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Bar “O Pioneiro” deve indenizar casal homoafetivo

Imagem destacada / Dono do bar O Pioneiro foi conduzido pela PM após discriminar casal homoafetivo

Um casal homoafetivo estava no Bar “O Pioneiro”, na Avenida Litorânea, em São Luís, no dia 24 de fevereiro de 2023, por volta das 13h15, quando foi abordado por uma garçonete que deu um recado: “O dono do estabelecimento pediu que eu falasse que ele está incomodado com a presença de vocês aqui”.

O fato aconteceu depois da troca de um beijo, além de outras demonstrações de carinho entre eles. Depois disso, teriam sido expulsos do bar. O casal de rapazes denunciou o fato em rede social e o proprietário do bar foi levado à delegacia, depois de dizer palavras consideradas ofensivas em relação à homossexualidade dos clientes.

Nesta quarta-feira, 28 de junho – considerado o “Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+” –, a juíza Lívia Maria Costa Aguiar, titular do 10º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo de São Luís, emitiu uma sentença, em que aceitou parte dos pedidos do casal reclamante feitos em “Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Danos Morais” e negou o custeio de tratamento com profissionais de terapia, diante da falta de recomendação médica.

Discriminação é proibida

A juíza determinou ao bar a obrigação de afixar, no prazo de dez dias, em local visível ao público, no lado externo ou em uma de suas entradas, um cartaz dizendo “É expressamente proibida a prática de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero”, nos moldes da Lei 11.827/2022.

O bar deverá publicar, em dez dias, uma nota de retratação, nas redes sociais (instagram e facebook), durante trinta dias, sob pena de multa diária no valor R$ 500,00. E compensar cada reclamante com o valor de R$ 11 mil, totalizando R$ 22 mil, valor atualizado pelo INPC e acrescido de juros mensais de 1% ao mês.

Os homens ressaltaram, na Justiça, que os fatos ocorridos naquele dia os deixaram abalados emocionalmente, vez que, enquanto recebiam a manifestação de apoio de várias pessoas também foram alvo de palavras de ódio em relação ao fato, de outras.

Já o dono do bar apresentou contestação em audiência e alegou, dentre outros argumentos, que eles não teriam sido expulsos do local, mas sim “convidados” a parar com as carícias homoafetivas no local, onde havia vários outros clientes, incluindo famílias com filhos e que essa conduta não seria um valor recomendado para um local de grande frequência do público.

No entendimento do dono do bar, não estaria caracterizada a expulsão, nem haveria ofensa à dignidade da pessoa humana, mas “meros aborrecimentos do cotidiano”, razão pela qual o processo não deveria ser aceito.

Direito do consumidor

No julgamento do caso, a juíza considerou que a questão envolve direito constitucional civil e consumerista, pois os autores da ação estavam na condição de consumidores.  Assim, o comportamento do sócio-proprietário e da garçonete é vinculado à identidade jurídica do estabelecimento, e que houve falha na forma de prestação de serviço aos dois clientes.

Além de reconhecer a falha na forma da prestação de serviço a juíza entendeu ter havido violação à Lei Estadual nº. 11.827/2022 – que obriga a fixação de placas informativas, proibindo a discriminação em razão de orientação sexual ou identidade de gênero.

“A falha na forma da prestação de serviço restou cristalinamente demonstrada pelas provas acostadas a inicial não combatidas, pela produzida em audiência (prova judicial) e pela ausência de provas com a peça de resistência”, assinalou a juíza.

Conforme os autos do processo, foi dada a oportunidade ao dono do bar de apresentar fatos e/ou provas contra o direito dos demandantes, como a apresentação de imagens de videomonitoramento.  Mas ele apenas contestação em audiência, desacompanhada de provas, e não conseguiu provar a inexistência da relação do fato com a afronta ao direito do casal.

Famílias diversas na Constituição Federal

A juíza argumentou que a Constituição Federal, quando trata da entidade familiar, “é uma norma em branco”; ou seja, considera a existência de vários tipos de famílias, no plural, e não somente a heterossexual (homem-mulher).

