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Marconi Rezende e convidados realizam show em prol da democracia

“Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, se tornou um hino contra a ditadura militar brasileira inaugurada pelo golpe de 1964. O clássico é lembrado até hoje em momentos de enfrentamento, por exemplo, greves de trabalhadores reivindicando direitos.

A canção dá título ao show que Marconi Rezende e convidados apresentam – “em prol da democracia”, frisa o artista anfitrião –, na próxima sexta-feira (30 de setembro), às 21h, no Soul Lounge (Av. Litorânea).

O show terá repertório autoral e clássicos da música popular brasileira, com especial atenção às chamadas canções de protesto, numa tomada de posição coletiva, pública e, sobretudo, musical.

Além de Marconi Rezende, sobem ao palco Emanuelle Paz, Joãozinho Ribeiro, Josias Sobrinho, Luciana Pinheiro, Milla Camões, Tássia Campos e Tutuca.

O cenário de autoritarismo e violência no Brasil de 2022 é bastante parecido com o da ditadura. E é contra essa barbárie que estes artistas irão cantar.

O couvert artístico custa apenas 20 reais e pode ser pago antecipadamente pelo pix (98) 99111-9493.

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Impressões sobre o debate na TV Mirante

1 – Está em curso uma batalha pela posição de segundo turno para enfrentar o governador Carlos Brandão;

2 – Nessa batalha, o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, tenta crescer. Para isso, bateu forte em Weverton Rocha e Lahesio Bonfim;

3 – O estilo agressivo do ex-prefeito destoa do seu tom natural de não querer briga com ninguém. O Edivaldo Jr brigão tem motivo: ele foi prefeito do maior colégio eleitoral do Maranhão (São Luís) por oito anos e corre o risco de ficar abaixo de Lahesio Bonfim, prefeito de uma cidade minúscula no sul do estado – São Pedro dos Crentes;

4 – Mas, pode ser também que o ex-prefeito tenha sido “escalado” para bater em Weverton Rocha com a pergunta sobre o ginásio Costa Rodrigues;

5 – Por outro lado, Lahésio Bonfim sentiu a desconstrução. Ele viu arranhada a sua imagem publicitária de santo e probo. Edivaldo Jr fez duras acusações de corrupção contra o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes;

6 – Quando percebeu as pancadas, Lhaesio Bonfim construiu uma retórica da vitimização, dizendo-se alvo de um “consórcio” de candidatos contra ele;

7 – Só as pesquisas qualitativas que estão em curso podem dizer se Lahesio Bonfim saiu do debate como vítima ou corrupto;

8 – Em posição confortável, o governador Carlos Brandão assistiu à batalha dos crentes e de Weverton Rocha com tranquilidade. Chegou a ser incomodado apenas quando mencionaram a presença do seu sobrinho na cena do crime que levou à morte um cobrador de propinas que estaria envolto nas relações com o vereador de São Luís Beto Castro;

9 – Como o foco da batalha nesse momento é para decidir quem vai ao segundo turno, o governador foi poupado, apenas por enquanto;

10 – Na minha humilde impressão, o agendamento (positivo e negativo) de Lahesio Bonfim ajuda a impulsionar o nome dele. E isso já preocupa Weverton Rocha. Esse é o ponto de tensão após o debate.

Lahesio tenta esconder Bolsonaro

11 – O debate desvinculou as candidaturas presidenciais. A polaridade Lula x Bolsonaro não entrou na pauta. Ponto positivo para o bolsonarista Lahesio, que tenta esconder o seu candidato a presidente Jair Bolsonaro;

12 – Menos importante, a estética de alguns candidatos chamou atenção: implantes capilares são muito perceptíveis. Deve ser porque os candidatos precisam ficar com os cabelos em pé;

13 – Faça o L.

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Sair disso… JÁ!

