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‘Desenrola Brasil’ renegocia cerca de meio bilhão de reais em 5 dias

Balanço da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aponta que mais de 2 milhões de registros de clientes com dívidas foram desnegativados na primeira semana de operação

Site do PT – O programa Desenrola Brasil, lançado na semana passada pelo governo Lula, iniciou em passos largos para ajudar 70 milhões de brasileiros e brasileiras a quitarem suas dívidas. Em apenas cinco dias, pelo menos meio bilhão de reais foram renegociados no país.

Os dados, divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), também afirmam que mais de 2 milhões de registros de clientes com dívidas de até R$ 100 foram desnegativados entre os dias 17 e 21 de julho.

De acordo com a Febraban, cada banco tem sua estratégia de negócio, adotando políticas próprias para adesão ao Desenrola Brasil. A federação explica que as condições para renegociação das dívidas, nessa etapa, serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira defini-la.

Veja mais no site do PT

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Combate aos agrotóxicos! Decisão do STF precisa chegar ao Maranhão

Fonte: Agência Tambor

No ano de 2021, o garoto André Lucas, então com sete anos de idade, sofreu graves queimaduras por todo o corpo, em virtude da pulverização aérea de agrotóxicos sobre roças e casas na comunidade de Araçá, no município de Buriti (MA).

A Agencia Tambor foi provocada a lembrar deste fato, por não se tratar de um caso isolado no Maranhão, onde os grandes empreendimentos do agronegócio se utilizam de veneno nas plantações de monocultura, atingindo inúmeras famílias e comunidade rurais, contaminando as pessoas e recursos naturais.

O drama que atingiu a comunidade de Araçá, onde vive o menino André Lucas, ainda se repete em comunidades do Maranhão, afetadas pela pulverização de agrotóxicos.

Leia Também: Poluição do ar! São Luís do Maranhão pede socorro diante dos crimes!

Uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida no final de junho, pode ter consequências positivas no Maranhão, desde que funcione os órgãos de fiscalização. O STF anulou trechos de um decreto presidencial de 2021, que afrouxava regras para uso de agrotóxicos no Brasil.

Entre os pontos considerados inconstitucionais pela maioria do STF está o que excluía os ministérios da Agricultura, da Saúde e do Meio Ambiente da tarefa de estabelecer os limites máximos de resíduos de agrotóxicos nos alimentos, de modo a não se tornarem prejudiciais à saúde.

Outro ponto derrubado pela maioria foi a dispensa de apresentação de laudo sobre a presença de impurezas relevantes do ponto de vista toxicológico e ambiental em produtos agrotóxicos.

Também foi considerada inconstitucional a exigência de norma complementar para estabelecer critérios para a destruição de alimentos produzidos com a aplicação de agrotóxicos não autorizados, entre outros pontos.

A expectativa é que esta decisão do STF chegue com força ao Maranhão, onde várias empresas, principalmente de estados do sul e sudeste, atentam contra a vida em nosso estado.

Com informações da Agência Brasil

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Poluição do ar: São Luís pede socorro diante dos crimes!

Fonte: Agência Tambor

O nível de poluição do ar no município de São Luís, capital do Maranhão, é elevadíssimo. No ano de 2022, de acordo com dados das seis estações públicas de monitoramento da qualidade do ar, foram identificadas 10.981 violações dos padrões legais, sendo que 589 foram classificadas como “nível de emergência”, o pior indicador da qualidade de ar existente. Tecnicamente a situação é apontada como péssima. 

Esses dados foram tratados no dia 18 de julho, durante uma audiência pública promovida pela 1ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção ao Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural do Ministério Público do Maranhão. O evento foi feito para debater sobre os níveis de poluição do ar existentes no Distrito Industrial de São Luís e em toda a cidade.  

Guilherme Zagallo, advogado e integrante do Movimento de Defesa da Ilha, alertou que em 2022 esse “nível de emergência” foi ultrapassado mais de uma vez por dia, sem que fossem adotadas providências dos órgãos ambientais como a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em relação às empresas responsáveis por essa poluição. 

“A consequência disso é o aumento de doenças e de mortalidade da população na área do Distrito Industrial de São Luís e dos trabalhadores que se deslocam para lá diariamente para prestar suas atividades. Isso precisa ser revestido com rapidez”, enfatizou Zagallo.  