A sentença afirma ser proibida a discriminação de qualquer natureza, por força da Lei Maior (Constituição Federal) em diversos artigos, como o 1º, o 3º e o 5º,  e não tolera qualquer forma de preconceito, ato humilhante ou vexatório. “Esta proibição alcança todos os estabelecimentos comerciais”, ressalta a decisão judicial.

“É preciso não deixar cair ao limbo do esquecimento que não é tolerável a segregação em qualquer ambiente, especialmente, dentro de estabelecimento comercial com cidadãos igualmente diferentes”, explica a juíza no ato.

A sentença registra que embora o Estado-juiz não consiga impedir as diversas formas de preconceito, precisa atuar de forma enérgica para dificultar sua propagação, evitar violações maiores diretas à dignidade humana, agressões físicas e verbais, como as registradas em vídeo juntado ao processo.

Diversidade acolhida

“É primordial esclarecer que os comportamentos identificados nos autos vão de encontro com o desenvolvimento social pelo acolhimento da diversidade, diametralmente oposto, ao serviço com qualidade e segurança que se espera dos fornecedores”, declarou a juíza.

A sentença conclui que não foram apresentados pelo dono do bar elementos que permitissem a modificação ou exclusão da compensação financeira do casal. “Não há regramento explícito no estabelecimento, a exemplo, de como homossexuais e heterossexuais devem agir, que garantisse aos consumidores a escolha de ficar ali, momento em que haveria a escolha do consumidor aceitar as normas do estabelecimento, contudo, essa informação não existia”, explicou a juíza, com base no Código de Defesa do Consumidor.

“Neste processo, não houve vencedores, apenas, aprendizes nessa vida repleta de evoluções”, concluiu a juíza Lívia Aguiar na sentença.

Fonte: Corregedoria Geral da Justiça

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Legado da pós-graduação chega nas regiões mais carentes

A médio e longo prazos, o investimento em pós-graduação está proporcionando a migração de professores altamente qualificados para os estados da região Norte do Brasil.

Como isso ocorreu?

Entre 2003 e 2013, o investimento em pós-graduação gerou oportunidades para qualificar docentes dentro e fora do Brasil.

A excessiva concentração de docentes originários do eixo Rio de Janeiro/São Paulo/Brasília ou sediados nesse território provocou a migração de educadores para outras regiões com defasagem de mestres e doutores.

Ao concluírem mestrado e doutorado, esses professores começaram a fazer concursos para os lugares mais longínquos, onde as universidades federais receberam novos cursos e investimentos.

Estados como Amazonas, Rondônia, Roraima, Acre e Amapá, por exemplo, têm hoje quadros de professores de alto nível nas universidades federais.

É o investimento em educação superior chegando na Amazônia.

Precisa muito mais.

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Governo Lula anuncia medidas em defesa da comunidade LGBTQIA+

O anúncio das ações ocorreu em cerimônia realizada no Palácio do Planalto em alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, celebrado em 28 de junho

Site do PT – O 28 de junho é dia de orgulho e reflexões. A data marca mundialmente o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, momento em que é celebrada a pluralidade de olhares, corpos e formas de amar. 

Apesar de ser conhecido por sua diversidade, o Brasil ainda é palco de muita discriminação e violência contra pessoas LGBTs. Por isso, vê-las ocupando cada vez mais os espaços de poder é uma conquista recheada de simbolismo, que transmite uma mensagem extremamente importante à sociedade. 

Pensando nisso, foi realizada na terça-feira (27), no Palácio do Planalto, cerimônia inédita em celebração ao Dia do Orgulho. Na ocasião, foram anunciadas um conjunto de medidas em prol da comunidade LGBTQIA+ brasileira, a ser implementado por diferentes órgãos do governo (veja lista abaixo).

Vítimas de violência

A LGBTfobia é crime no Brasil desde 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a prática ao crime de racismo. A legislaçnao, contudo, não é suficiente para interromper o ciclo de violência.

Segundo os dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), uma das mais importantes organizações de defesa dos direitos LGBTQIA+ no Brasil, em 2022, 256 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros sofreram morte violenta no país, o que significa uma vítima a cada 34 horas. Desse total, 242 foram homicídios.