Flávio Reis

Texto original publicado no site da Editora Passagens

Bolsonaro chegou à Presidência da República num contexto muito particular. Militar reformado por indisciplina, tornou-se vereador e logo deputado por longos anos no Congresso Nacional. Uma figura politicamente irrelevante, que aparecia aqui e ali pelo comportamento agressivo, as falas disparatadas, um prato feito para programas considerados politicamente incorretos, que carnavalizavam o grotesco. E foi construindo sua carreira política assim, entre “rachadinhas”, condecorações a milicianos, alinhamento com o Centrão, defesa dos interesses corporativos de militares e policiais, elogio da ditadura e da tortura. Uma excrescência política, que, no entanto, expressava ruidosamente preconceitos e posições reacionárias existentes de forma mais ou menos dispersa em setores da sociedade brasileira.

A conjuntura estava marcada pela Lava Jato, pela prisão de Lula e uma indignação avolumada na grande mídia, além do cortejo infindável de deturpações e mentiras espalhadas pelas redes sociais. A receita perfeita para os lobos aparecerem travestidos de salvadores da pátria. Assim como aconteceu na eleição de Collor, a lorota deu certo e o velho militar arruaceiro, deputado improdutivo, foi alçado à posição mais alta do país. Muitos apostaram na boçalidade como via de resolução. Uma saída que não é incomum em tempos de crise política e social. Em outras partes do mundo ocorria o mesmo.

Como era de se esperar, o resultado foi um desastre ainda maior que o de Collor. Sem nenhuma visão, seja das questões estratégicas ou dos problemas emergenciais, Bolsonaro montou um time voltado para a destruição dos alicerces da Constituição de 88. Muito barulho, promessas ocas e grosserias a granel, enquanto áreas importantes do governo iam se desmantelando, notadamente os setores da educação, saúde e seguridade social, meio ambiente e cultura. Um misto de intenção e incompetência. Assim, entramos numa fase de desarranjo institucional, com atritos constantes entre os poderes, mensagens e ameaças golpistas recorrentes a partir do Executivo, desmantelamento de organismos de fiscalização, destruição ambiental, isolamento internacional do Brasil, sucateamento das universidades públicas e de seus programas de pós-graduação, ataques à cultura brasileira, posturas recorrentes de desprezo e violência em relação a mulheres e várias minorias e uma utilização da religião a partir do conluio com pastores devotados à manipulação de seus rebanhos.

Tudo sedimentado numa forma abertamente patrimonialista de exercício do poder, em grau desconhecido até nos padrões brasileiros. O poder é exercido pela “família Bolsonaro”, em inevitável proximidade com os códigos mafiosos ou milicianos. Os filhos igualmente abraçaram a carreira política, sendo Carlos, o vereador do Rio, o responsável pela estratégia de comunicação em redes sociais, que funcionou como alavanca poderosa da candidatura e marcou a forma de comunicação de Bolsonaro com sua base ideológica. Configurou uma “corrente de opinião” manipulada no próprio fluxo das redes, através de dados e máquinas. Seu núcleo ganhou a denominação de “gabinete do ódio”. O vereador desfilou no próprio carro presidencial no dia da posse, possui sala no Palácio do Alvorada, já frequentou reuniões ministeriais e integrou comitivas presidenciais em viagens. Na maior cara dura.

O governo de Bolsonaro não tem outro legado a não ser o da destruição. E seu maior signo foi o negacionismo, estampado no auge da pandemia da Covid-19, quando se colocou na contramão do resto do mundo e, irmanado ao seu ídolo Trump, trabalhou contra as restrições defendidas pelos organismos internacionais, falou e atuou contra vacinas e minimizou os sofrimentos do povo, dizendo que não passavam de “mi-mi-mi”. Fez uma intervenção branca no Ministério da Saúde, mantendo no comando um general trapalhão que não tinha nada a ver com medicina e saúde pública, durante a maior emergência sanitária vivenciada pelo mundo em um século. Será lembrado como um presidente genocida, alguém que provocou e estimulou a morte. A imagem já se cristalizou no mundo.

Diante desse quadro, as eleições de 2 de outubro ganham um tom de emergência nacional. Não constitui novidade que a nossa chamada transição democrática foi a mais negociada e conservadora no contexto dos países da América do Sul. O exército manteve uma série de prerrogativas, sobretudo na redação truncada do artigo 142, onde as Forças Armadas “destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Interpretações controversas à parte, numa democracia são os poderes constitucionais que garantem o funcionamento das Forças Armadas e não o inverso.

