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Um caminho, dois olhares

Eloy Melonio é contista, cronista, letrista e poeta.

São 6h15 de uma manhã que prenuncia um sábado claro e quente. Trajo bermuda, camisa de malha e sandálias havaianas. E me visto com um leve arrepio para percorrer o trecho até a padaria do Ferreira, que fica num conjunto residencial a vinte minutos do meu. Sim, faço caminhadas toda semana, mas devidamente equipado.E nunca aos sábados.

Desço a rua da minha casa e logo cruzo a fronteira do Parque Shalom. Passo na frente dos condomínios Barcelona e Turim e avisto a subida da Avenida Principal do Cohajap.

A primeira pessoa que vejo é um senhor numa bicicleta velha. Por causa da subida, ele desce da bike (bicicleta velha é bike?) e passa a empurrá-la. Mais adiante, ele para na frente de uma casa e encosta o veículo de duas rodas na calçada. Na garupa, uma caixa de papelão guarda duas garrafas com um líquido da cor de vinagre de maçã. Pergunto-lhe o que elas contêm. “Cachaça da terra”, responde. E me oferece uma garrafa, pois a outra já estava encomendada. Recuso a oferta porque meu foco no momento é derivado de trigo.

Ainda no Cohajap, sigo até o cruzamento com outra avenida, também Principal (esquisito, não?!). Neste ponto, à minha direita, a Associação dos Moradores. E, aqui, a exuberância da natureza: amendoeiras gigantesdemarcam a área entre a associação e a rua. Juro que nunca as tinha percebido como agora. Contorno a rua e me deparo com uma ladeirinha que abre o caminho para outra rua. Logo na esquina, a fachada da escola Portal do Saber.

Na entrada da escola, três homens falam alto. Um deles, recém-chegado, solta a voz em tom de desafio: “Quero ver alguém chegar aqui mais cedo do que eu!”. Com respiração branda, gravo a cena na minha memória.

Sigo o meu itinerário. A rua, agora reta e nivelada, está vazia. Nem uma alma para se dar bom-dia. Passo na frente da casa de Seu Elias, um “homem de Deus” que não vejo há anos e “irmão” dos meus tempos na Igreja Batista Vale do Jordão, no Parque Atenas. Foi meu primeiro revisor quando eu escrevia “A verdade que liberta” (1999), livro de cunho evangelístico. Uma de suas lições sempre ressurge quando escrevo. “Você come Mateus e quem mais?”, brincava. Não aceitava “como” antes de um nome próprio. Não porque fosse um deslize gramatical, mas por sua cacofonia. Quando leio algo assim, tenho vontade de orar pelo escritor desavisado.

A padaria está a um quarteirão daqui. Nem o pulmão nem as pernas esboçam algum tipo de desconforto. Ôpa! Estou na linha de chegada. Só mais alguns passos e… Entro e saúdo o dono do estabelecimento: “E aí, Ferreira!”Sempre gentil, ele responde: “Oi, bom dia, irmão!”

“Irmão?! Sim, por que não?” (Minha esposa não acredita, mas, às vezes, eu converso comigo mesmo).

Peço ao balconista o manjar do meu café da manhã: dois bolinhos de tapioca com erva-doce (Hummmm!), três pães de queijo e uma fatia de bolo de macaxeira. Enquanto me dirijo ao caixa, cantarolo a música do carioca Latino: “Hoje é festa lá no meu apê”.

Saio da padaria e dou de cara com o Sol, ainda tímido, mas já incomodando a Lua, que está encerrando seu expediente. Dá até pena vê-la pálida, ofuscada pelos raios do rei. Mas não posso alimentar essa discussão agora porque ambos abrigam versos da minha lavra poética, com uma leve vantagem para a Lua, mais atraente aos olhos dos poetas.

As almas vivas ainda não deram as caras na rua. Preparo-me para o caminho de volta, seguindo o mesmo roteiro. “Mas não o mesmo cenário!”, aviso-me a mim, navegante solitário neste mar de surpresas. Diante da casa do irmão Elias, certa reverência atiça palavras carinhosamente silenciosas. Um “que-Deus-o-guarde” se ensaia entre meus lábios.

Ainda nessa rua, uma moça vestida numa bata branca sai de sua casa. O motoboy que a espera lhe entrega um capacete, e ela monta na garupa da Honda 150. E seguem rua abaixo, provavelmente para algum hospital ou clínica.

