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Ana Jansen: a rainha em carne e osso e as lendas sobre a poderosa líder política do Maranhão no século 19

Uma versão sintética dessa reportagem foi publicada no TAB Uol.

Motivado por um ódio incomensurável, o comendador e negociante Antonio José Meireles importou da Inglaterra centenas de penicos de louça, tendo ao fundo a fotografia da sua maior desafeta, de tal modo que os usuários pudessem defecar e urinar sobre a imagem dela.

A venda dos urinóis no armazém do comendador foi um sucesso. Entusiasmado com a empreitada, Meireles só não contava com a peripécia da sua algoz. Ela própria acionou emissários para comprar todos os penicos. E quando não restava nenhum exemplar, mandou um grupo de 30 escravos à porta do comendador e, armados com potentosas estacas de pau, estraçalharam os urinóis até virarem pó.

O episódio real, contado na obra “Os tambores de São Luís”, de Josué Montello, é um entre tantos conflitos em que Ana Joaquina Jansen Pereira (1787 – 1869) triturou adversários até a humilhação.

Donana Jansen, Dona Ana Jansen, Donana ou Nha Jança, batizada Ana Joaquina de Castro Jansen, nasceu em São Luís e tinha ascendência nobre de uma família que entrou em decadência.

Herança, prole e poder

Pobre, já era mãe solteira antes do primeiro relacionamento com o coronel português Isidoro Rodrigues Pereira – o homem mais rico do Maranhão. Com ele, na condição de amante, teve cinco filhos antes de casar e mais uma depois do matrimônio.

Quando o coronel faleceu, deixou para Ana Jansen um grandioso patrimônio em terras, dinheiro, imóveis e escravos. Afortunada, ela virou uma personagem central no cenário político e econômico do século 19 na Província do Maranhão.

Habilidosa nos negócios, soube multiplicar a riqueza e associar o dinheiro à política, impulsionando sua família ao núcleo da elite local. Durante quase 40 anos exerceu influência total sobre escravos, desembargadores, chefes de polícia, cobradores de impostos, intelectuais, jornalistas e parlamentares.

Imponente sobrado era o QG da matrona. Foto: Adriano Almeida

O local privilegiado para a tomada de decisões era o suntuoso palacete da rua Grande, no Centro de São Luís, em eventos regados a música e banquetes. “Dia e noite ferviam ali dentro as tricas políticas e os enredos privados da terra”, registrou Jerônimo de Viveiros (p. 80) na obra “Ana Jansen, Rainha do Maranhão”.

Conservadora na política, subversiva nos costumes

Na memória coletiva, o imaginário sobre Ana Jansen está povoado de relatos sobre uma mulher perversa que mandava torturar e matar seus escravos e cometia atrocidades contra os seus inimigos.

A doutora em História Econômica (USP), Marize Helena de Campos, compreende Ana Jansen além do maniqueísmo. “Ela atravessa a história como uma mulher que desafiou regras, lugares, modelos e discursos. Considero um erro qualificá-la como vilã ou heroína. Há que se considerar o contexto em que Ana Jansen viveu e vivenciou seu poder, ideias e práticas”, enquadra.

Ao ficar viúva, antes dos 30 anos de idade, foi companheira do desembargador Francisco Carneiro Pinto Vieira de Melo, gerando mais quatro filhos, sem casar.

Do segundo casamento, com um negociante sediado em Belém do Pará, Antonio Xavier da Silva Leite, não teve descendentes.

Para a doutora em História e professora da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Elizabeth Abrantes, a liderança política e o poder econômico de Ana Jansen incomodavam os homens no contexto de uma sociedade patriarcal, misógina e escravista. “Ela exerce papéis não previstos para o sexo feminino e por isso vai ter muitos opositores, sendo alvo de uma série de boatos, intrigas, calúnias e difamações que vão contribuir para a construção do imaginário negativo que se tem até hoje”, explica.

As lendas e a política real

Não há registros de processos judiciais contra Ana Jansen por morte ou tortura de escravos, diferente do rumoroso julgamento da baronesa Ana Rosa Viana Ribeiro, acusada de torturar e matar um menino negro de oito anos de idade, em 1876.