Além disso, o Brasil continua sendo o país onde acontecem mais assassinatos de transexuais no mundo. No ano passado, nos Estados Unidos, com 100 milhões de habitantes a mais, foram assassinadas 32 pessoas transexuais, enquanto no Brasil o número chegou a 114, uma a cada três dias. O número evidencia a urgência de políticas públicas voltadas à proteção dessa população e à educação da sociedade por mais respeito às diferenças.

Assim como mulheres e homens cisgênero, pessoas trans e não binárias têm direito de estar nos espaços de poder e decisão, propondo leis e desenvolvendo ações em busca de direitos e garantias assegurados a todo cidadão brasileiro. Contudo, a intolerância e o preconceito ainda são barreiras que impedem grande parte da comunidade de ocupar esses espaços, que ainda carregam a heteronormatividade em suas práticas.

Parcela significativa da sociedade

De acordo com pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP), publicada na revista científica Nature Scientific Reports, o percentual de brasileiros adultos que se declaram assexuais, lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros é de 12%, ou cerca de 19 milhões de pessoas, levando-se em conta os dados populacionais do IBGE.

Para a Secretária Nacional LGBT do PT, Janaína Oliveira, o mês do Orgulho LGBTQIA+ é marcado por comemorações e lutas: “É preciso que a inclusão e a diversidade estejam presentes em políticas. Por isso, é fundamental que todas, todos e todes se somem a essa luta, para que possamos, de fato, romper com todas as formas de preconceitos.”

Para Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT, celebrar o 28 de junho é fundamental e possui um forte caráter político: “A data do Orgulho é muito importante para o movimento  LGBTQIA+ porque traz visibilidade. E ver como o governo federal, em conjunto, tem se dedicado para criar ações que protejam e deem qualidade às vidas dessas pessoas é importantíssimo. Mostra para a sociedade o compromisso do projeto político do PT com o bem-estar de todas, todos e todes.”

Confira abaixo as entregas do governo federal em alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ 

1 – Serpro: Agora 3T – Tecnologia para pessoas Trans e Travestis. Lançamento do primeiro edital de investimento social destinado às comunidades trans e travestis, com o objetivo de garantir a inclusão digital e tecnológica, viabilizando melhores oportunidades em diversos campos sociais. Trata-se de iniciativa do Serviço Federal de Processamento de Dados que visa selecionar o projeto de inclusão sociodigital que, no âmbito educacional, ou desenvolvimento de tecnologia digital, promova impacto social positivo na vida de pessoas trans e travestis.

2 – Correios: Selo Institucional “Orgulho LGBTQIA+”. Trata-se de selo dos Correios que trará, nas cores do orgulho LGBTQIA+, uma releitura da bandeira que celebra seu movimento contínuo ao longo do tempo. No entrelaçar da paleta que representa a diversidade, a arte traz os ciclos da luta por direitos e a conexão entre as identidades que formam a comunidade. A iniciativa foi uma sugestão da deputada federal Erika Hilton (PSol-SP).

3 – Secom, MDHC e aplicativos: Dez Compromissos para Proteção de Direitos das Pessoas LGBTQIA+ em Aplicativos de Mobilidade. Assinatura de Termo de Compromisso com as principais plataformas virtuais de transporte. Os compromissos indicam a adoção de medidas para garantia da segurança das pessoas LGBTQIA+ que utilizam as plataformas, bem como a realização de campanhas de sensibilização e educação midiática, a criação de campos que permitam nomear manifestações de discriminação, protocolos de suporte às pessoas que sejam vítimas de LGBTQIA+fobia, a coloração com as autoridades para investigação desses casos, entre outras medidas que visam tornar esses ambientes mais seguros e acolhedores às pessoas LGBTQIA+.

4 – Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+: Publicação da Portaria da Agenda Nacional de Enfrentamento à Lesbofobia e ao Lesbo-Ódio. A iniciativa tem o objetivo de construir, com os movimentos sociais de lésbicas e sapatão, articulados e mobilizados pelo Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, uma agenda do governo federal que acolhe e discute as prioridades de lésbicas e sapatão em políticas públicas nas áreas de saúde, educação, justiça e segurança pública, assistência social e cultura.