Na história da nossa democracia, no entanto, sabemos do papel do general Leônidas Pires Gonçalves “garantindo” a posse de Sarney, no nascedouro do novo regime, assim como o famoso tuite do general Villas Bôas em abril de 2018, na véspera do julgamento no STF de um habeas corpus pedido pela defesa de Lula contra a prisão com condenação em segunda instância, pressionando os integrantes do Tribunal e cujo resultado seria decisivo para barrar sua candidatura à Presidência. Em suma, o exército esteve longe de se manter fora dos embates políticos em momentos de crise mais aguda. Ainda assim, não era mais o centro de conspirações e preocupações política, que foi durante a chamada República Populista ou Segunda República, entre 1946 e 1964.

Não era, até Bolsonaro aparecer como ponto de junção para saudosos dos tempos de violência e arbítrio da ditadura, dentro e fora dos quartéis. Seu governo desastroso terminou não conseguindo unir os generais em torno das intenções golpistas, mas levou uma parte. Encheu a administração federal de militares, uma forma de reforçar os contracheques, e privilegiou o Ministério da Defesa, cercando de mimos os companheiros de farda.

Neste quadro de devastação institucional, social, cultural, educacional, ambiental e mais, não há dúvida de que as forças contrárias devem se unir com determinação. A sociedade brasileira, em sua pujante diversidade cultural e com os desafios históricos de amadurecimento institucional e combate às gritantes desigualdades sociais, tem forças para recusar esse destino nefasto de violência, intolerância e burrice, isso mesmo, burrice, que caracteriza esta triste quadra da nossa história.

Guardo diferenças com o PT e seus anos na Presidência, mas tenho olhos também para as modificações positivas que inscreveram em nossa trajetória, mudando a forma como o Estado se coloca para aqueles que o saudoso Florestan Fernandes chamava de “os de baixo”. O Brasil precisa se reencontrar com seus sonhos e anseios, encontrar os caminhos em meio às divergências e diferenças e recusar resolutamente esse caminho falso, e até caricato, que é o bolsonarismo, com seu estilo fascistóide. Neste ponto, não há vacilação possível. A derrota inequívoca de Bolsonaro e de seus asseclas, que viraram todos candidatos, com suas mensagens de ódio e comportamentos violentos, é o único caminho a quem acredita que o convívio na diferença é possível e que política é dissenção, mas não aniquilamento dos adversários. Contra a intolerância do pensamento uniforme, a força da diversidade.

Este é o pano de fundo das eleições do dia 2 de outubro. Não é uma eleição normal, que comporte a lógica do segundo turno de maneira corriqueira.  Desgastado interna e externamente, cada vez mais isolado, restou a Bolsonaro o caminho que sempre trilhou, que é o de apostar no tumulto e na confusão. Com grupos privados armados e insuflados e policiais agindo de maneira quase descontrolada, é o arco mais amplo de uma vitória de Lula no primeiro turno que pode deter a escalada da barbárie que o bolsonarismo expressa.

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A onda vermelha cresce no interior do Nordeste

Um movimento espontâneo em centenas de cidades do Nordeste ganha as ruas em forma de caminhadas, passeatas, motocadas, carreatas e tantas outras manifestações de apoio a Lula.

No Maranhão, diversas cidades já realizaram eventos de rua. Clique no link abaixo e veja como foi em Santa Helena e Turilândia.

https://youtube.com/shorts/7mkWVbRPTMo

É 13 no primeiro turno.

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“Ói nóis aqui traveis”

Eloy Melonio

“Há tempo para todo propósito debaixo do céu.”

É assim que Eclesiastes ― quarto livro poético da Bíblia ― abre o capítulo 3. E diz mais: “tempo de estar calado, e tempo de falar”.

A citação serve para contextualizar o tema desta crônica. Porque é chegado o tempo do HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO. E, com ele, a temporada do “palavreado” ― gente falando “sem moderação”. Acusações, ofensas pessoais, promessas vazias ― um emaranhado de palavras aos ouvidos incrédulos dos eleitores.