“As violências do escravismo são injustificáveis, embora fossem parte do sistema. Por isso, algumas histórias atribuídas a Ana Jansen sequer têm racionalidade, como por exemplo mandar matar e jogar os escravos em um poço. Ela era uma comerciante e empresária muito perspicaz e jamais iria ‘jogar dinheiro fora’ ou desperdiçar um patrimônio”, pondera Abrantes.

Computa-se à influência de Ana Jansen a decisão do coronel Isidoro Pereira de doar 2.000$000 (dois contos de réis) à Santa Casa de Misericórdia para criar a Roda dos Enjeitados ou Casa da Roda, projeto filantrópico de acolhida dos bebês de mulheres pobres ou que não podiam fazer o reconhecimento da maternidade porque seriam concebidas fora do casamento.

No Brasil do século 19 só havia dos partidos: o liberal Bem-te-vi e o conservador Cabano.  À época, para alcançar os seus objetivos, as elites lançavam mão dos métodos usuais em uma província escravocrata do Brasil imperial, quando o poder era exercido mediante chantagens, coações, violência física, fraudes eleitorais e corrupção generalizada.

Uma frustração marcante

Embora fosse fiel ao império, a matrona sofreu um revés na sua maior pretensão.

Acostumada a colecionar vitórias contra políticos, homens ricos e intelectuais, Ana Jansen engoliu uma derrota amarga quando teve negado o pedido para obter o título de Baronesa de Santo Antônio junto ao imperador D. Pedro II, em 1843. Entre os argumentos e documentação apresentados no pleito, ela demonstrou a sua atuação para sufocar os rebeldes da Guerra da Balaiada (1838 -1841), o maior levante popular da Província do Maranhão, e a contribuição junto às forças do império na Revolução Farroupilha (1835-1845), no sul do Brasil.

Ela não foi baronesa de direito, mas de fato era a “Rainha do Maranhão”, exercendo o matriarcado em uma sociedade patriarcal.

Entre as suas vítimas constou ainda o político e intelectual Candido Mendes de Almeida, tirado à força de um navio quando tentava largar para o Rio de Janeiro, onde tomaria posse na Assembleia Geral Legislativa. Ele fora ainda desafiado para um duelo à bala pelo filho da matrona, o comandante da Guarda Nacional Isidoro Jansen Pereira. Mendes compareceu ao desafio, mas o adversário, ausente, mandou um recado avisando que o conflito seria resolvido “no cacete” em outro momento.

A vida transborda para os jornais

Em 1843 ela retaliou o ilustrado escritor e professor de grego Francisco Sotero dos Reis, demitindo-o da direção do tradicional Liceu Maranhense. Reis era articulista do periódico “A Revista”, gazeta cabana, adversário do jornal “O Guajajara”, controlado pela família de Ana Jansen.

Não satisfeita, estendeu a perseguição a Nunes Cascais, dono da tipografia onde “A Revista” era impressa. Ele foi sabotado por diversos métodos até ser despejado do sobrado onde funcionava a oficina do jornal. “Na época, era desgraça ser parente de Cascais”, registrou Viveiros (p.42)

Na percepção do doutor em História (Universidade Federal Fluminense) e professor da Universidade Estadual do Maranhão, Marcelo Cheche Galves, os jornais da época representavam a imprensa artesanal e pré-capitalista. “As publicações viviam da política, não se pagavam com as tiragens ou anúncios e tinham vida efêmera. Eram engajados e defendiam abertamente as suas posições sem a preocupação com a ideia de neutralidade”, especifica.

A edição de 6 de junho de 1840 o jornal “O Guajajara” estampava na primeira página: “…na sua decima taquarada fez huma fala energica contra os dezordeiros e insurreição dos pretos, e expendendo fortes razões, concluio sem rebuço: Guerra e mais guerra, aos rebeldes e pretos levantados.”

O alvo do ataque eram os “balaios”, referência ao apelido de um dos líderes da Guerra da Balaiada, Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, artesão que fabricava um tipo de cesto de palha denominado “balaio”.

A guerra da água

A “Rainha do Maranhão” monopolizava a distribuição de água na capital da província, em sociedade com o empresário espanhol Santos José da Cunha. Seus escravos coletavam nas fontes ou chafarizes e vendiam o líquido de casa em casa, em pipas sobre carroças puxadas a burro.

