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Após nova polêmica sobre aborto, ministra Damares Alves será condecorada no Maranhão sob protesto dos movimentos sociais

Uma reportagem sobre aborto seguro e legal, produzida pela revista AzMina, provocou uma onda de represália às autoras nas redes sociais. Ativistas da extrema direita acusaram a publicação e as jornalistas de cometerem crime ao produzir o texto com esclarecimentos e orientações sobre os casos em que o aborto é permitido.

A matéria, baseada nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a realização de aborto seguro e legal no Brasil e em outros países, chegou ao conhecimento da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que reagiu anunciando uma denúncia contra a revista.

Pelo Twitter, ministra Damares Alves anuncia denúncia contra a revista AzMina

.A ministra será recepcionada de duas formas nesta quarta-feira (24), no Maranhão: com homenagem e protesto.

Na Assembleia Legislativa Damares Alves receberá a Medalha Manuel Beckman, honraria mais importante da Casa, proposta pela deputada evangélica Mical Damasceno (PTB), filha do pastor Pedro Aldi Damasceno, uma das principais lideranças da igreja Assembleia de Deus.

Banner nas redes sociais convoca protesto

Em contraponto à homenagem, ativistas dos movimentos sociais, partidos de esquerda, organizações de defesa das mulheres, feministas e estudantes vão realizar um protesto para denunciar a homenagem e a postura da ministra sobre vários temas relacionados aos direitos humanos, liberdade religiosa, tolerância e pluralidade.

Segundo a organização do protesto, a postura da ministra Damares Alves “representa o ódio, a intolerância, a mentira, o preconceito, as milícias, a LGBTIfobia, o racismo, o machismo, o fascismo, a corrupção, o fundamentalismo religioso e o farisaísmo. Junte-se a nós na luta por amor, liberdade e justiça social!”

Nas redes sociais a convocação do protesto, denominado Dia da Vergonha, tem a hastag #ElaNão

Sobre AzMina

AzMina é uma instituição sem fins lucrativos e tem o objetivo de combater os diversos tipos de violência contra as mulheres brasileiras, utilizando, entre outros meios, reportagens jornalísticas divulgadas na revista AzMina, uma publicação online e gratuita para mulheres.

Sobre a polêmica e a reação da ministra Damares Alves, AzMina reitera que seguiu as regras do bom jornalismo, baseado em fontes seguras. “Na reportagem, nossa diretora de redação Helena Bertho conta como o aborto é feito de forma segura nos países em que ele é permitido. Tratamos a interrupção de uma gestação no campo a que ela pertence e como é encarada nos países desenvolvidos: como um assunto de saúde pública”, explicou a publicação.

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Censura joga o Brasil de volta à barbárie do período colonial

Nelson Werneck Sodré levou 30 anos para escrever e publicar um dos livros mais importantes para compreendermos como a gênese e o desenvolvimento da Imprensa no Brasil estão diretamente relacionados à dinâmica das forças produtivas e às nossas marcas culturais.

Um dos tópicos, logo na abertura do livro, trata da censura. Desde o suposto descobrimento em 1500 até 1808 no Brasil era proibida a impressão ou circulação de livros e jornais.

A censura e o atraso caminham de mãos dadas desde o século XVI, quando Portugal, sob domínio da Inquisição, reproduziu na então colônia brasileira as práticas mais agressivas contra um projeto de nação.

O colonialismo não estava sustentado apenas na exploração dos nossos recursos naturais e nem na pilhagem generalizada do Brasil. Esse tipo de dominação estendia-se também na perspectiva cultural, ou seja, na construção de barreiras para impedir o acesso da população a um bem fundamental para o desenvolvimento humano – o livro.

Na “História da Imprensa no Brasil” Nelson Werneck Sodré detalha como a dominação colonial portuguesa travou uma verdadeira guerra contra a impressão e circulação de publicações no Brasil.

Somada à escravidão, a censura foi responsável por um atraso de mais de três séculos na formação do povo brasileiro. Proibindo a impressão de livros e jornais, não havia motivação nem vontade política para alfabetizar a população.

