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Edição especial da FUP reconta a história da Petrobrás

Fonte: FUP (Federação Única dos Petroleiros) / Foto: Foto: Paulo Neves/FUP

A Secretaria de Comunicação da FUP produziu uma edição especial, rememorando os 70 anos da Petrobrás. Os textos estão divididos cronologicamente em sete períodos, que resgatam as principais conquistas, fatos históricos e lutas políticas que marcaram a trajetória da empresa. O material pode ser acessado nos links abaixo ou em formato de revista digital aqui

[Da imprensa da FUP | Textos e pesquisa: Alessandra Murteira] 

A Petrobrás completa 70 anos, com uma trajetória permeada por ataques, resistência e superação. Desde que foi criada, em 03 de outubro de 1953, é alvo de disputas e cobiça.

Nasceu das lutas populares que, na virada de 1940 para 1950, desaguaram na campanha “O petróleo é nosso”, que reivindicava uma nação desenvolvida e livre da dependência estrangeira.

Desde então, a Petrobrás vem cumprindo essa missão. Construiu o maior parque de refino da América Latina, impulsionou a indústria nacional, tornou o Brasil autossuficiente, descobriu o Pré-Sal, vencendo os desafios de extrair petróleo a 7 mil metros de profundidade no mar. Em apenas 15 anos, essa nova fronteira exploratória já é responsável por 78% de toda a produção nacional.

Líder mundial em tecnologia para exploração de petróleo em águas profundas, a Petrobrás coleciona prêmios internacionais, chegou a figurar em 2010 como a terceira maior empresa de energia do planeta e já foi responsável por 13% do PIB brasileiro.

Com tantas conquistas em um setor tão estratégico para o mundo, a empresa tornou-se alvo de muitos interesses e enfrentou nos governos Temer e Bolsonaro o maior desmonte de sua história.

Apesar de todos os ataques que sofreu, a Petrobrás continua sendo um dos principais agentes indutores do desenvolvimento nacional, símbolo maior da nossa soberania e da capacidade de superação e vitória do povo brasileiro.

Mesmo após ter perdido o monopólio, em 1997, e de ter passado por um violento processo de desintegração nos últimos anos, a estatal brasileira ainda é responsável por 93% da produção de óleo e gás no Brasil e por 90% do refino de derivados.

Essa trajetória de resistência e superação está no DNA das trabalhadoras e dos trabalhadores petroleiros, que constroem no dia a dia as conquistas da Petrobrás e sempre se levantaram toda vez que a empresa foi atacada.

Conhecer essa história é levar adiante o legado de milhares de brasileiras e de brasileiros que lutaram e ainda lutam para defender a soberania nacional.

Clique aqui para ver e ler a série de textos

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Rádio Ponto UFSC completa 24 anos 

A Rádio Ponto UFSC, projeto de extensão do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), comemora seu aniversário de 24 anos neste sábado, dia 30 de setembro de 2023. A webemissora é uma das pioneiras do webrádio universitário no Brasil e exerce um papel importante na formação de alunos e alunas de graduação e também do Programa Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJOR) da instituição. Produz conteúdos sonoros informativos voltados ao interesse público do Jornalismo e da comunicação. Isto, para atender o direito da sociedade de receber informação qualificada, ética, plural. 

A webrádio foi criada em 1999 a partir do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das alunas Fabiana de Liz e Sabrina D´Aquino, sob a orientação do professor Eduardo Meditsch.  Desde então, a Rádio Ponto UFSC funciona como projeto de extensão, laboratório de ensino e pesquisa. “É um trabalho que contribui para o cenário do rádio público brasileiro e que promove a experimentação de uma alternativa à mídia tradicional, porque o que ensinamos não é a fazer mídia como ela é, mas sim a pensá-la”, considera a coordenadora da rádio, professora Valci Zuculoto. Ela ainda ressalta que este é o projeto de extensão do Jornalismo da UFSC com maior tempo de duração.  

A Rádio Ponto UFSC produz programas informativos, educativos, culturais, de esportes, política, além de radionovelas e coberturas especiais e ao vivo de eventos como a Semana de Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (SEPEX) da UFSC, Copa do Mundo de Futebol – Masculina e Feminina, Olimpíadas e Eleições Municipais e Gerais do Brasil. A webemissora integra também a Rede de Rádios Universitárias do Brasil (RUBRA) e a Rede Internacional de Emissoras Universitárias (RIU).  

