A
Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão lamenta a
perda do estimado radialista e companheiro de lutas pela democracia na
comunicação, Afonso Celso Costa, de 52 anos, que faleceu na tarde de sábado
(27), vítima de infarto.
Celso Costa era diretor geral da rádio comunitária Portal dos Lençóis FM e foi também conselheiro tutelar na cidade de Apicum-Açu, no litoral ocidental do Maranhão.
Além de
atuar como radialista e gestor da emissora Portal dos Lençóis, Celso Costa era
uma liderança atuante no movimento de rádios comunitárias, se destacando nas
ações em prol do fortalecimento da Abraço Maranhão.
Como
radialista e cidadão, estava sempre atento e vigilante sobre a função social do
comunicador, fiscalizando e cobrando os gestores públicos e as autoridades em
geral.
A Abraço Maranhão perde um grande combatente, na cidade de Apicum-Açu silencia uma voz importante no rádio e os familiares e amigos de Celso Costa ficam na saudade diante da ausência precoce de um homem solidário, companheiro e querido.
Nós, da
Abraço Maranhão, lamentamos profundamente a passagem de Celso Costa e nos
solidarizamos com a sua família, amigos e ouvintes da rádio comunitária Portal
dos Lençóis FM.
Desejamos
que o seu exemplo de vida e a prática de radialista sirvam de inspiração para
outros comunicadores e comunicadoras comprometidos com os bons princípios.
O Quintal Cultural, do Casa d’Arte, apresenta o Cantor,
Compositor e Guitarrista pernambucano Antônio de Hollanda, com seu show
autoral, ao pôr do sol, no próximo sábado, 20 de julho, como parte da
programação em comemoração aos 5 anos do Casa D’Arte Centro de Cultura.
Desde criança, Antônio de Hollanda, esteve sempre presente
em rodas de violão da família, originária de Barreiros, Zona da Mata Sul de
Pernambuco, onde aprendeu a tocar o instrumento com o seu pai e seu tio. Em
2011, Antônio mudou-se para a Espanha, onde estudou a música flamenca que abriu
uma nova dimensão do violão para o artista. Em Segovia (Espanha), realizou
diversos shows solo e também em parceria com o músico espanhol José
Escudero e a dançarina argentina Gisela Zaid. O artista trabalhou,
ainda, com trilha sonora para teatro, vídeoarte, cinema e documentários.
Antônio de Hollanda também é arteterapeuta e facilita
oficinas de música em uma instituição de Saúde Mental no Recife. O músico
apresentará seu trabalho autoral em formato solo, com voz, violão e pedais
eletrônicos, onde faz uma fusão entre a música nordestina, o rock e a world
music.
Como sempre, a nossa Cozinha Guará estará funcionando com as
deliciosas comidinhas criativas.
E também você poderá apreciar a exposição Urban Sketchers
SLZ, do coletivo, de mesmo nome, que desembarcou nas areias e manguezais de
Raposa para desenhar a cidade.
DIA 20 de julho a partir das 16h (Show ao põr do sol)
ENTRADA FRANCA – Contribuição voluntária (contribua com o
que quiser ou puder).
Local: Casa d´Arte Centro de Cultura. Rua do Farol do
Araçagy, nº 09 – Raposa / MA
Um encontro entre a literatura e o rádio com base no gênero
educativo-cultural. Esse foi um dos resultados da disciplina Produção e Direção
de Programa de Rádio no primeiro semestre de 2019, no curso de Rádio e TV da
Universidade Federal do Maranhão (Ufma).
Ao longo da disciplina os estudantes leram várias crônicas do escritor
Josué Montello e adaptaram trechos para o rádio.
As crônicas foram retiradas do segundo volume da obra “Josué Montello
(Escritores Maranhenses: 1966-1993)”, organizado pela bibliotecária e diretora
da Casa de Cultura Josué Montello, Joseane Sousa, lançado em 15 de março de
2019.