5 – Ministério das Mulheres: Cartilha de Enfrentamento a violência contra mulheres LBTs. A cartilha tem como objetivo orientar as mulheres lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis sobre o que fazer em caso de violência. Pensando no enfrentamento à violência contra mulheres e principalmente contra mulheres LBTs, a secretária de Enfrentamento à Violência, Denise Dau, do Ministério das Mulheres, e a secretária nacional das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, do Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania, produziram a cartilha digital, divulgada durante a Parada LGBT de São Paulo. A publicação ganhou agora uma versão impressa e será distribuída em eventos do Ministério das Mulheres entre julho e agosto.

6 – MDHC: Lançamento de Edital. Proposto pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o edital é voltado para financiar projetos de promoção e defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+ elaborados por organizações da sociedade civil.

7 – MDHC: Levantamento de boas práticas no mercado de trabalho. Realização, nos próximos dias, de chamamento de participação social para levantamento das boas práticas em empregabilidade de pessoas LGBTQIA+.

8 – O Ministério da Cultura anunciou as seguintes medidas:

– Prêmio da Diversidade Cultural, promovido pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, com o objetivo de promover o reconhecimento de expressões e manifestações culturais da população LGBTQIA+, e ações que contribuíram para o combate à LGBTfobia e para o aumento da visibilidade do segmento.

– Retomada, com reformulação e atualização do Comitê Técnico de Cultura LGBTQIA+: A retomada visa reforçar a importância da integração das ações promovidas no âmbito do MinC, para promoção e fomento de políticas públicas de cultura voltadas à população LGBTQIA+.

– Política Nacional de Cultura Viva – trata-se de política que integra diversos segmentos que compõem a diversidade cultural, promovendo, inclusive, ações desenvolvidas com enfoque direto à comunidade LGBTQIA+, seus agentes e fazedores de cultura. Esse instrumento reconhece a importância e fortalece a visibilidade das pessoas LGBTIQIA+, contribuindo para a diversidade cultural brasileira. Atualmente, dos 4355 Pontos de Cultura certificados, 530 possuem como público beneficiário pessoas LGBTQIA+. 

– Dentre as ações desenvolvidas no âmbito da Política Nacional de Cultura Viva, haverá ampliação do Cadastro Nacional de Pontos e Pontões de Cultura. O cadastro possibilita a inclusão de grupos/coletivos e pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, que desenvolvam ações culturais, ao acesso às políticas públicas culturais de fomento.

Da Redação Elas por Elascom informações dos Ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania e Mulheres, do G1, GGB e Planalto 

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Apruma realizará debate entre candidatas(os) à Reitoria da UFMA

No próximo dia 12 de julho (quarta-feira), às 16h, a Apruma – Seção Sindical promoverá o debate entre as/os candidatas/os à reitoria da UFMA.

O momento será uma oportunidade para que a comunidade universitária conheça as/os reitoráveis e suas propostas para a próxima gestão superior da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

O evento também terá transmissão ao vivo pelo canal YouTube da Apruma.

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8/1: CPMI começa a investigar sabotagem bolsonarista na Segurança do DF

Comissão de inquérito ouve, nesta segunda-feira (26), o coronel da PM do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime, um dos presos por suspeita de facilitar os ataques contra os prédios dos Três Poderes

Site do PT – Ao interrogar o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime, nesta segunda-feira (26), a CPMI do Golpe começará a lançar luz sobre o papel de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, no 8 de Janeiro.

Naime era comandante de Operações da PMDF e estava subordinado a Torres, nomeado secretário de Segurança Pública em 2 de janeiro. Eles eram, portanto, dois dos principais responsáveis pela proteção da Esplanada dos Ministérios no dia do ataque às sedes dos Três Poderes. Proteção que, o mundo inteiro viu, não existiu.

A sucessão de erros na Segurança de Brasília foi tão grande que se torna impossível acreditar que se tratou de um simples erro involuntário. Tanto é assim que, logo após a tentativa frustrada de golpe, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de Torres, Naime e do ex-comandante-geral da PM Fábio Augusto Vieira. Dos três, apenas Naime continua preso.

