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Nova diretoria da Alaic é presidida por brasileiro

Fonte: Jornal Intercom

Associação Latino-americana de Investigadores da Comunicação (Alaic) elegeu, em assembleia realizada em novembro, seu novo Conselho Diretor, cujo mandato vai até 2026. A presidência da Alaic agora está a cargo do brasileiro Fernando Oliveira Paulino (UnB).

O novo Conselho Diretor da Alaic tem, ainda, Daniela Monje (Universidad Nacional de Córdoba, Argentina) na vice-presidência; Maria Cristina Gobbi (Unesp-Bauru) na Diretoria Administrativa; Tanius Karam (Universidad Autónoma de la Ciudad de México) na Diretoria Científica; Sandra Liliana Osses Rivera (Acicom) na Comunicação; e Eduardo Villanueva (Pontificia Universidad Católica del Perú) em Relações Internacionais.

A Intercom, parceira histórica da Alaic, dá as boas-vindas ao novo Conselho Diretor e deseja sucesso em sua gestão.

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São Luís recebe edição 2022 do “Festival Internacional de Compositoras Sonora”

Shows serão nesta quinta e sexta, no Centro Histórico, a partir das 17h30. Entre as atrações estão as cantoras Andréa Frazão, Didã, Klicia, Luma Pietra e outras

Um dos festivais mais aguardados do ano marca novamente presença na capital maranhense. Nos próximos dias 8 e 9 de dezembro, a Ilha do Amor terá mais uma edição especial do “Festival internacional de Compositoras Sonora São Luís”, que mostrará ao público maranhense os talentos e vozes maravilhosas das multiartistas que encantam todo o Brasil.

A nova edição será no Solar Cultural Maria Firmina dos Reis, na Rua Rio Branco, no Centro Histórico de São Luís, a partir das 17h, com atrações selecionadas a partir do edital Sonora, com curadoria feita pelas artistas Deh Mussulini, Camila Reis e Luciana Simões.

Na programação dos shows, se apresentam: no dia 8 (quinta-feira), as cantoras Cris Campos Sereia, Geoh Nolasco, Klicia e Andréa Frazão; já no dia 9 (sexta-feira), sobem ao palco a dupla Priscila Carvalho e Angelica Melo, seguida pelas cantoras Nicole Santos, Didã e Luma Pietra.

Os ingressos para a programação do Festival Internacional de Compositoras Sonora São Luís já estão à venda e podem ser adquiridos no Instagram do festival @sonoraslz (https://www.instagram.com/sonoraslz/) por R$ 10,00 (por dia). Mais informações pelo telefone (98 988650810 – Valda Lino).

Para mais informações sobre o festival e suas edições em todo o país, acesse: https://www.instagram.com/sonorafestivalinternacional/.

Sonora – Festival Internacional de Compositoras

Considerada uma rede internacional de festivais, o “Festival internacional de Compositoras Sonora” foi criado no Brasil com o objetivo principal de mostrar e incentivar a força da mulher compositora – o projeto surgiu a partir da hashtag #mulherescriando, iniciativa da musicista Deh Mussulini para romper o imaginário de que existem poucas compositoras.

Em São Luís, o Sonora ocorre desde 2016 – sendo o primeiro palco autoral para diversas compositoras da nova geração da música maranhense. O Sonora visa a criação de um lugar de divulgação e exposição das potencialidades individuais das autoras, como também um espaço de reflexão coletiva e formação que promova o debate sobre o espaço da mulher no mercado fonográfico atual e o encontro de compositoras das várias vertentes e gêneros, indo da MPB à música instrumental, do indie ao samba, entre outros estilos.

O ano de 2022 marca o retorno do “Festival internacional de Compositoras Sonora” em formato presencial por todo o Brasil. Nos anos anteriores, o festival alcançou dezenas de cidades brasileiras e territórios internacionais: 21 cidades e 6 países em 2016; 40 cidades e 8 países em 2017; e 74 cidades e 16 países em 2018.

Curadoria do Sonora São Luís 2022

Para a edição 2022 do Sonora em São Luís, foi montada uma equipe de artistas nacionais renomadas para avaliar as compositoras inscritas no evento.