Os alunos produziram os programas, com média de 6 minutos, no
Laboratório de Rádio do Curso de Rádio e TV, como parte das atividades da
disciplina ministrada pelo professor Ed Wilson Araújo e trabalhos técnicos do
radialista Saylon Sousa.
As produções foram realizadas pelos alunos e alunas Bárbara Liz, Daniel
Teixeira, Geovane Camargo, Janilton Silva, Kaio Lima, Livia Lima, Beatriz
Benetti, Lucas Fonseca, Marileide Lima, Valdo Tavares e Vivian Nunes, com
participação especial de Brenda Diniz.
No livro “Josué Montello (Escritores Maranhenses: 1966-1993)” constam 57 crônicas que foram publicadas entre os anos de 1966 a 1993 no Jornal do Brasil, onde Josué Montello tinha uma coluna intitulada Areia do Tempo. Entre as crônicas selecionadas estão presentes escritores que remontam a infância e juventude de Josué Montello, como Antonio Lopes, Dunshee de Abranches, a professora Celina Nina, entre outros, e também os amigos que já faziam parte do mundo literário ou aqueles que estavam iniciando sua trajetória como Gonçalves Dias, Humberto de Campos, Sousandrade, Maria Firma dos Reis, Odylo Costa filho e Nauro Machado.
Imagem destacada de Josué Montello capturada neste site
Os estudantes da disciplina Produção e Direção de Rádio
concluíram o primeiro semestre de 2019 apresentando ao vivo uma série de quatro
programas especiais com temas relacionados à vida e militância da vereadora
Marielle Franco (PSOL), assassinada em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.
Ao longo da disciplina os alunos fizeram o trabalho de produção organizado em quatro temas:
1 – Serviço Social e os direitos da mulher (ouça aqui)
Para cada tema a produção dos programas escalou uma especialista convidada para entrevista ao vivo, respectivamente: as professoras da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) Marly Dias (Departamento de Serviço Social) e Mary Ferreira (Departamento de Biblioteconomia); a escritora Milena Carvalho e a diretora do Sindicato dos Bancários Gerlane Pimenta.
O objetivo dos programas é manter acesa a chama do legado de Marielle Franco para a defesa dos direitos da mulher, assegurando visibilidade aos assuntos fundamentais diretamente relacionados ao combate à violência, legislação protetiva, atuação feminina em áreas como literatura e nas lutas e espaços de resistência, a exemplo do movimento sindical.
As apresentações aconteceram dias 21 e 28 de junho de 2019, com transmissão ao vivo pelo Facebook e gravação em áudio. Todos os programas foram produzidos como atividade prática da Sala de Rádio, recurso didático idealizado e coordenado pelo professor Ed Wilson Araújo para proporcionar experimentos teórico-práticos aos estudantes, com trabalhos técnicos do radialista e pesquisador Saylon Sousa.
Participaram da série Marielle Vive alunos e alunas da turma
de Produção e Direção de Programa de Rádio, formada por Bárbara Liz, Daniel
Teixeira, Geovane Camargo, Janilton Silva, Kaio Lima, Livia Lima, Beatriz
Benetti, Marileide Lima, Valdo Tavares e Vivian Nunes.
Mestre Solano é o convidado da primeira edição do projeto este ano. As apresentações acontecem até novembro em diversas praças de São Luís
A estreia da quarta temporada de RicoChoro ComVida na Praça acontecerá no próximo sábado (20), às 19h, na Praça da Fé (Casa do Maranhão, Praia Grande). O projeto, idealizado e produzido por Ricarte Almeida Santos, segue firme no propósito de estimular o encontro entre diversas linguagens musicais brasileiras, entre o instrumental e o cantado. Este ano abre espaço também para a poesia.