Caso não se acovarde e fale a verdade aos deputados e senadores da CPMI, o coronel Naime – cuja esposa, aliás, recebeu emprego de Torres no Ministério da Justiça em 2021 – poderá responder muitas perguntas que continuam à espera de uma boa explicação:

– Por que ele, Torres e outros membros-chave da PM tiraram férias ou licença justamente no período em que Brasília vivia uma turbulência golpista, mesmo havendo uma ordem que proibia dispensa de PMs até 9 de janeiro?

– Por que, mesmo com informes da área de inteligência sobre a chegada de milhares de manifestantes dispostos a tomar o poder, os efetivos da PMDF não foram colocados de prontidão (que permitiria um acionamento mais rápido), mas apenas de sobreaviso (esperar em casa)?

– Por que, mesmo com os avisos da área de inteligência, foi colocado para comandar a segurança da Esplanada o inexperiente major Flávio Alencar, mais tarde preso também por ter sido flagrado por câmeras de segurança facilitando acesso dos golpistas ao prédio do STF?

– Por que, um dia após a fracassada tentativa de golpe, o coronel Naime tentou sair de Brasília, o que levou a Polícia Civil a investigá-lo por uma possível tentativa de fuga?

Todos esses “erros” foram cometidos pelo mesmo sistema de segurança que, uma semana antes, durante a posse do presidente Lula, tinha se mostrado extremamente competente e que havia, ao longo de 2022, atuado em um total de 522 atos públicos, nenhum deles com registro de vandalismo, segundo dados da Subsecretaria de Operações Integradas (Sopi) do DF.

O que mudou de 1º de janeiro para 8 de janeiro? O secretário passou a ser o bolsonarista Anderson Torres, aquele mesmo que guardava uma minuta golpista dentro de sua casa em Brasília. O ex-ministro de Bolsonaro, não há dúvidas, sabotou, com a ajuda de gente graúda da PMDF, a segurança de Brasília. “Houve uma operação estruturada de sabotagem. Ele montou a sabotagem e viajou”, resumiu o interventor nomeado por Lula, Ricardo Capelli.

O ridículo sem fim da oposição

Todos esses fatos tornam muito, muito ridícula a tentativa da oposição, hoje, de culpar o governo Lula pelo que ocorreu na Praça dos Três Poderes em Brasília. Primeiro porque, segundo a Constituição, é o governo do DF e a PM do DF que devem garantir a segurança e a ordem naquele local. 

E, em segundo lugar, porque para que a direita impedisse o governo Lula de “ser omisso”, bastava Anderson Torres ordenar que a PM, que estava sob seu comando, agisse como sempre agiu. Sim, bastava o ex-ministro de Bolsonaro fazer o que ele estava sendo pago para fazer para que a tal “omissão de Lula” não desse em nada.

Como ressaltou o deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) na sessão de quinta-feira (22): “É o curioso e tragicômico caso de uma extrema direita que articulou um golpe e depois busca responsabilizar um governo eleito. Coloca mais peso de responsabilidade numa eventual omissão da vítima do que na incompetência do algoz. Isso é bizarro.”

Imagem destacada / Marcelo Camargo/Agência Brasil e Site do PT

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A Amazônia é importante até mesmo para o agronegócio

O avanço das organizações criminosas dentro dos territórios tradicionais da Amazônia coloca para todos nós uma profunda reflexão.

O narcotráfico, associado ao garimpo e outras formas de mineração, os madeireiros, a pesca ilegal e a pecuária constituem um emaranhado predatório que pretende aniquilar qualquer conceito de sustentabilidade.

A destruição da Amazônia vai gerar repercussões no mundo inteiro.

E no Brasil, sem a Amazônia, vai faltar água até mesmo para as plantações do agronegócio nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, para ficar apenas nesses exemplos.

A escassez de recursos naturais, em especial da água, vai alcançar todos, de forma distinta, inclusive os ricaços do agro é pop.

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É preciso “sangrar” Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, está cercado por denúncias de corrupção. É preciso atacá-lo mais, sem piedade, exigindo investigações e ações concretas das instituições para detê-lo.