Na porta da escola, reencontro o orgulhoso empregado que chega antes do horário. Faço questão de cumprimentá-lo. Puxo conversa e lhe digo que ouvi o que falavam alguns minutos antes. Ele me diz o seu nome e que é um dos vigias da escola. E acrescenta que, honestamente, nunca faltou nem chegou atrasado “ao serviço”. Deixo clara a minha admiração por seu compromisso com sua dignidade.

De um ponto elevado, aprecio o outro lado da associação dos moradores. O gramado do campo de futebol mais verdinho do que o verde da Bandeira Nacional. E as palmeiras de babaçu oferecemabrigo aos periquitos jandaias, sabiás e bem-te-vis. E, no ar, imagino o bailado dos versos da Canção do Exílio.

Chego à Avenida Principal do Cohajap, e uma descida me saúda com intimidade. O senhor da bicicleta se despede do cliente— um idoso de uns oitenta anos que segura firme o par de garrafas. Uma cena que lembra Ayrton Senna, quando erguia a taça de vencedor nas corridas de Fórmula 1.

Mais abaixo, uma tubulação de esgoto vomita sujeira que escorre de um lado ao outro da avenida, exigindo de mim mais cuidado por causa das sandálias. Esse bueiro é um velho conhecido da vizinhança e um desprezado pelas autoridades sanitárias.

Minha respiração acelera, anunciando que minha casa está quase à vista. E, aí, lembro-me dos meus filhos quando― voltando da escola ao meio-dia (1983/85)― passávamos por um lixão na Av. Mário Andreazza, na Cohama. Em coro, cantavam assim: “Tamo chegando/ Tan-tan-tan-tan”. E só paravam quando entrávamos na rua principal do Habitacional Turu.

Caminho pela calçada dos condomínios com nomes europeus. E, por aqui, nenhum brasileiro à vista. Parece que estão “todos” (todas e todes) em Brasília. Dobro à esquerda, e à direita, como se estivesse na curva do “S”, em Interlagos. E vejo a fileira de pés de ipê no canteiro que divide a rua em duas partes. Na calçada e no asfalto, flores roxas e cor-de-rosa se fingem de tapete. Finalmente, o curto trecho da Rua V-12 até a minha casa.

Aqui, confirmo a ideia de que, numa segunda leitura, as palavras de um livro podem ter outros significados, assim como, numa avenida, os sinais de trânsito da ida não são iguais aos da volta. E, num devaneio, chego a pensar em fazer o Caminho de Santiago algum dia.

6h45. Sento-me à mesa e me pergunto: Por que não faço isso mais vezes? O que vi e senti daria uma boa crônica, não daria?

E não posso me esquecer de agradecer, caro(a) leitor(a), sua tão agradável companhia.

Imagem destacada capturada aqui

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Cantora maranhense Bia Mar será jurada da Academia Prêmio Multishow 2023

A edição 2023 do Prêmio Multishow será transmitida pela primeira vez na TV aberta – cerimônia ocorrerá no dia 7 de novembro.

SÃO LUÍS – Tem Maranhão brilhando nacionalmente mais uma vez! A cantora, compositora e atriz maranhense Bia Mar – revelação da cena musical do Maranhão nos últimos anos – foi convocada ao time de jurados da Academia Prêmio Multishow 2023.

A artista, que já dividiu o palco com artistas renomados do cenário nacional, como Arlindinho e Cassiana Pérola Negra e foi uma das atrações do palco Tijuca, do Samba Brasil São Luís 2023, segue sua trajetória de repercussão nacional com mais esta importante conquista.

“Estou muito honrada e emocionada com este convite. Estar entre os jurados e poder participar de uma premiação tão importante como essa para o universo da música brasileira é saber que estou no caminho certo. Que venha novembro!!”, destacou Bia Mar.

Responsável pela definição dos indicados das 15 categorias do Prêmio Multishow 2023, a Academia foi criada em 2019 e conta com profissionais da indústria da música em sua formação.

Prêmio Multishow 2023

Em 2023, o Prêmio Multishow será realizado no dia 7 de novembro e conta com algumas novidades: será a primeira vez que contará com transmissão na TV aberta (pela TV Globo) – telespectadores também poderão acompanhar na TV paga e pelo streaming (Globoplay); e contará com apresentação de Tadeu Schmidt e Tatá Werneck.

