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Novo livro do professor Flávio Reis reflete sobre crise da democracia

Nessa quinta-feira, dia 14/09, o professor Flávio Reis (Desoc-UFMA) lançará a edição impressa (pequena tiragem) do livro “Crise da democracia: dois ensaios”.

No primeiro, “Regressão Democrática e teoria política”, o autor acompanha os impactos políticos do neoliberalismo e a ascensão do populismo reacionário na cena mundial, num debate entre obras recentes da Ciência Política em torno dos processos de desdemocratização.

O segundo ensaio, “O Brasil na encruzilhada: visões da crise política”, analisa as principais interpretações sobre o processo político recente, da crise expressa nas Manifestações de 2013 à derrota do governo Bolsonaro nas eleições de 2022.

Na ocasião, haverá debate do autor com o jornalista Emílio Azevedo (Agência Tambor) e os professores Arleth Borges (Desoc) e Wagner Cabral (Dehis), ambos da UFMA.

O livro, lançamento da editora Passagens, está disponível em formato e-book para download gratuito aqui no link:

SERVIÇO

Evento: Lançamento do livro “Crise da democracia: dois ensaios”, do professor Flavio Reis

Local: Auditório Ribamar Caldeira – CCH/UFMA

Data: 14/09/23 (quinta-feira)

Hora: 17:30h

Veja abaixo o comentário da professora Arleth Borges sobre a obra.

Dois ensaios de Flávio Reis sobre a crise atual da democracia e a ascenção do populismo reacionário.

Regressão democrática e teoria política;

O Brasil na encruzilhada: visões da crise política. 

A democracia liberal, que nos anos 1990 foi proclamada como triunfante entre todos os regimes de governo, atravessa severa crise, que põe em xeque não apenas as suas formas, mas seus fundamentos, e desta vez, sem que o problema esteja associado a deficiências das chamadas republiquetas, pois a crise também atinge democracias ditas consolidadas. Crises não são novidades na trajetória das democracias e, talvez, sejam até o seu estado natural em face das críticas à esquerda e à direita que historicamente lhe são dirigidas, sob acusação de formalismo sem conteúdo social ou como onerosa e ingovernável devido aos incessantes direitos. A singularidade atual reside em desconstrução interna, associada a um casamento e um divórcio: casamento com o neoliberalismo, que pra além da face econômica, se expressa como subjetividade e concepção de mundo, e divórcio com os valores políticos liberais.

Neoliberalismo objetivado na competição, na insolidariedade e no simulacro do mérito como alternativa aos direitos; que desresponsabiliza o poder público com o bem estar social e atribui aos indivíduos essa realização. Ruptura com os valores políticos do liberalismo pela negação do Estado democrático de direitos, materializada em poder monocrático, manipulação das regras do jogo, tentativas de eliminar os freios e contrapesos entre os poderes, culto da violência e apelos ao irracional, tudo customizado nos moldes de uma “guerra cultural”.

O Brasil, sempre tomado como periférico, assumiu papel central nesse processo de desconstrução democrática, pela brutalidade do populismo reacionário aqui instalado, com a ascensão de Jair Bolsonaro à presidência da república em 2018, sob o signo de desconstruir em 4 anos os quase 40 da Constituição chamada de cidadã. Surfando na onda internacional de ascensão da extrema direita, o desmonte aqui também se deu de dentro pra fora; não descuidou da tradicional violência e interdição contra qualquer ameaça de ativismo ou organização social, claro, mas empreendeu inédita degradação institucional e instrumentalização de redes de ódios e irracionalismos, ao tempo em que mobiliza apoios para uma indisfarçada ruptura democrática.

Crise da democracia – dois ensaios, do historiador e cientista político Flávio Reis, traz, à luz da literatura recente, uma abordagem profunda e certeira sobre esses destroços, desafios e os cenários ainda em aberto.

Arleth Borges

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Organização do Prêmio Vladimir Herzog anuncia homenageados de 2023

Site da Abraji – A comissão organizadora do Prêmio Vladimir Herzog já escolheu os jornalistas homenageados deste ano. O jornalista e escritor Fernando Morais e a jornalista e documentarista Sônia Bridi recebem o troféu símbolo do Prêmio – a meia lua recortada com a silhueta de Vlado Herzog, uma criação do jornalista, artista plástico e designer Elifas Andreato. A repórter e apresentadora Glória Maria será homenageada in memoriam.

Para a edição deste ano, foram inscritas 630 produções, que concorrem em sete categorias: Artes (ilustrações, charges, cartuns, caricaturas e quadrinhos), Fotografia, Produção jornalística em texto, Produção jornalística em vídeo, Produção jornalística em áudio, Produção jornalística em multimídia e Livro-reportagem.

As peças inscritas estão em fase de avaliação. A divulgação dos finalistas está programada para o próximo dia 3 de outubro e a escolha dos vencedores será feita por representantes das entidades que compõem a Comissão Organizadora no dia 10 de outubro, em sessão pública com transmissão ao vivo.

Criado em 1978 e, desde então, considerado uma das mais significativas distinções jornalísticas do país, o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos chega aos 45 anos reconhecendo trabalhos que valorizam a democracia, a justiça e os direitos humanos. 