Entre as curadoras, está a compositora, violonista e cantora belo-horizontina, Deh Muss, que idealizou e trabalha em diversos projetos feministas na música, como: o Coletivo ANA, com quem lançou disco em 2014; criou a hashtag #mulherescriando que culminou no Coletivo Mulheres Criando, que ganhou o Prêmio Profissionais da Música 2018; o Sonora Festival Internacional de Compositoras, da qual é diretora geral e idealizadora e conquistou o Prêmio Profissionais da Música 2021; além de ser uma das apresentadoras da Coletiva “Coluna Lugar de Mulher”.

Também compondo a curadoria estão as maranhenses Camila Reis e Luciana Simões. Camila Reis é artista popular que se expressa principalmente na música e na literatura, participa de diversas manifestações da cultura popular maranhense e faz parte do grupo Laborarte. Em 2018, lançou o álbum “Preta Velha”, é autora de três livros e segue produzindo com lançamento de singles, apresentações de shows e produção de eventos.

Já Luciana Simões é artista na banda Criolina, ativista cultural e criadora e gestora do festival BR 135, que é realizado em São Luís há 8 anos, sempre ocupando com arte o Centro da capital maranhense. Co-criadora de ferramentas de pressão política como Observatório da Cultura do Maranhão e da Liga da Cultura, foi curadora do Prêmio Natura 2018 e do Porto Musical 2020.

Serviço

O quê: “Festival internacional de Compositoras Sonora São Luís 2022”;

Quando: nesta quinta (8) e sexta (9), a partir das 17h30 – ingressos por R$ 10, no Instagram Oficial da Edição São Luís do Sonora (@sonoraslz);

Onde: Solar Cultural Maria Firmina dos Reis, na Rua Rio Branco, no Centro Histórico de São Luís;

Contato: Gustavo Sampaio (98) 999682033 – Assessoria de Comunicação.

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Beto Ehongue e convidad@s tocam o Eletrônico Tambor

Dia 8 de dezembro de 2022, Beto Ehong e o Eletrônico Tambor sobem ao palco da cidade, mais precisamente no Teatro Cazumbá – Centro Histórico de São Luís, cercado de outros grandes artistas, para uma verdadeira celebração do som em suas múltiplas percepções, as sonoridades ancestrais em diálogo sincero com os beats do mundo e uma linguagem textual dinâmica, interessada e divertida.

Como dito, muito bem acompanhado, porque afinal de contas ninguém muda o mundo sozinho e é por isso que Beto Ehong chama Fauzy Beydoun, líder da consagrada banda Tribo de Jah para cantar juntos O eterno verão do reggae, diga-se, uma parceira deles, que será apresentada de forma inédita nessa noite.

Também no palco para formar o trio, Regiane Araújo, com sua potência de voz, chegando com uma das grandes da cena atual da cidade.

Mas o baile segue com outras pedras, o DJ internacional Tarcísio Selektah, a poesia ritmada e ancestral de Dalva Palmar Brasil e Lyspectro, o mano argentino de coração no mundo Martin Marassa, o groove de Lucélio Muirax e Banda, que abre a noite e as imagens montadas pela verve existencial, criativa e descoladas de Frederico Machado no telão.

O show é uma experiência para quem gosta de pular fora da caixa e provar das curvas que o rolê oferece, dançar, beijar, abraçar, estar atento, forte e com saudade do futuro.

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A incrível saga do amigo de Dorothy Stang obrigado a fugir por 17 anos

Texto: Ed Wilson Araújo / Fotos: Adriano Almeida

Reportagem publicada originalmente em Sumaúma – Jornalismo do Centro do Mundo em 4 de dezembro de 2022

Como o militante da reforma agrária Geraldo Magela de Almeida Filho se tornou José Gaspar da Silva, vendedor de produtos country para o agro amazônico, depois de ser acusado de um crime que não cometeu