Bia Mar

A maranhense Bia Mar iniciou sua carreira aos 15 anos, cantando em barzinhos e já passou por diversos estilos musicais: do reggae ao blues, passando pelo brega, pop-rock – e, ainda, com passagem pelas escolas de Samba Turma de Mangueira e Túnel do Sacavém, bloco tradicional Os Foliões e banda afro Ajayô.

Na edição 2023 do Carnaval do Governo do Maranhão, foi um dos destaques da programação, com shows em trios do circuito Beira Mar e Litorânea, com o bloco 100 Sigilo. Atualmente, segue em carreira solo no samba – em seu repertório, conta com a composição “Oh de casa”, produzida por Wendell Cosme, como tema de programa na TV Guará – e, também, é vocalista da banda de brega Leviana.

Já participou dos projetos “Rico Choro Convida”, “2° Encontro Nacional de Cantores e Compositores de Samba de São Luís” e “A Voz do Compositor”. Já no audiovisual, dirigiu duas séries: “Luz, câmera e samba” e “Samba na Mala”, sendo a última uma série com foco em viajar o Brasil inteiro, conhecendo a peculiaridade do estilo – atualmente, conta com dois episódios gravados no Rio Grande do Sul.

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Veja as premiadas no Troféu Mulher Imprensa 2023

Portal Intercom – O Troféu Mulher IMPRENSA divulgou as 15 vencedoras de sua 17a edição, promovida pela Revista IMPRENSA e pelo Portal IMPRENSA com parceria institucional da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Neste ano, a premiação incluiu, além das categorias tradicionais, cinco categorias regionais (uma para cada região brasileira), com um processo de indicação e votação popular. A cerimônia de entrega dos troféus está marcada para o dia 28 de setembro, em São Paulo.

Nesta edição, duas comunicadoras indígenas venceram pela primeira vez na história do Troféu Mulher IMPRENSA. Luciene Kaxinawá, indígena do povo Huni Kuin (Kaxinawá) e apresentadora do Canal Futura, ganhou na categoria “Regionalidade: Norte”. E Elizângela Baré, liderança na Terra Indígena Cué-Cué/Marabitanas e apresentadora da Rádio Sumaúma, receberá o troféu na categoria “Programa de Podcast de Jornalismo”.

Entre as demais vencedoras, mais da metade são jornalistas negras, um aumento pelo reconhecimento da diversidade feminina e da luta contra o racismo na comunicação.

Nayara Felizardo (The Intercept Brasil) e Flávia Oliveira (Globo News) recebem o troféu pela segunda vez. A editora executiva de jornalismo da Rádio BandNews, Sheila Magalhães, receberá o quinto troféu e se juntará a Carla Bigatto, Eliane Brum, Mônica Bergamo, Miriam Leitão e Sônia Blota como madrinha da premiação.

Mais de 40 mil votos definiram o resultado do 17º Troféu Mulher IMPRENSA “Regionalidade”. As categorias que tiveram maior participação popular foram Podcast, Radiojornalismo e Jornalismo Impresso e Online.

A edição também contou com o apoio do CIEE, parceria institucional da ESPM e o patrocínio da Bayer.

VENCEDORAS DA 17ª EDIÇÃO DO TROFÉU MULHER IMPRENSA:

Joyce Ribeiro (TV Cultura)

Sheila Magalhães (Rádio BandNews)

Nayara Felizardo (The Intercept Brasil)

Cecília Olliveira (Fogo Cruzado)

Flávia Oliveira (Globo News)

Juliana Oliveira (Oliver Press)

Helena Bertho (Nubank)

Lais Vita (Governo de SP)

Por Elas, Por Nós (Equipe Azmina)

Rádio Sumaúma (Elizângela Baré)

Flávia Quirino (Brasil de Fato)

Raíssa França (Eufemea)

Luciene Kaxinawá (Canal Futura)

Etiene Pereira Martins (Estado de Minas)

Rosiane Correia de Freitas (Plural)

Veja mais nomes e a lista completa no site oficial

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Ostentação forrozeira na Athenas Brasileira e nada de Feira do Livro

Praça Maria Aragão e Expoema são palcos de shows milionários

O mês do aniversário de São Luís está marcado por uma disputa entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís pelos grandes eventos regados a forró, sertanejo, piseiro e estilos assemelhados.

Neste setembro de lindos pores do sol, a cidade foi invadida por shows ostentação pagos com dinheiro público a la vontê.