A ignorância, em todos os sentidos, era uma condição para manter o Brasil sob o jugo colonial.

De acordo com Nelson Werneck Sodré (1999, p. 9-10): “Estavam, em Portugal, sujeitos os livros a três tipos de censuras: a episcopal, ou do Ordinário; a da Inquisição; e a Régia, exercida pelo Desembargo do Paço, desde 1576, cuja superioridade firmava-se nas Ordenações Filipinas, que proibiam a impressão de qualquer obra “sem primeiro ser vista e examinada pelos desembargadores do Paço, depois de vista e aprovada pelos oficiais do Santo Ofício da Inquisição”. A partir de 1624, os livros dependiam das autoridades civis para serem impressos, isto é, das autoridades reconhecidas pelo Estado, entre as quais, para esse fim, estavam as da Igreja; mas dependiam ainda, para circularem, da Cúria romana.”

A proibição era tão rigorosa que as tentativas de instalar pequenas tipografias foram reprimidas com violência: “Em 1706, sob os auspícios do governador Francisco de Castro Morais, instalou-se no Recife pequena tipografia para impressão de letras de câmbio e orações devotas. A Carta Régia de 8 de junho do mesmo ano, entretanto, liquidou a tentativa. Determinada que se devia “sequestrar as letras impressas e notificar os donos delas e os oficiais de tipografia que não imprimissem nem consentissem que imprimissem livros ou papéis avulsos.” (SODRÉ, 1999, p. 17)

A censura só finda, entre aspas, em 1808, quando a Corte portuguesa aportou no Brasil e instalou aqui a Imprensa Régia e o jornal chapa branca “Gazeta do Rio de Janeiro”.

Mas, como nem todo controle é absoluto, circulava também naquela época, de forma clandestina, o jornal “Correio Braziliense”, editado em Londres por Hipólito José da Costa e enviado às escondidas nos porões dos navios para as terras brasileiras.

E assim surgiu a Imprensa no Brasil, com uma dupla caricatura do atraso: censura e violência.

Esse atraso está presente nos dias de hoje. Em pleno século 21, a extrema direita ressuscita os fantasmas do passado escravocrata e colonialista.

Dória, Damaris e Weitraub, liderados pela besta fera do obscurantismo, desencadeiam uma guerra contra o conhecimento e a expressão artística.

Proibição de livros didáticos, censura e violência contra jornalistas e os meios de comunicação, além das restrições ao financiamento de peças de teatro e filmes, sob o argumento de combater “ideologia de gênero”, é o retorno à barbárie.

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A RETÓRICA E O GOLPE

Eloy Melonio

Foi ou não foi um “golpe”? Essa pergunta já deu muita discussão, especialmente quando se fala do universo político-constitucional.

Felizmente o golpe de que trato aqui não tem nada a ver com a política. É coisa da vida comum mesmo. E, infelizmente, tem tudo a ver comigo.

Era uma bela manhã de domingo, com sol e vento típicos do mês de setembro. Um homem branco, de idade e estatura medianas, usando uniforme de uma empresa de refrigeração, parou sua moto na pracinha onde eu e o vigia da rua estávamos sentados. Pediu uma informação que não soubemos dar.

Da moto, falava ao telefone. Em três minutos, recebeu umas três ligações. Em todas, referia-se a ar-condicionado e geladeira, e demonstrava profundo conhecimento técnico.

Atento ao que dizia, perguntei-lhe se tinha cartão de visita, e se atendia fora do horário de trabalho. Não tinha cartão, mas me passou o número do seu celular.

A isca estava lançada. E o peixinho parecia disposto a mordê-la.

Falei de uma geladeira que me dava muita dor de cabeça. E perguntei-lhe se podia dar uma “olhadinha”, aproveitando que já estava ali. Hesitou, mas terminou atendendo ao meu pedido.

Em suas conversas, o assunto era a “conta de energia”, exageradamente alta, que os aparelhos de seus interlocutores estavam causando. E foi esse detalhe que me despertou o interesse. Ele enfatizava que a culpa não era da fornecedora de energia, mas dos técnicos que não faziam seu serviço direito.