O projeto é uma realização de Eurica Produções, Girassol Produções Artísticas e RicoChoro Produções Culturais, com patrocínio de TVN, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão. Em 2019 RicoChoro ComVida na Praça terá cinco edições e acontece até novembro. Toda a programação é gratuita.
Outra novidade nesta temporada de RicoChoro ComVida na Praça é a parceria com a Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo. Às vésperas das apresentações de convidados nacionais, haverá rodas de conversa com os artistas, que serão realizadas nas dependências da Emem. “Para nós é uma alegria estabelecer essa parceria. A Emem é um símbolo de qualidade na formação sólida de diversos talentos nossos. Por exemplo, os integrantes do Caçoeira, todos foram alunos da Escola de Música”, celebra Ricarte.
Ano Joãozinho – A partir deste ano, RicoChoro ComVida na Praça passa também a homenagear uma personalidade do Choro no Maranhão. Em 2019 o escolhido é o poeta e compositor Joãozinho Ribeiro, que celebra 40 anos de carreira. Samba e choro são dois gêneros de destaque no repertório do artista, que, nos moldes do projeto, percorreu diversas comunidades da ilha de São Luís entre os anos de 2002 e 2003 com o projeto “Samba da Minha Terra”.
A primeira edição terá como convidados o DJ Franklin, desde sempre um dos mais requisitados da Ilha, e performance poética com o mímico Gilson César. “Eles ajudam a criar uma ambiência, um clima, mas são parte do espetáculo. Queremos que as pessoas curtam música, poesia, num exercício de vivência comum, ocupando espaços públicos, dando nossa modesta contribuição para os esforços de revitalização da cidade que têm sido anunciados”, comenta Ricarte.
O grupo anfitrião da noite será o Regional Caçoeira, formado por João Eudes (violão sete cordas), Lee Fan (flauta e saxofone), Wanderson Silva (percussão) e Wendell Cosme (bandolim e cavaquinho), jovens virtuoses que há algum tempo ganharam notoriedade na cena musical da cidade, figuras fáceis em fichas técnicas de shows e discos de diversos artistas maranhenses.
A rede de pesca que empresta nome ao grupo alude ao passeio por diversos gêneros que o quarteto faz a cada apresentação, sobretudo mesclando o Choro a ritmos da cultura popular do Maranhão. Um balanço – para novamente lembrar do mar, do Maranhão – inigualável.
Choro e guitarrada – O grande convidado do sarau de estreia é Mestre Solano, o rei da guitarrada, direto do Pará. Ele lançou em setembro passado o cd “As guitarradas de um mestre”, em que, além do gênero que lhe dá título, passeia por cumbia, merengue, calipso, carimbó e bolero, entre outros. Aos 63 anos de carreira, com 17 álbuns lançados, o artista promete uma noite dançante.
“Americana” (Frank Carlos), também já gravada por nomes como Alípio Martins e Arnaldo Antunes, é seu maior hit, gravado por ele na década de 1980, na formação Solano e Seu Conjunto.
Mestre Solano nasceu em Abaetetuba – “terra morena de garotas de valor”, como canta o conterrâneo Pinduca –, onde ainda na infância começou a “arranhar” um banjo. Depois mudou-se para a capital Belém, onde ingressou no Corpo de Bombeiros, tendo sido músico da corporação militar.
Acessibilidade — Todas as edições de RicoChoro ComVida na Praça garantem a presença confortável de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O projeto garante banheiros acessíveis, assentos preferenciais com sinalização, audiodescrição e tradução simultânea em libras.
