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Fake News não é notícia. Desinformação não é jornalismo

Fonte: Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)

Em uma sociedade democrática, é papel do jornalismo produzir e disseminar informações de interesse público. A busca pela verdade, pela correção e pela objetividade é o que caracteriza e dá sentido à atividade jornalística.

Ainda que um conteúdo se utilize da linguagem, do formato e de outras características da notícia, ele não deve ser tratado como jornalístico caso não tenha compromisso com a verdade. Isso é prejudicial para o jornalismo e para toda a população, que precisa do jornalismo para ter acesso a informações que contribuam com sua participação na vida em sociedade, especialmente durante o período eleitoral.

Para nós, causa consternação o caminho seguido por um grande veículo, como a Jovem Pan, que utiliza uma outorga de rádio e outras plataformas de conteúdo para propagar produtos da indústria da desinformação, que não têm origem certa, apuração verificável ou qualquer referencial nos princípios básicos do bom jornalismo e, no fundo, buscam destruir a credibilidade das instituições democráticas. 

Importante ressaltar que trata-se de uma postura recorrente, que já foi objeto de contestação judicial. Nestas eleições, temos visto a reprodução da prática de veicular conteúdos parciais e, muitas vezes, inverídicos. Exatamente por reiteradamente publicar conteúdos desinformativos, veículos de comunicação foram objeto de decisões recente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Especificamente em relação à Jovem Pan, a decisão determina que “os Representados se abstenham de promover novas inserções e manifestações sobre os fatos tratados nas Representações”, ou seja, o TSE atestou que as inserções e manifestações eram de “fatos sabidamente inverídicos” e por isso eles não podem ser repetidos infinitas vezes depois de uma decisão judicial.

A nossa Carta Magna abraçou as liberdades como nunca havia sido feito na história do Brasil. Especificamente em relação ao jornalismo, é a Constituição que assegura o sigilo de fonte aos profissionais da imprensa e veda expressamente a censura. Essas liberdades não são – e nem poderiam ser – um salvo conduto para a agressão, para a violação da dignidade alheia e, tampouco, para a disseminação de produtos da indústria da desinformação como se fossem conteúdo jornalístico. Fake news não é notícia. Desinformação não é jornalismo.

Não podemos aceitar, sob hipótese alguma, qualquer tipo de censura à atividade jornalística. Trata-se de uma gravíssima e revoltante forma de ataque à democracia, que infelizmente marca a história do Brasil – especialmente durante a ditadura militar, mas também em tempos mais recentes. Justamente por isso é inaceitável que acusem a decisão do TSE de ser uma forma censura. Lamentamos que, neste momento, esse conceito esteja sendo usado de forma tão deturpada por veículos de comunicação, principalmente concessionários públicos, na tentativa de levarem à frente uma espécie de vitimismo tacanho e obterem licença para continuarem a mentir, difamar e avariar os pilares do regime democrático.

O Direito salvaguarda a propagação de qualquer ideia, como forma legítima de Instituto manifestação humana, desde que resguardada a integridade dos demais integrantes da sociedade. E é perfeitamente legítimo que as partes que se sintam ofendidas ou prejudicadas acionem a Justiça para serem ouvidas por meio do direito de resposta com a celeridade que se faz necessária, especialmente num período eleitoral. Esse é um princípio perene, que não diz respeito apenas às mais recentes decisões do sistema judiciário brasileiro.

Garantir que todos respeitem os valores éticos e estruturantes do jornalismo é o único caminho para consagrar as liberdades de expressão e de imprensa como inerentes à dignidade humana, à cidadania e como pilares de um país socialmente mais justo, plural e democrático.

Instituto Vladimir Herzog – IVH

Associação Brasileira de Imprensa – ABI

Intervozes

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo – SJSP

Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC

Observatório da Ética Jornalística – objETHOS

Diracom – Direito à Comunicação e Democracia

Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD)

International Center for Information Ethics

Sindicato dos Jornalistas do Pará – Sinjor/PA

Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

Artigo 19

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Lula critica plano do governo Bolsonaro para acabar com a correção do salário mínimo pela inflação

Diferente do governo atual, Lula vai recuperar o poder de compra do povo com aumento real do salário mínimo, como fez quando foi presidente

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o plano do governo Bolsonaro de acabar com a regra de correção do salário mínimo e da aposentadoria baseada na inflação. A medida, que entraria em vigor no caso de Jair ser reeleito, consta de plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgado hoje, e que abre caminho para que os benefícios sofram ainda mais desvalorização por não atrelar a correção à inflação, causando mais perdas à população.