Prêmio Especial Vladimir Herzog 2023

Desde 2009 as instituições promotoras retomaram a proposta original do Prêmio de homenagear, a cada edição, personalidades e profissionais com atuação destacada nas causas relevantes da Democracia, da Justiça Social e dos Direitos Humanos. 

Conheça a história dos homenageados de 2023:

(Crédito: Reprodução YouTube/Band)

Fernando Morais

O jornalista e escritor Fernando Morais, reconhecido como um dos maiores jornalistas e principais biógrafos do país, trabalhou em redações brasileiras como da revista Veja, Jornal da Tarde, Folha de S. Paulo e TV Cultura. Recebeu três vezes o prêmio Esso e quatro vezes o prêmio Abril de Jornalismo. Foi deputado estadual por oito anos (1979-1987), Secretário da Cultura (1988-1991) e da Educação (1991-1993) de São Paulo nos governos Quércia e Fleury. 

É autor de obras consideradas clássicas como A ilha (1976), Olga (1985), Chatô, o Rei do Brasil (1994), Cem quilos de ouro (2003), Na toca dos leões (2005), O mago (2008), Os últimos soldados da Guerra Fria (2011) e Lula – vol. 1 (2021). 

Pelo livro-reportagem Corações sujos, recebeu o Prêmio Jabuti, em 2001.  A obra trata da organização Shindo Renmei, criada no interior de São Paulo na década de 1940 por imigrantes japoneses, que cometeu atos de violência contra outros imigrantes japoneses e nipo-brasileiros após a derrota do Japão na 2ª Guerra. Ganhou adaptação para o cinema em 2011 com o título Kegareta Kokoro, em japonês, com direção de Vicente Amorim. 

A biografia escrita por Fernando sobre Olga Benário Prestes, companheira de Luiz Carlos Prestes e mãe da historiadora Anita Leocádia Prestes, teve adaptação para o cinema em 2004 por Jayme Monjardim. Foi sucesso de bilheteria no Brasil e recebeu três prêmios no Grande Prêmio Brasileiro de Cinema de 2005. Chatô, o Rei do Brasil também foi parar no cinema, com produção e direção de Guilherme Fontes. O longa foi concluído em 2015 e navegou em universo ficcional a partir de episódios da vida do paraibano Assis Chateaubriand, magnata da comunicação e fundador dos Diários Associados.

O argumento para o longa ‘Operação Pedro Pan’, dirigido por Kenya Zanatta e Mauricio Dias (2020), nasceu após um encontro dos diretores com Fernando Morais, que cita o episódio no livro “Os últimos soldados da Guerra Fria”. Operação clandestina apoiada pela CIA e Igreja Católica durante a década de 1960, em plena Guerra Fria, promoveu uma longa separação de famílias de classe média e alta cubanas: cerca de 15 mil crianças e adolescentes foram enviados pelos pais aos Estados Unidos sob o pretexto de fugir dos rumos que o governo de Fidel Castro tomava ao se aproximar da União Soviética.

(Crédito: Paulo Zero/Instagram)

Sônia Bridi

Jornalista, escritora e documentarista, Sônia Bridi atua como Repórter Especial na TV Globo há mais de três décadas. Foi correspondente da emissora em Londres, Nova Iorque, Pequim e Paris, e é reconhecida como uma das principais vozes do jornalismo ambiental no Brasil.  

Lançou em 2008 o livro “Laowai – histórias de uma repórter brasileira na China” (Editora Letras Brasileiras) e “Diário do Clima – Efeitos do aquecimento global: um relato em cinco continentes” (Globo Livros, 2012), com relatos de suas viagens pelo mundo em busca de respostas para as alterações climáticas.

Trabalhou com o jornalista Glenn Greenwald nos Snowden Papers, revelando no Fantástico a espionagem do EUA e seus aliados que teve como alvos a então presidente Dilma Rousseff, a Petrobras e o Ministério das Minas e Energia, além de empresas internacionais, o sistema Swift de transferências financeiras e o Ministério das Relações Exteriores da França.

Liderou a equipe de reportagem que denunciou o crime humanitário contra indígenas da tribo Yanomami, em Roraima, vítimas do garimpo ilegal. Cenas do resgate de crianças reféns da fome, desnutrição, malária e descaso do poder público na Terra Indígena Yanomami impressionaram o Brasil e o mundo quando veiculadas no programa Fantástico, da TV Globo, em janeiro deste ano.     

Seu primeiro documentário – “Vale dos Isolados: O Assassinato de Bruno e Dom”, foi lançado em junho de 2023 pela Globoplay. Com direção de fotografia de Paulo Zero e roteiro de Cristine Kist, o filme é parte de “O Projeto Bruno e Dom – Uma Investigação sobre a Pilhagem da Amazônia”, que reúne 16 veículos e organizações jornalísticas de dez países, entre eles, a Abraji. A iniciativa é capitaneada pela Forbidden Stories, entidade dedicada a dar continuidade ao trabalho de jornalistas assassinados no exercício da profissão.

(Crédito: Reprodução Instagram/TV Cultura)

Glória Maria (in memoriam)

Repórter e apresentadora, Glória Maria foi uma jornalista pioneira. Integrou a equipe de jornalismo da TV Globo por mais de 50 anos. Foi a primeira repórter a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional, apresentou o Fantástico por quase uma década e comandou o Globo Repórter por mais de 12 anos.