De Imperatriz, Maranhão

Chovia muito às 7h30 da manhã de 12 de fevereiro de 2005, quando o pistoleiro Rayfran das Neves Sales desferiu 6 tiros à queima roupa contra uma mulher de 73 anos sem nenhuma chance de defesa. O corpo da Irmã Dorothy Stang tombou em sangue na terra alagada e lá ficou até às 17h, quando foi levado do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança por uma estrada precária de 50 quilômetros até a sede, no município de Anapu, às margens da rodovia Transamazônica, a 692 quilômetros de Belém, capital do Pará. Naquele mesmo sábado, enquanto todas as atenções se voltavam para Anapu, outro assassinato abalava o PDS Esperança. Às 23h, o lavrador Alberto Xavier Filho, conhecido como “Cabeludo”, também foi executado. O crime contra Dorothy Stang levou à Anapu jornalistas do mundo inteiro. O crime contra o anônimo Cabeludo, uma figura ambígua que com alguma frequência fazia serviços para os inimigos do PDS, foi ignorado pela opinião pública. Os pontos nunca foram ligados. Mas ali começava, para um homem chamado Geraldo Magela de Almeida Filho, uma saga nascida da injustiça e uma fuga de 17 anos que só acabou em novembro de 2022. Se iniciava, também, a vida de um caixeiro-viajante chamado Gaspar.

No mesmo dia em que perdeu Dorothy Stang, Magela Filho foi falsamente incriminado pela polícia como cúmplice do assassinato de Cabeludo. Para os movimentos sociais da região de Anapu e Altamira, a estratégia que matou Dorothy e obrigou Magela Filho a fugir era a mesma: os grileiros queriam anular a resistência camponesa. “Ele era uma liderança muito forte. O objetivo era matar os dois, Geraldo Magela e Dorothy Stang”, afirma a missionária Jane Dwyer, da Congregação das Irmãs de Notre Dame, integrante da Comissão Pastoral da Terra e companheira de luta de Dorothy. “Conseguiram eliminar nossa irmã e colocá-lo [Magela] na clandestinidade.”

Os dois crimes foram o desfecho de uma semana tensa. Dorothy Stang estava marcada para morrer. As ameaças já haviam sido amplamente denunciadas aos órgãos de segurança no Brasil e também para organismos internacionais. Há vasto conhecimento sobre os mandantes, intermediários e executores da missionária. Já o assassinato de Cabeludo até hoje permanece sem solução.

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Imagem destacada / GERALDO MAGELA DE ALMEIDA FILHO. FOTO: ADRIANO ALMEIDA/SUMAÚMA

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Petista Luiz Henrique Lula assume na Comissão de Transição

Membro da Direção Nacional do PT, ele já está trabalhando em Brasília, compondo o Núcleo de Desenvolvimento Agrário. No novo desafio, leva a experiência de gestão em órgãos federais e estaduais e da atuação parlamentar. Veja na entrevista como Luiz Henrique analisa as perspectivas do novo governo Lula para o Brasil e o Maranhão

Blogue do Ed Wilson – Como você recebeu o convite para participar da Equipe de Transição e em quais áreas você vai atuar?

Luiz Henrique Lula – Recebi honrado a convocação para contribuir com o Brasil e o terceiro governo Lula, nesse que é um ciclo tão dramático do país. Componho o “Núcleo de Desenvolvimento Agrário” com os acúmulos de quem foi Delegado e Consultor do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) no governo Dilma Roussef, Secretário de Estado da Secid (Secretaria de Cidades) no governo Jackson Lago e da Sagrima (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca) no governo Flavio Dino.

O ponto de partida para todos os envolvidos na Comissão de Transição tem como start o diagnóstico de que o Estado brasileiro foi sendo desmontado pelos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro após o golpe de 2016. Para que se tenha uma ideia do que falo, basta ver o que está reservado no orçamento para políticas públicas no setor da agricultura familiar do governo atual para 2023 (míseros 26 milhões de reais), comparado com o executado no último ano de governo petista (Dilma Roussef), onde foram executados 10 bilhões de reais. Isso dá bem a dimensão do desmonte de que falo. Eles propõem o raquítico valor na casa dos milhões; nós, na casa dos bilhões. Isso, por si só, dá a dimensão do desmonte sobre o qual me refiro. Participar desse processo de reconstrução do país é desafiador.

Portanto, honrado e comprometido estou, e espero estar à altura do desafio.

Luiz Henrique Lula com o deputado federal Pedro Uczai (PT-SC), coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Agrário

Blog do Ed Wilson – De que forma a Equipe de Transição está realizando os trabalhos? Como é a dinâmica das atividades?