Situação gravíssima 

O advogado também denunciou que esse nível elevado de poluição tem consequências graves como a contaminação das águas e dos peixes. “Mesmo quem não mora ou trabalha no Distrito Industrial está sendo penalizado e sentido os impactos negativos dessa poluição, com o consumo de água e peixes contaminados que foram pescados nos rios da Ilha de São Luís ou na Baía de São Marcos”, assinalou. 

Guilherme Zagallo defende uma ação emergencial ampla de revisão de processos, revisão de licenças ambientais, cautela na concessão de novas licenças e a adoção de medidas de curto, médio e longo prazos para reduzir esses níveis alarmantes de poluentes.  

O advogado dá como exemplo o Estado de São Paulo. Lá, no ano de 2021, os dados disponibilizados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB ) indicaram que em 30 municípios monitorados pela Companhia, em nenhum deles houve qualquer ocorrência de nível emergência.

Informação sobre graves problemas de poluição em São Luís levadas ao Ministério Público Estadual | Foto: Lanna Luiza – Justiça nos Trilhos

Ao citar o trabalho que vem sendo feito em São Paulo, Zagallo enfatizou os números de São Luís, com nada menos do que 589 casos de nível de emergência, em apenas um ano, no caso 2022. 

A audiência pública que enfatizou este drama foi realizada no Centro Cultural do Ministério Público do Maranhão, na Rua Oswaldo Cruz, 1396, no Centro de São Luís, com a coordenação do promotor de justiça Fernando Barreto Júnior, titular da 1ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção ao Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural. Fernando Barreto também é coordenador do Centro de Apoio Operacional de Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural do MPMA.

Plano diretor de São Luís 

Crimes em série e pacto de silêncio.

O grave problema da poluição do ar no município de São Luís torna-se mais preocupante quando se observa o processo violento em que ele está inserido.

O Plano Diretor de São Luís, aprovado este ano pela Câmara de Vereadores do município, ignorou o gravíssimo problema.

Leia também: Vereadores de São Luís são chamados a investir na valorização dos servidores

O Plano foi feito para atender exatamente o interesse de indústrias pesadas e da construção civil. A partir desse Plano, São Luís poderá ter mais indústrias, isto é, ter mais poluição.

Sendo assim, o que deveria ser combatido, estancado, paralisado, fiscalizado, denunciado, pode ser simplicidade ampliado.

Outro problema grave, de viés também criminoso, é pacto de silêncio promovido pela elite maranhense, submetida ao poder financeiro das grandes indústrias, incluindo a construção civil.

A poluição imensa já adoece e mata os habitantes de São Luís. No entanto, é como se o problema não existisse. O trabalho para promover um silenciamento é evidente! 

A expectativa agora é que em um mundo onde hoje se fala muito em Justiça Climática, o grave problema de São Luís possa ser levado à Justiça o mais rápido possível, inclusive tentando impedir a implantação do novo Plano Diretor.

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Desastre ambiental ameaça comunidades tradicionais e ecossistema no Maranhão: EDP Energias do Brasil S/A é denunciada!

Por: UNICQUITA – União das Comunidades Rurais Quilombolas de Itapecuru-Mirim (MA)

Fonte: Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas)

Texto publicado em 28 de junho de 2023 / Imagens: Adriano Almeida

Uma denúncia chocante revela as consequências devastadoras de uma atividade poluidora e irresponsável no Norte do Brasil, afetando diretamente mais de 45 comunidades tradicionais quilombolas e ribeirinhas da região. A empresa EDP Energias do Brasil (ENBR3) é acusada de greenwashing e racismo ambiental em relação às suas atividades altamente poluidoras nos Campos Naturais Inundáveis do Maranhão.

No último dia 20 de junho de 2023, um grupo formado por 437 famílias de quilombolas e pescadores de beira de campo do estado do Maranhão, representados por seu escritório de advocacia, e apoio de suas entidades de representativas UNICQUITA* e CONAQ*,  apresentou uma denúncia contra a EDP Energias do Brasil, destacando a conduta da empresa que, segundo eles, está em total desacordo com o ambiente e as práticas tradicionais de sobrevivência das comunidades afetadas. A denúncia menciona que, durante a construção da linha de Transmissão Miranda 2 São Luís 2 – c3, a empresa invadiu os virgens Campos naturais inundáveis do norte do Maranhão durante o período da Piracema, causando impactos catastróficos sobre sua atividade pesqueira e segurança alimentar. Foram atingidas as comunidades do Território Quilombola de Monge Belo, Sítio do Meio e o entorno do Povoado Beira de Campo do Papagaio.