Ao longo da carreira, Glória Maria visitou mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos históricos. Esteve com chefes de Estado e, em episódios icônicos do jornalismo brasileiro, entrevistou celebridades como Freddy Mercury, Michael Jackson e Madonna. Também cobriu a Guerra das Malvinas, em 1982; a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista, em 1996; os Jogos Olímpicos de Atlanta, também em 1996; e a Copa do Mundo de 1998, na França.

Acima de tudo, Glória Maria foi uma inspiração. Foi ela uma das principais responsáveis por mostrar para milhões de meninas negras, de diferentes gerações, que o jornalismo era um caminho possível. Ao ser uma das poucas – ou, por muito tempo, a única jornalista negra à frente de vários dos programas de maior audiência do telejornalismo brasileiro, mostrou que o lugar de mulher negra é onde elas quiserem, inclusive no Jornal Nacional, no Fantástico ou no Globo Repórter.

Morreu no dia 2 de fevereiro de 2023 vítima de um câncer no pulmão contra o qual lutava desde 2019. Deixou duas filhas, Maria, de 15 anos, e Laura, de 14, e um legado de maior inclusão e diversidade que, aos poucos, passa a fazer parte do jornalismo brasileiro.

O Prêmio

O Prêmio Vladimir Herzog é promovido e organizado por uma comissão constituída pelas seguintes instituições: Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP); Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji); Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom); Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo; Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Conectas Direitos Humanos; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional); Ordem dos Advogados do Brasil  – Secção São Paulo (OAB-SP), Periferia em Movimento, Instituto Vladimir Herzog (IVH) e Família Herzog.   

Um arco de alianças formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), TV PUC, União Brasileira de Escritores (UBE) e OBORÉ  atua como grupo de parceiros realizadores desta 45º edição.

Sobre a premiação 

A cerimônia solene do 45º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos será no dia 24 de outubro, terça-feira, das 20h às 21h30, no Tucarena, em São Paulo.  A já tradicional Roda de Conversa com os Ganhadores antecederá a cerimônia.

O Prêmio Vladimir Herzog é promovido e organizado por uma comissão constituída pelas seguintes instituições: Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP); Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI); Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom); Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo; Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Conectas Direitos Humanos; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional); Ordem dos Advogados do Brasil  – Secção São Paulo (OAB-SP), Periferia em Movimento, Instituto Vladimir Herzog (IVH) e Família Herzog.   

Um arco de alianças formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), TV PUC, União Brasileira de Escritores (UBE) e OBORÉ  atua como grupo de parceiros realizadores desta 45º edição.  

CALENDÁRIO 

45º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos | 2023

Divulgação dos finalistas:  3 de outubro 

Sessão pública de julgamento e divulgação dos vencedores: 10 de outubro, das 14h às 17h. Transmissão ao vivo pelo Canal do YouTube do Prêmio. 

Roda de Conversa com os Ganhadores: 24 de outubro, das 14h às 17h, no Tucarena.

Solenidade de premiação: 24 de outubro, das 20h às 21h30, no Tucarena. 

Texto adaptado do Prêmio Vladimir Herzog

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Fransoufer estreia exposição “Maranhão Meu Maranhão”

60 telas inéditas poderão ser visitadas pelo público, na Procuradoria-Geral de Justiça, em São Luís, e no Centro Cultural Casa Gamela, em São José de Ribamar

Em 8 de junho de 1958, na Suécia, o Brasil estreou na Copa do Mundo de futebol com um sonoro 3×0 sobre a seleção austríaca, começando a pavimentar o caminho até o primeiro título mundial. No dia seguinte, no povoado Mojó, em Bequimão/MA, nascia o menino Francisco de Souza Ferreira, em meio aos batuques de um grupo de bumba meu boi de zabumba que brincava em um terreiro da vizinhança – seu pai integrava o cordão.

Como se vê, o menino parecia predestinado. Ainda criança, perambulando por olarias de sua cidade natal, começou a brincar de esculpir usando o barro. Levava jeito para a coisa e isso não passou desapercebido por uma tia, que o levou para estudar na capital.

Tempos depois, o Brasil e o mundo ouviriam falar e reconheceriam o talento de Fransoufer, o nome artístico de sotaque francês que adotou, inventado por amigos, que uniram as sílabas iniciais de seu nome de pia.

Fransoufer foi discípulo do húngaro radicado em São Luís Nagy Lajos (1925-1989), influência definitiva em sua carreira, que não tardaria a ganhar reconhecimento: em 48 anos de trajetória, entre coletivas e individuais, o artista já expôs em vários estados brasileiros e participou do V Salão Internacional de Artes Plásticas, na Bélgica, com a obra “Bumba Meu Boi”, exposta permanentemente no Museu de Arte Moderna de Bruxelas. A sede do Instituto Fransoufer, instalada na Fazenda Canaã, em seu município natal, é um verdadeiro museu a céu aberto e abriga uma série composta por mais de 200 esculturas em tamanho natural.

O ambiente da infância e as origens ajudam a entender os rumos tomados por Fransoufer em seu fazer artístico. O menino que inventava os próprios brinquedos acabou transformando isso em profissão. Devoto de São Francisco de Assis, sua obra é marcada por traços geométricos bastante característicos e pelo uso de cores vibrantes para retratar temas da religiosidade e da cultura popular, além do povo simples do Maranhão, equilibrando-se entre o sagrado e o profano, inspirações e temáticas que predominam em suas telas. Os maranhenses têm nova oportunidade de apreciar a beleza de sua arte.