Luiz Henrique Lula – Estamos trabalhando em equipe e compartilhando nossas diferentes e convergentes visões do diagnóstico às políticas públicas que desejamos ver implementadas. A estrutura aqui no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) comporta três níveis de atuação distribuídos em um espaço físico que compõe três andares. No primeiro funcionam os 32 núcleos temáticos (espinha dorsal da futura Esplanada dos Ministérios). Me consolidei no núcleo Agrário, mas também participamos de reuniões com demais núcleos temáticos para troca de informações e socialização de políticas específicas, tais como o Núcleo da Agricultura (Agro – Kátia Abreu/Coordenadora); Núcleo Meio Ambiente (Marina Silva/Coordenadora); Núcleo Pesca (que retornará à condição de Ministério) – Coordenador Altemir Gregolin, só pra ficar em três exemplos de transversalidade.

Essas reuniões afinam a política pensada nas diferentes áreas do futuro governo para coesionar o governo.

Os trabalhos são diários, de domingo a domingo, das 9h às 21h, com prazo final de entrega dos relatórios finais para todos os núcleos, dia 11 de dezembro, um dia antes da diplomação do presidente LULA, que foi antecipada para dia 12, oportunidade em que o presidente anunciará parte dos ministros.

O primeiro relatório, consolidado no sistema e entregue ao coordenador executivo da Comissão de Transição, Aloízio Mercadante, no dia de ontem, que deu conta de três tarefas: diagnóstico e eixos de políticas prioritárias para primeiro ano de governo, estrutura proposta de organograma do ministério e nomenclatura – o antigo MDA dará lugar ao Mafas (Ministério da Agricultura Familiar e Alimentos Saudáveis)

Deputado federal Bira do Pindaré (PSB); Luiz Henrique Lula; coordenador técnico da Equipe de Transição e ex-ministro Aluzio Mercadante; deputada federal Elisangela Araújo (PT-BA), relatora do Núcleo do Desenvolvimento Agrário e o deputado federal Pedro Uczai (PT-SC), coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Agrário

Blogue do Ed Wilson – Qual a importância da sua indicação para o PT e o Maranhão?

Luiz Henrique Lula – Creio que não só a minha, mas dos demais maranhenses que compõem a Comissão de Transição, sejam os presenciais, ou virtuais, nas diferentes condições: quadros técnicos, colaboradores, relatores ou subrelatores e coordenadores. A Comissão tem a presença do senador Flávio Dino, dos deputados federais Marcio Jerry e Bira do Pindaré; dirigentes do PT no Maranhão, como Kelly Araújo; do movimento social, Vânia do MST; e dirigentes nacionais do PT, casos de Cricyelle Muniz e o meu caso.

Portanto, essas indicações demonstram a qualidade dos nossos quadros em áreas distintas de atuação, e devem ser orgulho dos maranhenses. Tenho certeza e convicção que nosso trabalho contribuirá para o futuro do Brasil para as próximas décadas. Particularmente estou muito feliz de estar aqui e ver nosso legado reconhecido. Nosso porque nesse momento não sou meu CPF, mas os de tantos companheiras e companheiros que sei que represento e tenho consciência e a mais alta responsabilidade.

Blogue do Ed Wilson – De que maneira os movimentos sociais do Maranhão podem ser ouvidos a partir do eixo temático em que você está inserido?

Luiz Henrique Lula – Os movimentos sociais são mãos, pés e cabeça de toda política aqui desenhada. Mãos, pés e cabeças, no sentido literal da palavra. Somos 22 membros do núcleo de Desenvolvimento Agrário, aqui está a Contag, a Contraf, MST, movimento quilombola, Indígena, todos com seus quadros mais qualificados. Aqui está o parlamento brasileiro, com 4 deputados federais e um deputado estadual, os servidores públicos vinculados funcionalmente à política agrícola e agrária. A população tem a garantia de que faremos e daremos o melhor plano de metas, diretrizes e programas que o Brasil precisa para ser o país que produz alimentos saudáveis, com inclusão social e melhoria da qualidade de vida dos povos das florestas, águas, campo e cidade.

Blogue do Ed Wilson – O PT tem uma participação efetiva no contexto do Maranhão, com o vice-governador Felipe Camarão tendo sido figura destacada na eleição do governador Carlos Brandão (PSB). Como você avalia os cenários de 2024 e 2026?