Entre muitas outras premiações já recebidas ao longo de sua história, em 2022, a Rádio Ponto conquistou a categoria de melhor reportagem no Prêmio Rubra de Rádio Universitário, com o podcast “Desinfodemia: efeitos da desinformação no contexto da pandemia de Covid-19 no Brasil”. Em 2020, recebeu menção honrosa na Categoria Pesquisa Aplicada do Prêmio Adelmo Genro Filho, conferido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo, a SBPJOR. A premiação se refere à cobertura das Eleições Gerais de 2018, produzida pela emissora em integração com projetos e mídias do Curso de Jornalismo como o Jornal Zero, o telejornal TJ UFSC, o Cotidiano, o LabFoto, entre outros. 

Atualmente, todo o material produzido está disponível nos seus canais nas plataformas de streaming. No Spotify, por exemplo, a rádio já acumulou cerca de 30 mil reproduções. O acervo dos 24 anos de programação da webemissora, além do streaming, pode ser acessado nos sites antigo (https://radioponto.sites.ufsc.br/siteantigo/) e atual (https://radioponto.sites.ufsc.br/sitenovo/), este em reconstrução no momento.   A estação virtual também circula nas redes sociais Facebook e Instagram.  

 No ar, neste semestre, está a seguinte programação:  

Senta Que Lá Vem a Notícia e Som da Notícia  

Noticiários sobre o que acontece na UFSC, produzidos por estudantes da disciplina Áudio e Radiojornalismo.  Toda terça e quinta, a partir das 11h30.   

Precisamos Falar Sobre Rádio 

O programa, do Grupo de Investigação em Rádio, Fonografia e Áudio – Girafa, apresenta  notícias, pesquisas e bastidores do meio radiofônico, que você não precisa ver para entender.  

Núcleo de Jornalismo Cultural 

A programação cultural da Rádio Ponto aborda diversos assuntos. Às quartas-feiras, a partir das 16h, vai ao ar o Insira a Ficha, programa semanal sobre jogos eletrônicos e virtuais. O Cine Ponto, também nas quartas-feiras, a partir das 17h, trata das notícias do Cinema, com boletins especiais e a Agenda Cultural em Florianópolis. Quinzenalmente, nas sextas-feiras a partir das 17h, o Fora da Bolha discute os principais assuntos sobre sociedade, comportamento e estilo de vida que tomam conta das redes sociais.  

Núcleo de Jornalismo Esportivo 

Todas às terças-feiras, a partir das 17h, vai ao ar o programa produzido totalmente por calouros, o Bola na Trave, para discutir os placares das rodadas dos campeonatos de futebol brasileiro e internacional. Também às terças-feiras, quinzenalmente, a partir das 18h, o Grid de Largada vai ao ar para com notícias do mundo do automobilismo. Para debater os últimos acontecimentos do futebol, o Ponto de Encontro chega às quintas-feiras às 17h.  

Serviço: 

A programação e acervo da Rádio Ponto UFSC está disponível no SpotifyApple PodcastsPocket CastsRadio PublicOvercastGoogle PodcastsMixCloud e no YouTube. Para acompanhar as atualizações, acesse o perfil da Rádio no Facebook e Instagram.

 

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Desemprego cai e chega à menor taxa desde fevereiro de 2015

Índice de desocupação foi de 7,8% no trimestre de junho, julho e agosto de 2023. Dado é da Pnad Contínua, que também aponta aumento de empregos formais e recorde da massa de rendimento dos trabalhadores. Já o Banco Central eleva projeção de crescimento do PIB de 2% para 2,9%

Site do PT / Foto: José Paulo Lacerda/CNI – Não param de surgir números que confirmam: com Lula, o Brasil está no rumo certo. Nesta sexta-feira (29), o IBGE divulgou uma série de dados positivos sobre emprego no Brasil, com queda na desocupação, elevação do número de empregos com carteira assinada e recorde na massa de rendimento. E, ainda por cima, o Banco Central revisou de 2% para 2,9% a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano.

Os dados divulgados pelo IBGE são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O levantamento mostra que a taxa de desocupação foi de 7,8% no trimestre de junho, julho e agosto de 2023. É o menor índice desde fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%.

LEIA MAIS: Economia no rumo certo traz setembro repleto de boas notícias

Em relação ao trimestre anterior, houve queda de 0,5 ponto percentual (pp). E, em comparação ao mesmo trimestre dos anos anteriores, a melhora é ainda mais significativa. De junho a agosto de 2022, o desemprego estava em 8,9% (queda de 1,1 pp). E, no mesmo período de 2021, em 13,1% (queda de 5,3 pp).