No próximo dia 13 de setembro, às 10h, Fransoufer inaugura a exposição “Maranhão Meu Maranhão”, com 30 telas inéditas, pintadas especialmente para a ocasião. O vernissage acontece no Espaço de Artes Márcia Sandes, na sede da Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão (Av. Carlos Cunha, 3261). Dia 16, às 16h, a exposição vai até o Centro Cultural Casa Gamela (Rua Maj. Pirola, Praça da Matriz, 131, Centro, São José de Ribamar) – cada endereço abrigará 30 telas diferentes.

“Maranhão Meu Maranhão”, a exposição, tem curadoria de Silvânia Tamer, produção e coordenação geral de Lena Santos, assessoria de comunicação de Paula Brito e Zema Ribeiro, projeto gráfico e identidade visual de Carlos Costa, monitoria de Gina Tavares, fotografias de Carlos Foicinha, e tradução e revisão textual de Rodrigo Oliveira. O patrocínio é do Governo do Estado do Maranhão, Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão e Grupo Mateus, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão, com apoio cultural do Ministério Público do Estado do Maranhão, Centro Cultural Casa Gamela e AD Fontes Advocacia. A realização é do Instituto Fransoufer.

SERVIÇO

O quê: exposição “Maranhão Meu Maranhão”

Quem: o artista plástico Fransoufer

Onde/quando: Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão (Av. Carlos Cunha, 3261), dia 13 (quarta-feira), às 10h; e Centro Cultural Casa Gamela (Rua Maj. Pirola, Praça da Matriz, 131, Centro, São José de Ribamar), dia 16 (sábado), às 16h

Quanto: a visitação é gratuita

Patrocínio: Governo do Estado do Maranhão, Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão e Grupo Mateus, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão

Apoio cultural: Ministério Público do Estado do Maranhão, do Centro Cultural Casa Gamela e da AD Fontes Advocacia

Realização: Instituto Fransoufer

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E aí, presidente Lula?

Por Geremias dos Santos*

Artigo publicado originalmente no site da Abraço Brasil

Esta semana comemora-se no nosso país a Independência do Brasil. Você, leitor, acredita que realmente o nosso país é independente? Num país onde a grande mídia, capitaneada por meia dúzia de famílias, dá golpe na nossa democracia e dita as normas neoliberais para que o governante de plantão faça o que eles querem será que possui soberania e verdadeira independência? 

Uma mídia golpista que é contra o resultado das urnas e os direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora merece o respeito dos brasileiros? Uma mídia que é contra o principal orgulho do povo brasileiro, que é a empresa Petrobrás? Pior, esta mesma mídia é contra qualquer avanço das rádios comunitárias, da mídia alternativa e democrática em nosso país.

Desta forma, nesta semana também estaremos fazendo a nossa campanha: Semana da Independência das Rádios Comunitárias do Brasil, numa alusão à Independência do Brasil, porque até hoje as rádios comunitárias não conquistaram a sua independência financeira e seus direitos à comunicação de acordo com o artigo 19 da Carta Universal de Direitos Humanos, do Pacto de São José, da Costa Rica, e os direitos previstos no artigos 5º e 220º da Constituição Federal e muito menos respeito pela comunicação que fazem em cerca de 3,5 mil municípios.

Atualmente, somos 5.069 emissoras comunitárias autorizadas pelo Ministério das Comunicações em 25 anos da lei 9.612/98 e estamos presentes em cerca de 3.500 municípios. Mesmo depois desse período, ainda existem cerca de 2 mil municípios que não usufruíram dessa lei, graças ao plano estratégico do Ministério das Comunicações, de praticar a eterna morosidade estatal na publicação de um plano nacional de outorga priorizando municípios que ainda não tem uma emissora comunitária e, por isso, são considerados “deserto de notícias”, pois nada têm de comunicação local. São principalmente micros, pequenos e médios municípios que mais penam com a falta da comunicação comunitária.

Afinal, o que querem as rádios comunitárias? Queremos que o Presidente Lula faça as alterações no Decreto nº 2.615/98 para que realmente as emissoras possam sobreviver e ter seus direitos à comunicação preservados. Estas emissoras precisam ter um quadro de profissionais para que possam fazer a sua grade de programação com qualidade e prestarem serviços à população com mais agilidade.

Decreto é para regulamentar uma lei e não pode ser maior que a lei e muito menos piorar a lei para qual ela foi criada para beneficiar, neste caso, o povo brasileiro através da comunicação comunitária. As emissoras comunitárias fazem uma comunicação municipalista e as rádios comunitárias, na sua grade de programação, devem priorizar o jornalismo local, defender a cultura local, fomentar o comercio local e, principalmente, garantir o direito humano à comunicação. Onde existir um ser humano, o Estado tem que garantir que à comunicação chegue até ele e, neste caso, as rádios comunitárias e as rádios AM, além das ondas do rádio, têm esse compromisso histórico com o povo brasileiro. A ótica da comunicação comercial, preocupados apenas em encher a conta bancária de seus proprietários, não serve para um país continental como é o nosso e com uma população pobre, que precisa de ajuda em todos os sentidos.

