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Entidades querem a devolução da proposta de revisão do Plano Diretor para a Prefeitura de São Luís

Nessa quarta-feira (8 de fevereiro), às 9h, os movimentos sociais, trabalhadores(as) e as comunidades da Zona Rural de São de Luís retornarão à Câmara Municipal de São Luís para exigir, conforme recomendação do Ministério  Público Estadual, A DEVOLUÇÃO DA PROPOSTA DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR À PREFEITURA DE SÃO LUIS e abertura imediata de discussão com a população de São Luís, da zona rural e urbana, com a publicidade e estudos técnicos exigidos pelo Estatuto das Cidades.

Não podemos aceitar essa proposta que retira uma grande área da zona rural e transforma em zona urbana/industrial, reduz as áreas de dunas, não mantêm e ampliam as áreas de lençóis freáticos que garantem água à população, não amplia o fornecimento de água, esgoto e garantia de drenagem das águas pluviais, acaba com áreas de preservação ambiental da grande ilha, não se preocupa com o grande índice de poluentes jogado pelas grandes empresas no ar, solo e águas de nossa cidade.

É um plano dos empresários, não para a maioria da população que necessita de transporte de qualidade, mobilidade e acessibilidade, moradia, prestação de serviços públicos de qualidade, garantia de produção, trabalho e renda e preservação da natureza.

Participe!

Data: 8/2 (quarta-feira)

Horário: 9h

Local: Em frente ao estacionamento da Câmara de Vereadores de São Luís, na rua do antigo Banco do Brasil

Imagem destacada: Vereador Astro de Ogum, ao centro, conduziu audiência pública dia 30 de janeiro, na Câmara Municipal

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Suzano denunciada por não cumprir direitos trabalhistas

O Maranhão abriga a maior empresa de papel e celulose do mundo, a Suzano, que provoca, no Maranhão, uma série de impactos negativos, com graves problemas de ordem social e ambiental.

E, quais as consequências para os trabalhadores? Em março deste ano, deverá acontecer em Brasília um encontro das trabalhadoras e trabalhadores da cadeia da celulose, com participação de representantes do governo federal e de parlamentares.

Para falar sobre esse tema, o Jornal Tambor ouviu Anthony Dantas, presidente do Sindcelma, o sindicato que abriga as trabalhadoras e os trabalhadores da indústria de papel.

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com entrevista de Anthony Dantas)

A Suzano atua no mercado global da celulose e conta com 11 unidades industriais localizadas em sete estados brasileiros, inclusive no Maranhão. Em 2016, a Justiça Federal proibiu a empresa de fazer novos desmatamentos na região do cerrado maranhense, por conta dos impactos ambientais negativos. O cultivo do eucalipto é um problema.

“É importante que o poder público acompanhe esse processo. Compreendemos a necessidade econômica dos empreendimentos, mas também temos que garantir os direitos sociais dos trabalhadores e, pelo menos, minimizar os impactos ambientais”, explicou o presidente do Sindselma.

Em relação aos trabalhadores da indústria, na página do Sindcelma está dito que a Suzano “não está cumprindo” vários direitos trabalhistas, como “uma hora de almoço (hora-refeição), adicionais de insalubridade e periculosidade, além do não pagamento retroativo aos trabalhadores prejudicados”.

Anthony Dantas conta que a Sindcelma entrou com uma ação na Justiça do Trabalho para cobrar a empresa. “O sindicato continuará atuando em defesa dos direitos dos trabalhadores. A Suzano usa muitos produtos químicos, o que é muito perigoso. Vamos garantir melhor qualidade para esses trabalhadores”, pontuou Anthony Dantas.

Outro lado

A reportagem da Agência Tambor entrou em contato com número da Suzano no Maranhão (99) 3585-6000. Esse número consta na página www.rioverde.com.br. Não conseguimos resposta. Caso a empresa retorne, registraremos sua posição.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Anthony Dantas)

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Vem aí o Crioula Festival!