“Hoje no jornal eu vi uma notícia que o ministro da Economia do Bolsonaro quer tirar a correção do salário mínimo. E já tinha visto que o Guedes querer privatizar as praias. Até a praia, uma das coisas mais democráticas do mundo”, reclamou ele, nesta quinta-feira (20/10), durante caminhada em Padre Miguel, no Rio de Janeiro.

Lula, que apresenta em seu plano de governo uma proposta diametralmente oposta, prevê o salário mínimo forte, com aumento acima da inflação. Ao contrário de Bolsonaro, ele garantiu 74,33% de ganho real nos rendimentos.

Em seu discurso, ele também criticou as medidas eleitoreiras que Bolsonaro está executando, com o aumento temporário para R$ 600 do auxílio, que está previsto para acabar em dezembro.

“Eles começaram a reduzir o preço da gasolina por causa das eleições. Mas agora já tá subindo de novo. Nós vamos ganhar e não teremos o preço da gasolina dolarizado como agora. Nós nem ganhamos as eleições e já temos convites para visitar à Alemanha, China, EUA. Vamos visitar todos os países para conseguir investimentos diretos. A gente quer dinheiro estrangeiro para investir em inteligência e inovação, gerando empregos”, disse.

SUS

O ex-presidente também agradeceu os profissionais da saúde, que evitaram uma tragédia ainda maior durante a pandemia, quando Bolsonaro pregava o negacionismo, negava a vacina e receitava remédios sem eficiência, mesmo sendo paraquedista e não médico.

“Quando nós descobrimos o Pré-Sal, fizemos a Lei da Partilha para que 75% dos royalties fossem destinado à educação, saúde, ciência e tecnologia. E quando veio a pandemia, graças a Deus a gente teve um SUS [Sistema Único de Saúde] que salvou muita gente”.

“O SUS sempre foi criticado e quando veio a pandemia, graças à Deus salvou muita gente. Nós temos que agradecer eternamente aos médicos e enfermeiros que trabalharam e ao mesmo tempo lembrar da responsabilidade das mortes dos brasileiros porque o presidente negligenciou a saúde”, completou Lula.

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Fenaj divulga carta aberta às(aos) jornalistas e ao povo brasileiro

Eleger Lula para resgatar a democracia
e os direitos da classe trabalhadora

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entidade máxima de representação da categoria no país, dirige-se novamente às/aos jornalistas e à sociedade, conclamando cada uma e cada um a abraçar em definitivo a justiça social, a soberania nacional, os direitos da classe trabalhadora, as liberdades de expressão e de imprensa e a democracia.

Em 76 anos de atuação, nunca nos furtamos de desempenhar nosso papel para além da representação classista. Na ditadura civil-militar, enquanto organizações de classe e empresas jornalísticas capitulavam à lógica autoritária, nos empenhamos em libertar e garantir a vida de jornalistas e de cidadãos brasileiros.

Assim como fomos uma das primeiras entidades de classe a denunciar o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, dois anos depois, já anunciávamos que o ovo da serpente neofascista era chocado entre nós.

Sempre questionamos o governo Bolsonaro e tudo o que ele representa: autoritarismo, necropolítica, fisiologismo, corrupção, relações umbilicais com milícias, ultraliberalismo econômico e desmonte de políticas de justiça social. Os nossos valores sempre foram opostos.

Chegamos em 2022 com 33 milhões de pessoas sem comida em casa e com a vergonhosa volta do país ao Mapa da Fome. O Brasil ficou com o posto de terceira nação em número de mortos pela pandemia de covid-19.

Nos últimos quatro anos, políticas públicas e sistemas de monitoramento foram interrompidos, orçamentos reduzidos, espaços de participação popular inviabilizados ou eliminados. Hoje temos menos transparência e cada vez menos confiança no governo.

Houve incentivo à liberação de armas e à militarização de espaços civis. Consequentemente, a violência cresceu, especialmente contra meninas e mulheres, jovens negros, quilombolas, povos originários e população LGBTQIA+.

Os sucessivos ataques do governo federal aos direitos humanos e a instituições, como o judiciário (incluindo o STF) e a imprensa, compõem o cenário de regressão às liberdades de expressão e de imprensa. O presidente segue disseminando informações fraudulentas, limitando e bloqueando o acesso a dados oficiais e violando a Lei de Acesso à Informação.