Com a melhora da oferta de emprego, o contingente de pessoas desocupadas ficou em 8,4 milhões, o menor desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015, quando foi de 8,5 milhões. Segundo o IBGE, entre o trimestre de março a maio e o de junho a agosto, o número de desempregados foi reduzido em 1,3 milhão.

De acordo com a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, Adriana Beringuy, a população ocupada chegou a 99,7 milhões. “Esse quadro favorável pelo lado da ocupação é o que permite a redução do número de pessoas que procuram trabalho”, explicou a pesquisadora, destacando que o emprego cresceu ou permaneceu estável em todos os grupos de atividade.

Carteira assinada e massa de rendimento

Os dados divulgados nesta sexta-feira revelam ainda que o número de empregados com carteira assinada (excluindo trabalhadores domésticos) foi o maior desde fevereiro 2015: 37,248 milhões. Isso significa que, de um trimestre para outro, o total de empregos formais aumentou em 422 mil. O número de empregados sem carteira no setor privado também cresceu, passando para 13,2 milhões, aumento de 2,1% no trimestre (mais 266 mil pessoas).

Já o rendimento real habitual do trimestre encerrado em agosto ficou estável na comparação com o tri de maio e foi de R$ 2.947. No ano, esse valor significa um crescimento de 4,6%. A massa de rendimento real habitual, por sua vez, chegou a R$ 288,9 bilhões e bateu recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.

Leia mais no Site do PT

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Carta de Belo Horizonte reitera o papel da Comunicação na luta pela democracia brasileira

No encerramento do 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2023), realizado em 8 de setembro na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), em Belo Horizonte, foi lida a “Carta de Belo Horizonte – A Comunicação na luta pela democracia brasileira”. Produzido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) em conjunto com a Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós) e a Federação Brasileira de Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom), o documento faz parte das comemorações preliminares do Dia de Luta pela Democracia Brasileira, a ser celebrado no dia 31 de outubro por iniciativa da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

“Todos nós, que subscrevemos esta Carta, publicamente conclamamos a Comunicação em nosso meio. Não uma comunicação qualquer, mas uma comunicação social, aquela que permite uma sociedade melhor, conforme aprendemos com diferentes perspectivas teóricas. Seria incongruente se nós mesmos não acreditássemos nas potencialidades do processo comunicativo”, assevera o texto.

“O que aconteceu na história recente do Brasil demonstra uma necessidade de reforço, sobretudo nas escolas, da memória relacionada ao período de repressão da ditadura civil militar midiática no Brasil, iniciada em 1964”, explicou Juliano Domingues (Unicap), presidente da Intercom, antes de ler a carta, acompanhado de Mozahir Bruck, representando a Compós, e de Ariane Pereira, representando a Socicom.

Assine e compartilhe: https://forms.gle/yuoVajrbCAqLErRf9

Para assistir à leitura, acesse o vídeo da cerimônia de encerramento do Intercom 2023 (a partir de 00:34:20).

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É FALSO que rádios comunitárias serão fiscalizadas

Fonte oficial do Ministério das Comunicações consultada pela Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço Brasil) rebate com veemência uma postagem falsa sobre suposta fiscalização de emissoras comunitárias.

Segundo Daniela Neufel Schettino, diretora do Departamento de Comunicação Pública, Comunitária e Estatal do Ministério das Comunicações, a postagem é totalmente inverídica e cita de forma irresponsável e mentirosa o ministro Juscelino Filho.

Consultada pelo presidente da Abraço Brasil, Geremias dos Santos, a servidora do Ministério das Comunicações repudiou a postagem irresponsável de um blog sediado no Maranhão.

Ouça abaixo a declaração da servidora do Ministério das Comunicações

“A notícia é totalmente inverídica. O ministro não falou nada disso. Não tem nenhuma recomendação ou pedido de fiscalização aberto para isso. Até ouvi o pessoal comentando aqui no ministério que ia buscar uma retratação porque colocaram como aspas dele, como se ele tivesse falado, e não tem nada disso não”, garantiu Daniela Neufel Schettino.

A diretora disse ainda que o Ministério das Comunicações pretende lançar um novo PNO (Plano Nacional de Outorgas) e fazer ações de conscientização para incentivar as rádios a se regularizarem e não ficar correndo atrás ou fazendo caça às rádios comunitárias.

Eis a verdade. Fica assim esclarecido que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, não disse nenhuma palavra sobre fiscalização de rádios comunitárias.