Tudo isso acontece na cidade que seria a Athenas Brasileira, uma referência ao padrão cult grego, adotada no século XIX, quando São Luís tinha meia dúzia de ilustres letrados e uma imensa população de analfabetos.

Fato é que os shows ostentação inundaram a cidade, da praça Maria Aragão (no Centro Histórico) aos arredores do bairro São Raimundo, onde é realizada a Expoema (Exposição Agropecuária do Maranhão).

Enquanto isso, não se tem notícia da Feira do Livro de São Luís (Felis), um evento que deveria ser especialmente celebrado em 2023, em virtude do bicentenário do intelectual cosmopolita Gonçalves Dias.

Não se trata de preconceito contra a grande nação forrozeira da cidade, mas deveria haver equilíbrio no uso do dinheiro público para a realização dos diferentes eventos culturais.

Por falar em dinheiro público, há um reclame geral sobre o atraso no pagamento dos fazedores de cultura que animaram recentemente os festejos de São João.

Se há tanto recurso para pagar sertanejos e forrozeiros “famosos”, cadê o dinheiro dos produtores culturais locais, tão importantes quanto os de fora?

Outra pergunta que não cala: Cadê o Circo da Cidade?

A resposta é simples: houve um desmonte geral das políticas públicas de Cultura no Maranhão e em São Luís, na capital com mais gravidade, por ser esta tal referência “cabeçuda” do planeta Terra.

Em vez de Políticas de Cultura (estadual e municipal) com planejamento participativo, orçamento e calendário, temos apenas os grandes eventos: Carnaval, São João, Aniversário da Cidade e mais recentemente o crescimento dos festejos evangélicos também financiados com dinheiro público.

Por fim, vale sublinhar: São Luís nunca foi Athenas Brasileira. E, se era Ilha Rebelde, perdeu o título (entenda aqui).

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Teatro de Açailândia recebe Wilson Zara em Tributo a Raul Seixas

Turnê do cantor também inclui apresentações em Santa Inês, Imperatriz e Tuntum

Inaugurado em junho passado, o charmoso Teatro Municipal de Açailândia, na Avenida Santa Luzia, às margens da BR 222, será palco de um Tributo a Raul Seixas, apresentado pelo cantor Wilson Zara. O show acontece dia 6 de setembro (quarta-feira, véspera do feriado da Independência), às 20h.

Wilson Zara (voz e violão) estará acompanhado por Mauro Izzy (baixo), Moisés Ferreira (guitarra) e Marjone (bateria). O cantor revela a emoção de subir a palco tão privilegiado. “Açailândia é uma cidade com a qual eu tenho uma relação desde garoto; foi onde eu terminei o ginásio, e participei de um show de calouros, foi a primeira vez que eu cantei num som, eu acabei vencendo o concurso, mas não levei o prêmio, mas eu estava bem contente por ter cantado. Também foi lá que eu ouvi Raul pela primeira vez, meu pai ainda mora lá”, relembra.

No repertório, clássicos e lados b do maluco beleza, apelido que Raul Seixas ganhou de um dos maiores sucessos de sua carreira. O teatro tem 221 lugares. Os ingressos custam entre R$ 10,00 e 20,00 e já estão à venda no site Ingresso Digital (https://www.ingressodigital.com/evento/9834/Wilson_Zara_Tributo_a_Raul).

“A gente fez recentemente o Tributo em São Luís, como fazemos todos os anos, mesmo à época da pandemia, houve edições online; estamos viajando com praticamente a mesma banda, levando a mesma energia e nossa contribuição para manter vivo o importante legado de Raul Seixas”, continua Zara.

Agenda – Antes de chegar à Açailândia, Wilson Zara se apresenta em Santa Inês. Dia 2 de setembro (sábado), às 20h30, ele canta no Hellena Bistrô (Rua do Sol, 44), acompanhado de Mauro Izzy (baixo). No repertório, clássicos da música popular brasileira e do pop rock nacional e internacional. O couvert artístico individual custa apenas R$ 10,00.

A agenda de Zara pelo interior do Maranhão segue ainda no feriado de 7 de setembro (quinta-feira), quando apresenta o Tributo a Raul Seixas, acompanhado de sua banda, durante o MotoImp. O show acontece às 23h. O evento acontece no Parque de Exposições de Imperatriz (Marginal BR-010, 230).

Informações sobre inscrições e ingressos no site do evento (https://motoimp.com.br).