Nesse cenário, destacamos os ataques diretos aos jornalistas e a veículos de mídia, com a constante tentativa de descredibilização da imprensa. Desde 2019, os jornalistas são agredidos principalmente pelo chefe de Estado no Brasil. Os números de nosso Relatório anual deixam clara esta situação: passamos de 135 agressões, em 2018, para 430 em 2021!

Com Bolsonaro no governo, há três vezes mais agressões a jornalistas do que havia antes. É mais do que uma por dia! Desde que chegou à Presidência, ele é o principal agressor: em 2021, Bolsonaro realizou 147 agressões a jornalistas, 34% do total nacional. Adicionando as pessoas do seu entorno, incluindo seus filhos, gestores públicos federais e seus apoiadores, o bolsonarismo responde por 70% dos casos de violência registrados contra a categoria no ano passado.

Soma-se à institucionalização da violência contra a categoria os ataques aos direitos conquistados, por meio das Medidas Provisórias 905/2019 (que propunha acabar com o registro profissional) e 1045/2021 (que buscava flexibilizar nossa jornada especial de trabalho) – ambas derrotadas pela mobilização da FENAJ de seus 31 Sindicatos filiados.

Não podemos esquecer o desmonte da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por meio do aparelhamento do atual governo federal, da censura e da perseguição a dirigentes sindicais.

Precisamos dar um basta a este governo que opera por meio do ódio e da mentira. E é por isso que defendemos, neste segundo turno das eleições presidenciais, o voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a única candidatura que tem compromisso com os direitos e as conquistas civilizatórias.

A esperança vai vencer o medo, a violência e o ódio.

O Jornalismo vai vencer a desinformação e a mentira.

A democracia vai vencer o autoritarismo.

Brasília, 14 de outubro de 2022

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas – Sindjornal

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amapá

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas – SJPAM

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia – Sinjorba

Sindicato dos  Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará – Sindjorce

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal – SJPDF

Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados – Sinjorgran

Sindicato dos Jornalistas Profissionais  do Espírito Santo – SindijorES

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Juiz de Fora – SJPJF

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Mato Grosso

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Mato Grosso do Sul

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro – SJPMRJ

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Paraíba – SindjorPB

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná – Sindijor Norte PR

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Pará – Sinjorpa

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná  – SindijorPR

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Pernambuco – Sinjope

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte – Sindjorn

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – Sindjors

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Rondônia

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Roraima – Sinjoper

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina – SJSC

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo – SJSP

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Sergipe – SindijorSE

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Tocantins – Sindjorto

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Sindsalem realiza congresso e Festa do Servidor

O Sindsalem (Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão,) promoverá, nos dias 26 e 27 de outubro, a partir das 9h, o XIII Congresso dos Servidores da Assembleia Legislativa do Maranhão* (Consalem).

O evento será realizado no Auditório Fernando Falcão, na sede da Alema, no Calhau. Neste ano, o tema do Consalem é “As lutas dos trabalhadores e o papel dos sindicatos pós-eleições”. 

As palestras ficarão a cargo de Carlos Lula (advogado, consultor legislativo da Assembleia, fundador do Sindsalem e deputado estadual eleito pelo PSB; e de Gizelle Freitas (mestre em serviço social e covereadora, em Belém, pela Chapa Coletiva Mulheres Amazônicas – PSOL).

Na ocasião, os palestrantes vão dialogar com os servidores sobre democracia, combate à Reforma Administrativa, a importância do fortalecimento dos sindicatos e a luta contra as políticas do atual governo Jair Bolsonaro, a fim manter direitos e garantir conquistas* para a categoria.

Festa do Servidor 

O Congresso será finalizado na sexta-feira (28/10), às 12h, com a Festa do Servidor, na sede da Assalem, no Maiobão.

EVENTO

O quê?* XIII Congresso dos Servidores da ALEMA.

Quando?* Dias 26 e 27 de 28 de outubro, a partir das 9h.

Onde?* No Auditório Fernando Falcão, na sede da ALEMA.

Mais informações:* sindsalem.org.br ou (98) 98260-0012

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Carta de Lula aos evangélicos é testemunho de fé cristã

Carta compromisso com os evangélicos

Meus Amigos e Minhas Amigas, nesta reta final do segundo turno, decidi escrever esta Carta Pública ao Povo Evangélico.