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Governo Lula promete regulamentar profissionais de aplicativos

Comissão tripartite do GT de Aplicativos, que discute segurança dos trabalhadores, remuneração mínima, tabela de custos e criação de um marco legal das atividades deverá entregar projeto em breve

Site do PT / Foto: Roberto Parizotti  – Entre os temas prioritários para o governo Lula, a regulamentação trabalhista dos profissionais de aplicativos está perto de se tornar realidade. A comissão tripartite do Grupo de Trabalho criado pelo presidente no Dia do Trabalhador (1º de Maio) irá concluir, em breve, um projeto para regulamentar a profissão. O texto terá em quatro eixos: remuneração mínima; seguridade social; segurança no trabalho; transparência nos pagamentos e critérios dos algoritmos.

Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), assim que a proposta for finalizada, será enviada ao Congresso Nacional.

“As negociações com os aplicativos estão na fase, eu espero, de conclusão”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. “Estamos muito próximos de chegar a um acordo e espero que em alguns dias a gente feche isso”, garantiu o ministro.

“Estamos trabalhando com a possibilidade de construir não necessariamente o que eu ou o governo gostaria, mas construir a possibilidade no exercício da formalização para poder propiciar proteção ao trabalho, remuneração digna, direitos, não ter jornadas excessivas. Para proteger esses trabalhadores que não têm qualquer proteção”, completou.

Em agenda internacional na 78ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), o presidente Lula firmou uma parceria com o presidente Joe Biden para formalizar uma agenda de trabalho pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, contra a precarização das atividades, a favor de salários dignos e pela recuperação de direitos. Um dos principais objetivos é combater a crescente precarização laboral verificada na nova economia, sobretudo nas plataformas digitais.

“Estamos reconstruindo um novo Brasil. Um país com mais oportunidades, além de uma série de direitos trabalhistas para brasileiros e brasileiras”, anunciou Lula, nos Estados Unidos. “Instalamos uma mesa de negociação entre sindicalistas, governo e empresários. E essa mesa de negociação está para construir não apenas uma perspectiva de emprego decente em função das plataformas que oferecem serviço precário, mas também porque queremos criar, quem sabe um novo marco de funcionamento, na relação de capital e trabalho. Uma relação do século 21, civilizada”, destacou.

Para Marinho, o compromisso dos dois países em criar condições para a qualidade do emprego é acima de tudo, uma luta pela defesa do direito à liberdade e à democracia.

“O que tem de importante é o compromisso dos dois presidentes, que os dois países, em todos os fóruns internacionais que participarem, o compromisso é de abordar esse conjunto de debates, chamar as demais nações pode ser por adesão ou um novo protocolo a ser construído, mas sempre abordando a precarização do mercado de trabalho em busca de criar um mercado saudável, acolhedor, que respeite o direito de homens e mulheres independente da sua cor, da sua orientação ou da sua escolha religiosa. Enfim, nós temos que defender acima de tudo, o direito à liberdade e à democracia”, afirmou o ministro.

Leia mais: Brasil e EUA consolidam pacto histórico em defesa do trabalho digno no mundo

Grupo de Trabalho

O grupo que elabora a proposta no Ministério do Trabalho e Emprego é formado por 45 integrantes. São 15 representantes das empresas de aplicativos, 15 dos trabalhadores (entregadores e motoristas) e 15 do governo. As reuniões são coordenadas pelo secretário Nacional de Economia Solidária no MTE, Gilberto Carvalho.

O Brasil tem mais de 1 milhão e 600 mil pessoas trabalhando como entregadores ou motoristas de aplicativos. Os dados são da pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento e pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia. Pelo estudo, foram analisadas informações fornecidas pelas empresas iFood, Uber, 99 e Zé Delivery, e também entrevistou mais de 3 mil trabalhadores dessas categorias.

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O fascínio pelos super-ricos como degeneração social

Luiz Eduardo Neves dos Santos
Geógrafo e Professor da Universidade Federal do Maranhão – UFMA

A palavra “fascínio” é originária do latim fascinum, que quer dizer profundo sentimento de encanto, deslumbramento, ela é próxima de “fetiche”, expressão situada no século XIV, mas popularizada na França e Europa nos Seiscentos como fétiche, que quer dizer feitiço. Marx em O Capital inicia a análise sobre o capitalismo de seu tempo pela “mercadoria” e atribui a ela um fetiche, por possuir características misteriosas que ocultam as relações materiais e sociais de sua produção, qual seja a exploração do trabalho pelo mais-valor. Me intriga bastante o quantitativo de pessoas no Brasil que são fascinadas por gente muito rica, sujeitos que sonham em ter muita grana, mas vivem do seu salário e enfrentam a dura realidade de conviver com dívidas e prestações a vencer. E haja boletos!