Imagem: Adriano Almeida

Durante os últimos meses de 2020 e o ano de 2021, a EDP Energias do Brasil avançou aceleradamente no cronograma da obra estabelecido pela Aneel, utilizando tratores, máquinas de grande porte e centenas de trabalhadores para construir dezenas de torres, resultando no afugentamento da fauna e na destruição do berçário dos peixes que ali se reproduziam. Essa destruição teve um impacto direto na capacidade de pesca das comunidades, prejudicando a captura de peixes essenciais para a dieta alimentar e as trocas comerciais das comunidades locais.

Apesar dos constantes esforços das comunidades tradicionais para entrar em contato com a empresa e das investigações em andamento por parte das autoridades competentes, a EDP Energias do Brasil se nega a assumir a responsabilidade pelos danos causados. Desde o ano de 2021 diversos procedimentos investigatórios foram abertos perante o Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Conselho Nacional de Direitos Humanos, Conselho Nacional de Justiça e Justiça Federal.

A denúncia destaca falhas atípicas no processo de licenciamento ambiental da obra, incluindo a ausência de estudos de impacto sobre a fauna pesqueira e ictiofauna, falta de consulta prévia livre e informada às comunidades tradicionais, bem como a ausência de audiências públicas nos pontos mais impactados pela construção da linha de transmissão.

É alarmante que, em contradição a todos esses fatos, a EDP Energias do Brasil tenha utilizado intensas estratégias de marketing, promovendo-se como uma empresa ambientalmente sustentável e com compromisso estrito em relação à estratégia de ESG / ASG (ambiental, social e governança). A empresa tem sido amplamente valorizada no mercado financeiro e nas bolsas de valores, figurando no topo do índice (ISE3) da bolsa de valores B3 nos últimos três anos (2020-2022). No entanto, seus investimentos em marketing “verde” parecem encobrir uma realidade sombria de práticas altamente poluidoras e a negação de sua responsabilidade ambiental perante as comunidades tradicionais do Maranhão, o estado mais pobre do país.

Além do desastre ambiental ocorrido no Norte do Brasil, essa trágica situação ressalta a importância crescente do Environmental, Social and Governance (ESG) para o mercado financeiro brasileiro e sua contribuição fundamental no combate às mudanças climáticas. O ESG refere-se aos critérios ambientais, sociais e de governança que as empresas devem adotar para garantir práticas sustentáveis e responsáveis.

No contexto internacional, o ESG tem ganhado cada vez mais relevância, uma vez que investidores e consumidores estão demandando transparência e ações concretas das empresas em relação às questões ambientais e sociais. As instituições financeiras e reguladoras de todo o mundo têm reconhecido a necessidade de incluir critérios ESG em suas políticas e diretrizes para promover a sustentabilidade e mitigar os impactos negativos no meio ambiente e nas comunidades.

O caso da empresa EDP Energias do Brasil (ENBR3) é um exemplo alarmante de greenwashing, que ocorre quando uma empresa tenta projetar uma imagem ambientalmente responsável, enquanto suas práticas não condizem com essa imagem. É essencial que todas as instituições, tanto nacionais quanto internacionais, ajam com veemência no combate ao greenwashing, punindo de forma adequada os infratores e garantindo que as empresas sejam responsabilizadas por suas ações prejudiciais ao meio ambiente e às comunidades afetadas.

A credibilidade e a confiança no mercado financeiro brasileiro dependem da capacidade das instituições em garantir que as empresas cumpram os critérios ESG e adotem práticas sustentáveis. O compromisso das empresas em relação à responsabilidade socioambiental não deve ser apenas retórico, mas sim concretizado em ações efetivas que promovam a preservação do meio ambiente, o respeito aos direitos humanos e o desenvolvimento sustentável.

É fundamental que as instituições reguladoras, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a bolsa de valores B3, atuem de forma proativa na fiscalização e no estabelecimento de diretrizes claras em relação ao ESG. Além disso, é necessário que haja uma cooperação internacional entre as autoridades reguladoras e os órgãos de controle de diferentes países, para garantir a eficácia no combate ao greenwashing e promover práticas sustentáveis em escala global.