Serviço
O quê: estreia da temporada 2019 de RicoChoro ComVida na Praça
Quando: dia 20 de julho (sábado), às 19h
Onde: Praça da Fé (Casa do Maranhão, Praia Grande)
Quem: Gilson César, DJ Franklin, Regional Caçoeira e Mestre Solano (Pará)
Quanto: grátis
Patrocínio: TVN, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão
Realização: Eurica Produções, Girassol Produções Artísticas e RicoChoro Produções Culturais
Roda de conversa
O quê: Roda de conversa
Quando: dia 19 de julho (sexta-feira), às 16h
Onde: Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo (Rua da Estrela, 363, Praia Grande)
Quem: Mestre Solano e Ricarte Almeida Santos
Quanto: grátis
Patrocínio: TVN, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão
Realização: Eurica Produções, Girassol Produções Artísticas e RicoChoro Produções Culturais
Programação completa (sempre às 19h)
20 de julho
Local: Praça da Fé (Casa do Maranhão, Praia Grande)
Grupo anfitrião: Regional Caçoeira
Artista convidado: Mestre Solano (Pará)
Dj: Franklin
Poesia: Gilson César
24 de agosto
Local: Praça do Letrado (Vinhais)
Grupo anfitrião: Mano’s Trio
Artista convidado: Chiquinho França
Dj: Pedro Dread Lock
Poesia: Mano Magrão
21 de setembro
Local: Praça Carlos de Lima (Lagoa da Jansen)
Grupo anfitrião: Quarteto Buriti
Artistas convidados: Paulão e Mila Camões
Dj: Victor Hugo
Poesia: Áurea Maria
19 de outubro
Local: Largo da Igreja do Desterro
Grupo anfitrião: Trítono Trio
Artistas convidados: Cláudio Lima e Célia Maria
Dj: Vanessa Serra
Poesia: Rosa Ewerton
9 de novembro
Local: Praça Gonçalves Dias (Centro)
Grupo anfitrião: Quarteto Crivador
Artista convidado: Messias Britto (Bahia)
Participação especial: Joãozinho Ribeiro (homenageado da temporada)
Algumas pessoas ainda não sabem que o professor Sofiani Labidi pediu registro de candidatura à Reitoria da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) na recente consulta prévia, realizada em junho de 2019. A solicitação foi negada porque o pretenso candidato estava demitido da Universidade, resultado de uma penalidade que se estendia desde 2014. Ao pé da lei, como professor de Dedicação Exclusiva à UFMA, ele não podia dar aula também no Ceuma.
Apesar do obstáculo administrativo, ele ingressou na Justiça mas perdeu, em definitivo, a chance de participar da consulta prévia.
A candidatura à Reitoria não vingou, mas o retorno aos quadros da Ufma é questão de dias, com recebimento de retroativos, inclusive. Faltam apenas algumas formalidades como a publicação da portaria de reintegração. Em entrevista ao Blog do Ed Wilson, ele afirmou que o processo da sua demissão foi ilegal, fruto de perseguição da gestão anterior.
Detalhe: a decisão judicial reintegra o docente, mas não
invalida o PAD (Processo Administrativo Disciplinar) que o demitiu. Nesse
entendimento, a investigação sobre a irregularidade (aulas concomitantes na
Ufma e no Ceuma) pode prosseguir.
Apesar de não ter concorrido na recente consulta prévia de 2019, ele pensa em ser reitor. E manifesta com entusiasmo a intenção de disputar o cargo em 2023 ou mesmo chegar ao posto de magnífico por um eventual e ruidoso atalho. “Tenho saúde e idade”, celebrou, lembrando que fora candidato em 2015 contra a vontade do ex-reitor Natalino Salgado.
Assim, o que mais intriga a sequência de fatos no contexto
da sucessão na Ufma é a solicitação do registro da candidatura de Labidi a
reitor, mesmo ele sabendo que estava demitido e as chances de concorrer eram
zero.
No jargão da política no Maranhão costuma-se dizer que até boi voa. Por falar em assunto de avião, o primeiro colocado na consulta prévia, Natalino Salgado, nem teve tempo de comemorar. Voou logo na madrugada do dia 27 de junho e amanheceu em Brasília, a tiracolo do deputado federal Aluísio Mendes (Pode), que intermediou uma reunião com o ministro da Educação Abraham Weintraub.