Fonte: Agência Tambor

A primeira edição do Crioula Festival será realizada em São Luís nos dias 09, 10 e 11 de fevereiro, a partir das 19h30, na Casa Barrica, localizada no bairro Madre Deus.

O evento é uma celebração do Tambor de Crioula do Maranhão e terá diversas atrações durante os três dias . A entrada é gratuita, aberta ao público.

Para falar sobre o Festival, o Jornal Tambor desta sexta-feira (03/02), entrevistou Emanuel Jesus, o coordenador artístico do evento.

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com a entreviste de Emanuel Jesus)

Emanuel Jesus explicou que a ideia do evento surgiu a partir de uma conversa dele com o Maestro Zé Américo Bastos. “Há dois anos a gente vem trabalhando nisso. O Crioula Festival é um evento folclórico musical para exaltar esse ritmo potente que temos que é o Tambor de Crioula”, reforçou o coordenador artístico.

Segundo ele, o objetivo do Festival é valorizar ainda mais essa manifestação popular, além de buscar misturar os ritmos do Tambor de Crioula com outros segmentos musicais do Maranhão.

“Nós vamos ter uma programação bem plural. Começando pelo Cortejo em frente a Casa das Minas, que é o local onde aconteceu a titulação do nosso Tambor de Crioula como Patrimônio Imaterial”, ressaltou Emanuel.

Confira a programação do Crioula Festival aqui.

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PT convida para celebrar os 43 anos do partido

Veja como será a programação nacional e em São Luís

No próximo dia 10 de fevereiro o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras completa 43 anos de vida. Uma vida forjada nas lutas do povo brasileiro por Democracia e por direitos.

Nestes 43 anos, o povo brasileiro sempre soube que, onde houvesse uma lutadora, um lutador social, nos campos, nas matas ou nas cidades, a nossa estrela estaria presente.

Aprendemos com a diversidade da grande nação brasileira, a força da organização popular, da solidariedade e da verdade. Semeamos estrelas de norte a sul do nosso país, consolidando sonhos de justiça social e esperança de uma vida digna para todas e todos.

Assim, nossa estrela se multiplicou em diferentes movimentos, diferentes territórios, conquistando parlamentos e governos em cidades, estados e no Brasil.

Enfrentamos o Golpe contra a Presidenta Dilma Rousseff e a prisão política de nossa maior liderança – Luiz Inácio Lula da Silva. Suportamos a violência política com confiança na nossa Democracia e no nosso povo. A jornada que percorremos, coletivamente, tem marcas intensas.

Em 2022 nós derrotamos o fascismo, a extrema-direita, o poder econômico, o aparato de Estado e inúmeras Fake News. Elegemos Lula Presidente com a maior votação da história desse país.

Iniciamos 2023 derrotando um Golpe contra a Democracia Brasileira e nos consolidando como o principal instrumento para uma tão sonhada unidade nacional.

10 de fevereiro de 2023 não será uma data qualquer, assim queremos realizar uma comemoração especial. Vamos celebrar a vitória do povo brasileiro que hoje ocupa, mais uma vez, o Palácio do Planalto com Lula Presidente.

Para isso, estamos organizando uma programação muito especial, em Brasília, nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro e queremos contar com a sua participação.

PROGRAMAÇÃO NACIONAL

Dia 12/02 –  Dia aberto à militância no Centro de Convenções Ulysses Guimarães em Brasília, com feira, oficinas de formação, banquinhas das secretarias, rodas de conversas e atrações culturais.

Os interessados em expor e vender produtos na feira devem preencher o formulário no link abaixo, lembrando que todas as despesas serão por conta dos interessados.

Veja como se inscrever e preencher o formulário

Dia 13/02 – Reunião do Diretório Nacional durante todo o dia na sede do PT Nacional.

– Ato Político às 18 horas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Dia 14/02 – Jantar de Arrecadação dos 43 anos do PT. Os convites podem ser reservados pelo WhatsApp número: (61) 99504-1170.