A proteção do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas são desafios urgentes e globais. É responsabilidade de todas as instituições, sejam elas nacionais ou internacionais, adotarem medidas concretas para enfrentar esses desafios. Somente por meio da cooperação e da adoção de práticas sustentáveis é que podemos garantir um futuro mais seguro e resiliente para as comunidades tradicionais e para os ecossistemas, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Imagem: Adriano Almeida

É fundamental ressaltar que a atuação da CVM e da B3 em relação às práticas de sustentabilidade tem sido proativa, incentivando as empresas a adotarem posturas ambientalmente responsáveis no combate às mudanças climáticas. Diante desse caso concreto, no entanto, surge a dúvida se essas instituições serão capazes de honrar o compromisso assumido perante a opinião pública nacional e internacional. O Brasil e o mercado financeiro brasileiro estão preparados para enfrentar os conglomerados internacionais, agindo de forma responsável e inovadora em prol do desenvolvimento econômico e da responsabilidade socioambiental?

Sobre a Convenção de Ramsar e a importância da proteção das áreas úmidas:

Os Campos naturais no norte do Maranhão fazem parte das áreas úmidas protegidas pela Convenção de Ramsar, um tratado internacional que visa a conservação e o uso sustentável desses ecossistemas vitais. Essas áreas desempenham um papel fundamental na preservação da biodiversidade, na regulação do clima, no armazenamento de água e no fornecimento de serviços ambientais essenciais para a sociedade.

Imagem: Adriano Almeida
Imagem: Adriano Almeida
Imagem: Adriano Almeida
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Abraço, amigo rádio!

Ed Wilson Araújo

Hoje, no Dia do Amigo, quero dar um abraço especial em uma “pessoa” que não nos abandona nunca. Ele está sempre ao nosso lado, de todas as formas: da manivela ao aparelho de pilha, plugado na tomada e agora no telefone celular.

Como todo amigo de fé, ele muda com o tempo, mas está sempre atento para amparar a audiência. Por falar em mudança, podemos ouvi-lo também nas plataformas digitais e nos mais diversos tipos de aplicativos e tocadores de áudio. Afinal, o podcast é uma adaptação do velho rádio.

E pelo Garden, vale dizer: rádios de todo o mundo, uni-vos!

O rádio manda notícias sempre, faz jornalismo e prestação de serviço, roda aquela música que mexe no sentimento, conta histórias interessantes, faz rir e chorar, manda um alô para o ouvinte, toca os parabéns no dia do aniversário, orienta no trânsito, faz sorteios, distribui brindes …ah, o rádio diz tanta coisa.

Rádio é amor! Só o amor explica uma convivência tão duradoura de um meio de comunicação que já sobreviveu a tantos inventos tecnológicos e nunca perdeu a força e a fé.

Quando surgiu a televisão, decretaram a morte do rádio. Depois vieram novidades como o walk man, o videocassete e outras. Todas ameaçaram o rádio e ele está aqui vivinho da silva. Isso é amor, parceria firme com a audiência.

O rádio é um amigo tão formidável que não só fala como ouve. Rádio de verdade tem de ter a participação do ouvinte. Sem audiência ativa, fiscalizadora e vigilante, o rádio é frio. E amigo de verdade tem de ter calor humano, troca de afetos e de palavras. Por isso o ouvinte é falante mesmo.

Rádio é diálogo, sentimento, emoção e lugar de atritos também. Nem sempre a audiência concorda com o apresentador ou apresentadora, porque amigo de verdade também diverge, briga no argumento, mas depois fica tudo em paz.

Com todo respeito aos outros meios de comunicação, o rádio é nobreza. Na chamada Era de Ouro, teve rainhas glamourosas que até hoje são lembradas e tocadas para nos emocionar com aquelas músicas inesquecíveis.

As rainhas do rádio fizeram dele uma das forças mais poderosas da mídia. E hoje as mulheres seguem firmes, atuando profissionalmente nas mais diversas áreas do meio radiofônico.

Falando de amizade, rádio é aquela companhia gostosa que preenche nossos momentos de pressa no trânsito, em casa, na vida urbana e na roça, na solidão, na tristeza e na alegria. Quem nunca aumentou o volume do rádio quando toca aquela música tão bacana que dá vontade de ouvir alto?!

Pra finalizar, vale sempre lembrar. Nesses tempos sombrios, com os ouvidos da gente bombardeados por desinformação, o rádio mais uma vez demonstra ser um amigo.