Na época retornava de Paris o recém-formado engenheiro Raimundo Teixeira Mendes e logo vislumbrou um projeto de canalização da água em São Luís. Seu empreendimento visava ao lucro e oferecer o serviço mais ágil e higiênico.

Diante da ameaça do concorrente, Ana Jansen armou o combate, narrado por Viveiros: “Ainda não tinham decorridos oito dias da inauguração da Companhia de Águas do Rio Anil, e aparecia boiando nas águas do depósito do Campo do Ourique um gato morto, já em putrefação. Os negros da Rainha espalhavam a notícia – gato morto na caixa d’água -, que o povo repetia pelas ruas da cidade.” (p. 49).

Chafariz no Palácio Cristo Rei, no Largo dos Amores, remonta à época em que não havia água encanada na cidade. Foto: Adriano Almeida.

Depois do gato sucederam outras sabotagens. Enquanto a água encanada faltava, as carroças seguiram abastecendo a população por mais 15 anos. Teixeira Mendes faleceu e o empreendimento faliu. Só em 1874 uma nova empresa assumiu o projeto e conseguiu distribuir água encanada para a cidade.

E quando a serpente acordar…

Ana Joaquina Jansen Pereira Leite morreu aos 82 anos, em 11 de abril de 1869. Foi sepultada no cemitério dos Passos (hoje Estádio Municipal Nhozinho Santos). Deixou em testamento a recomendação para celebrarem 200 missas de corpo presente. Sua vida marcante foi adaptada para o teatro na peça “Ana do Maranhão”, da escritora Lenita Estrela de Sá, e ganhou versões para leitores infantis dos autores Beto Nicácio e Wilson Marques.

A serpente na Lagoa da Jansen é uma das marcas da cidade. Foto: Adriano Almeida

Dos seus 11 filhos, dez foram concebidos sem casamento. A prole computa ainda 53 netos e 14 bisnetos. Uma das suas descendentes, Terezinha Jansen, destacou-se no cenário da cultura popular do Maranhão.

Entre fatos, lendas e mistérios, a Rainha do Maranhão vive no imaginário da população. Uma das fabulosas histórias remete à “carruagem fantasma” de Ana Jansen, que altas horas da noite parte de um cemitério puxada por mulas sem cabeça, guiada por um cocheiro negro decapitado. Esse arquétipo seria a expiação dos pecados da matrona pelas supostas maldades praticadas em vida.

Centro Histórico de São Luís é cenário de lendas. Foto: Adriano Almeida

Na famosa Lagoa da Jansen, cartão postal de São Luís, flutua a grandiosa escultura de 74 metros da “serpente encantada”, ilustrando uma cobra gigante que cresce ao longo dos séculos nos subterrâneos da cidade. No imaginário das lendas, a serpente remete ao sebastianismo.

O rei de Portugal, Dom Sebastião, desaparecido em 1578, no Marrocos, ressurge nas noites de lua cheia na forma de um touro encantado com uma estrela na testa, cavalgando sobre as dunas da Ilha dos Lençóis, em Cururupu, a 200 km da costa ocidental do Maranhão. Se alguém tocar na estrela, a serpente acorda em São Luís e a cidade desaparece tragada pelas águas.

Presente na obra do padre Antônio Vieira, o sebastianismo transborda para os cantos ritualísticos do tambor de mina (ouça aqui):

Rei, ê Rei
Rei Sebastião,
Rei, ê Rei
Rei Sebastião,

Quem desencantar Lençóis
Vai abaixo o Maranhão

IMAGEM DESTACADA: Imagem do livro ‘Perfil de Ana Jansen’ (1985), de Waldemar Santos / Imagem: Reprodução.

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Geografia: entenda as diferenças entre a Ilha dos Lençóis e os Lençóis Maranhenses

Muitos maranhenses e turistas ainda confundem a região dos Lençóis Maranhenses e a Ilha de Lençóis.

A primeira está situada no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, uma extensa área que compreende os municípios de Barreirinhas, Paulino Neves, Primeira Cruz e Humberto de Campos.