Dia 9 (sábado), é a vez de Tuntum. Zara e banda se apresentam no Old’s Pub Buteco e Petiscaria (Praça da Matriz, Centro). O evento começa às 21h, com entrada franca.

Imagem destacada / Wilson Zara. Foto: Manlio Macchiavello

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Brasil tem recorde de 43,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada

Segundo o Caged, 142,7 mil postos foram criados em julho. Já o IBGE aponta desemprego de 7,9% no trimestre encerrado em julho, o menor desde 2014

Site do PT – O Brasil alcançou, em julho, a marca de 43,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada, recorde na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada pelo Ministério do Trabalho em janeiro de 2002. Do total de postos de trabalho, 142.702 foram criados no mês passado, e, no acumulado do ano, 1,16 milhão, nos cinco grupamentos econômicos avaliados.

“Alcançamos o maior número de trabalhadores com carteira assinada da história. Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil possui 43,6 milhões de pessoas com carteira assinada, com aumento de 1,16 milhão no acumulado do ano. Nosso maior objetivo é gerar empregos, para que o pai e a mãe de família possam ter seu sustento e dignidade garantidos”, destacou o presidente Lula, nas redes sociais.

Esse novo resultado positivo da economia foi divulgado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante entrevista coletiva, na quarta-feira (30). Segundo ele, o saldo positivo de julho foi puxado pelos setores de serviços, que gerou 56.303 postos (39% do saldo), e comércio, com 26.744 postos (19% do saldo). Marinho também detalhou que o número recorde de 43,6 milhões empregos formais leva em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020).

Conforme os dados do ministério, o salário médio real de admissão em julho foi de R$ 2.032,56, aumento de R$ 19,33 em comparação com o valor de junho, que foi de R$ 2013,23.

Saldo positivo

No mês de julho, todos os grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos. O de 56.303 postos formais de trabalho no setor de serviços foi maior nas áreas de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (27.218 postos), alojamento e alimentação (9.432 postos) e transporte, armazenagem e correio (8.904 empregos) no mês.

No Comércio, o destaque foi o setor varejista de produtos farmacêuticos (+3.554) e mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – supermercados (+2.419) e minimercados (+1.704). A Construção Civil teve saldo positivo de 25.423 postos, e a Indústria, de +21.254 postos no mês.

Em termos geográficos, apenas no Rio Grande do Sul (-2.129) houve queda do emprego formal em julho, o que ficou positivo nas outras 26 unidades da federação. Os maiores saldos foram em São Paulo (+43.331), Rio de Janeiro (+12.710) e Minas Gerais (+12.353).

Entre os grupos populacionais, houve crescimento de 43.947 postos para mulheres e 98.755 para os homens. No que se refere à População com Deficiência, identificou-se saldo positivo de 452 postos de trabalho. O emprego em julho foi positivo para pardos (+75.918), brancos (+15.919), pretos (+13.035), amarelos (+720) e indígenas (+311).

Durante a coletiva de imprensa, o ministro Luiz Marinho reafirmou a projeção do governo de que 2023 registre um total de 2 milhões de empregos criados. Entretanto, ele observou que os juros altos praticados pelo Banco Central são obstáculos importantes.

“Em compensação, a retomada pelo governo de obras paradas, e os anúncios do PAC e do Minha Casa, Minha Vida apontam para um cenário positivo”, afirmou o ministro. “Esperamos, como costumeiramente acontece, números mais positivos no decorrer desses meses agora no meio do ano”.

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Mobiliza 2023 terá mais de 120 eventos em São Luís

Por terra e por mar, do Centro Histórico à Cidade Operária; das comunidades ao litoral: com atividades programadas para 9 dias intensos, o Mobiliza SLZ terá em 2023 a maior edição da história, tanto em alcance territorial quanto em engajamento dos empreendedores criativos que atuam na Ilha do Amor.

A programação, que ocorrerá durante a semana de celebração pelo aniversário de 411 anos de São Luís, conta com 124 iniciativas autônomas e independentes, que serão realizadas em mais de 20 bairros da cidade e terão o envolvimento direto de cerca de mil pessoas que trabalham com negócios ligados aos segmentos do turismo, da cultura e da economia criativa na capital maranhense, exatamente os eixos temáticos incentivados pelo movimento.