PROGRAMAÇÃO EM SÃO LUIS

Festa do PT em São Luís terá várias atividades

Vamos todas e todos, juntos, pela reconstrução do Brasil e da Democracia!

Viva o PT!

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

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CNBB emite nota em solidariedade aos Yanomami: “As dores de cada indígena são também da igreja”

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta terça-feira, 31 de janeiro, uma nota intitulada “Em defesa dos povos originários” motivada pela realidade vivida pelo povo Yanomami que, segundo o documento, é a “síntese da ofensiva contra os direitos dos povos indígenas agravada nos últimos anos”. A realidade, segundo a nota, foi denunciada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI)  em seu relatório anual.

De acordo com a nota da presidência da CNBB, “a realidade vivida pelo povo Yanomami é, pois, síntese do que apresenta o relatório do CIMI. Os povos originários, integrados à natureza, têm sido desrespeitados de modo contumaz, a partir da ganância, da exploração predatória do meio ambiente, que propaga a morte em nome do dinheiro”.

Essa realidade, defende a Conferência, deve despertar santa indignação no coração de cada pessoa, especialmente dos cristãos, que não podem fazer da defesa da vida uma simples bandeira a ser erguida sob motivação ideológica. “A vida tem que ser efetivamente defendida, não apenas em uma etapa específica, mas em todo o seu curso. E a defesa da vida humana é indissociável do cuidado com o meio ambiente”, reitera o documento. 

Na nota, a CNBB pede às autoridades um adequado tratamento dedicado ao povo Yanomami e a cada comunidade indígena presente no território brasileiro. A CNBB pede ainda que “diante da gravidade do que se verifica no Norte do País, das mortes, principalmente de crianças e de idosos, sejam apontados os responsáveis, para que a justiça prevaleça”.

A CNBB reforça que a Igreja Católica no Brasil está unida ao povo Yanomami, solidariamente, com sua rede de comunidades de fé. “As dores de cada indígena são também da Igreja, que, a partir de sua doutrina, do magistério do Papa Francisco, vem ensinando a importância dos povos originários na preservação do planeta”. Conheça, abaixo, a íntegra da nota e, aqui, o arquivo em PDF:

Em defesa dos povos originários

A ofensiva contra os direitos dos povos indígenas, agravada nos últimos anos, foi denunciada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em seu relatório anual. A realidade vivida pelo povo Yanomami é, pois, síntese do que apresenta o relatório do CIMI. Os povos originários, integrados à natureza, têm sido desrespeitados de modo contumaz, a partir da ganância, da exploração predatória do meio ambiente, que propaga a morte em nome do dinheiro.

Essa realidade deve despertar santa indignação no coração de cada pessoa, especialmente dos cristãos, que não podem fazer da defesa da vida uma simples bandeira a ser erguida sob motivação ideológica. A vida tem que ser efetivamente defendida, não apenas em uma etapa específica, mas em todo o seu curso. E a defesa da vida humana é indissociável do cuidado com o meio ambiente.

A CNBB pede às autoridades um adequado tratamento dedicado ao povo Yanomami e a cada comunidade indígena presente no território brasileiro. Diante da gravidade do que se verifica no Norte do País, das mortes, principalmente de crianças e de idosos, sejam apontados os responsáveis, para que a justiça prevaleça. O genocídio dos Yanomamis seja capítulo nunca esquecido na história do Brasil, para que não se repita crime semelhante contra a vida de nossos irmãos.

A Igreja Católica no Brasil está unida ao povo Yanomami, solidariamente, com sua rede de comunidades de fé. As dores de cada indígena são também da Igreja, que, a partir de sua doutrina, do magistério do Papa Francisco, vem ensinando a importância dos povos originários na preservação do planeta.

O momento é de tristeza e desolação, mas a Igreja Católica continuará a trabalhar, intensificando sempre mais as suas ações, em união com muitos segmentos da sociedade e do poder público, para que prevaleça a esperança, confiante de que cada Yanomami será respeitado em sua dignidade de filho e filha de Deus.