O primeiro exemplo de democratização da comunicação em nosso país foi a criação das rádios comunitárias, através da lei 9.612/98. Só que o decreto 2.615/98, que foi criado para regulamentar a lei, acabou interferindo nas rádios comunitárias e, consequentemente, na democratização da comunicação, na medida em que criou empecilhos para o desenvolvimento das rádios comunitárias e, consequentemente, no desenvolvimento dos municípios onde elas atuam.

Por isso, queremos que o Presidente Lula faça uma reparação histórica para as rádios comunitárias e altere este famigerado decreto, senão irá repetir os mesmos erros do passado apontado pelo ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, no governo Lula, quando o PT fez avaliação dos erros cometidos na comunicação durante os mais de três mandatos à frente da República e chegaram à conclusão que nada fizeram para o setor da comunicação comunitária e para as rádios comunitárias.

E aí, Presidente? *Geremias dos Santos é presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias – Abraço Brasil, diretor do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC e ex-sindicalista do Sindpd/MT, Fenadados e CUT/MT.

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Com Lula, bolsonaristas ganham ministérios e mandatos

Suplentes da extrema direita vão assumir vagas na Câmara Federal, inclusive um bispo da Igreja Universal. Na semana da Independência do Brasil, o Centrão (Partido Progressista e Republicanos) tem acesso ao time titular de Lula

O deputado federal André Fufuca (PP-MA) é premiado com o Ministério dos Esportes. Seu primeiro suplente, que vai assumir a vaga na Câmara Federal, é Alan Garcês (PP-MA). Ele obteve apenas 18.114 em 2022.

Ambos são bolsonaristas convictos e Garcês, médico originário do Pará, é um ruidoso ativista do conservadorismo no Maranhão.

Outro representante da extrema direita, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), recebeu o Ministério dos Portos e Aeroportos. O novo ministro, chamado Silvinho, é filho de um direitão da política tradicional de Pernambuco, o ex-deputado federal Silvio Costa.

Com o anúncio de Silvinho para o ministério, um bolsonarista neopentecostal vai ser premiado com o mandato de deputado federal. Trata-se do bispo da Igreja Universal Ossesio Silva, que declarou voto em Jair Bolsonaro no 2º turno de 2022 (veja imagem destacada).

Na semana da Independência do Brasil, o Centrão (Partido Progressista e Republicanos) ganha acesso ao time titular de Lula.

Homem forte do governo Lula, o PTista Alexandre Padilha, ao centro, celebra ingresso dos ministros do Centrão: André Fufuca e Silvio Costa Filho. Foto: Ricardo Stuckert

É simples entender. Lula não foi candidato a santo e sim a presidente. Nesse país complexo, ele precisa fazer acordos com todos os campos políticos. Se não fizer alianças, não governa. Talvez nem ganhasse a eleição se não atraísse o PSDB, com Geraldo Alckmin de vice na chapa do PT.

E se Lula fizer alianças apenas no campo da esquerda, fica isolado.

O campo progressista, fiel até a morte, já vota com Lula desde sempre. Por isso ele precisa buscar apoio no outro lado, ou seja, na oposição, junto aos adversários. Essa é a regra.

Lula precisa também ampliar a sua base junto aos inimigos, incluídos aí os bolsonaristas.

O pragmatismo funciona assim. E ponto final.

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Um caminho, dois olhares

Eloy Melonio é contista, cronista, letrista e poeta.

São 6h15 de uma manhã que prenuncia um sábado claro e quente. Trajo bermuda, camisa de malha e sandálias havaianas. E me visto com um leve arrepio para percorrer o trecho até a padaria do Ferreira, que fica num conjunto residencial a vinte minutos do meu. Sim, faço caminhadas toda semana, mas devidamente equipado.E nunca aos sábados.

Desço a rua da minha casa e logo cruzo a fronteira do Parque Shalom. Passo na frente dos condomínios Barcelona e Turim e avisto a subida da Avenida Principal do Cohajap.

A primeira pessoa que vejo é um senhor numa bicicleta velha. Por causa da subida, ele desce da bike (bicicleta velha é bike?) e passa a empurrá-la. Mais adiante, ele para na frente de uma casa e encosta o veículo de duas rodas na calçada. Na garupa, uma caixa de papelão guarda duas garrafas com um líquido da cor de vinagre de maçã. Pergunto-lhe o que elas contêm. “Cachaça da terra”, responde. E me oferece uma garrafa, pois a outra já estava encomendada. Recuso a oferta porque meu foco no momento é derivado de trigo.

Ainda no Cohajap, sigo até o cruzamento com outra avenida, também Principal (esquisito, não?!). Neste ponto, à minha direita, a Associação dos Moradores. E, aqui, a exuberância da natureza: amendoeiras gigantesdemarcam a área entre a associação e a rua. Juro que nunca as tinha percebido como agora. Contorno a rua e me deparo com uma ladeirinha que abre o caminho para outra rua. Logo na esquina, a fachada da escola Portal do Saber.

Na entrada da escola, três homens falam alto. Um deles, recém-chegado, solta a voz em tom de desafio: “Quero ver alguém chegar aqui mais cedo do que eu!”. Com respiração branda, gravo a cena na minha memória.