“Desde a origem, o Mobiliza SLZ se propõe a dar ainda mais visibilidade, possibilidades e fomento a conexões frutíferas entre pessoas que trabalham nas áreas de atuação do movimento. O Sebrae idealizou, mas quem realiza o Mobiliza todos os anos com muito afinco, dedicação e envolvimento são essas pessoas criativas, que têm investido cada vez mais na própria veia empreendedora. Com isso, a comunidade criativa ganha e a nossa cidade também”, destaca Mauro Borralho, diretor técnico do Sebrae Maranhão.

Abertura

As atividades do Mobiliza começam já no início da manhã de sábado (02), com a Feira de Empreendedorismo do Quilombo Urbano da Liberdade (Shopping Rua Grande, Centro) e com a Feirinha do Armazém do Campo (Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis, Centro); ambas as feirinhas criativas começam às 8h e dão o ponto de partida para o restante da programação, que segue ao longo do dia.

Já às 19h, será realizada a abertura institucional, no Multicenter Negócios e Eventos, durante o Festival da Cachaça, que também faz parte da programação do Mobiliza. Haverá participações de representantes do Sebrae Maranhão, dos apoiadores oficiais do Mobiliza 2023 (Alvorada Motos e Fiema/Sesi/Senai) e de outros parceiros do movimento.

Programação e app

Com quase 30 atividades agendadas somente para o primeiro dia, sábado (02), o Mobiliza SLZ terá iniciativas realizadas de forma individual, como workshops, oficinas, trilhas esportivas e shows musicais; e também diversas atividades colaborativas, como as feiras criativas que reunirão expositores das mais diversas áreas (artesanato, moda, artes plásticas, saúde, bem-estar, etc), espalhadas por vários bairros de São Luís (Lagoa da Jansen, Cidade Operária, Centro, Coroadinho, etc).

O evento-âncora do Mobiliza este ano é o “Maranhão na Tela – 15 anos”, festival de cinema independente que será realizado de 04 a 09 de setembro, com mostra de filmes, oficinas, bate-papo e premiações no Kinoplex Golden (Golden Shopping Calhau) e no Teatro da Cidade (Centro).

A fim de possibilitar maior interação entre todos os realizadores de eventos, pela segunda vez, o público poderá acompanhar tudo e até montar a própria agenda, com base nas preferências pessoais, no aplicativo do Mobiliza, disponível gratuitamente tanto para Android quanto para iOS: “Mobiliza 2023”. Ao curtir uma atividade da programação diária, o app monta a agenda personalizada automaticamente e envia notificações do agendamento.

A ferramenta mostra a programação diária, com as descrições, datas, horários, locais e nomes dos responsáveis, com quem os usuários podem interagir e se conectar. Semelhante a uma rede social, o app permite publicações, comentários, compartilhamentos e troca de mensagens. Além disso, via aplicativo, durante os 9 dias de Mobiliza, o Observatório do Turismo de São Luís fará uma pesquisa de comportamento, a fim de identificar os impactos do movimento na cidade.

“O nosso propósito é integrar e conectar empreendedores criativos da Ilha do Amor, por isso, investimos muito na visibilidade dessas iniciativas. Essas atividades colaborativas são excelentes oportunidades de conexão e de geração de novos negócios. No mesmo local, tem dança e artesanato; produtos quilombolas e cultura; turismo e esporte”, detalha Danielle Abreu, coordenadora-geral do Mobiliza SLZ.

SERVIÇO

O que: Mobiliza SLZ 2023

Eventos: 124 iniciativas

Quando: 02 a 10 de setembro

Onde: Mais de 20 bairros de São Luís

Idealização: Sebrae Maranhão

Realização: Mais de 1.000 empreendedores da cultura, do turismo e da economia criativa

Programação: Aplicativo Mobiliza 2023 (Android e iOS) –

Sitemobilizaslz.com.br

Instagram: @mobilizasaoluis

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Rádio comunitária Bacanga FM reconhecida no Prêmio Sebrae de Jornalismo 2023

Sebrae homenageia profissionais de imprensa e veículos de comunicação, durante premiações programada para hoje (30), no Multicenter

A Rádio Bacanga FM é um dos 24 veículos de comunicação que recebem reconhecimento do Sebrae hoje, durante a solenidade de entrega de premiações, que movimenta a cidade a partir das 19h30, no Multicenter Negócios e Eventos.

A emissora é filiada à Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão.