E não tem pra onde correr. Os “donos da palavra” estão por toda parte. Sorridentes, falam com todo mundo, beijam as velhinhas e as crianças, tiram selfies com os jovens. Aí o jeito é esperar o tempo passar. E, quando terminar, acho que muita gente vai gritar: Já vão tarde!

Esse “palavreado” começou em 26 de agosto, quando os candidatos cantaram triunfantes: “Ói nóis aqui traveis”.

É óbvio que não estou falando dos “Demônios da Garoa”, tradicional grupo musical de São Paulo (1943), que se popularizou com canções memoráveis, como “Trem das Onze” e “Eu sou o samba”. A atração é o“grupo dos candidatos”, mas o fundo musical bem que poderia ser a música do mais antigo conjunto do mundoem atividade (Guinness/1994):

“Se vocês pensam que nóis fumos embora / Nóis enganemos voceis / Fingimos que fumos e vortemos / Ói nóis aqui traveis”

E, assim, o tempo de que fala o livro bíblico chegou para os políticos nacionais. Para os candidatos, tempo de “falar”; para o povo, tempo de ouvir.

Nesse contexto, salvo raras exceções, o espírito de seu discurso é “falatório geral” ― algo que soa como “o sanatório geral”, na música “Vai Passar”, de Chico Buarque. E a nossa sala de estar vira palco de uma tresloucada retórica. O que importa, nessa caça ao eleitor, não é o que dizer, mas dizer, dizer, dizer.

Esse verbo ― seja qual for o tempo ou o modo, ou até mesmo com erros de português ― é a arma mais poderosa dos políticos. Entre eles, grandes comunicadores que, pela eloquência, firmam-se como líderes locais ou nacionais porque suas palavras seduzem e arrebatam multidões.

E nós não somos tão diferentes. Tem gente que ainda vota por sugestão de um amigo, pressão ou submissão. Diante dos lobos, ainda somos presa fácil. O ideal seria “estudar” as propostas para escolher os mais sérios e competentes. Afinal, eles são eleitos para exercer uma função legislativa ou executiva em nosso nome. Dia desses, um amigo me deu esta lição de cidadania: “Já tenho meus candidatos: cidadãos competentes, com propostas objetivas, que defendem nossos direitos, o bem-estar e a dignidade humana”.

Um adágio diz que “tudo o que é bom dura pouco”. Para o HORÁRIO ELEITORAL, seria melhor “ruim” em vez de “bom”. Talvez essa coisa da propaganda gratuita já tivesse ido “pros quintos (do inferno)”! Não quero ser categórico, mas esse é um desejo antigo de muita gente, que já está “pê-da-vida” com essa novela da vida real.

O pior de tudo é que não inovam. Os programas são iguais (ou piores)aos da eleição passada. Excetuando-se os “peixes grandes”, o resto é tudo igual. Em vez de informar e esclarecer, o que fazem é “nadar em águas passadas”. Um partido sai de cena, entra outro; depois, voltar o anterior, com outros candidatos. Num mesmo programa, um candidato entra e sai várias vezes. Todo mundo junto e misturado, “gatos pardos” no mesmo saco.

Dito isso, pensei numa breve simulação desse palavreado.Antes, sugiro que limpe os ouvidos para ouvir direitinho o que nossos amigos têm a dizer:

“Boa noite! Sou Ana Desconhecida. E sempre estive ao lado do povo”;

“Sou Manuel Oportuno. Não sou desses que só aparecem de quatro em quatro anos”;

“Sou Tomé, da Vila Boa Esperança. Vocês sabem que sou um homem de fé”;

“Sou Ana Alfabeta. Investir em educação é investir no futuro”.

“Sou João Pacífico. Não votem nos candidatos do time do ódio. Votem em mim pra gente acabar com eles”;

“Sou Aurélio Palavra Fácil. Chega de escolher o menos pior”;

“Sou Dalila. Concorro ao meu quarto mandato. Dê uma chance ao novo!”;

A última personagem, ansiosa por seus sete segundinhos, fala em voz mansa e pausada: “Amados, sou o irmão José Maria Verdade da Cruz. Que Deus nos abençoe!”