Brasília-DF, 31 de janeiro de 2023

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

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Labcom lança livro sobre IA Generativa usando um robô

O Labcom (Laboratório de Convergência de Mídias da UFMA) lançou hoje o livro “Inteligência Artificial Generativa”, que explora os avanços na área de IA e seus impactos nas indústrias criativas, da mídia e da publicidade. Este e-book é parte de um projeto maior do laboratório de pesquisa, que visa explorar novas ferramentas, metodologias e abordagens na área de Comunicação e Informação, usando recursos computacionais intensivos.

A Inteligência Artificial Generativa – IAG é um ramo da inteligência artificial que, em termos simples, tenta simular a própria criatividade humana, através da geração de textos e imagens, com diversos cenários de utilização, em projetos de design e artes, música, jornalismo, marketing e publicidade, entre outros.

O livro “Inteligência Artificial Generativa” é uma introdução acessível ao assunto, destinada a leitores sem conhecimento prévio em IA. Ele apresenta uma visão geral das possibilidades e aplicações da Inteligência Artificial Generativa, discutindo suas implicações éticas e morais, bem como suas limitações atuais.

Uma particularidade do projeto é que uma parte do livro foi gerada com a ajuda da ferramenta ChatGPT, da OpenAI, com a supervisão do autor; o que foi feito de forma deliberada, justamente para que no experimento se pudesse avaliar o seu potencial de uso. As ilustrações foram criadas usando MidJourney.

Segundo o professor Márcio Carneiro, autor do livro e coordenador do Labcom, “o projeto é um movimento interdisciplinar que busca atualizar o estado da arte da Comunicação, integrando o conhecimento de outras áreas, que têm interfaces cada vez mais nítidas com a nossa.”

Falando sobre a ferramenta que usou, o bot ChatGPT, que tem recebido grande atenção da mídia por ter conseguido mais de um milhão de usuários, ainda no primeiro mês após seu lançamento experimental em novembro de 2022, o professor explica que para avaliar os impactos e os processos de adoção das tecnologias é preciso entender que elas têm lógicas próprias e, normalmente complexas, integrando vetores não apenas tecnológicos, mas também econômicos e sociais.

“As pessoas, ao perceberem valor em determinada inovação, geram usos e apropriações, muitas vezes diferentes até dos que foram idealizados pelos desenvolvedores e no ambiente digital, com a circulação de informação acelerada, tais processos podem atingir números e escala muito significativos, como parece ser o caso do robô da OpenAi. No projeto já levantei mais de 130 utilizações diferentes para o bot, muitas delas pensadas pelos utilizadores ”

O professor também aposta que a nova geração de IAG vai criar novas funções no mercado, entre elas o Prompt Designer, um especialista nestas plataformas, que consegue resultados mais assertivos para uso profissional das mesmas. O LABCOM vai fazer a segunda turma de um curso de formação nesta área em março, segundo o coordenador, o primeiro do tipo no Brasil.

Da iniciativa maior à qual o experimento do livro é conectado, constam também o projeto de um livro infantil com texto humano, mas com todas as ilustrações feitas com MidJourney; um app de análise de grandes volumes de texto, baseado na API do ChatGPT, para uso por pesquisadores da Comunicação e mais 4 artigos acadêmicos avaliando aspectos diferentes desta temática: o uso de IAG pelo jornalismo, uma metodologia de avaliação de ferramentas de IAG, a aplicação de ChatGPT em assessorias na área de gestão de crises e a exploração de IAG para produção de desinformação. 

O Labcom disponibiliza vários canais de difusão científica onde compartilha seu trabalho para a comunidade em geral. Entre eles um canal no YouTube onde há uma playlist inteira só sobre IAG. Para fins acadêmicos, uma versão simplificada do livro pode ser baixada gratuitamente através do site do laboratório a partir da página https://www.labcomdata.com.br/iag . A versão integral, que terá vários recursos multimídia para o ensino das ferramentas e das técnicas de Prompt Design, será lançada no evento Aplicom 23 do LABCOM, previsto para julho deste ano. Em anexo segue a capa do livro para divulgação.