O Prêmio Sebrae de Jornalismo, em sua 10ª edição, é marcado este ano por um recorde de inscrições na etapa estadual, em um total de 34 trabalhos inscritos por 13 veículos da capital e interior, nas categorias de Jornalismo em Texto, Jornalismo em Áudio e Jornalismo em Vídeo.

Serão premiados três trabalhos, entre nove finalistas nas três categorias. Durante o reconhecimento aos profissionais vencedores do prêmio na etapa estadual, o Sebrae também presta uma homenagem aos veículos de imprensa, que nos dez anos da premiação colaboraram fortemente na divulgação e participação na iniciativa, dentre outras homenagens previstas.

Prefeitura Empreendedora – A solenidade desta quarta-feira também marca o lançamento estadual da edição 2023 do Prêmio Prefeitura Empreendedora, nova nomenclatura do Prêmio Prefeito Empreendedor.

Durante a solenidade será lançado o Prêmio Prefeitura Empreendedora, sendo direcionado a prefeituras que investem no empreendedorismo e na inovação e no apoio aos pequenos negócios.

A solenidade preparada pelo Sebrae (para hoje, dia 30 de agosto), inclui como momentos principais a entrega do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, consagrando as vencedoras da etapa estadual, edição de 2023 em três categorias: Pequenos Negócios, Produtora Rural e MEI’s (primeiro, segundo e terceiro lugares).

Remodelado, o Prêmio se constitui com um instrumento de reconhecimento e valorização às prefeituras que incentivam e melhoram o ambiente de negócio em favor das micro e pequenas empresas e empreendedores individuais, estimulam o empreendedorismo e o desenvolvimento territorial, além de incorporarem práticas inovadoras à gestão pública.

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Praias limpas na ilha?!

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) divulgou novo relatório e mapa sobre a balneabilidade das praias na ilha de São Luís, que compreende a capital e os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

Segundo o relatório, considerando a última coleta realizada em 21 de agosto, estão próprios para banho: 2 trechos da Ponta d’Areia, a Ponta do Farol inteira, 3 trechos da São Marcos, 2 trechos no Calhau, Olho d’Água, Meio e Araçagi, 1 na Olho de Porco e 1 no Mangue Seco (veja imagem abaixo)

Relatório aponta trechos de balneabilidade e impróprios na ilha.

Os dados oficiais precisam ser comparados às situações reais da ilha, quais sejam:

1 – Inchaço da região metropolitana de São Luís, com aumento do número de condomínios verticais e horizontais que despejam os esgotos in natura nos rios da ilha;

2 – Desde 2015 houve apenas um grande investimento em saneamento, na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Vinhais;

3 – A região metropolitana cresceu em população e assentamentos urbanos, mas não houve a implantação de nenhuma nova ETE;

4 – Não ocorreu também qualquer investimento na recuperação dos rios; pelo contrário, eles foram transformados em valas de esgotos;

5 – A Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) é um órgão historicamente sucateado e precarizado, em todos os governos;

6 – Nos últimos 20 anos, o manejo do Plano Diretor é focado na expansão da área industrial, visando atrair investimentos predatórios e poluidores para dentro da ilha;

Considerando os itens acima, é possível questionar os níveis de balneabilidade apontados no relatório da Sema.

AS CORES DAS PRAIAS

Cabe observar também com rigor a coloração das águas do mar em São Luís.

As praias da ilha têm dois aspectos visuais bastante distintos. No primeiro semestre, período das chuvas intensas, as águas têm cor “achocolatada” devido às enxurradas de material orgânico que descem pelos rios e desembocam no mar, assim como os materiais sólidos e líquidos das vias públicas que são arrastados das ruas e avenidas pelas chuvas e depositados no mar.

Já no segundo semestre, com a suspensão das chuvas e menor quantidade de material movimentado pela pluviosidade, as praias têm coloração bem mais clara e chegam a ser esverdeadas nos meses de agosto e setembro, especialmente, dando a impressão de que estão “limpas”.

Dito isso, o ideal seria a Sema explicar detalhadamente como foram feitas as coletas, quais os critérios e metodologia adotados para chegar aos resultados divulgados. E, para termos maior controle, precisaríamos comparar o relatório da Sema como outros laudos de instituições científicas e de pesquisadores não governamentais.

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Livro “O Ritornelo”, de Jane Maciel, terá lançamento com a performance Loopoéticas

Nessa quarta-feira, dia 30 de agosto, a partir das 18h, no Chão SLZ (Rua do Giz, 167, Centro Histórico), acontece o lançamento do livro de poesias de Jane Maciel, artista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMA.