E assim terminei apresentando-o à famigerada geladeira. Rapidamente examinou o motor e me mostrou alguns probleminhas. Com uma comunicação fácil, logo ganhou minha confiança. Permaneci ao seu lado o tempo todo, exceto quando me pediu uma palha de aço. Disse-lhe que ia ver na cozinha do quintal. Fui, e logo voltei com o produto de “mil e uma utilidades”. Compenetrado no que fazia, o rapaz cortava fios, trocava peças, e me explicava cada procedimento.

Terminado o serviço, perguntei-lhe quanto lhe devia, e paguei-o prontamente. Antes, porém, o bom rapaz me disse que se eu não tivesse o dinheiro, poderia pagá-lo depois.

Antes de sair, pediu-me para ligar a geladeira somente dali a 30 minutos. E que tivesse cuidado com choque elétrico. Agradeci-o, e ainda lhe dei uma gorjeta.

Passados uns dez minutos, minha esposa não conseguia encontrar seu celular recém-comprado para fazer uma ligação. Procuramos por toda a casa, e nada. Liguei para seu número, e só dava caixa postal. Liguei para o número do técnico, e ouvi a mensagem: “Não foi possível completar sua ligação…”.

Foi aí que a ficha caiu. Quem sabe o rapaz da geladeira?!

Voltemos ao início de nossa história. O suposto técnico era um cara atencioso, bom de papo, do tipo “gente boa”. Chegou a dizer que se fosse “coisa simples”, eu não precisava pagar nada. Enquanto executava o serviço, conversamos sobre amenidades e coisas sérias. Falamos de viagens, do nosso medo de viajar de avião, da Bahia (seu estado natal), de um treinamento que fez em Rosário, pois na época trabalhava para uma empresa da Argentina. Citou nomes de clientes importantes. Disse-me, com certa inveja no olhar, que eu parecia ser uma pessoa feliz. E quando soube da minha idade, desconfiou, pois me achava uns 15 anos mais novo.

Mesmo depois de confirmado o golpe, eu não queria acreditar. Não, não aquele rapaz! Qualquer outra pessoa, menos ele! Torcia para acharmos o celular e acabar com nossa desconfiança. E confirmei ali, para mim mesmo, o que venho ensinando a vida inteira: em seu sentido pejorativo, a “retórica” é uma arma perigosíssima.

Já ouvira histórias de golpes desse tipo contadas por amigos, e de muitas outras, mostradas na TV. Achava graça ou debochava dos “otários” que caíam nessas ações ardilosas.

Sem dúvida alguma fui vítima de um golpe espetacular, digno de uma série de TV (ou de uma crônica!). E como nunca antes na minha vida, senti-me, no dizer do nosso querido Tiririca, um tremendo “abestado”.

* Eloy Melonio é professor de inglês, escritor, poeta e compositor

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Meninas da Ilha: show de pré-lançamento do CD com canções de Luís Lima

A música “Meninas da Ilha” dá título ao CD que será lançado em breve nas principais plataformas digitais. O disco é uma ode ao talento feminino que ladeia a Ilha do Maranhão. Luís Lima, cantautor maranhense, convida o sagrado feminino que habita e (re)cria na Ilha a interpretar e dançar suas poesias-músicas.

Sob direção musical de João Simas e acompanhamento de João Simas e Thierry Castelo, cinco mulheres intérpretes e uma bailarina personificam e materializam as “Meninas da Ilha”. São elas: Tássia Campos, Dicy Rocha, Camila Reis, Luciana Pinheiro e Helyne, na voz, e Calina Rubim, na dança.

O disco foi todo gravado, mixado e masterizado no estúdio Deu na Telha Audiolab, em São Luis, Maranhão. No roteiro musical, uma seleção de poemas-músicas de várias fases do autor e suas parcerias com Rozalia Milsztajn, Helena Hortiz, Mário Chagas e Fernando Magdanello. A produção artística do Show é de Wagner Heineck.