Pela ordem, os mais votados para a Reitoria foram Natalino
Salgado, João de Deus e Ridvan Fernandes.
João de Deus, candidato da reitora Nair Portela, também teve um encontro com o ministro Weintraub. Segundo a notícia publicada no site da Ufma, a reunião tratou de demandas urgentes, apresentação de projetos, relatórios de obras e desafios da instituição. O diálogo foi mediado pelo deputado Juscelino Filho (DEM), líder da bancada maranhense na Câmara Federal.
O lobby no Ministério da Educação é meio caminho para o nome indicado chegar à mesa do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que tem a palavra final sobre a escolha dos reitores das universidades federais.
Pela regra, a lista tríplice ainda será formada no Conselho
Universitário (Consun) da Ufma, órgão máximo deliberativo e normativo, convocado
para o próximo dia 18 de julho. Nessa etapa os conselheiros podem compor os
três nomes até mesmo com pessoas que não participaram da consulta prévia.
As práticas republicanas, o princípio democrático e o bom
senso recomendam a escolha do primeiro colocado na consulta prévia, obedecendo à
vontade da maioria.
Ocorre que, mesmo no caso de a lista ser formada com os três nomes mais votados, ninguém garante que Bolsonaro vá seguir as regras atuais da indicação dos reitores das universidades. Avesso à democracia, ele já deu algumas demonstrações de desprezo pela vontade da maioria em outras instituições de ensino superior, infelizmente.
Considerando o perfil de Bolsonaro, a intervenção é um fantasma que assombra a democracia e a autonomia das universidades federais.
Perguntado sobre uma remota possibilidade de vir a ser escolhido para um mandato intervencionista, Labidi fez contorcionismo para dizer que este método autoritário não é ideal, mas ele toparia. “Caso meu nome seja proposto eu aceitaria com o maior prazer porque nosso desejo é contribuir com a Universidade”, frisou.
O(a) leitor(a) pode pensar que as pretensões do professor readmitido
sejam blefe. Afinal, como Labidi sentaria na janela do ônibus se o registro de
sua candidatura foi negado administrativamente, ele ingressou na Justiça e
perdeu!?
Fato é que Labidi se movimenta. Recentemente, durante a fracassada manifestação dos bolsonaristas a favor do ministro Sergio Moro, em São Luís, o professor fez pose para foto ao lado do seu amigo e também docente da Ufma, Alan Garcês, cedido ao Ministério da Saúde e com trânsito no governo federal.
Uma fonte de Brasília afirma que os dois amigos percorrem os gabinetes próximos ao clã Bolsonaro em busca de apoio, inclusive com os militares. Labidi reuniu até com um general do Batalhão de Infantaria de Selva. Em resumo, o professor está perto de ser reintegrado à Ufma. Parece animado e, nas entrelinhas, não desculpa seu algoz Natalino Salgado. Nos bastidores do campus do Bacanga comenta-se que ele é um pote até aqui de mágoas com o ex-reitor.
Foto destacada: Paulo Soares / O Estado do Maranhão
Frente Parlamentar teve lançamento no Congresso Nacional
O deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA) assumiu mais uma luta na Câmara. O socialista lançou a Frente Parlamentar Mista em Defesa das Comunidades Quilombolas. Ele vai coordenar o grupo que tem por objetivo promover debates, acompanhar e apoiar políticas, ações e projetos que permitam a defesa dos interesses das comunidades quilombolas no Brasil. “Estamos aqui para reerguer essa bandeira e fazer uma frente de luta e resistência capaz de enfrentar os grandes temas dessa Casa”, discursou Bira.