A sociedade em que nos situamos – a da racionalidade neoliberal – é reificada por processos de dominação e administração total da vida, como tão bem analisou Herbert Marcuse em conhecida obra, o que transformou o sujeito em coisa, em objeto apto a seguir as ordens e normas de um sistema que o impossibilita de emancipar-se, de possuir práticas libertadoras.

A ideologia dominante nos mostra que devemos viver para produzir, consumir e acumular, é a ‘visão economicista do mundo’, como já escreveu Jessé Souza, isto é, o que importa é satisfazer necessidades materiais, expor vaidades e vantagens, buscar a realização pessoal na carreira, fingir o tempo todo que é feliz, ter motivação, otimismo e autoestima. Tais características estimulam uma visão de mundo distorcida e enviesada, pois são sustentadas pela ideia de meritocracia e liberdade individual, o que legitima todo privilégio de classe e contribui para apagar as verdadeiras causas das desigualdades no Brasil e no mundo, qual seja a brutal concentração de renda e riqueza em detrimento da classe trabalhadora.

Estas questões aqui levantadas, me remetem aos momentos que converso com motoristas de aplicativo, quase nunca os vejo falar em direitos, reclamando de sua carga excessiva de trabalho ou do quanto são explorados pelas grandes empresas e/ou por eles próprios. Isto tem a ver com o que Pierre Dardot e Christian Laval chamaram de “sujeito neoliberal”, aquele cuja subjetividade deve estar inteiramente envolvida na atividade que o sistema ordene que ele cumpra. Estes sujeitos estão imersos no entendimento de que eles possuem liberdade e satisfação na função que desenvolvem, reificados, não são conscientes de sua submissão.

Mas é de fato espantoso e lamentável como a racionalidade neoliberal molda e coloniza comportamentos, atitudes e posicionamentos políticos em todos os estratos sociais, pois somos estimulados constantemente pela grande mídia e pelos autômatos das redes sociais a viver para enriquecer, por isso o dinheiro, como já nos alertou Milton Santos, aparece como o centro das nossas relações no mundo, relações estas cada vez mais competitivas, individualistas e frias.

Defender multimilionários não pertencendo a esta classe é uma degeneração digna de uma sociedade perdida, manipulada pelo poder de um punhado de corporações financeiras e informacionais. Talvez isto ajude um pouco a explicar porque no Brasil não existam fortes pressões sociais para que se faça cumprir a constituição federal no que se refere a taxar grandes fortunas, lucros e dividendos.

São tempos insanos e melancólicos, que me faz lembrar da conhecida frase atribuída ao dramaturgo alemão Bertolt Brecht, em que temos que defender o óbvio, o óbvio ululante de que não deve haver espaço neste mundo para super-ricos e tudo o que representam, no entanto, o que se observa é uma veneração explícita aos “donos do mundo”, tanto por parte de grupos sociais da classe média, que alimentam o sonho de ser classe dominante, como também de grupos mais superexplorados e oprimidos.

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Programa “Fala Comunidade” celebra 500 edições em 10 anos

Neste domingo, 24 de setembro, o programa “Fala Comunidade”, veiculado na rádio comunitária Ilha do Amor FM 106,3 (ouça aqui), de São Luís, completa 10 anos no ar e 500 edições.

O programa vai ao var todos os domingos, das 10h às 12h, com pautas relacionadas ao meio ambiente, cidadania, direitos humanos, cultura e tantos outros temas relevantes (veja os temas de hoje na imagem destacada e clique aqui para ouvir).

A produção é de uma equipe dedicada e responsável, ciente dos princípios da comunicação libertadora, participativa e democrática.

Em nome da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão e da Agência Tambor, parabenizamos todas e todos que fazem o “Fala Comunidade”.

Em alusão às datas celebrativas – 10 anos e 500 edições – o programa será homenageado na Câmara Municipal de São Luís nesta segunda-feira, por iniciativa do Coletivo Nós. Veja abaixo o texto:

PROGRAMA FALA COMUNIDADE E SUA TRAJETÓRIA EM 10 ANOS E 500 EDIÇÕES DE COMUNICAÇÃO QUALIFICADA

O Programa Fala Comunidade é um projeto de comunicação comunitária que adota a CIDADANIA como fundamento das suas edições. Neste espaço são oportunizadas falas qualificadas no campo da educação, da saúde, do meio ambiente, da segurança e demais frentes.