A grande maioria dos brasileiros e brasileiras que viveram os oito anos em que fui Presidente da República, sabe que mantive o mais absoluto respeito pelas liberdades coletivas e individuais, particularmente pela Liberdade Religiosa.

Como todos devem se lembrar, no período de meu governo, tivemos a honra de assinar leis e decretos que reforçaram a plena liberdade religiosa. Destaco a Reforma do Código Civil assegurando a Liberdade Religiosa no Brasil, o Decreto que criou o dia dedicado à Marcha para Jesus e ainda o Dia Nacional dos Evangélicos.

Mantenho o mesmo respeito e o mesmo compromisso que me motivou a apoiar essas conquistas do povo evangélico.

E o nosso Povo sabe também que cuidei, com especial carinho, dos mais pobres e injustiçados e assim, sob as Bênçãos de Deus, meu governo contribuiu para melhorar a vida de milhões de famílias brasileiras. Sempre penso, neste sentido, no trecho bíblico que diz: “a verdadeira religião é cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades…” (Tiago, 1,27)

Vivemos, entretanto, um período em que mentiras passaram a ser usadas intensamente com o objetivo de provocar medo nas pessoas de boa fé, e afastá-las do apoio a uma Candidatura que justamente mais as defende. Por isso senti a necessidade de reafirmar meu compromisso com a liberdade de
culto e de religião em nosso País.

Todos sabem que nunca houve qualquer risco ao funcionamento das Igrejas enquanto fui Presidente. Pelo contrário! Com a prosperidade que ajudamos a construir, foi no nosso Governo que as Igrejas mais cresceram, principalmente as Evangélicas, sem qualquer impedimento e até tiveram condições de enviar missionários para outros países.

Não há por que acreditar que agora seria diferente. Posso lhes assegurar, portanto, que meu Governo não adotará quaisquer atitudes que firam a liberdade de Culto e de Pregação ou criem obstáculos ao livre funcionamento dos Templos.

Envio-lhes esta mensagem, portanto, em respeito à Verdade e ao apreço que tenho a esse Povo crente no Verdadeiro Deus da Misericórdia e a seus dedicados pastores e pastoras.

Se Deus e o povo brasileiro permitirem que eu seja eleito, além de manter esses direitos, vou estimular sempre mais a parceria com as Igrejas no cuidado com a vida das pessoas e das famílias brasileiras.

Sei muito bem que em todas as regiões do Brasil há Igrejas com Irmãos e Irmãs que trabalham ativamente nas suas comunidades com a propagação do Evangelho e com o cuidado do povo, dedicando-se a tornar mais leve os fardos espiritual e social de milhões de pessoas.

Declaro meu respeito e minha admiração pela fé, dedicação e amor com que os evangélicos realizam sua missão, seja na área da difusão do evangelho, seja na área da assistência social, proteção da infância, da juventude, das mulheres, dos idosos e das pessoas com deficiência. Da mesma forma é bem-vinda a participação de Evangélicos nas diversas formas de participação social no Governo, como Conselhos Setoriais e Conferências Públicas.

Em meio a este triste escândalo do uso da Fé para fins eleitorais, assumo com vocês este compromisso: meu Governo jamais vai usar símbolos de sua Fé para fins político-partidários, respeitando as leis e as tradições que separam o Estado da Igreja, para que não haja interferência política na prática da Fé.

Esse é um ensinamento que a própria Bíblia nos dá: andar pelo caminho da Paz com todos. Jesus nos mostra que a casa dividida não prospera. A religião é para ser respeitada e vivida de acordo com a livre escolha de cada pessoa.

Portanto, a tentativa de uso político da fé para dividir os brasileiros não ajuda ninguém, nem ao Estado, nem às igrejas, porque afasta as Pessoas da mensagem do Evangelho. Jesus Cristo nos ensinou Liberdade e paz, respeito e união, disso precisamos. E os cristãos evangélicos têm dado mostras, ao longo da História, de seu compromisso com a paz, seguindo o que Jesus ensinou: “Dai a César o que é de César, dai a Deus o que é de Deus” (Mateus, 22,21).

Outro compromisso que assumo: fortalecer as famílias para que os nossos jovens sejam mantidos longe das drogas. Nós queremos nossa Juventude na escola, na iniciação profissional, realizando atividades esportivas e culturais para que tenham mais oportunidades e exerçam cidadania de forma produtiva, saudável e plena.

