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As bibliotecas da minha vida

Nesta semana em que se comemora o Dia do(a) Bibliotecário(a), sou grato à acolhida que tive ao longo de toda a minha vida de estudante e professor entre prateleiras, balcões e salões de leitura de um dos mais importantes espaços de desenvolvimento humano.

Biblioteca tem algo de templo, lugar de silêncio e oração, ambiente de acolhida e afeto.

Desde o ginásio tomei gosto por livros. Como não tinha poder aquisitivo para comprá-los, as bibliotecas compensavam minha falta de grana e alimentavam minha gana pela leitura.

Ao longo de todo esse tempo, frequentando os mais distintos espaços, passei a entender melhor como é importante a profissão de bibliotecário como aquela que organiza, armazena, difunde e, sobretudo, produz conhecimento.

É fundamental reconhecer como esta profissão é importante para a pesquisa em todas as áreas. Assim, as bibliotecas assumem papel de ponta no desenvolvimento científico e tecnológico.

Sou muito grato às bibliotecárias que passaram por minha vida, sempre generosas, eficazes e atenciosas.

Quando fiz doutorado, no campus Ipiranga da PUC de Porto Alegre, passava quase o dia inteiro na biblioteca Irmão José Otão, um prédio de 18 andares, com todos os recursos para acolher os usuários da melhor maneira possível.

Sempre que estava lá, pensava na Biblioteca de Alexandria, um monumento histórico gigantesco, considerado um dos maiores centros do saber, na Antiguidade.

Aí ficava pensando. .. Estão construindo uma grande biblioteca na Ufma e breve será um dos meus locais preferidos nos intervalos das aulas.

Como tantas obras inacabadas em nosso campus do Bacanga, a biblioteca virou um monumento ao desperdício de dinheiro público, com indicativos de que o erário foi maltratado logo em uma construção do maior simbolismo para uma cidade universitária.

Aquele monstro abandonado é minha única tristeza no Dia do Bibliotecário.

Mas, aquela imagem não tira o brilho e o valor dos(as) profissionais gestores da informação. A eles, todo o mérito e parabéns por esta data querida.

Que sejam valorizadas com piso salarial à altura da importância do seu trabalho e tenham o devido reconhecimento.

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