Na opinião do parlamentar, essas comunidades seguem ameaçadas em todos os estados brasileiros. “Estão sofrendo ameaças de expulsão, como acontece na questão da região de Alcântara (MA), cujo acordo de salvaguarda tecnológico será debatido aqui no Congresso. Não temos absolutamente nada contra esse tipo de acordo com qualquer país do mundo. O que nós queremos é que nosso povo seja respeitado. Não abriremos mão dos direitos fundamentais de nossa população e é por isso que estamos aqui para assumir esse compromisso juntamente com meus pares que abraçam a causa”, afirmou.
Para o líder do PSB, deputado Tadeu Alencar (PE),
esse é um assunto tão relevante quanto tantos outros atualmente debatidos.
“Diante de um Governo com várias frentes de ataques ao Estado Brasileiro e
à soberania nacional, na condição de líder do partido, afirmo que devemos
atenção especial a esse assunto, e fica evidente que não pode se fazer qualquer
acordo sem destacar as comunidades quilombolas. Nessas terras, centenas de
famílias realizam toda sua vida e eles não podem ser atingidos com decisões
insensíveis. Bira do Pindaré espelha em sua atuação toda altivez,
comprometimento e espírito público pregados pelo PSB. Estamos totalmente
integrados à essa luta”, defendeu o líder.
Outro grande quadro socialista, o líder da Oposição,
deputado Alessandro Molon (RJ), lembrou os dias de muita luta com a Reforma da
Previdência. “Como muitos disseram aqui antes, sabemos especialmente a
quem essa reforma vai afetar, que é o povo sofrido, os negros, que terão ainda
mais dificuldades para se aposentarem. Cito exemplos concretos todos os dias,
como um garçom negro que nos serve nessa Casa. É uma imoralidade que estão
querendo aprovar contra pobres e negros e essa luta está conectada com essa
Frente. Trata-se de uma luta da oposição em defesa de todas as comunidades
quilombolas.”
O deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) também esteve
presente no lançamento da Frente e afirmou que o País vive momento muito
complexo e delicado. “As questões que envolvem as comunidades quilombolas
e a nossa soberania representam nossa luta. Ouve um tempo em que o mundo olhava
para o Brasil com esperança e hoje percebemos o contrário. É exatamente a
resistência dessas comunidades que vai nos ajudar e superar esse momento tão
difícil. Conte comigo para vencermos esse atraso.”
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) celebrou o
lançamento dessa Frente e criticou o atual Governo sobre diversos temas que
estão em pauta na atualidade. “Ele se sustenta numa ideia de sociedade
para poucos, elitizada e geralmente voltada para os interesses dos grandes
capitalistas. Sinto a necessidade de tratar desse tema e o povo pobre e negro
ainda não percebeu o peso que irá carregar daqui por diante, como se não
bastasse o peso do passado”, lamentou Lídice.
Danilo Cabral (PSB-PE) parabenizou Bira do Pindaré
pelo respeito e legitimidade de seu trabalho e defendeu os valores do
PSB. “Esse ato que estamos praticando aqui é a reafirmação de quem tem
crença na defesa da democracia e dos mais vulneráveis. Este é um momento que
precisamos construir a unidade de luta do povo e isso tem reflexo na pauta dos
quilombolas”, destacou Danilo.
A cada nova revelação do The Intercept Brasil sobre os movimentos subterrâneos da operação Lava Jato ficam configuradas as intenções do então juiz Sergio Moro em atitudes deploráveis para um magistrado.
Tudo o que tem sido revelado nas conversas entre
Moro e o procurador Deltan Dallagnol são uma afronta ao Estado Democrático de
Direito.
Ambos mancham a imagem do Judiciário e do Ministério
Público e enredam-se no mais escandaloso caso de aviltamento das suas funções
de servidores públicos.
Moro extrapolou as suas atribuições de juiz. Atuou
como operador de uma investigação seletiva, com objetivos previamente traçados
e urdidos pelos mais deploráveis métodos, negando princípios constitucionais
elementares.
As atitudes de Moro e Dallangnol expuseram ao
ridículo até mesmo seus próprios colegas magistrados e procuradores, alguns
deles transformados em joguetes das forças obscuras que arquitetaram um golpe
contra a democracia no Brasil.