O respeito à família sempre foi um valor central na minha vida, que se reflete no profundo amor que dedico à minha esposa, aos meus filhos e netos. Por isso compreendo o lugar central que a família ocupa na fé cristã.

Também entendo que o lar e a orientação dos pais são fundamentais na educação de seus filhos, cabendo à escola apoiá-los dialogando e respeitando os valores das famílias, sem a interferência do Estado.

A preocupação com as Famílias Brasileiras deve ser integral. O povo brasileiro está numa condição de desespero, e precisaremos muito da ajuda das Igrejas para, o quanto antes, reverter esta situação. De nada adianta se dizer defensor da Família e ao mesmo tempo destruí-las pela miséria, pelo desemprego, pelo corte das políticas sociais e de moradia popular.

Queremos dar às famílias, prosperidade e segurança. O Lar é a garantia de proteção. É inaceitável que milhões de brasileiros e brasileiras não tenham um teto. Por isso, vamos retomar o vitorioso programa Minha Casa Minha Vida, com toda intensidade, para que todas as Famílias brasileiras tenham uma casa onde possam viver com segurança e dignidade.

Nosso governo implementará políticas públicas consistentes para que nenhuma família brasileira enfrente o flagelo da fome. Sobretudo, não pouparei esforços para que possam adquirir os necessários e suficientes meios, para viver dignamente por seu trabalho, sem ter que depender da ajuda do Estado.

Nosso Projeto de Governo tem compromisso com a Vida plena em todas as suas fases. Para mim a vida é sagrada, obra das mãos do Criador e meu compromisso sempre foi e será com sua proteção. Sou pessoalmente contra o aborto e lembro a todos e todas que este não é um tema a ser decidido pelo Presidente da República e sim pelo Congresso Nacional.

Meus Queridos e Minhas Queridas, peço que recebam essas palavras como uma demonstração de meu desejo sincero de servir, de ajudar e trabalhar pelo bem de nosso país. E estejam certos de minha estima e meu compromisso com todo o povo cristão de nosso país. Reitero meu compromisso, que é o mesmo de vocês: paz, união e fraternidade entre todos os brasileiros e brasileiras.

Com as bênçãos de Deus, haveremos de honrar nossa dupla condição, de cidadãos e cristãos, pois não há contradição entre elas quando o propósito é servir, buscando a paz e o entendimento. E digo tudo isso com muito amor pelo nosso querido Brasil e pelo Povo Brasileiro: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes Amor uns pelos outros!” (João,13,35).

JUNTOS PELO BRASIL!

Luiz Inácio Lula da Silva
São Paulo, 19 de outubro de 2022.

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Festival Maranhense de Coros começa nesta terça-feira

Entre os dias 18 e 21 de outubro, será realizada a 42° edição do Festival Maranhense de Coros, o Femaco. Organizado pela Diretoria de Assuntos Culturais da UFMA (DAC/PROEC), o festival conta com programação extensa, com início sempre a partir das 19h. Neste ano, as apresentações ocorrem em dois locais: no auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, no campus da UFMA em São Luís, e na Paróquia Sant’ana, no Angelim.

Ao todo, mais de 20 grupos terão a oportunidade de apresentar seus repertórios, que prometem grande variedade musical.  A programação é totalmente gratuita, sujeita a lotação. 

O evento retoma o formato presencial após dois anos de realização inteiramente virtual. No entanto, o Femaco não ficará de fora das redes sociais. Entre os dias 8 e 11 de novembro, o festival promove a sua etapa on-line, no canal da UFMA no Youtube.

O Femaco reúne grupos de canto coral infantil, infanto-juvenil e adulto de São Luís e demais municípios maranhenses, além de vários estados brasileiros, para apresentação ou exibição de recitais e concertos. O festival tem por objetivo estimular e difundir a prática do canto coral e promover o intercâmbio cultural e o congraçamento entre a UFMA, os grupos corais participantes e as comunidades locais, regionais e internacionais.