Luis Lima – Cantor, compositor e poeta. Gravou dois CDs: “Palavrando” (2007) e “Expresso de Letras” (2010), ambos com arranjos do maestro Henrique Duailibe; e lançou dois livros de poesias: “Arrumador de palavras” (2012) e “Mente de Giração” (2016). Tem sua trajetória vivenciando a poesia música da Bahia, Rio de Janeiro, São Luis, e Santiago, no Chile. Ora em carreatas culturais, ora em festivais e mostras de música e poesia, ora em poesias no poste, ora como colunista de blog e site de cultura e arte. Em busca de fortalecer o ativismo cultural no Estado é associado do Instituto Maranhão Sustentável e é idealizador do Casa d’Arte Centro de Cultura. Sobre ele mesmo, falando em seu “pretexto” no livro “Arrumador”: … “sou filho do tempo e pelo tempo afora me debrucei na construção da minha coleção de letras. letra a palavra pela mente de giração… sou simplesmente lírico, amador poético, feitos em poesia somos todos nós. aprendi a fazer, desfazer e a refazer músicas, num instante tive medo de cantar… me descobri arrumador de palavras, o meu melhor ofício nesse tear chamado arte…”

E ainda para completar a noite, Vanessa Serra com sua incomparável discotecagem em vinil! E a Exposição “Eu sou mulher” do Coletivo de Mulheres com deficiência.

Para ficar mais completo, escolhemos esse sábado, porque é antevéspera da entrada da primavera, a estação mais feminina do ano! Tá bom pra você? Então vem, que será lindx!!!

Dia: 21 de setembro, às 20h

Entrada Franca – Cachê colaborativo (doe quanto quiser/puder)

Local: Casa d´Arte Centro de Cultura. Rua do Farol do Araçagy, nº 09 – Raposa / MA (Rua em frente à clínica Ruy Palhano).

Informações: www.casadarte.art.br / (98) 98160-9188 / (98) 99974-9366

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Fome e sede de justiça é o tema do 1º Encontro de Evangélicos

Será realizado nos dias 4 e 5 de outubro, em São Luís, o 1° Encontro de Evangélicos. O tema central é “Fome e sede de justiça”. O evento acontecerá no Gran Hotel (antigo Vila Rica), ao lado da igreja da Sé.

Um dos palestrantes é o pastor e professor do Curso de História da UFMA, Lyndon Santos, âncora do programa Papo de Crente, apresentado aos sábados, das 9h às 10h, na Rádio Web Tambor.

Segundo os organizadores, o encontro será um momento de ousar falar de paz, de pão, direito e justiça, de ressignificar e dar sentido à missão de ser cristão.

O encontro é a uma realização do programa Papo de Crente, com apoio da Agência Tambor.

A inscrição pode ser feita no telefone 98222-2771.

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Memórias futebolísticas do Apeadouro: Célio “Batata”, o craque do Maranhão ao Piauí

Na rua Padre Manoel da Nóbrega, uma das principais vias do Apeadouro, mora um dos maiores craques do futebol do Maranhão: Célio Rodrigues, conhecido nos campos e na torcida como Célio “Batata”, apelido vinculado à panturrilha avantajada.

Celio Rodrigues iniciou a carreira aos 16 anos de idade, no juvenil do Esporte Clube Nacional, time da rua do Norte, no Centro de São Luís. Depois jogou no extinto Vitória do Mar (1967); Sampaio (1968); Tiradentes, do Piauí (1973); e Moto (1977). Ele foi campeão maranhense pelo Sampaio, Moto e MAC e tricampeão pelo Tiradentes. Ganhou também vários torneios locais e interestaduais.

Atualmente Celio Rodrigues é vice-presidente da Escolinha de Futebol Associação Ponte Preta, localizada na comunidade Bob Kennedy, no Araçagi, em São José de Ribamar, onde atua como técnico de futebol na preparação de adolescentes e jovens.

Na sua coleção de títulos está o Campeonato Brasileiro da Série B, em 1972, pelo Sampaio Corrêa.