Sigo o meu itinerário. A rua, agora reta e nivelada, está vazia. Nem uma alma para se dar bom-dia. Passo na frente da casa de Seu Elias, um “homem de Deus” que não vejo há anos e “irmão” dos meus tempos na Igreja Batista Vale do Jordão, no Parque Atenas. Foi meu primeiro revisor quando eu escrevia “A verdade que liberta” (1999), livro de cunho evangelístico. Uma de suas lições sempre ressurge quando escrevo. “Você come Mateus e quem mais?”, brincava. Não aceitava “como” antes de um nome próprio. Não porque fosse um deslize gramatical, mas por sua cacofonia. Quando leio algo assim, tenho vontade de orar pelo escritor desavisado.

A padaria está a um quarteirão daqui. Nem o pulmão nem as pernas esboçam algum tipo de desconforto. Ôpa! Estou na linha de chegada. Só mais alguns passos e… Entro e saúdo o dono do estabelecimento: “E aí, Ferreira!”Sempre gentil, ele responde: “Oi, bom dia, irmão!”

“Irmão?! Sim, por que não?” (Minha esposa não acredita, mas, às vezes, eu converso comigo mesmo).

Peço ao balconista o manjar do meu café da manhã: dois bolinhos de tapioca com erva-doce (Hummmm!), três pães de queijo e uma fatia de bolo de macaxeira. Enquanto me dirijo ao caixa, cantarolo a música do carioca Latino: “Hoje é festa lá no meu apê”.

Saio da padaria e dou de cara com o Sol, ainda tímido, mas já incomodando a Lua, que está encerrando seu expediente. Dá até pena vê-la pálida, ofuscada pelos raios do rei. Mas não posso alimentar essa discussão agora porque ambos abrigam versos da minha lavra poética, com uma leve vantagem para a Lua, mais atraente aos olhos dos poetas.

As almas vivas ainda não deram as caras na rua. Preparo-me para o caminho de volta, seguindo o mesmo roteiro. “Mas não o mesmo cenário!”, aviso-me a mim, navegante solitário neste mar de surpresas. Diante da casa do irmão Elias, certa reverência atiça palavras carinhosamente silenciosas. Um “que-Deus-o-guarde” se ensaia entre meus lábios.

Ainda nessa rua, uma moça vestida numa bata branca sai de sua casa. O motoboy que a espera lhe entrega um capacete, e ela monta na garupa da Honda 150. E seguem rua abaixo, provavelmente para algum hospital ou clínica.

Na porta da escola, reencontro o orgulhoso empregado que chega antes do horário. Faço questão de cumprimentá-lo. Puxo conversa e lhe digo que ouvi o que falavam alguns minutos antes. Ele me diz o seu nome e que é um dos vigias da escola. E acrescenta que, honestamente, nunca faltou nem chegou atrasado “ao serviço”. Deixo clara a minha admiração por seu compromisso com sua dignidade.

De um ponto elevado, aprecio o outro lado da associação dos moradores. O gramado do campo de futebol mais verdinho do que o verde da Bandeira Nacional. E as palmeiras de babaçu oferecemabrigo aos periquitos jandaias, sabiás e bem-te-vis. E, no ar, imagino o bailado dos versos da Canção do Exílio.

Chego à Avenida Principal do Cohajap, e uma descida me saúda com intimidade. O senhor da bicicleta se despede do cliente— um idoso de uns oitenta anos que segura firme o par de garrafas. Uma cena que lembra Ayrton Senna, quando erguia a taça de vencedor nas corridas de Fórmula 1.

Mais abaixo, uma tubulação de esgoto vomita sujeira que escorre de um lado ao outro da avenida, exigindo de mim mais cuidado por causa das sandálias. Esse bueiro é um velho conhecido da vizinhança e um desprezado pelas autoridades sanitárias.

Minha respiração acelera, anunciando que minha casa está quase à vista. E, aí, lembro-me dos meus filhos quando― voltando da escola ao meio-dia (1983/85)― passávamos por um lixão na Av. Mário Andreazza, na Cohama. Em coro, cantavam assim: “Tamo chegando/ Tan-tan-tan-tan”. E só paravam quando entrávamos na rua principal do Habitacional Turu.

Caminho pela calçada dos condomínios com nomes europeus. E, por aqui, nenhum brasileiro à vista. Parece que estão “todos” (todas e todes) em Brasília. Dobro à esquerda, e à direita, como se estivesse na curva do “S”, em Interlagos. E vejo a fileira de pés de ipê no canteiro que divide a rua em duas partes. Na calçada e no asfalto, flores roxas e cor-de-rosa se fingem de tapete. Finalmente, o curto trecho da Rua V-12 até a minha casa.

Aqui, confirmo a ideia de que, numa segunda leitura, as palavras de um livro podem ter outros significados, assim como, numa avenida, os sinais de trânsito da ida não são iguais aos da volta. E, num devaneio, chego a pensar em fazer o Caminho de Santiago algum dia.

6h45. Sento-me à mesa e me pergunto: Por que não faço isso mais vezes? O que vi e senti daria uma boa crônica, não daria?

E não posso me esquecer de agradecer, caro(a) leitor(a), sua tão agradável companhia.