O pobrezinho não teve tempo de dizer “Amém!” nem “Vote em mim!”. Tomara que ― na próxima campanha ― ele fique mais atento ao relógio.

Afinal, nem sempre há “tempo pra tudo” na disputa eleitoral.

_______

Eloy Melonio é contista, cronista, letrista e poeta.

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Ciro Gomes faz um caminho sem volta

A pretexto de adotar uma posição de combate a Lula e Bolsonaro, tentando se colocar como alternativa à polarização óbvia que tomou conta do Brasil desde 2018, Ciro Gomes começa a fazer uma despedida definitiva da vida pública, pelo menos como candidato ao maior cargo da República.

Uma eventual vitória de Lula vai consolidar o lulismo como herança política que terá vários pretendentes ao legado e à memória do petista.

Por outro lado, mesmo derrotado, o bolsonarismo ficará vivo e latindo.

Não precisa ter bola de cristal para perceber que Lula, mesmo depois de morto, será um eleitor dos seus herdeiros políticos.

Guardadas as devidas proporções e diferenças, o lulismo, o peronismo, o varguismo etc são marcas políticas e eleitorais que atravessaram e seguem influenciando as disputas no Brasil e na Argentina.

E Ciro Gomes, um homem tão inteligente, parece um amador.

Para não dizer algo pior, ele está servindo de linha auxiliar do campo político mais reacionário do Brasil nas últimas décadas.

Nesse momento, a eleição é vida ou morte.

Mas Ciro prefere uma suposta neutralidade.

Para ele recomendamos a leitura do Apocalipse 3:15-16

Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente!

Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.

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Feira Livre de Alcântara chega à oitava edição

Acontece nesse sábado (24 de setembro) mais uma edição da Feira Livre de Alcântara. O evento vem ocorrendo desde 2016 e esse ano, em sua oitava edição, será realizada nas ruínas do Palácio Imperial, em frente à Igreja do Carmo.

A feira reúne artesãos, artistas, produtores rurais e microempreendedores em geral, com exposição de artesanato local, brechós, produtores de agricultura familiar, plantas, comidas típicas e bebidas naturais.

A programação terá início às 8 horas e ficará até o fim de tarde. Durante a manhã haverá discotecagem com os DJs Amsterdam e Maré de Som. Na tarde, entram em cena roda de capoeira kilombarte, oficinas e apresentação musical da artista Rossely Melo.

O trabalho de organização feira é uma ação coletiva da comunidade que busca fortalecer a economia solidária e conta com o apoio da Comtur, Prefeitura de Alcântara e empresários locais.

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Campanha de Lula aciona TSE por discurso de Bolsonaro na ONU

Petição aponta abuso do poder político e econômico e pede proibição de uso de imagens e áudio; candidato usa prerrogativas do cargo para fazer campanha eleitoral

A Coligação Brasil da Esperança, da chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ajuizou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por abuso de poder político e econômico, além de uso indevido dos meios de comunicação, contra o candidato Jair Bolsonaro e seu vice, Walter Braga Netto.

A coligação aponta que, ao discursar na 77ª Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, Bolsonaro utilizou-se indevidamente dos meios de comunicação social e praticou condutas vedadas na disputa eleitoral.

“Jair Bolsonaro mantém a deliberada atitude de confundir as figuras de presidente da República e a de candidato à reeleição ao cargo. Isso significa, na prática, que ele utilizou-se das prerrogativas de seu cargo para fazer campanha eleitoral, rompendo com a isonomia na disputa eleitoral”, afirmam os advogados da coligação, na AIJE.

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Dia do Ouvinte de Rádio é comemorado hoje

21 de setembro é o Dia Estadual do Ouvinte de Rádio no Maranhão, instituído pela Lei nº 8.925, publicada no Diário Oficial do Estado em 12 de janeiro de 2009, sancionada pelo então governador Jackson Lago.

A criação da efeméride foi uma iniciativa da Sociedade dos Ouvintes Maranhenses de Rádio (Somar), na gestão do saudoso João Carlos Silva Gomes.

O projeto que instituiu a data foi apresentado pelo deputado estadual Pavão Filho.