A Rádio Comunitária Ilha do Amor FM 106,3, acolheu a proposta e concedeu duas horas para o programa, sinalizando consciência das recomendações indicadas no Decreto 2.615/1998 que norteia os Serviços de Rádio Difusão Comunitária em especial no seu artigo 3º, ressaltando-se os itens: 

I – dar oportunidade à difusão de ideias, elementos de cultura, tradições e hábitos sociais da comunidade;  

II – oferecer mecanismos à formação e integração da comunidade, estimulando o lazer, a cultura e o convívio social;

III – prestar serviços de utilidade pública, integrando-se aos serviços de defesa civil, sempre que necessário;

V – permitir a capacitação dos cidadãos no exercício do direito de expressão, da forma mais acessível possível.

Nessa perspectiva, compôs-se uma equipe com quatro integrantes – Camilo Gomes da Rocha Filho, Eva Rego, José Gomes e Roseline Sousa – para iniciar a construção do referido projeto, o que aconteceu, inicialmente com a elaboração cuidadosa de um planejamento com seus objetivos, público-alvo, plano de edição, infraestrutura etc, os quais foram bem definidos, visando a caracterização daquilo se pretendia com esta iniciativa.

Com base no planejamento supra, nossa primeira edição aconteceu no dia 17 de março de 2013 e de lá para cá não paramos. A equipe trabalhou na prospecção de temas mais diversos possíveis, contemplando a formação e informação para o exercício da cidadania protagonista.

Ao longo destes 10 anos e 500 edições, a equipe ficou atenta às demandas das entidades, movimento e ativistas locais, oportunizando espaço para opiniões, debates e informes com impacto imediato para a população, conforme se elenca alguns deles a seguir.

Com a temática educação, a edição 441 foi ao ar com a entrevista da mestra em educação e currículo, Tatiana Cruz, falando sobre o seu livro “Dialogando Com Paulo Freire” que trata da educação continuada para professores de Jovens e Adultos.

Pautamos a segurança pública, aproveitando o bom diálogo com os comandantes do 20° Batalhão de Policia Militar, sediado no Cohatrac I e também com os Conselho Comunitários pela Paz do 6° DP e do 13° DP, do Complexo Cohab e Cohatrac. A edição 320 tratou do 20° BPM e sua atuação alicerçada na filosofia do policiamento comunitário, contando com a presença do Tenente Coronel Marcos Brito e do Capitão Antônio Dias.

O meio ambiente e a ecologia ocuparam muitas pautas das 500 edições do Fala Comunidade, dentre as quais ressalta-se a edição 181, em que recebemos o professor e especialista em engenharia ambiental e sanitária Lucio Macedo que apresentou considerações sobre Ecoponto: concepção e implantação. Na edição 471, contamos com o presidente da Sociedade Maranhense de Defesa à Natureza (SOMADENA) que tratou da campanha “LIXO ZERO: um bom folião não joga lixo no chão”.

Os direitos dos infanto-juvenis constaram como prioridade no planejamento da equipe fala comunidade. Praticamente a cada três meses, pelo menos, uma edição era dedicada a este segmento. Neuza Ribeiro, ex-presidente do CMDCA São Luís colaborou com a pauta “A importância do processo de Escolha dos conselheiros tutelares”, materializando a edição 332. Já jornalista e conselheiro tutelar Rodrigo Santos esteve na manhã de domingo do dia 14 de junho de 2020 na edição 355, onde promoveu uma reflexão sobre a importância da comunidade na “proteção das crianças e adolescentes em tempos da pandemia da COVID 19.

Os Idosos tiveram especial atenção nas edições 169 (03/07/2016), 214 (02/07/2017, 437 (19/06/2022) e 492 (23/07/2023). Pautas assertivas e qualificadamente trabalhadas por profissionais focados nos temas estabelecidos.

A equipe Fala Comunidade destinou espaço nas edições para quadros utilitários com tempo de 5 minutos em uma sequência de 10 domingos. Destacamos alguns: Quadro Vida Ativa, com Amélia Reis; Quadro Momento Permacultura, com Mirella Giusti; e Quadro Mandando Bem na Redação do ENEM, com Isabelle Ramos.

A vereança de São Luís também teve oportunidade no Fala Comunidade. Na atual legislatura recebemos Silvana Noely, edição 446; Eunice Che Guevara (covereadora do Coletivo Nós), edição 470; e Raimundo Penha, edição 473. Os vereadores trataram temas relevantes para a cidade de São Luís, além de pontuarem seus mandatos.

Igualmente importantes, outros temas como Campanha da Fraternidade, causa indígena, fitoterapia, empreendedorismo, escotismo, cooperativismo, luta dos trabalhadores, cultura, economia solidária, sexualidade, entidades comunitárias, fé e esporte tiveram espaço na extensa folha de serviço de comunicação comunitária trabalhada pela equipe Fala Comunidade nas manhãs de domingo, ao vivo na Rádio Comunitária ilha do Amor FM. 