Para a Diretora de Assuntos Culturais da UFMA, Rosélis Barbosa Câmara, “é uma alegria poder retomar  de modo presencial este tradicional evento que há mais de quatro décadas contribui com o canto coral do país’’

Confira a programação presencial do 42° Festival Maranhense de Coros:

Dia 18/10/22 (terça-feira)

Local: Auditório Paulo Freire, 19h

Corais adultos:

Va Pensiero

Todo Mundo Canta sua Terra

Coral Uirapuru do Colégio Eureca – São Luís

Coral Reforço Escolar Ok Idiomas – São Luís

Madrigal Olga Mohana/UFMA – São Luís

Coral SESC Vozes de Sabedoria – São Luís

Coral Emanuel – São Luís

Madrigal Som das Águas – São Luís

Coral UFMA – São Luís

Coral São João – São Luís

Dia 19/10/22 (quarta-feira)

Local: Auditório  Paulo Freire, 19h

Coral Infantil Luz e Vida – São Luís

Coral Municipal de Miranda do Norte – Miranda do Norte-MA

Coral Infanto Juvenil Canto do Uirapuru – São Luís

Canto de Luz da Uniti UFMA – São Luís

Coral Grato Louvor – São Luís

Liberty Music Coral – São Luís 

Ópera Gospel – São Luís

Dia 20/10/2022 (quinta-feira)

Local: Paróquia Sant’Ana, 19h

Coral Maranatha – São Luís

Ópera Gospel – São Luís

Coral UFMA – São Luís

Coral São João – São Luís

Coral Santana – São Luís

Dia 21/10/22 (sexta-feira)

Local: Auditório Paulo Freire, 19h

Coral Infantil Amor e Vida – São Luís

Coral Maranatha Infantil – São Luís

Núcleo Arte Educação TAA/Seduc/Secma – São Luís

Coral Vozes da Unabi da UEMA – São Luís

UFMA Canta – Coro Cênico – São Bernardo (MA)

Coral Maranatha – São Luís

Coral Santana – São Luís

Coro da Orquestra Jovem do Maranhão João do Vale – São Luís

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Carta pela Democracia: Apruma manifesta voto em Lula

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DA DEMOCRACIA: VOTAR EM LULA PARA DERROTAR BOLSONARO NAS RUAS E NAS URNAS

Os professores da Universidade Federal do Maranhão, em Assembleia Geral da APRUMA SEÇÃO SINDICAL no dia 06 de outubro, por unanimidade, aprovaram a indicação do ANDES-SINDICATO NACIONAL: “VOTAR EM LULA NO SEGUNDO TURNO PARA DERROTAR BOLSONARO NAS RUAS E NAS URNAS”.

Desde o golpe de 2016 que destituiu a presidenta Dilma Rousseff da Presidência da República, o Brasil mergulhou num processo acelerado de destruição dos direitos sociais e políticos da classe trabalhadora, de políticas econômicas que colocaram milhões de brasileiros no angustiante mar do desemprego e da miséria, de desprezo às instituições públicas do Ensino Superior e de aniquilamento de  nossos biomas (nomeadamente a floresta amazônica, o cerrado e o pantanal, que literalmente estão virando cinzas e os rios secando).

Enquanto isso, o atual presidente, sem nenhum pudor, destila mentiras que envergonham o nosso país, negando o processo acelerado de destruição ambiental favorecido pela estratégia de “passar a boiada”, fazendo pouco caso das vidas perdidas durante a pandemia de Covid 19 e propagando falas distorcidas acerca da recuperação da economia.

A cada dia o Brasil fica mais autoritário, desigual e em sofrimento pela política negacionista, genocida, racista, misógina e LGBTQIAP+fóbica empreendida pelo governo federal. O fascismo bate à nossa porta.

A educação pública brasileira vive, neste governo, um dos seus piores pesadelos, com os constantes cortes nos orçamentos do Ministério da Educação, que tem comprometido o funcionamento das diversas instituições de ensino, inviabilizando a continuidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Nesse cenário, a educação pública e a produção do conhecimento são os principais alvos da política de destruição dos serviços públicos e de controle ideológico do exercício da docência.

O projeto político do governo federal para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, dentre outras questões, é a asfixiar a educação pública a partir da privatização e mercantilização das Instituições de Ensino Superior conforme propõe o projeto FUTURE-SE e a alternativa do Reuni Digital. Entre 2020 e 2021, o Ministério da Educação já perdeu R$ 27 bilhões de reais e, no dia 04 de outubro, o governo anunciou via Decreto 11.216/2022 mais um corte de R$ 3 bilhões de reais.