Lei do Dia do Ouvinte foi sancionada na gestão Jackson Lago

De acordo com a justificativa, no Dia Estadual do Ouvinte de Rádio o Governo do Maranhão, através da Secretaria de Estado de Comunicação Social, em parceria com entidades representativas da categoria, deve promover círculos de debates, fóruns, seminários, entre outras atividades.

Quem está na foto?

A imagem ilustrativa é dos familiares e vizinhos do servidor da Caema e ativista socioambiental Marcos Silva (ex-PSTU).

O registro é de 1969, no povoado Baixa da Negra, em Buriti Corrente, no município de Caxias, região leste do Maranhão.

O pai e a mãe de Marcos Silva seguram filhos no colo.

Já Marcos Silva, à época com 3 anos de idade, está sentado no banquinho segurando um aparelho de rádio.

Os demais são vizinhos.

A magia do rádio, ainda vivo em outras mídias sonoras (podcast por exemplo), está na memória e nas atualizações das diversas formas de consumir os meios de comunicação.

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Ex-candidatos à Presidência declaram apoio a Lula e Alckmin

Henrique Meirelles, Marina Silva, Guilherme Boulos, Cristovam Buarque, Luciana Genro e João Vicente Goulart se unem em defesa da democracia

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, da Coligação Brasil da Esperança, receberam, nesta segunda-feira (19/09), o apoio de ex-candidatos à Presidência da República em eleições anteriores. Entre os presentes estavam Marina Silva, João Vicente Goulart, Cristovam Buarque, Guilherme Boulos, Luciana Genro e Henrique Meirelles.

O encontro em São Paulo (SP) reforçou a unidade democrática em torno da chapa Lula-Alckmin contra a sombra do fascismo e os arroubos golpistas de Jair Bolsonaro, explicou Aloízio Mercadante, que é coordenador do programa de governo da Coligação.

O ex-presidente Lula afirmou que a reunião simboliza a vontade que as pessoas têm de recuperar a democracia. “Todo mundo sabe que a democracia não é um pacto de silêncio. Todo mundo, silenciosamente, vendo um governo governar. Não! A democracia é exatamente o contrário: é a sociedade se movimentando dia e noite na perspectiva de conquistar melhores condições de vida para o povo brasileiro, para mulheres, para homens, para aqueles que trabalham no país”, declarou.

E prosseguiu. “O que vocês estão fazendo no gesto de hoje, companheiros, é assumindo um compromisso. E não é um compromisso com o Lula. É um compromisso de que esse país vai voltar a viver democraticamente. A sociedade vai participar das principais decisões desse país. Essa reunião simboliza a reconstrução do Brasil”, completou.

Fernando Haddad, que herdou a candidatura quando Lula foi impedido de disputar as eleições de 2018, também esteve presente. Atual candidato ao governo de São Paulo, ele destacou que a mesa reuniu de socialistas a liberais, sendo a mais representativa da história democrática brasileira.

“Nós estamos aqui para celebrar, justamente, a liberdade e nossas diferenças. Do lado oposto o que existe é o autoritarismo. E não existe democracia quando uma força política que está no poder quer anular as diferenças”, declarou.

Haddad disse também que o Brasil tem sido vítima de golpes sequenciais, com o afastamento presidenta Dilma Rousseff “no arrepio do que diz a constituição”, e a perseguição do presidente Lula quatro anos atrás. “Agora, chegamos em 2022 com condições de colocar esse país de novo nos trilhos do desenvolvimento com justiça social e democracia”, completou o ex-prefeito de São Paulo.

Guilherme Boulos reforçou que a reunião de pessoas que representam campos distintos da política brasileira, com suas diferenças conhecidas publicamente, tem como objetivo preservar a democracia para derrotar “um candidato fascista que ameaça as liberdades”.

“Eu acredito que esse encontro vai ser lembrado mais adiante como um momento histórico. Há quase 40 anos nós tivemos um palanque que uniu pessoas diferentes exigindo eleições diretas para derrubar a ditadura. Uma geração antes da minha enfrentou censura, tortura, mortes, para que a gente pudesse estar aqui hoje e eleger nossos representantes. Então nós estamos juntos com o intuito dessas conquistas e liberdades não escaparem das nossas mãos”, disse.