Dallagnol está tão desmoralizado que não tem sequer condições de comparecer a uma audiência na Câmara dos Deputados. O afoito procurador do power point hoje é um covarde.
O juiz impoluto, agraciado com o cargo de ministro
no governo Jair Bolsonaro, é um sorvete na ventania. E está derretendo nas mãos
do próprio presidente da República.
É impossível separar Moro de Bolsonaro. Eles são um
bicho só, de duas cabeças.
Moro não tem mais condições de ser ministro da
Justiça e Segurança Pública.
Se Bolsonaro tiver o mínimo de bom senso, aproveita
a licença de Moro para demiti-lo do cargo.
Nota sugere a realocação da emissora em FM e a retomada de sua denominação original – Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Pesquisadores e professores da área de Comunicação representados pelas entidades abaixo assinadas vêm a público repudiar a notícia de que a Rádio MEC AM será extinta no fim do mês, conforme publicado pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, na última sexta-feira, dia 5 de julho de 2019.
A Rádio MEC AM é a mais antiga emissora em operação contínua, figurando entre as primeiras iniciativas de radiodifusão no país, ao lado da Rádio Clube de Pernambuco, criada em 1919. Com o nome Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, foi inaugurada em 1923 por um grupo de intelectuais liderados pelo antropólogo Edgard Roquette-Pinto, um dos pioneiros da divulgação científica no Brasil.
Em 1936, Roquette-Pinto doou a emissora ao Ministério da Educação, com a condição de que fosse assegurada sua preservação como rádio educativa e cultural. Com a extinção de sua fundação mantenedora, a MEC AM foi transferida na última década para a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), holding de comunicação pública do governo federal.
O fim da Rádio MEC AM, portanto, é injustificável pois configura o rompimento de um contrato de cessão da emissora ao governo federal. Além disso, ofende a memória de Roquette-Pinto, que se dedicou por décadas à educação e à cultura nacional.
Por seus estúdios e redações, passaram grandes nomes da cultura nacional, como os maestros Villa-Lobos, Isaac Karabtchevsky e Guerra Peixe, os escritores Mário de Andrade, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, Fernando Sabino e Manuel Bandeira, a atriz Fernanda Montenegro, a cantora Bidú Saião e o jornalista Arthur da Távola.
Entendemos que, após o decreto que autorizou a migração de emissoras AM para a Frequência Modulada, em 2014, a sustentabilidade de quem permanecesse nas ondas médias ficaria comprometida.
Apesar dos apelos de pesquisadores e professores de rádio, a EBC não solicitou a migração da MEC AM. É trágico que não tenha sido buscada uma solução para assegurar a viabilidade desse importante canal de comunicação pública e educativa, mantido por uma equipe de alto nível, a despeito de todas as dificuldades decorrentes da falta de investimentos básicos em infra-estrutura na EBC nos últimos anos.
Solicitamos ao governo federal, na figura do secretário de Governo da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos, que reveja a decisão e busque uma alternativa para a emissora, que há 96 anos promove a educação e a cultura, ajudando a integrar o território nacional.
Sugere-se que a emissora seja realocada em FM e que retome sua denominação original, Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Respeitosamente,
Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom)
Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom)
Rede de Rádios Universitárias do Brasil (RUBRA)
Rede de Pesquisa em Radiojornalismo (RadioJor)
Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (ALCAR)
Grupo de Trabalho História da Mídia Sonora (Associação Brasileira de História da Mídia – Rede Alcar)
Associação Brasileira de Professores de Jornalismo (ABEJ)
Matéria produzida pelo jornalista Tiago Bastos, de O Estado do Maranhão, conta vários capítulos do bairro que já teve um dos arraiais de São João mais movimentados da ilha e até hoje conserva laços de amizade e solidariedade entre os vizinhos.