Essa região é bastante divulgada no trading turístico internacional pelas belezas naturais do rio Preguiças e o conjunto de dunas e lagoas, além das praias que formam um complexo de atrativos até mesmo para a prática de esportes náuticos, como o kitesurf, na localidade Atins.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses está localizado no percurso da Rota das Emoções, estendendo-se pelo litoral do Maranhão, Piauí e Ceará.

Já a Ilha dos Lençóis é posicionada no litoral ocidental do Maranhão, na região denominada Floresta dos Guarás, em direção oposta ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Entre tantas referências a ilha já foi tema do enredo da escola de samba Tuiuti, do Rio de Janeiro, no carnaval de 2020.

A Ilha dos Lençóis faz parte do grande território da Reserva Extrativista (Resex) de Cururupu ou Arquipélago de Maiaú, formada por 17 áreas insulares onde se cultivam principalmente a pesca, a maricultura e o turismo, entre outras atividades.

Lençóis, a ilha, é conhecida pelas belezas naturais e aspectos culturais relacionados ao sebastianismo (veja vídeo abaixo). Conta a lenda que o rei de Portugal, Dom Sebastião, morto na batalha de Alcácer-Quibir (África), em 1578, reaparece cavalgando sobre as exuberantes dunas da ilha nas noites de lua cheia.

Parte dos moradores tem a pele embranquecida e frágil devido ao fenômeno do albinismo. Colados à lenda e cautelosos na exposição ao sol intenso na região, os albinos costumam sair de casa com mais frequência depois do poente.

Caminhando sobre as dunas à noite, produzem uma cena cinematográfica e incorporam à lenda o relato de que seriam filhos da lua. Os moradores, no geral, prestam reverência ao rei Dom Sebastião (veja abaixo).

Moradora da ilha dos Lençóis, Helena fala sobre a encantaria de Dom Sebastião.
Vídeo: Marizélia Ribeiro

Para você se localizar melhor no mapa do Brasil, posicione o dedo no Maranhão. Se você mover em direção ao Ceará indica que está a caminho do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que tem como principal referência a cidade de Barreirinhas.

Se mover o dedo em direção ao Pará vai encontrar o litoral ocidental e nessa orientação segue para o município de Cururupu (cerca de 300km de São Luís), onde está localizada a famosa ILHA DOS LENÇÓIS.

Veja abaixo os contatos de pousada na Ilha dos Lençóis.

O porto de Apicum-Açu é um dos caminhos para chegar à Ilha dos Lençóis.

Aprecie o visual da chegada à Ilha dos Lençóis

Conheça também o sistema híbrido de geração de energia na Ilha dos Lençóis.

Saiba como funciona o manejo ecológico da Resex Cururupu na Ilha dos Lençóis.

Conheça também os atrativos na Ilha de Bate Vento, vizinha à Ilha dos Lençóis.

Imagem destacada / Vista das dunas na Ilha dos Lençóis / Fonte: Pinterest

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Enredo da Tuiuti (RJ) traz encantaria da Ilha dos Lençóis, no Maranhão

A escola de samba Paraíso do Tuiuti, do Rio de Janeiro, apresentou no Carnaval de 2020 o enredo “O santo e o rei: encantarias de Sebastião”, do carnavalesco João Vitor Araújo.

Na composição constam duas referências a São Sebastião: uma no Rio de Janeiro e outra no litoral do Maranhão.

Padroeiro dos cariocas, o santo é referenciado especialmente pela comunidade Tuiuti, que também apadrinha a escola de samba.

O enredo é alusivo à lenda de Dom Sebastião, cultuada na Ilha dos Lençóis, localizada no município de Cururupu, no litoral ocidental do Maranhão.

Destaque da Tuiutí /
Foto: Alexandre Mourão G1

A ilha é povoada pelas encantarias originárias da saga do rei português Dom Sebastião, morto no século 16, na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, quando tentava reconstruir a pujança econômica de Portugal.

Diz a lenda que nas noites de lua cheia Dom Sebastião renasce em uma aparição, cavalgando sobre um touro adornado por joias nos imensos morros de areia branca da Ilha dos Lençóis.

Devido a incidência do albinismo em uma parte dos moradores da ilha, as pessoas de pele clara são denominadas “filhos da lua”, de certa forma colaborando para o imaginário das encantarias em Lençóis.