Rádio pra valer é aquele que diz a verdade. Apura os fatos e informa corretamente a sua audiência.

Amizade não pode ter traição e nem mentira. Por isso o compromisso do rádio com o jornalismo e a verdade.

Um abraço em você radialista e toda a sua audiência.

Sigamos juntos construindo nossa amizade cada vez mais forte.

Ed Wilson Araújo é jornalista, professor do curso de Rádio e TV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão e membro da Agência Tambor.

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Livro aborda resistências dos trabalhadores no Brasil

Acontece nessa quarta-feira (19), às 19h, o lançamento do livro “Brasil: 200 anos de lutas e resistências do povo trabalhador”, uma iniciativa da Fundação Perseu Abramo (FPA), em parceria com a Editora Hucitec.

O evento será realizado na sede do Diretório Estadual do PT, localizada na avenida da Universidade, 8, Cohafuma, em São Luís.

O livro é resultado de seminários temáticos realizados em 2022 pela Fundação Perseu Abramo (FPA) e reúne os resultados dos diálogos e debates ocorridos na região amazônica.

Participam do lançamento o organizador da obra e membro do Conselho Curador da FPA, professor Everaldo Andrade (USP), autores e autoras que construíram o seminário no Maranhão, representando os movimentos sociais como o MST e Fetaema, entidades eclesiais, pesquisadores e pesquisadoras de História e de outras áreas do conhecimento.

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Organizações de defesa do jornalismo repudiam nova ofensiva de Arthur Lira contra a liberdade de imprensa

Fonte: Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo)

As organizações de defesa do jornalismo e da liberdade de imprensa vêm a público mais uma vez repudiar a ofensiva do presidente da Câmara, Arthur Lira, de censurar reportagens e meios de comunicação. 

Depois de ver negadas medidas liminares para retirar conteúdo da Agência Pública e do programa ICL Notícias, o deputado federal obteve decisão favorável para remoção de texto publicado pelo Congresso em Foco, proferida pelo juiz Jayder Ramos de Araújo, da 10ª Vara Cível de Brasília. 

Em todos os casos, as reportagens tratam de entrevista da ex-esposa de Lira, Jullyene Cristine Santos, que acusa o ex-marido de violência sexual supostamente ocorrida em 6 de novembro de 2006. Naquela ocasião, Lira foi absolvido de acusação de Jullyene de agressão física, mas a ex-esposa não o teria acusado de violência sexual, o que veio a fazer na entrevista da Agência Pública em junho passado.

Para as organizações abaixo assinadas, é inadmissível que o presidente da Câmara dos Deputados atente contra a liberdade de imprensa por trazer à luz denúncia de interesse público sobretudo em tema sensível à sociedade como é o caso da violência sexual e da violência doméstica.

É preocupante que, depois de dois magistrados terem reconhecido a relevância da publicação das denúncias, sobrevenha uma terceira decisão que acolha  a argumentação do parlamentar, prejudicando a atividade de um veículo de comunicação que simplesmente exerceu não só o seu direito, mas também o seu dever de informar a sociedade. 

É inegável o direito de recorrer à Justiça de Lira ou de qualquer parte que se sinta atingida por reportagem, mas é condenável que se ordene retirada de conteúdo jornalístico, sobretudo por parte de um agente público e líder político da importância do presidente da Câmara dos Deputados.

As organizações aqui assinadas se solidarizam com o Congresso em Foco e esperam que a decisão que censurou o site, seja revertida no Judiciário do Distrito Federal ou em instâncias superiores.

17 de julho de 2023

Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo
Ajor – Associação de Jornalismo Digital
Instituto Palavra Aberta 
Tornavoz
Instituto Vladimir Herzog
Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores
Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
Jeduca – Associação de Jornalistas de Educação
Repórteres Sem Fronteiras (RSF)

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UFMA notificada, decisão judicial acatada e eleições suspensas!

A Administração Superior já acatou a decisão judicial e a Comissão Eleitoral deve se pronunciar a qualquer momento para cumprir a ordem da Justiça Federal

No início desta tarde (17/07), um despacho do juiz Clodomir Sebastião Reis, da 3ª Vara Federal Cível, requer a intimação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para cumprimento imediato da decisão de suspender a resolução nº 454/Consun (Conselho Universitário), que dispõe sobre o processo de Consulta Prévia, na modalidade remota e eletrônica, para indicação de nomes aos cargos de reitor(a) e vice-reitor(a).