Luiz Henrique Lula – O PT governará o Maranhão finalmente. Felipe Camarão é um dos grandes quadros da política do Maranhão e está preparado para ajudar o governador Brandão e o presidente LULA na governança.

O PT também está preparado para a mesma tarefa e missão. Os quadros petistas alçados a postos de gestão e comando, seja na esfera federal ou estadual, têm demonstrado serem quadros criativos, competentes e efetivos no modo petista de fazer e governar. Assim sendo, acredito que a derrota eleitoral acachapante que sofremos na eleição de 2022, posto que pela primeira vez em décadas, não conseguimos ter representação parlamentar na Assembleia Legislativa, muito por conta do orçamento secreto e de um ambiente novo de federação que não estávamos preparados para enfrentar, será redimida em 2024, com a eleição de uma boa bancada de vereadores e prefeitos petistas, base do desafio seguinte em 2026, que será triplicar nossa bancada federal e sair do zero da bancada estadual, para eleição de pelo menos 5 ou 6 parlamentares do PT.

Creio que o governador Brandão e o governo Lula têm clareza do sacrifico a que fomos submetidos e da qualidade de nossos quadros para ocuparmos postos estratégicos e relevantes nos postos federais e estadual.

Blogue do Ed Wilson – Como estão os preparativos para a posse do presidente Lula e de que forma o novo governo vai refletir no Maranhão?

Luiz Henrique Lula – Sobre preparativos sei pouco, até pela entrega no que estou fazendo, assim por questões de segurança, mas será, mais uma vez, uma linda festa, claro que com as precauções necessárias. Lula é hoje o maior estadista do planeta. Sua posse terá essa dimensão superlativa. Ninguém vive o que ele viveu e vence, como ele venceu.

E seu governo refletirá na vida do povo pobre, que muito mais excluído foi pela política de morte do governo fascistóide bolsonarista. Esse governo certamente enfrentará questões estratégicas e o maior desafio é o emprego e combater a fome. O Maranhão será um dos estados mais bem atendidos, tenho certeza. Aqui desembarcam todos os programas de natureza social e de desenvolvimento.

Quem venceu a eleição foi o povo  pobre e nordestino e será dele esse governo. O governo de toda uma vida de Luiz Inácio Lula da Silva e de nossas vidas.

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Publicação “Caminhos da boiada” apresenta cartografia cultural do bumba meu boi em São Luís

Será lançado na próxima quarta-feira, 7 de dezembro, às 19h, na sede do Cresol (Casa do Maranhão), o mapa “Caminhos da Boiada: um mapeamento cultural de grupos de bumba meu boi em São Luís”. A publicação é resultado de 3 anos de pesquisa do Grupo de Estudos Culturais do Maranhão (Gecult-MA), ligado ao Departamento de Comunicação da UFMA e coordenado pela professora doutora em Comunicação, Letícia Cardoso.

O mapa impresso, que será distribuído gratuitamente no evento de lançamento, constitui uma cartografia que apresenta os nomes, os endereços, os sotaques e um QR code que direciona o leitor para um mapa digital com a rota e localização exata das sedes de 76 grupos de bumba meu boi na capital.

De acordo com a pesquisadora Letícia Cardoso, “a pesquisa surgiu por percebermos a falta de mapeamentos das práticas culturais no Maranhão. Este é o primeiro mapa do bumba meu boi no Estado e pretendemos ampliá-lo cada vez mais até conseguirmos incluir todos os grupos”, destaca. Além disso, a professora pontua que o objetivo do mapa é contribuir para o registro, a difusão e o reconhecimento dos grupos de bumba meu boi em nossa cidade. “Embora sejam considerados patrimônio imaterial da humanidade, os grupos de bumba-boi ainda enfrentam grandes dificuldades para manter sua cadeia produtiva ativa o ano inteiro. E a comunicação representa uma estratégia importante nesse processo de visibilidade e reconhecimento social. Nesse sentido, o mapa Caminhos da Boiada é um recurso de comunicação que servirá a esse propósito, facilitando a identificação dos grupos e o acesso dos apreciadores e consumidores da nossa cultura”, avalia.