Uma das principais conquistas de Batata foi pelo Sampaio Corrêa

Batata jogou no antigo estádio Santa Izabel e no Nhozinho Santos. Atuando pelo Moto, o lateral protagonizava duelos memoráveis contra o ponta “Bimbinha”, atacante do Sampaio Correia.

Naquela época os carrinhos de Batata faziam o pequeno veloz “Bimbinha” voar, como se fosse um malabarista de circo.

Em 1967 Célio Rodrigues ingressou no extinto Vitória do Mar e em 1968 já estava jogando no Sampaio. Célio Rodrigues era soldado do Exército (servia no 24º Batalhão de Caçadoes) e compatibilizava a vida militar com os gramados.

Célio Batata curtindo um passeio de parco em Belém do Pará

Posteriormente, ingressou em outros times “grandes” como Moto, Maranhão Atlético Clube (MAC) e Tiradentes, do Piauí. Colecionador de vários títulos, Célio Rodrigues parou de jogar no início da década de 1980. Hoje vive com a família na mesma rua do Apeadouro, onde é sempre lembrado pelos vizinhos e para dar entrevistas sobre os bons tempos da sua atuação no futebol.

Imagem destacada: time do Moto Club campeão maranhense em 1977. Em pé: Cenilson, Vivico, Irineu, Tião, Célio Rodrigues e Beato. Agachados: Paulo Cesar, Adãozinho, Toninho Abaeté, Edmilson Leite e Léo.

Imagens capturadas neste site (Futebol Maranhense Antigo)

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Joãozinho Ribeiro celebra 40 anos de carreira com show no Teatro Arthur Azevedo

Apresentação em São Luís integra a turnê nacional
“Milhões de uns” e terá convidados especiais

No ano em que se celebram os 40 anos de carreira musical de Joãozinho Ribeiro – contados a partir da estreia em um festival universitário de música em 1979 – o Brasil tem a oportunidade de conhecer melhor um dos maiores compositores já surgidos no Maranhão, onde é bastante requisitado pelo repertório de diversos intérpretes.

“Milhões de uns”, título de sua mais conhecida composição, premiada desde 2001, ano em que foi lançada por Célia Maria, considerada a “voz de ouro” do Maranhão, empresta o nome à turnê com que Joãozinho Ribeiro está percorrendo alguns palcos brasileiros, com patrocínio do Supermercado Mateus, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Joãozinho canta quatro décadas de palco.
Foto: Nem Queiroz

Durante o espetáculo, Joãozinho Ribeiro passeia por diversas fases de sua carreira e por diversos estilos que marcam sua atividade de compositor: samba, choro, marchinha, forró, cacuriá, tambor de crioula, bumba-meu-boi, blues. O repertório é cerzido por temas diversos, com pitadas de amor, eterno pano pra manga na obra de nossos melhores compositores, e crítica social, assunto do qual o artista nunca fugiu.

Com apenas um cd lançado, também intitulado “Milhões de uns”, Joãozinho Ribeiro sempre foi pautado por um exercício agregador, ao longo de sua carreira. O disco traz várias participações especiais, de intérpretes e parceiros, algo que também está sendo visto nas apresentações da turnê homônima.

“A gente vinha ensaiando essa celebração há algum tempo. Com formações reduzidas vínhamos passando por diversos projetos e casas na noite de São Luís. Mas em se tratando de 40 anos de carreira, fui provocado pelos amigos a ultrapassar o Estreito dos Mosquitos e mostrar um pouco destas décadas de arte em municípios do interior do Maranhão e em outras capitais brasileiras”, declara Joãozinho Ribeiro, protagonista desta bela festa.

A cada show, Joãozinho Ribeiro tem recebido convidados especiais e em São Luís não será diferente. No palco do Teatro Arthur Azevedo, nesta sexta-feira (13), às 20h, com o compositor anfitrião estarão o Coral São João, Anna Cláudia, Alexandra Nícolas, Fátima Passarinho, Juliana Cutrim, Lenita Pinheiro, Célia Maria, Milena Mendonça e Adler São Luís. A apresentação acontece dia 13 de setembro (sexta-feira), às 21h.