Concomitante, o programa, ao longo dessa trajetória de relevante função social, buscou também qualificar-se, articulando-se à Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO), Seção Maranhão, numa parceria com o Professor Ed Wilson Araújo e com a Agência Tambor através do jornalista Emílio Azevedo.

Durante esta caminhada, buscamos ouvir opiniões, críticas e sugestões sobre o programa, visando o seu aperfeiçoamento a cada edição e, nesse aspecto, registramos alguns depoimentos de ex-integrante da equipe e ouvintes assíduas, como se apresenta a seguir.

Isabelle Ramos, ex-integrante da equipe Fala Comunidade, avalia com carinho sua passagem pelo projeto, dizendo: “Já tive oportunidade de participar enquanto entrevistada e também na sonoplastia, e ratifico o orgulho que sinto por ter integrado esse time coeso e engajado que faz as manhãs de domingo serem de propagação de cultura e conhecimento de qualidade”.

A ouvinte Carmosa Ramos, moradora do bairro Cohab Anil II, também se manifestaem tom de avaliação: “O Programa fala comunidade é um espaço de falas, de escutas e de aprendizagens. São manhãs de domingo prazerosas, e eu, como ouvinte assídua, espero os sorteios de brindes e entrevistados que transmitem conhecimentos de qualidade aos seus ouvintes”. 

“Era o ano de 2018, até então desconhecia totalmente a Rádio Ilha do Amor e não tinha noção quão belíssimo trabalho eles desempenhavam por lá. Então, nesse referido ano, fui convidada por uma colega a ouvir a sua participação ao vivo no Programa Fala Comunidade, em que se tratava de um quadro desenvolvido para apresentar pautas de grande relevância para a sociedade como um todo. Apresentado sempre aos domingos, o programa em epígrafe convida pessoas das mais diversificadas áreas: cultural, artística, saúde, segurança pública, empreendedorismo, educação e terceiro setor, visando contribuir com os ouvintes no seu exercício diário da cidadania. Desde então, me tornei ouvinte assídua do programa, além de participar como entrevistada numa importante pauta no programa e, a posteriori, fui homenageada pela passagem do Dia das Mães. A rádio desempenha um valoroso papel de informação e formação junto à comunidade. Todos os envolvidos estão de Parabéns pelo papel social desempenhado pelo Fala Comunidade – programa do povo para o povo”, assim manifestou-se a ouvinte Fatima Teixeira, da Cidade Operária.

A atual equipe do programa Fala Comunidade é composta por Camilo Rocha Filho (bancário aposentado), Eva Rego (pedagoga e professora); Dorian Azevedo (assistente social e professora); Patrício Barros (Gestor Hospitalar); Katherine Chagas (pedagoga); Daniel Campelo (jornalista); Afonso Barros (fotógrafo e graduando em jornalismo). Basicamente a equipe é dividida em sonoplastas e apresentadores que se revezam nas manhãs de domingo. Todos os integrantes são pessoas engajadas em movimentos, articulações e atividades sociais das mais diversas frentes, o que possibilita razoável mobilização e relevante prospecção de pautas assertivas.

Por fim, a equipe Fala Comunidade encontra-se diante de inúmeros desafios para garantir mais 10 anos e mais 500 edições deste projeto envolvente, protagonista e empoderante. A produção do programa no formato de live é percebido como um dos principais desafios que exigirá tecnologia e mão de obra qualificada para tal. Que permaneça a determinação em contribuir com a cidadania como instrumento de promoção de uma sociedade justa e igualitária.

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Povos de terreiro mobilizados contra a violência em São Luís

Fonte: Agência Tambor

A luta contra o racismo religioso e a garantia do respeito às religiões de matriz africana, em São Luís, ganha corpo e apoiadores.

Além da consolidação de um pacote de medidas que devem ser implementadas para coibir agressões e desrespeito às comunidades de terreiros, seus adeptos e simpatizantes.

Vários atos e atividades estão sendo realizados pelos povos de terreiro para combater os constantes ataques.

Leia também: FETAEMA promove seminário sobre produção de alimentos saudáveis

Na quarta-feira (20/09), líderes de religiões de matriz africana foram recebidos pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de São Luís, presidida pela vereadora Silvana Noely (Mais Brasil).

Na audiência, intermediada pela Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MA), os líderes religiosos e entidades de religiões de matriz africana protocolaram um documento com várias reivindicações.