A produção do mapa, desenvolvido no contexto do projeto Metodologias de Pesquisa em Estudos Culturais: um olhar comunicacional sobre as culturas populares no Maranhão, pelo Gecult, teve apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão – Fapema, através do edital Universal (2018). Além disso, contou com duas bolsas de iniciação científica (Fapema e CNPQ) concedidas às estudantes de jornalismo da UFMA, Thalia França e Paloma Correa, que estiveram diretamente envolvidas na pesquisa durante 3 anos.

Na ocasião do lançamento, os líderes dos 76 grupos que compõem o mapeamento vão receber exemplares do mapa para seu acervo pessoal. Também serão distribuídos exemplares para bibliotecas e casas de cultura.

Caminhos da Boiada 

A pesquisa tomou emprestado o nome “Caminhos da Boiada” de uma rua do Centro de São Luís (atual Rua Manuel Jansen Ferreira), chamada Caminho da Boiada, por ser parte da rota feita pelo gado durante o século XIX e início do XX, rumo ao matadouro público. Até então, as manifestações de bumba-boi eram perseguidas na cidade, por conta da cultura escravista e preconceituosa dos poderosos, que proibiam as festividades de povos negros. 

Ao ganhar força, a partir da década de 1960, o bumba-boi conquistou novos caminhos, podendo dançar em bairros centrais. A caminhada não mais seria para o abate do gado, mas para as festividades do touro que morre e renasce todos os anos no imaginário popular. 

Próximos itinerários

O mapa Caminhos da Boiada é um projeto em construção que que representa uma fase da investigação e prevê atualização e revisão dos pesquisadores junto aos grupos de Bumba meu boi. Por isso, sua versão impressa apresenta, nesta etapa, 76 grupos de bumba-boi. Esses dados serão ampliados em sua versão digital, num site, que tem previsão de lançamento para 2023. Assim, os grupos que por algum motivo não puderam ser contemplados nesta edição, terão a oportunidade de integrar o mapeamento na próxima etapa.

SERVIÇO

O Quê: Lançamento do Mapa Caminhos da Boiada

Quando: 7 de dezembro, quarta, às 19h

Onde: Cresol (Casa do Maranhão), Rua do Trapiche, Praia Grande – Centro

Público: Estudantes, professores, pesquisadores, artistas e brincantes

Contato: Profª Letícia Cardoso – coordenadora – Cel/whats: 9.9993-0050

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Lançamento: “Agontimé e sua lenda: Rainha na África, mãe de santo no Maranhão”

O Nucleo de Estudos de Historiografias e Linguagens (Nehislin) e a Casa das Minas convidam toda a comunidade em geral para o lançamento do livro de autoria de Judith Gleason sobre Nã Agontimé, intitulado em português: “Agontimé e sua lenda: Rainha na África, mãe de santo no Maranhão”.

A obra, originalmente publicada em 1970 e 1974, nunca fora traduzida para o português. Romance histórico, fruto de uma pesquisa etnográfica, é inédito no Brasil. O livro foi traduzido por Carlos Eugênio, organizado pelo tradutor e por Henrique Borralho.

O lançamento será dia 9 de dezembro (terça-feira), às 18 h, na casa das Minas, localizada na rua de São Pantaleão, 857_a, Centro, São Luis e contará com as falas de Mundicarmo Ferreti e Euzebio Marcos, dentre outras personalidades.

Todo o dinheiro da venda será revertido para a Casa das Minas.

Preço de lançamento: RS 40.00. Serão aceitos pix em nome da Casa das Minas.

O livro foi traduzido, publicado com recursos da Fapema (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão), através do edital IECT/2017. O livro é uma coedicão da Editora da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e da Pitomba Livros e Discos.

Imagem destacada / Fachada da Casa das Minhas / capturada aqui

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Andes–SN se manifesta contra novos cortes na Educação

Na segunda (28/11), a comunidade acadêmica das Universidades e Instituições de Ensino Superior da Rede Federal foi surpreendida com um novo bloqueio de verbas no Ministério da Educação, que pode chegar ao montante de R$ 1,68 bilhão. Desse recurso, só das Universidades públicas e Institutos Federais de Educação estima-se que o valor ultrapasse R$ 244 milhões.