A banda que acompanha Joãozinho Ribeiro é formada por Luiz Jr. Maranhão (violão, guitarra, viola caipira e direção musical), George Gomes (bateria), Marquinhos Carcará (percussão), Arlindo Pipiu (contrabaixo e cavaquinho), Rui Mário (sanfona e teclado), Danilo Santos (flauta e saxofone) e Hugo Carafunim (trompete). A produção executiva é de Lena Santos e a coordenação geral de Josias Sobrinho.

SERVIÇO

O quê: show da turnê nacional “Milhões de uns”

Quem: Joãozinho Ribeiro e convidados

Quando: 13 de setembro (sexta-feira), às 20h

Onde: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)

Quanto: os ingressos serão trocados por 1kg de alimento não perecível. A troca pode ser realizada antecipadamente no Convento das Mercês (no dia do show na bilheteria do teatro, mediante disponibilidade)

Patrocínio: Supermercado Mateus, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão

Imagem destacada / divulgação: Coral São João é um dos convidados do show

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Sergio Frota agradece Fernando Sarney por “arbitragem neutra” no jogo de acesso do Sampaio

Segundo Frota, “Fernando faz muito pelo futebol maranhense”

O presidente do Sampaio Correa e ex-deputado estadual Sergio Frota (PSDB) concedeu entrevista hoje pela manhã na TV Mirante e avaliou o desempenho do Sampaio Correa na temporada que levou o time à série B da temporada 2020.

O Sampaio derrotou o São José por 3 x 2 no jogo de volta, no Castelão, em São Luís. Na primeira partida, realizada em Porto Alegre, os times empataram sem gols.

Durante a entrevista Frota revelou que ao final do jogo na capital gaúcha ele conversou com o vice-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Fernando Sarney, e pediu ao cartola uma “arbitragem neutra” para a partida de São Luís. A solicitação, segundo o presidente do Sampaio, foi atendida.

“Eu falei para o Fernando depois jogo em Porto Alegre, onde nós fomos prejudicados, teve um gol legal que foi anulado, e eu falei ‘Fernando eu preciso de uma arbitragem neutra’ e ele fez tudo. Então meu muito obrigado, já que muita gente diz que Fernando não faz nada e eu quero dizer para você que ele faz muito pelo futebol maranhense”, destacou o presidente do Sampaio.

Assista à entrevista aqui

Além de vice-presidente da CBF e conselheiro da Fifa, Fernando Sarney é o principal executivo do Sistema Mirante de Comunicação, maior conglomerado de mídia do Maranhão.

Tapas e beijos

No balanço da temporada, Frota elogiou a equipe e o técnico do Sampaio, mas voltou a lamentar o baixo investimento da iniciativa privada e dos próprios torcedores que comparecem pouco ao estádio e não se engajam suficientemente nos programas de incentivo financeiro do clube.

O presidente comparou o futebol maranhense com o paraense e citou como exemplos as torcidas do Remo e Paissandu, bem mais participativas e solidárias que a boliviana.

Ele mencionou também a adesão dos empresários e da torcida do time do Imperatriz em campanhas colaborativas para ajudar financeiramente o clube tocantino.

Imagem destacada / Flora Dolores: Fernando Sarney dá aquele abraço no medalhado Sergio Frota

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As mortes no Jaracaty, os vereadores e o Plano Diretor de São Luís

Uma das maneiras de conhecer São Luís é navegando fora das avenidas principais. Além das belezas naturais, do Centro Histórico exuberante e do alto astral, a cidade parece ter sido feita a facão.

É como se a capital fosse um garimpo. Cada dono de barranco ergue sua construção sem lei nem ordem. E nas sobras dos terrenos a cidade vai se fazendo.

Muitas áreas nobres em São Luís foram griladas pelos endinheirados. A cidade ficou o caos e vai se agravando a cada dia, priorizando a especulação imobiliária, os carros e as empreiteiras.

Colado ao shopping São Luís ergueram várias torres e o trânsito foi modificado para facilitar a entrada e saída dos carros.

