poderes produziram até provas contra si mesmos.

Também chama atenção, entre os detidos e presos identificados até aqui, a quantidade de moradores de pequenas cidades do interior do Brasil – repletos dos chamados ‘deserto de notícias’, lugares onde não há imprensa local independente.

Envenenados por mentiras e teorias conspiratórias que circulam livremente em apps de mensagem e acobertados por uma robusta estrutura financiada por empresários, esses terroristas habitam um mundo paralelo, um delírio coletivo do qual será difícil despertá-los.

O caminho para a verdadeira reconstrução democrática será longo e tortuoso. A boa informação, o estímulo ao pensamento crítico e o respeito à verdade serão ainda mais fundamentais.