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Geraldo Azevedo para celebrar a chegada de fevereiro

CHORANDO E CANTANDO

Quando fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua no ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri a gente chora
Ai ai ai a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Faz mais Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois depois amor ô ô ô ô

Ninguém ninguém verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguém verá o sonho que eu sonhei

Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Na luz de cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz virar um astro incandescente
Teu amor faz cometer loucuras
Faz mais, depois faz acordar chorando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois depois do amor
Amor ô ô

Ninguém, Niguém, Niguem Verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguem verá o sonho que eu sonhei

Imaem destacada capturada aqui

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O PT maior que Lula em 2026

Ed Wilson Araújo

A morte de Pelé inspira dizer que temos um rei da política. É Lula. Ele chega ao terceiro mandato superando a prisão, as perdas de um neto, da ex-esposa Marisa Letícia e de um irmão.

Um ser humano que passou por tudo isso e se apaixona, casa novamente, fala de amor, refaz a vida, ganha uma eleição de forma épica e volta ao palco principal da política admirado no mundo inteiro não é só uma pessoa, é uma entidade, um corpo político coletivo, uma ideia que não pode ser aprisionada.

Quando ele partir, ficará o lulismo, símbolo do pragmatismo humanitário porque fez a opção pelos pobres.

Ao anunciar o ministério completo, Lula fez analogia ao time escalado por Tite para a Copa do Mundo de 2022. O técnico da seleção brasileira convocou os melhores craques, mas não levou a taça.

No fim da apresentação da sua equipe ministerial, deu o recado: vamos ganhar.

A política é feita de contradições. No time de Lula há uma composição heterogênea, da esquerda a uma parte do Centrão, corroborando a tática eleitoral na estratégia da governabilidade.

Lula é o Pelé da política, mas não é santo. Ele foi candidato a presidente e não ao papado. Por isso está correto na composição do governo com uma parte dos seus algozes.

O ministério, apesar de algumas impurezas, está hegemonizado pelo campo democrático-popular em uma conjuntura de desafios gigantes.

E não basta fazer uma boa gestão. É preciso bloquear o avanço da extrema direita, que foi derrotada eleitoralmente, mas está viva na mentalidade do eleitorado, parte dele incauto e a outra banda fanática.

Eis o sentido mais apropriado para discutir o papel do Partido dos Trabalhadores na perspectiva da hegemonia na Frente Ampla e do seu maior desafio – recompor a democracia no Brasil.

Lula entra na História como o maior presidente de todos os tempos; no entanto, ele vai passar e o partido segue.

O que será do PT sem Lula?

Tudo mudou profundamente das origens da legenda até o impeachment da presidenta Dilma Roussef.

Ao longo desse tempo, o partido não tinha experimentado o golpe, os níveis grotescos de desinformação e o crescimento da extrema direita turbinado pela nova cultura do mundo digital.

Esse novo cenário impõe ao partido alguns desafios e velhas lições do passado: retomar o trabalho de base, zelar pelo primado da formação política, compreender e agir sobre os mundos evangélico e digital.

Apenas o partido burocrático e de mandatos não vai dar conta de atenuar a avalanche dos conservadorismos tradicional e surreal.

Olhemos para os evangélicos em um domingo de sol, caminhando de casa em casa, entregando panfletos, conversando com as pessoas…

Esses indivíduos mais simples alimentam gigantescas estruturas de poder econômico e religioso disseminados nas igrejas neopentecostais e nos pastores pop star, habilidosos nos usos e abusos das redes sociais.

Lula é um fenômeno de popularidade sem nunca ter usado um e_mail. Não haverá outra liderança nas esquerdas com esse perfil nos próximos 100 anos.