Os moradores do Jaracaty, imprensados entre a avenida e a maré, não têm sequer o direito de atravessar a pista. E mesmo quando estão em suas casas, à noite, celebrando um aniversário, são vítimas da cidade que oprime e mata os pobres para beneficiar os grandes empreendimentos comerciais e imobiliários.

Os transeuntes em geral são excluídos da cidade onde não tem uma ciclovia decente e as faixas de pedestre são marcas de giz nas avenidas mal cuidadas, cheias de ondulações ou buracos.

Já são 30 anos do mesmo grupo político controlando a Prefeitura de São Luís e nem as avenidas principais têm a aplicação dos conceitos básicos da Engenharia.

No aniversário de 407 anos da cidade houve muita festa, deslumbramentos, celebrações e bajulações, mas existe outra São Luís que vive na barbárie.

Domingo morreram 4 pessoas e 5 ficaram feridas. As famílias estão dilaceradas.

Breve chegará na Câmara dos Vereadores a proposta de revisão do Plano Diretor. A maioria da população nem sabe do que se trata porque a Prefeitura escondeu o debate de alto interesse público.

A proposta de revisão do Plano Diretor vai tornar a cidade ainda mais cruel, desumana e excludente. Só para ter uma ideia, 40% da zona rural serão eliminados, caso o pacote seja aprovado na Câmara dos Vereadores.

Entre os 31 parlamentares pouco se fala sobre o Plano Diretor. Embora tenhamos edis atuantes nas suas bases, focados no varejo eleitoral, quase nada existe de debate sobre a legislação urbanística que vai interferir diretamente na vida de mais de 1 milhão de pessoas.

Enquanto as famílias do Jaracaty enterram seus mortos e sofrem nas portas dos hospitais com os feridos, as lideranças da Câmara dos Vereadores celebram um grande feito – a construção da nova sede do Legislativo Municipal.

Isso mesmo! Em meio a essa crise braba, nós, contribuintes, vamos bancar uma fortuna para a construção da nova sede da Câmara dos Vereadores de São Luís, a ser implantada na antiga Fábrica das Artes, perto do Ceprama.

A construção vai custar uma fortuna.

Ninguém pode negar que a obra vai trazer benefícios para o esplendoroso e encantador Centro Histórico, tão amado por todos nós.

Mas, em meio à crise econômica e na iminência de mudanças profundas na legislação urbanística, seria melhor converter essa montanha de dinheiro pelo menos para pintar uma faixa ou construir uma passarela no Jaracaty.

Já seria uma grande coisa.

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Comunicação, democracia e desigualdade social será tema de debate na UFMA

Em meio à situação política conturbada por qual passa a sociedade brasileira – com fake news, ódio e desqualificação do jornalismo – torna-se fundamental pensar os próximos passos a serem tomados por organizações de trabalhadores, movimentos populares, coletivos e comunicadores sociais. Por conta disso, os tópicos “Comunicação, democracia e desigualdade social” serão os pilares de um debate que está marcado para acontecer na Universidade Federal do Maranhão, na próxima quinta-feira (12 de setembro), às 17h, no Auditório Central. A organização é da Agência Tambor.

O debate reunirá três figuras para discorrer sobre as diversas facetas do tema: uma das editoras da revista Brejeiras, Cristiane Furtado, feminista carioca que pelo seu trabalho busca dar voz e espaço às mulheres lésbicas; a quebradeira de coco Rosa Gregório, uma das fundadoras do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB); e o historiador e pastor evangélico Lydon de Araújo Santos, autor de diversos livros que tratam da história do protestantismo no Brasil.

O evento tem mais de 50 entidades apoiadoras, dentre coletivos, movimentos, sindicatos, pastorais, comunidades evangélicas e outras organizações. A entrada é totalmente gratuita e os participantes têm direito a certificado. Para adquiri-lo, basta se inscrever com antecedência no site agenciatambor.net.br. (É só ir no menu e achar “inscrições”).

Fonte: Jornal Vias de Fato.