Entenda a Geografia

Muitos maranhenses e turistas ainda confundem a região dos Lençóis Maranhenses e a Ilha de Lençóis.

A primeira está situada no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, uma extensa área que compreende os municípios de Barreirinhas, Paulino Neves, Primeira Cruz e Humberto de Campos.

Essa região é bastante divulgada no trading turístico internacional pelas belezas naturais do rio Preguiças e o conjunto de dunas e lagoas, além das praias que formam um complexo de atrativos até mesmo para a prática de esportes náuticos, como o kitesurf, na localidade Atins.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses está localizado no percurso da Rota das Emoções, estendendo-se pelo litoral do Maranhão, Piauí e Ceará.

Já a Ilha dos Lençóis é posicionada no litoral ocidental do Maranhão, na região denominada Floresta dos Guarás, em direção oposta ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

A Ilha dos Lençóis faz parte do grande território da Reserva Extrativista (Resex) de Cururupu ou Arquipélago de Maiaú, formada por 17 áreas insulares onde se cultivam principalmente a pesca, a maricultura e o turismo, entre outras atividades.

Na Resex Cururupu existem atrativos turísticos de grande potencial: dunas, praias, lagoas, manguezal, culinária e a toda a cultura dos moradores.

Leia mais sobre a Ilha dos Lençóis, saiba como chegar lá e onde se hospedar.

Lençóis, a ilha, é conhecida pelas belezas naturais e aspectos culturais relacionados ao sebastianismo (veja vídeo abaixo). Conta a lenda que o rei de Portugal, Dom Sebastião, morto na batalha de Alcácer-Quibir (África), em 1578, reaparece cavalgando sobre as exuberantes dunas da ilha nas noites de lua cheia.

Parte dos moradores tem a pele embranquecida e frágil devido ao fenômeno do albinismo. Colados à lenda e cautelosos na exposição ao sol intenso na região, os albinos costumam sair de casa com mais frequência depois do poente.

Caminhando sobre as dunas à noite, produzem uma cena cinematográfica e incorporam à lenda o relato de que seriam filhos da lua. Os moradores, no geral, prestam reverência ao rei Dom Sebastião (veja vídeo abaixo)

Moradora da ilha dos Lençóis, Helena fala sobre a encantaria de Dom Sebastião.
Vídeo: Marizélia Ribeiro

Para você se localizar melhor no mapa do Brasil, posicione o dedo no Maranhão. Se você mover em direção ao Ceará indica que está a caminho do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que tem como principal referência a cidade de Barreirinhas.

Veja o visual da Ilha dos Lençóis, em Cururupu, no litoral ocidental do Maranhão.
Vídeo: Marizélia Ribeiro

Se mover o dedo em direção ao Pará vai encontrar o litoral ocidental e nessa orientação segue para o município de Cururupu (cerca de 300km de São Luís), onde está localizada a famosa ILHA DOS LENÇÓIS.

Ouça aqui o samba da Paraíso do Tuiuti

Compositores: Moacyr Luz, Cláudio Russo, Aníbal, Júlio Alves, Pier e Tricolor Intérpretes: Celsinho Mody e Nino do Milênio

Veja no vídeo abaixo o comentário sobre a Ilha dos Lençóis.

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Porto de Apicum-Açu é o principal acesso às ilhas da Floresta dos Guarás

Região importante do Maranhão, que compreende municípios com grande potencial econômico e turístico, a Floresta dos Guarás tem entre seus atrativos as aprazíveis ilhas da Reserva Extrativista Marinha (Resex) de Cururupu.

Um dos caminhos para chegar às ilhas é o porto de Apicum-Açu, município localizado a 298 Km de São Luís, seguindo pelo ferry boat.

O porto, muito movimentado, recebe embarcações do Maranhão e do Pará, servindo de escoadouro para a produção pesqueira, de mariscos e outros produtos da região.

Apicum-Açu, embora seja um local de grande força comercial, ainda é pouco explorada para o turismo. Mesmo assim, vale a pena conhecer e seguir viagem para uma região encantadora do Maranhão.

Leia mais e assista ao vídeo no site Agenda Maranhão