Enquanto o campo democrático apega-se ao lulismo, centenas de pastores influenciadores vão surgindo a cada dia, obtendo um crescimento assustador entre a juventude, principalmente.

Mas os crentes também fazem eventos presenciais, distribuem folhetos nas ruas e paradas de ônibus. É uma militância permanente, incansável e metódica.

Sem as ruas, a formação política e a inserção no mundo digital o PT olha ainda atônito as habilidades perversas dos seus inimigos.

A grande tarefa do partido, como intelectual orgânico coletivo, passa por uma retomada do seu sentido primordial de ser uma chama permanente de esperança, palavra que alimenta sonhos, mas se realiza também na materialidade da política feita de gente olhando face a face e à distância, pelas telas.

Tomando de empréstimo a letra de um jingle “São milhões de Lulas povoando esse Brasil”, seria o caso de emendar: são milhões de militantes antenados por esse Brasil.

O PT precisa sempre pensar grande. E agora é perceber que necessitamos ser maiores que Lula.

Imagem destacada: multidão vestida com tons de vermelho estica sobre a cabeça bandeiras gigantes do Brasil, durante ato da campanha eleitoral de 2022, em Teresina (PI). Foto: Ricardo Stuckert 

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O rádio atual e a playlist

A Rádio Nacional chegou no dial em São Luís. Se você tiver aparelho receptor em casa, ou no carro, sintonize 93,7 Mhz e aproveite tudo.

Caso prefira, vá ao site da EBC (https://radios.ebc.com.br/) e escolha nas opções uma das emissoras gostosa de ouvir.

Sou um adepto completo das novas Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs). A humanidade só ainda não matou Deus de vez porque temos Jornalismo e Ciência, duas formas de conhecimento herdeiras da modernidade.

Dito isso, saiba o(a) caro(a) leitor(a) que eu gosto de ouvir música nos mais diversos artefatos. No You Tube você já sabe, na sequência, o que vai tocar. Pode adiantar e recuar o botão na barra vermelha e escolher o que quiser, de acordo com as suas vontades, desejos e preferências.

O mesmo vale para os agregadores. Tudo posso naquele que me fortalece na condição de audiência seletiva e voraz.

Já ouvir rádio é outra sensação. Tem a “figura” do(a) locutor(a), aquela pessoa que conversa com você, manda um recado, dá um alô, cuida da audiência de forma geral.

Vamos parafrasear:

#streaming é sexo; rádio, é amor.

A produção de sentido no rádio é mais intensa porque a sensação do ao vivo incorpora a plenitude dos componentes da linguagem radiofônica: palavra falada, música, efeitos sonoros e silêncio.

As vinhetas de cada emissora, dos programas e apresentadores(as) guiam a audiência para uma relação de afetividade, criando o ritual de ouvir.

A playlist não surpreende. Você já sabe o que vai rodar.

O rádio é uma caixa de segredos. Não há previsão da música e a qualquer momento a locução dinamiza a emissão, assim como a participação da audiência.

No velho rádio, o(a) ouvinte é uma entidade alimentada pelo mundo sonoro. Ele(a) não quer só ouvir, mas falar e ser notado(a) pelo locutor(a).

Existe mais atividade no rádio. E cada dia, com mais tecnologia, ele fica melhor.

Imagem destacada / novo estúdio da rádio Gaúcha, capturada aqui

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Amazônia e Cerrado concentram 95% da área queimada no Brasil em 2022

Fonte: Bibiana Alcântara Garrido (Ipam – Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia) / Foto: Paulo Brando

O Monitor do Fogo divulgou na sexta-feira, 27, os dados sobre a ocorrência de fogo no Brasil no mês de dezembro e em 2022. No ano, uma área do tamanho do estado do Acre foi queimada no país: foram 16,3 milhões de hectares atingidos pelo fogo. A Amazônia e o Cerrado concentram 95% desse total. O Monitor do Fogo é uma iniciativa do MapBiomas Fogo em parceria com o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

Acesse o boletim mensal com os destaques de dezembro e de 2022.