VOTAR EM LULA PARA DERROTAR BOLSONARO NAS RUAS E NAS URNAS é nossa luta mais urgente e imediata. A APRUMA convoca toda a comunidade universitária a se engajar nessa campanha para que o Brasil tenha um futuro melhor com democracia e desenvolvimento socialmente referenciado.

CONTRA O FASCISMO DE BOLSONARO, VOTE LULA 13.

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Claudio Lima inaugura exposição Pássaras de Upaon-Açu

Projeto é fruto de suas andanças de bicicleta e caiaque pelos rincões da cidade, florestas e fragmentos de matas, ouvindo e vendo cantos de aves que registrou em traços e cores.

Outubro chega com a revoada de cores que o artista visual, designer e cantor Claudio Lima apresenta na exposição Pássaras de Upaon-Açu, reunião de 30 ilustrações de pássaras que reproduziu inspirado em suas andanças pelo Araçagy nos últimos dois anos.

A mostra será aberta na terça-feira, 18, na Galeria Hum, São Francisco. Na oportunidade haverá também o lançamento das Camisetas Bichas: pipira azul, guatapará (veado mateiro), sapa cururu e guará.

“Desejei conhecer as cantoras pássaras dos arredores da minha morada. O mesmo ar que respiro é o delas. Identificar seus cantos foi um exercício que começou como curiosidade, desenvolveu-se em uma obsessão aguda e tornou-se crônica com o deslumbramento diário”, escreve Claudio Lima sobre Pássaras de Upaon-Açu, que contempla ainda um catálogo com imagens e textos sobre as aves que inventariou.

O projeto abrange uma pesquisa em que o artista reúne o talento para o desenho ao seu dom da voz e da escuta, que ele denomina de seu olhar-audição. Além da exposição, a pesquisa resultou em um catálogo a ser lançado em uma segunda etapa, ainda neste ano.

Ao lado de cada criação, em honra da ancestralidade tupi das pássaras, Claudio Lima registra em destaque o nome com o qual cada uma é conhecida pelos povos indígenas, seguido do nome popular. “Optei por não usar o nome colonial”, diz o artista, que garante conhecer cada pássara pelo timbre, canto, formas e cores.

Portal para a beleza

Foi pedalando pela zona rural nos arredores da Praia da Raposa e explorando de caiaque as águas ao redor da ilha que ele atravessou uma espécie de portal, sem barulho de buzinas, só o canto de todas as pássaras. “Aprendi que as corruíras têm um canto complexo e que cada indivíduo tem seu próprio canto. Aprendi que todas as pássaras cantam; umas mais, outras menos. Mas todas cantam”, afirma.

A ideia do projeto começou a se desenhar na cabeça de Claudio Lima com o canto do pitiguari, que ganhou uma narrativa especial no projeto. E foi seguindo com a pipira vermelha, corruíra, juruviara, cambacica, juriti, suindara, siricora, guriatã, piriguará, bebeô e araçari, dentre tantas outras, numa passarinhada que vive solta pela ilha de São Luís do Maranhão e muitas vezes nem é percebida.

O nome Pássaras é dedicado ao canto da fêmea do pitiguari, que deu ao artista uma aula de interseccionalidade. “O canto dela tem mais variação melódica e é mais longo que o canto do macho”, explica.

Para as ilustrações que integram a exposição Pássaras de Upaon-Açu, Claudio Lima usou caneta hidrográfica com digitalização, vetorização e pintura digital. A impressão é em fine art, com tinta pigmentada (não desbota) em papel canson fosco. Todas as peças têm formato 30 x 30 cm.

Após a inauguração a exposição permanece em cartaz na Galeria Hum, aberta para visitação de segunda a sexta, das 9h às 18h30, e sábado, das 9h as 13h.

SERVIÇO

O que: Exposição Pássaras de Upaon-Açu, de Claudio Lima

Quando: Abertura terça, 18/10, às 18h. até 29 de outubro

Onde: Galeria Hum (Rua 1, 167 – São Francisco)

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Recife vermelhou: multidão abraça Lula

Um dia após ato esvaziado de Bolsonaro, pernambucanos inundam as ruas da capital. “Vamos fazer uma foto e mandar para ele saber como é que se junta gente numa praça”, disse Lula, ao lado de Marília Arraes

O povo pernambucano deu uma verdadeira lição de democracia nesta sexta-feira (14), ao varrer as ruas de Recife, na caminhada da coligação Brasil da Esperança, que reuniu Lula, a candidata o governo do estado, Marília Arraes (Solidariedade), e lideranças como o senador Humberto Costa (PT-PE) e o prefeito João Campos (PSB). No comício que encerrou a caminhada e o ato históricos em Recife, Lula agradeceu os apoios e, em especial, ao povo nordestino.