A eliminação de Lira vai causar uma ferida no Centrão e pode aliviar o esquema de chantagem sobre o governo.

Lira representa o que há de pior no parlamento, mas o seu castelo começa a ruir.

Ele tem de cair.

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Os fardados e o custo da paz sem voz (?)*

Jeanderson Mafra
Policial militar, ativista pelos direitos humanos, conselheiro de cultura, escritor e poeta maranhense.

Aos olhos da multidão que se arrebanha extasiada para o belo Festejo Junino, bem como para outros ajuntamentos festivos, determinados seres humanos fardados como os garis, os agentes de trânsito e os policiais, podem parecer invisíveis. E assim é, no geral.

Poucas pessoas sabem os dilemas destes trabalhadores, seus reclames, seus anseios e protestos. A família e os amigos são os únicos que, doravante, se solidarizam com uma realidade paralela latente nas sombras e nos bastidores de uma política que se vale dessa “mais valia” destes trabalhadores que, se ausentes, nenhum alvoroço republicano se constituiria.

O São João do Maranhão, como todos sabem, está sendo propalado como “o maior do Brasil”. Um grande investimento de dinheiro público está sendo dispensado para dar ao turista, aos conterrâneos e ao povo maranhense uma imagem do que é nossa sertaneja e singular festa do milho e do místico Bumba-Boi.

Este Boi que, com sua carne e vísceras, tem alimentado a cada dia escassas pessoas, haja vista a carestia, o desemprego, os péssimos salários e demais problemas sociais que privilegiam uma minoria que pode encher de víveres o carrinho no Supermercado. Por outro lado, o Boi também é este simbolismo junino de esperança, pois se espera que ressuscite ao som dos atabaques, das matracas e de todo o encantamento indígena, de caboclos e vaqueiros empenhados no seu retorno à vida.

É sobre este símbolo de esperança, sobre melhores condições de trabalho aos policiais, estes fardados invisíveis e sem voz – pois “algo”, à semelhança da tragédia do boi, arrancou-lhes a língua – que desenvolvo estas linhas.

Aos olhos da multidão que se arrebanha extasiada para o belo Festejo Junino, bem como para outros ajuntamentos festivos, determinados seres humanos fardados como os garis, os agentes de trânsito e os policiais, podem parecer invisíveis. E assim é, no geral.

Poucas pessoas sabem os dilemas destes trabalhadores, seus reclames, seus anseios e protestos. A família e os amigos são os únicos que, doravante, se solidarizam com uma realidade paralela latente nas sombras e nos bastidores de uma política que se vale dessa “mais valia” destes trabalhadores que, se ausentes, nenhum alvoroço republicano se constituiria.

Leia o texto completo no site A iniciativa

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Jair Bolsonaro no matadouro

Em tempos de festejos juninos, o animal bovino e a sua manada seguem mansos para o sacrifício.

O facínora já é dado como morto político no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que vai cassar os seus direitos políticos por oito anos.

Todo castigo será pouco. Ele já é um cadáver putrefato e merece o sofrimento eterno em lugar ermo: no ostracismo da civilização.

É o mínimo!

Imagem Agência Reuters/Adriano Machado

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Arraial de Santo Antônio com Feirinha da AgriCultura Familiar

A Secretaria de Estado da Agricultura Familiar do Maranhão (SAF) promove pela primeira vez a Feirinha da AgriCultura Familiar no período de 22 de junho a 1º de julho, dentro da programação do Arraial do Largo Santo Antônio, em São Luís.  

Segundo o secretário da SAF, Bira do Pindaré, a feira tem o objetivo de expor a riqueza e potencialidade do campo, além de comercializar os produtos da agricultura familiar que incentivem a melhoria socioeconômica dos agricultores e a sustentabilidade da produção.

A primeira edição já conta com 20 pontos de comercialização (10 barracas e 10 balcões) e cerca de 30 empreendimentos da agricultura familiar, que estarão comercializando hortifruti, produtos à base de babaçu, cachaças artesanais, artesanato de fibra de banana e em madeira, arte indígena, rendas da Raposa e produtos da reforma agrária.