“O Ritornelo” reúne uma seleção de poemas escritos entre 2010 e 2022, nunca compilados em uma obra impressa, apresentando ao cenário cultural maranhense a produção poética da artista que desenvolve trabalhos cruzando diferentes linguagens como fotografia, artes visuais, sonoras e música.

“Para mim, esse livro é bem importante pois é minha primeira obra impressa. Já trabalhei com essas poesias em outros contextos artísticos, como em performances, exposições, músicas, e também em redes sociais, como no meu Instagram (https://www.instagram.com/oritornelo/), onde sempre faço associação entre poemas e fotografias artísticas. Mas o livro impresso é uma forma muito especial das/dos leitoras/es terem uma percepção mais completa da minha atuação como poeta. Afinal, sentar (ou deitar) e ler um livro é uma experiência de imersão e com isso adentramos no mundo de quem escreve e compartilhamos, mesmo que por instantes, esse mundo.”, afirma Jane Maciel.

Na ocasião do lançamento, haverá a performance Loopoéticas, uma ativação das poesias do livro com música e experimentos sonoros da autora com os artistas Bruno Ferreira, Emanuel Balata, Urias de Oliveira e João Simas. “Loopoéticas é uma performance criada por mim e Bruno Ferreira, já realizada com outros artistas, como Elton Panamby. Dessa vez, vamos fazer uma viagem pelas cinco seções do livro, convidando o público a sentir os poemas e ativar suas imagens de sonhos, devires e do agora”, conta Maciel.

“O lugar escolhido para o lançamento, o Chão SLZ, é muito propício para essa ação, pois se trata de um espaço independente de arte que sempre fomenta produções artísticas em múltiplas vertentes.” , complementa.

“Vejo que este lançamento será importante, pois também contribui para a divulgação da produção poética de uma mulher artista. O campo literário maranhense ainda é marcado pela relevância dada aos homens, ainda que tenhamos grandes poetas e escritoras, como Cynthia Martins, Jorgeana Braga e Raimunda Frazão. Espero que seja um momento que se lance luz sobre as mulheres poetas do nosso estado.” , acrescenta Jane Maciel, evidenciando as assimetrias de gênero nos campos da poesia e literatura do Maranhão.

Sobre a obra

A obra foi contemplada no Edital Nº 05/2022 Graça Aranha, de apoio à publicação de obras literárias da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). “É muito importante ressaltar a relevância desses tipos de editais da FAPEMA que apoiam a produção artística e cultural no contexto maranhense, cujos fomentos ainda são escassos, pois é fundamental compreender como a arte e a cultura expandem os modos de compreensão do mundo e de sua diversidade”, afirma a autora. O livro tem o selo editorial da EdUFMA, o que remarca o trânsito da autora entre o ambiente acadêmico e artístico.

Jane Maciel, autora de “O Ritornelo”

“As poesias do livro abordam desde percepções mais subjetivas a reflexões sobre nossa experiência em sociedade. Seu título remete ao conceito filosófico de Félix Guattari e Gilles Deleuze, que se refere aos processos de territorialização que demandam movimentos subjetivos e expressivos. O território é sempre simbólico, e neste livro, ele se fez sendo a poesia como recurso de pertencimento, inteligibilidade, e sobretudo, a matéria sensível que produz outro modo de estar no mundo. Escolhi poesias de 2010 a 2022, pois foi justamente quando experimentei esse conceito como vertente poética e como experiência de vida: desde o partir e me desterritorializar, quando sai de São Luís para viver no Rio de Janeiro, no intuito de cursar o mestrado e doutorado. Foi nesse contexto que conheci o conceito de Ritornelo e decidi dar esse nome a meu blog de poesias, ainda e sempre funcionando como um arquivo digital (www.oritornelo.blogspot.com). Depois a ideia assumiu outras perspectivas, com a volta a minha cidade de origem e com as muitas mudanças que aqui vivi e vivo, até minha mais recente reterritorialização em meu novo lar, em Paço do Lumiar, em 2022.”, explica a autora.

SERVIÇO

O quê? 

Lançamento do livro de poesias O Ritornelo

Onde?

Chão SLZ – Rua do Giz, 167, Centro Histórico

Quando?

30 de agosto de 2023 (quarta-feira), a partir das 18h

Mais informações: 98-98108-8443