“Vem o Bolsonaro fazer aquele comício mixuruca que ele fez”, discursou, em referência ao ato esvaziado do extremista de direita, ocorrido na quinta-feira (14). “Quando eu cheguei na passeata, tomei um susto com a quantidade de gente. Eu vou pedir a vocês para levantarem as mãos. Vamos fazer uma foto para mandar ao Bolsonaro, para ele saber como é que se junta gente numa praça”, brincou Lula, antes de ser ovacionado pela multidão. “Esse é o povo que trabalha, que sustenta a economia desse país”, elogiou Lula, descrevendo o povo do Nordeste.

Assista a caminhada completa na TvPT no Youtube

O líder petista reforçou que não se pode baixar a guarda até a véspera das eleições no dia 30 de outubro e que todos devem batalhar para virar votos para sua candidatura e a de Marília Arraes. “O que é importante é que a gente convença as pessoas que não foram votar, a abstenção foi grande. Que a gente converse com as pessoas para convencê-las a irem votar”, pediu. “Não podemos parar até o dia 29, temos de conversar com cada pessoa que conhecemos, até com quem não gosta da gente. Porque podemos virar vítima da fábrica de fake news, de mentira”, alertou o ex-presidente.

Lula afirmou que o PT acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir transporte para as pessoas irem votar no dia 30. “Eles podem tentar sacanear e tirar os ônibus dos municípios. Conversei com o governador e o prefeito e aqui não vai faltar transporte para quem quiser votar”, avisou. “Não caiam em provocações”, aconselhou Lula .”Nossa vingança será no voto, no dia 30 de outubro”.

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Pastoral Carcerária aciona Bolsonaro no TSE por ataques aos detentos

Advogados argumentam que peça da campanha do presidente é discriminatória, ataca o direito de voto dos encarcerados e é racista.

A Pastoral Carcerária, vinculada à Igreja Católica, entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a propaganda da campanha de Jair Bolsonaro na TV, que aponta Lula como o candidato mais votado entre a população carcerária. A ação foi enviada também Augusto Aras, que é também o procurador eleitoral.

Para a pastoral, a propaganda eleitoral do presidente é um ataque ao direito de voto das pessoas encarceradas. Na ação, os advogados acusam a campanha bolsonarista de reproduzir mentiras, fake news e desinformação, de fazer o uso indevido de imagens de presos e de diminuir a importância da cidadania das pessoas presas, pretas e pobres.

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As pessoas presas provisoriamente têm direito ao voto garantido pela Constituição. O preso só tem esse direito cassado se tiver condenação criminal transitada em julgado.

O Brasil tem hoje cerca de 404 mil presos provisórios e apenas 3,20%, ou 12.963 deles, estão em condições de votar, com a situação eleitoral regularizada. Mas não se sabe hoje quantos desses votaram efetivamente.

Na ação, os advogados requerem que a coligação faça uma retratação na propaganda e em todos os meios de comunicação, reconhecendo a desinformação veiculada e o uso indevido das imagens dos presos. Pedem ainda que a peça seja retirada imediatamente de circulação e que seja advertida e proibida de reproduzir desinformação e propaganda eleitoral racista e discriminatória. E que a campanha também seja multada.

“O programa eleitoral da coligação, além de atacar direito garantido constitucionalmente, também produz desinformação. Não cita o fato de que apenas pessoas presas provisoriamente – isto é, sem condenação criminal transitada em julgado – e adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação ou de internação provisória podem votar” – diz a representação, que continua:

“Também faz um alarmismo desnecessário, visto que a população encarcerada apta a votar é uma parcela diminuta do eleitorado brasileiro. Ademais, a propaganda eleitoral também viola o Código Eleitoral, ao induzir o eleitorado a diminuir a importância da cidadania das pessoas presas, majoritariamente pretas e pobres. A proposta de exclusão e extermínio dos direitos das pessoas presas, nesse sentido, é uma manifesta reprodução do racismo e da aporofobia (desprezo pelos pobres), incrustado no discurso partidário da coligação”.

Foto: Josué Teixeira/Arquivo Gazeta do Povo
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