Desta forma, fica suspensa a modalidade remota e eletrônica da consulta prévia que seria realizada amanhã (18).

A decisão é fruto de uma ação da Apruma – Seção Sindical do Andes – SN para garantir que a consulta prévia para indicação ao cargo de reitor(a) e vice-reitor(a) ocorra de modo presencial, transparente e democrática, com garantias de sigilo de voto e sem assédio moral.

Veja abaixo o despacho do juiz Clodomir Sebastião Reis:

Mais informações no site da Apruma

DECISÃO DA JUSTIÇA SUSPENDE ELEIÇÕES REMOTAS NA UFMA

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14º Encontrão da Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais vai discutir relações de gênero

Com o tema “Com corpos e territórios livres, tecemos o Bem Viver”, a Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão vai promover, entre os dias 20 e 25 de julho, o seu 14º Encontrão. O evento vai acontecer no Quilombo Bica, no Território Quilombola Aldeia Velha, em Pirapemas, no Maranhão.

“Este ano vamos discutir as questões de relação de gênero e o ‘bem viver”, uma temática que acompanha a Teia desde o seu nascimento, pois compreendemos que povos e comunidades tradicionais têm a sua própria organização, os seus sentidos de ser”, ressaltou a missionária do Conselho Indigenista Missionário, no Maranhão, Meire Diniz.

A missionária, que é também integrante da Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, enfatiza ainda que o tema selecionado tem como base “as ameaças que sofrem essas comunidades por esse modelo de capitalismo predatório e avassalador”.

Segundo Meire, esse bem viver passa por territórios livres das invasões e da destruição, mas esses territórios não podem ser livres “se os corpos continuam aprisionados pelo machismo, pela violência de gênero e por outras formas de dominação que impedem as pessoas de serem livres e terem uma vida plena”.

Preparativos
Trabalho coletivo prepara locais para receber os(as) participantes

De 3 a 8 de julho deste ano de 2023, o Cimi Regional Maranhão e lideranças dos povos indígenas Akroá Gamella, Krenyê, Tremembé de Engenho, Apanjêkrá-Canela e Memortumré-Canela promoveram o 4º Mutirão de preparação para o 14º Encontrão.

Ao todo, 20 participantes, juntamente com lideranças da comunidade, realizaram uma etapa de preparação para o encontro. De acordo com Hemerson Pereira, do Cimi Maranhão, o trabalho do mutirão consistiu na retirada de palhas para cobrir os barracões, fincar estacas e concluir os demais espaços que compõem a infraestrutura do encontro. O mutirão é uma prática coletiva que acontece nas comunidades e que fortalece a organização social e a luta por território livre.

Com informações CIMI/MA

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Jeanderson Mafra lança livro sobre direitos humanos e segurança pública no Maranhão

Mestre em Letras pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Jeanderson Mafra também é Policial Militar e está lançando seu segundo livro, fruto de uma pesquisa acadêmica desenvolvida com base na Análise do Discurso, do pensador francês Michel Foulcault. 

“Discurso e violência: as implicações das relações de poder nas instituições de Segurança Pública do Maranhão” é o título do livro inédito e que já pode ser adquirido com desconto em pré-venda, com o autor. 

Relações de poder, delinquência, violência, história e discurso são alguns dos conceitos mobilizados pelo pesquisador para explanar como a violação dos direitos dos policiais são parte central da formação dos mesmos, criando uma espécie de ethos policial que se choca fatalmente contra a sociedade moderna signatária dos direitos humanos universais. 

O ser policial é o tema principal da construção narrativa que reúne entrevistas e relatos empíricos de um processo que contrasta do papel da polícia numa democracia ao manter as mesmas estruturas de um regime de exceção que primeiro violenta e modela o corpo dos trabalhadores. 

A apresentação do livro é feita em três etapas, reunindo comentários e impressões do Dr. Ricardo Brizola Balestreri,  ex-Secretario Nacional de Segurança Pública, pelo Dr. Jean Carlos Nunes, Defensor Público do Maranhão e pelo Dr. Marcelo Jugend, advogado e ex-assessor da Secretaria de Segurança Pública do Paraná. 

A aquisição antecipada da obra pode ser feita com o próprio autor através do link abaixo, podendo ser enviada para qualquer parte do Brasil. 

A reserva da obra pode ser feita no link abaixo:

https://wa.me/message/P4OAGFPLNYU7E1