Imagem destacada capturada aqui

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Cantora maranhense Bia Mar será jurada da Academia Prêmio Multishow 2023

A edição 2023 do Prêmio Multishow será transmitida pela primeira vez na TV aberta – cerimônia ocorrerá no dia 7 de novembro.

SÃO LUÍS – Tem Maranhão brilhando nacionalmente mais uma vez! A cantora, compositora e atriz maranhense Bia Mar – revelação da cena musical do Maranhão nos últimos anos – foi convocada ao time de jurados da Academia Prêmio Multishow 2023.

A artista, que já dividiu o palco com artistas renomados do cenário nacional, como Arlindinho e Cassiana Pérola Negra e foi uma das atrações do palco Tijuca, do Samba Brasil São Luís 2023, segue sua trajetória de repercussão nacional com mais esta importante conquista.

“Estou muito honrada e emocionada com este convite. Estar entre os jurados e poder participar de uma premiação tão importante como essa para o universo da música brasileira é saber que estou no caminho certo. Que venha novembro!!”, destacou Bia Mar.

Responsável pela definição dos indicados das 15 categorias do Prêmio Multishow 2023, a Academia foi criada em 2019 e conta com profissionais da indústria da música em sua formação.

Prêmio Multishow 2023

Em 2023, o Prêmio Multishow será realizado no dia 7 de novembro e conta com algumas novidades: será a primeira vez que contará com transmissão na TV aberta (pela TV Globo) – telespectadores também poderão acompanhar na TV paga e pelo streaming (Globoplay); e contará com apresentação de Tadeu Schmidt e Tatá Werneck.

Bia Mar

A maranhense Bia Mar iniciou sua carreira aos 15 anos, cantando em barzinhos e já passou por diversos estilos musicais: do reggae ao blues, passando pelo brega, pop-rock – e, ainda, com passagem pelas escolas de Samba Turma de Mangueira e Túnel do Sacavém, bloco tradicional Os Foliões e banda afro Ajayô.

Na edição 2023 do Carnaval do Governo do Maranhão, foi um dos destaques da programação, com shows em trios do circuito Beira Mar e Litorânea, com o bloco 100 Sigilo. Atualmente, segue em carreira solo no samba – em seu repertório, conta com a composição “Oh de casa”, produzida por Wendell Cosme, como tema de programa na TV Guará – e, também, é vocalista da banda de brega Leviana.

Já participou dos projetos “Rico Choro Convida”, “2° Encontro Nacional de Cantores e Compositores de Samba de São Luís” e “A Voz do Compositor”. Já no audiovisual, dirigiu duas séries: “Luz, câmera e samba” e “Samba na Mala”, sendo a última uma série com foco em viajar o Brasil inteiro, conhecendo a peculiaridade do estilo – atualmente, conta com dois episódios gravados no Rio Grande do Sul.

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Veja as premiadas no Troféu Mulher Imprensa 2023

Portal Intercom – O Troféu Mulher IMPRENSA divulgou as 15 vencedoras de sua 17a edição, promovida pela Revista IMPRENSA e pelo Portal IMPRENSA com parceria institucional da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Neste ano, a premiação incluiu, além das categorias tradicionais, cinco categorias regionais (uma para cada região brasileira), com um processo de indicação e votação popular. A cerimônia de entrega dos troféus está marcada para o dia 28 de setembro, em São Paulo.

Nesta edição, duas comunicadoras indígenas venceram pela primeira vez na história do Troféu Mulher IMPRENSA. Luciene Kaxinawá, indígena do povo Huni Kuin (Kaxinawá) e apresentadora do Canal Futura, ganhou na categoria “Regionalidade: Norte”. E Elizângela Baré, liderança na Terra Indígena Cué-Cué/Marabitanas e apresentadora da Rádio Sumaúma, receberá o troféu na categoria “Programa de Podcast de Jornalismo”.

Entre as demais vencedoras, mais da metade são jornalistas negras, um aumento pelo reconhecimento da diversidade feminina e da luta contra o racismo na comunicação.

Nayara Felizardo (The Intercept Brasil) e Flávia Oliveira (Globo News) recebem o troféu pela segunda vez. A editora executiva de jornalismo da Rádio BandNews, Sheila Magalhães, receberá o quinto troféu e se juntará a Carla Bigatto, Eliane Brum, Mônica Bergamo, Miriam Leitão e Sônia Blota como madrinha da premiação.

Mais de 40 mil votos definiram o resultado do 17º Troféu Mulher IMPRENSA “Regionalidade”. As categorias que tiveram maior participação popular foram Podcast, Radiojornalismo e Jornalismo Impresso e Online.

A edição também contou com o apoio do CIEE, parceria institucional da ESPM e o patrocínio da Bayer.

VENCEDORAS DA 17ª EDIÇÃO DO TROFÉU MULHER IMPRENSA:

Joyce Ribeiro (TV Cultura)

Sheila Magalhães (Rádio BandNews)

Nayara Felizardo (The Intercept Brasil)

Cecília Olliveira (Fogo Cruzado)

Flávia Oliveira (Globo News)

Juliana Oliveira (Oliver Press)

Helena Bertho (Nubank)

Lais Vita (Governo de SP)

Por Elas, Por Nós (Equipe Azmina)

Rádio Sumaúma (Elizângela Baré)

Flávia Quirino (Brasil de Fato)

Raíssa França (Eufemea)

Luciene Kaxinawá (Canal Futura)

Etiene Pereira Martins (Estado de Minas)

Rosiane Correia de Freitas (Plural)

Veja mais nomes e a lista completa no site oficial

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Ostentação forrozeira na Athenas Brasileira e nada de Feira do Livro

Praça Maria Aragão e Expoema são palcos de shows milionários

O mês do aniversário de São Luís está marcado por uma disputa entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís pelos grandes eventos regados a forró, sertanejo, piseiro e estilos assemelhados.