Ex-presidente do Banco Central, Henrique Meireles afirmou que sua vida pessoal e profissional sempre foi baseada em fatos, citando que na primeira gestão de Lula milhões de empregos foram criados, além de 140 milhões de brasileiros saíram da pobreza, com o país tendo um crescimento médio de 4% ao ano.

“Durante aquele período tivemos um crescimento forte. Eu sei o que funciona e que pode funcionar de novo. Agora, o dinheiro que Jair Bolsonaro está colocando na economia de forma eleitoreira criará um problema para o ano que vem, mas nós podemos resolver”, afirmou.

Unir os antagônicos

Geraldo Alckmin recordou que os presentes no encontro desta segunda foram adversários em algum momento, incluindo ele, em sua disputa contra Lula em 2006, mas que todos tinham projeto e o que sempre prevaleceu foi a democracia.

“A gente percebe nos últimos dias um cenário positivo, a população entendendo a importância dessa eleição, e a nossa união, essa pluralidade, mostra espírito público, capacidade de união que o Brasil precisa nesse momento triste que a gente vive do ponto de vista democrático, social, ambiental e econômico”, afirmou.

Alckmin explicou ainda que o encontro desta segunda serviu para que cada um dos presentes, nessa reta final de campanha, dentro da sua área de atuação, faça um esforço redobrado para conquistar votos necessários para derrotar o antagônico. “Lula representa uma grande esperança para o povo brasileiro”, declarou.

Também participaram da reunião Randolfe Rodrigues, senador pelo estado do Amapá, Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, e Edinho Silva, prefeito de Araraquara.

Segundo Luciana Genro, a frente que hoje se une é antifascista. “O projeto representado pelo Bolsonaro, embora ele não tenha conseguido implementar no primeiro mandato, é fascista. Ele quer eliminar seus adversários. Nos unimos em torno do Lula porque nós achamos que sua eleição vai permitir que a gente possa lutar por uma verdadeira democracia”, disse ela.

“Essa unidade no primeiro turno nos coloca esse desafio de impedir que a violência seja ainda maior no segundo turno e que a gente possa garantir as liberdades democráticas. As mulheres serão as grandes protagonistas da vitória do Lula. São elas que carregam o piano das famílias e são as que mais estão enxergando a necessidade de derrotar o projeto fascista de Bolsonaro.”

Ex-ministro da Educação e ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque afirmou que Lula é a melhor opção para governar o país e trazer coesão e rumo. “Nós precisamos barrar o assombro da eleição, dessa tragédia brasileira de ter Bolsonaro reeleito. Não é responsável ter um segundo turno por causa da violência na rua e das fake news por parte dos bolsonaristas.”

No encontro, a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a reconciliação dos brasileiros. “É preciso uma reconciliação do Brasil consigo mesmo, e Lula reúne as melhores condições para nos ajudar a realizar. A banalização do mal é quando existem pessoas, diante da morte, que é um dos momentos mais difíceis da vida, tripudiando a dor daquele que está enlutado. Diante dessas circunstâncias, nós temos que ter condições de derrotar Bolsonaro e colocar um freio no bolsonarismo.”

João Vicente Goulart afirmou que o país vive um momento histórico tão importante quanto o vivido após o golpe de 1964. “Neste momento, todos aqueles que lutaram pela democracia, que tombaram no caminho da restauração democrática, todos que tiveram presentes nas reivindicações junto ao povo brasileiro estão apoiando a candidatura de Lula. Sabemos que a luta é difícil e a união se faz necessária porque o Brasil está na frente de todos nós, das nossas divergências. Lembro que lá no exílio fizemos aliança com a direita, com Carlos Lacerda, para derrotar a ditadura”, lembrou.

“O Brasil precisa hoje que a esperança do povo seja realizada de forma absoluta. Lula, quero te dizer que hoje o Brasil precisa da sua condução e nenhuma diferença daqueles que estão aqui sentados te apoiando será maior do que a defesa pela democracia. O povo brasileiro confia na sua condução.”