Entre as reivindicações estão a realização de Audiência Pública sobre Racismo Religioso na Câmara de Vereadores de São Luís; a criação de programas e promoção de campanhas contra o racismo; e a criação de uma Secretaria Municipal de Igualdade Racial, com a responsabilidade de criar uma política e plano municipal de Igualdade Racial.

Ao final da audiência, a Iyalorixá Jô Brandão, coordenadora do Coletivo DAN EJI, avaliou a reunião como extremamente positiva. “A comissão se comprometeu com a realização da audiência pública contra o racismo religioso contra as religiões de matriz africana, no Maranhão. Vamos formar um grupo para juntos pensarmos e realizarmos a audiência”, assinalou Jô Brandão.

A Iyalorixá enfatizou ser essencial medidas como a audiência para coibir esses crimes de intolerância religiosa que têm tido um crescimento exponencial no Maranhão.

Recentemente, entre outros casos, ocorreu a depredação da imagem de Iemanjá; o ataque ao Terreiro de Mina do Ilê Ashé Oxum Opará, além de discursos de ódio que se alastram em redes sociais.

Parceria

Em sua luta, as comunidades de terreiro têm contado com o apoio da OAB/MA. A advogada Caroline Tayane Caetano, presidenta da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da instituição, ressaltou que a instituição tem realizado um trabalho para possibilitar um diálogo interinstitucional.

“Estamos intermediando agendamentos de encontros na Assembleia Legislativa do Maranhão, Câmara de Vereadores de São Luís e Ministério Público estadual e no Judiciário para assegurar espaços para que as lideranças de matrizes africanas sejam ouvidas”, relatou a advogada Caroline Tayane Caetano.

A advogada também avaliou como extremamente positivos os resultados obtidos. “Na Câmara, a Comissão de Igualdade Social assumiu o compromisso de buscar uma interlocução junto ao Poder Executivo de São Luís em busca de uma solução e melhor alinhar a implementação de uma política pública de igualdade racial, ainda inexistente em São Luís”, relatou.

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Joãozinho Ribeiro reúne grande elenco no show “Canções de Amor e Paz”

Espetáculo poético-musical acontece nesta sexta-feira (22), no Teatro Arthur Azevedo

Diariamente somos bombardeados pelo noticiário e pelas redes sociais com notícias desagradáveis. São fartos os casos de desastres (supostamente) naturais, violências de toda ordem e assassinatos, não raro os três se relacionando.

Na contramão disso, temos as artes, para servirem não como alienação, alheamento ou fuga da realidade, mas também para nos ajudar a refletir sobre a quadra histórica que atravessamos.

“O dever do artista é salvar o sonho”, sentenciou o artista plástico italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), frase que se tornou um mantra para o poeta e compositor maranhense Joãozinho Ribeiro.

Nesta cruzada quase quixotesca em busca de salvar o sonho, Joãozinho Ribeiro apresenta nesta sexta-feira (22), às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro), o espetáculo “Canções de Amor e Paz”, reunindo um grande elenco da música e poesia cometidas por estas plagas.

Desfilando um repertório autoral, Joãozinho Ribeiro agrega como convidados/as o Coral Infantil Batucando Esperança, Elisa Lago, Emmanuel Ferraro, Adriana Bosaipo, Anna Cláudia, Fátima Passarinho, Zeca Baleiro – que fará uma participação especial virtual, apresentando uma parceria inédita deles em vídeo –, Ivandro Coelho, Gisele Vasconcelos, Marconi Rezende, Rosa Reis, Leda Nascimento, Elizandra Rocha, Gilson César, Rosa Ewerton, Uimar Junior, Moizes Nobre e Tatiane Soares.

O anfitrião e a constelação que o acompanha terão seus feitos musicais e poéticos emoldurados pelos talentos de Rui Mário (sanfona e direção musical), Arlindo Pipiu (baixo), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone e flauta), Robertinho Chinês (cavaquinho e bandolim), Tiago Fernandes (violão sete cordas) e Marquinhos Carcará (percussão). A produção é de Lena Santos e a direção geral de Joãozinho Ribeiro.

Os ingressos custam R$ 50,00 (R$ 25,00, a meia-entrada para estudantes com carteira e demais casos previstos em lei) e estão à venda na Bilheteria Digital e na bilheteria do Teatro Arthur Azevedo.

Serviço

O quê: show “Canções de Amor e Paz”

Quem: Joãozinho Ribeiro e convidados

Quando: sexta-feira (22), às 20h

Onde: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)

Quanto: R$ 50,00 e 25,00