Neste setembro de lindos pores do sol, a cidade foi invadida por shows ostentação pagos com dinheiro público a la vontê.

Tudo isso acontece na cidade que seria a Athenas Brasileira, uma referência ao padrão cult grego, adotada no século XIX, quando São Luís tinha meia dúzia de ilustres letrados e uma imensa população de analfabetos.

Fato é que os shows ostentação inundaram a cidade, da praça Maria Aragão (no Centro Histórico) aos arredores do bairro São Raimundo, onde é realizada a Expoema (Exposição Agropecuária do Maranhão).

Enquanto isso, não se tem notícia da Feira do Livro de São Luís (Felis), um evento que deveria ser especialmente celebrado em 2023, em virtude do bicentenário do intelectual cosmopolita Gonçalves Dias.

Não se trata de preconceito contra a grande nação forrozeira da cidade, mas deveria haver equilíbrio no uso do dinheiro público para a realização dos diferentes eventos culturais.

Por falar em dinheiro público, há um reclame geral sobre o atraso no pagamento dos fazedores de cultura que animaram recentemente os festejos de São João.

Se há tanto recurso para pagar sertanejos e forrozeiros “famosos”, cadê o dinheiro dos produtores culturais locais, tão importantes quanto os de fora?

Outra pergunta que não cala: Cadê o Circo da Cidade?

A resposta é simples: houve um desmonte geral das políticas públicas de Cultura no Maranhão e em São Luís, na capital com mais gravidade, por ser esta tal referência “cabeçuda” do planeta Terra.

Em vez de Políticas de Cultura (estadual e municipal) com planejamento participativo, orçamento e calendário, temos apenas os grandes eventos: Carnaval, São João, Aniversário da Cidade e mais recentemente o crescimento dos festejos evangélicos também financiados com dinheiro público.

Por fim, vale sublinhar: São Luís nunca foi Athenas Brasileira. E, se era Ilha Rebelde, perdeu o título (entenda aqui).

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Teatro de Açailândia recebe Wilson Zara em Tributo a Raul Seixas

Turnê do cantor também inclui apresentações em Santa Inês, Imperatriz e Tuntum

Inaugurado em junho passado, o charmoso Teatro Municipal de Açailândia, na Avenida Santa Luzia, às margens da BR 222, será palco de um Tributo a Raul Seixas, apresentado pelo cantor Wilson Zara. O show acontece dia 6 de setembro (quarta-feira, véspera do feriado da Independência), às 20h.

Wilson Zara (voz e violão) estará acompanhado por Mauro Izzy (baixo), Moisés Ferreira (guitarra) e Marjone (bateria). O cantor revela a emoção de subir a palco tão privilegiado. “Açailândia é uma cidade com a qual eu tenho uma relação desde garoto; foi onde eu terminei o ginásio, e participei de um show de calouros, foi a primeira vez que eu cantei num som, eu acabei vencendo o concurso, mas não levei o prêmio, mas eu estava bem contente por ter cantado. Também foi lá que eu ouvi Raul pela primeira vez, meu pai ainda mora lá”, relembra.

No repertório, clássicos e lados b do maluco beleza, apelido que Raul Seixas ganhou de um dos maiores sucessos de sua carreira. O teatro tem 221 lugares. Os ingressos custam entre R$ 10,00 e 20,00 e já estão à venda no site Ingresso Digital (https://www.ingressodigital.com/evento/9834/Wilson_Zara_Tributo_a_Raul).

“A gente fez recentemente o Tributo em São Luís, como fazemos todos os anos, mesmo à época da pandemia, houve edições online; estamos viajando com praticamente a mesma banda, levando a mesma energia e nossa contribuição para manter vivo o importante legado de Raul Seixas”, continua Zara.

Agenda – Antes de chegar à Açailândia, Wilson Zara se apresenta em Santa Inês. Dia 2 de setembro (sábado), às 20h30, ele canta no Hellena Bistrô (Rua do Sol, 44), acompanhado de Mauro Izzy (baixo). No repertório, clássicos da música popular brasileira e do pop rock nacional e internacional. O couvert artístico individual custa apenas R$ 10,00.

A agenda de Zara pelo interior do Maranhão segue ainda no feriado de 7 de setembro (quinta-feira), quando apresenta o Tributo a Raul Seixas, acompanhado de sua banda, durante o MotoImp. O show acontece às 23h. O evento acontece no Parque de Exposições de Imperatriz (Marginal BR-010, 230).

Informações sobre inscrições e ingressos no site do evento (https://motoimp.com.br).

Dia 9 (sábado), é a vez de Tuntum. Zara e banda se apresentam no Old’s Pub Buteco e Petiscaria (Praça da Matriz, Centro). O evento começa às 21h, com entrada franca.

Imagem destacada / Wilson Zara. Foto: Manlio Macchiavello