A área queimada de florestas registrou alta de 93% em relação a 2021, sendo que 85% dos incêndios florestais em 2022 ocorreram na Amazônia. Quanto à área atingida pelo fogo em todos os biomas, 70% estava coberta por vegetação nativa – em maior extensão, as formações savânicas e campestres, encontradas no Cerrado. A área total queimada no país em 2022 foi 14% maior do que em 2021 (2 milhões de hectares a mais).

“O Monitor do Fogo permite que possamos ir além de saber se tem mais ou menos fogo acontecendo: ele nos dá a área atingida pelo fogo e mostra o que está queimando com uma precisão de 5 metros. É um dado muito valioso para a tomada de decisão, disponível todos os meses na plataforma do MapBiomas”, diz Ane Alencar, diretora de Ciência no IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo. “Com o Monitor do Fogo podemos constatar que as florestas do Brasil, principalmente as da Amazônia, estão sendo altamente impactadas por incêndios. Em condições naturais isso não deveria estar acontecendo, o que indica um claro impacto da ação humana no aumento do fogo e da degradação dessas florestas”.

Entre os biomas o fogo se dividiu, praticamente, na metade: 49% da área queimada no ano passado foi na Amazônia, totalizando 7,9 milhões de hectares queimados no bioma em 2022; e outros 45% foram no Cerrado, que teve 7,4 milhões de hectares queimados no ano.

“O fogo na Amazônia está diretamente relacionado ao desmatamento no bioma, pois a prática do uso do fogo é frequentemente utilizada para remover a vegetação densa e preparar o solo para atividades agrícolas ou pecuárias. Somente no ano de 2022, cerca de 2,5 milhões de hectares de florestas foram queimados na Amazônia. A falta de medidas de proteção eficazes contribuiu para a intensificação dos incêndios e tem provocado graves prejuízos para o meio ambiente, incluindo a emissão de gases de efeito estufa, perda da biodiversidade, além de comprometer a qualidade do ar”, explica Luiz Felipe Martenexen, pesquisador no IPAM.

O estado do Pará foi o que mais queimou na Amazônia em 2022, com 2,9 milhões de hectares atingidos pelo fogo. Os estados que mais queimaram no Cerrado de janeiro a dezembro foram Mato Grosso (3,6 milhões de hectares), Tocantins (2,3 milhões de ha) e Maranhão (2 milhões de ha).

Considerando só o mês de dezembro, a Amazônia foi o bioma com maior área queimada. Foram 234.723 mil hectares, o que significou um aumento de 101% do fogo no bioma em relação a dezembro de 2021. No Cerrado, o aumento foi de 207%, com 55.787 hectares queimados em dezembro de 2022. Nesse mês, Maranhão foi o estado que mais queimou, com 125.946 hectares afetados pelo fogo.

“Apesar de o fogo fazer parte da dinâmica do Cerrado, a ação humana é prejudicial para o bom funcionamento do ecossistema. Com as queimadas cada vez mais frequentes, a vegetação vai perdendo sua capacidade de recuperação. A situação se agrava com as mudanças climáticas, que fazem com que o Cerrado fique cada vez mais quente e seco, tornando-o mais suscetível a eventos de fogo em grande escala”, avalia Vera Laísa Arruda, pesquisadora no IPAM responsável pelo Monitor do Fogo.

Sobre o Monitor do Fogo

O Monitor do Fogo é o mapeamento mensal de cicatrizes de fogo para o Brasil, abrangendo o período a partir de 2019, e atualizados mensalmente. Baseado em mosaicos mensais de imagens multiespectrais do Sentinel 2 com resolução espacial de 10 metros e temporal de 5 dias. O Monitor de Fogo revela em tempo quase real a localização e extensão das áreas queimadas, facilitando assim a contabilidade da destruição decorrente do fogo. Acesse o Monitor do Fogo e o boletim mensal de dezembro.

Jornalista no Ipam, bibiana.garrido@ipam.org.br