Atenta aos fatos, a Diretoria Nacional do Andes – Sindicato Nacional publicou uma nota em repúdio aos novos cortes na educação em que recorda a marca do governo Bolsonaro: a tentativa constante de destruir as universidades, os institutos federais e os Cefet. “Durante esses quatro anos de Bolsonaro, os cortes no orçamento, assim como os ataques à(o)s docentes, estudantes e técnico-administrativo(a)s simbolizam a essência do bolsonarismo e sua agenda negacionista e privativista. A política anti-ciência e anti-educação não é um fato isolado, mas elemento constitutivo do projeto da extrema direita que nega o conhecimento em nome de desinformação e fake news, além da destruição cotidiana das políticas públicas”, aponta, em nota, o Andes-SN.

A nota também ressalta que, só em 2022, já aconteceu um bloqueio orçamentário de R$ 438 milhões, que afetou o funcionamento das instituições de ensino. “O próprio retorno às aulas presenciais exigiria um aporte financeiro por parte do governo Bolsonaro que pudesse garantir mínimas condições sanitárias, o que não ocorreu. O caminho que o governo escolheu foi normatizar o ensino remoto, tentar introduzir o Reuni Digital e aumentar os cortes dos recursos da educação”, diz a Diretoria Nacional do Andes-SN.

Visto isso, a Diretoria da Apruma reitera que seguirá atenta às reações e mobilizações do Andes-SN para se somar, mais uma vez, em defesa do orçamento público para as universidades públicas.

Leia a íntegra do documento: Nota da Diretoria Nacional do Andes SN em repudio aos novos cortes na educacao

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Comitê entrega diagnóstico à coordenação do Grupo Técnico de Direitos Humanos

Documento aponta cenário de precarização e traz 13 recomendações para a Política Pública de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos no Brasil 

Brasília – O Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH), articulação composta por 45 organizações e movimentos da sociedade civil, participou na segunda-feira (21/11), de uma reunião com o Grupo Técnico de Direitos Humanos do Gabinete de Transição e, reiterou o diagnóstico e recomendações enviadas à equipe através do Ofício 3/2022: Política Pública de Proteção aos Defensores e as Defensoras de Direitos Humanos no Brasil.

A reunião foi realizada na capital federal  pelo Grupo de Transição com participação de entidades e movimentos representativos de diversos segmentos presencialmente e online, realizando escutas e recebendo documentos. O Comitê participou por videoconferência, mas o ofício  com as recomendações já tinha sido enviado à equipe em 16 de novembro.

O documento propõe um diálogo com o novo governo eleito com objetivo de fortalecer políticas públicas voltadas aos DDHs, fortemente fragilizadas nos últimos quatro anos. Dentre as recomendações feitas pelo Comitê, destaca-se a proposta de revogação do Decreto nº. 10815/2021, que estabelece somente 33% do número de vagas para a composição do Conselho Deliberativo (Condel) para a participação social.

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A urgência da PEC do Bolsa Família: mais pobres contraem dívidas para comprar comida

Famílias das classes C, D e E tomam empréstimos para comprar alimentos e pagar contas, aponta pesquisa. Metade delas comem menos para conseguir pagar dívidas

Fonte: site do PT

Nesses últimos meses de desgoverno Bolsonaro, o tsunami de queda da renda e endividamento que arrasta a grande maioria das famílias brasileiras tem feito as mais pobres tomarem empréstimos para comprar comida e pagar as contas. É o que revela um estudo do instituto de pesquisas Plano CDE com famílias de todas as classes sociais.

“Salta aos olhos essa questão da necessidade dos empréstimos para comprar comida, indicando a situação grave que uma série de famílias enfrenta atualmente”, afirma Maurício Prado, diretor do Plano CDE, na Folha de São Paulo.

Entre 45% e 50% dos respondentes das classes C, D e E afirmaram que a alimentação e as contas do mês foram ou seriam a principal finalidade para tomar um empréstimo. O percentual cai para 30% entre as classes A e B. Pagamento de outras dívidas e montar ou investir no próprio negócio são outras das principais justificativas.

A pesquisa aponta ainda que 50% dos participantes nas classes D e E já tiveram de reduzir a compra de comida para pagar uma dívida. Os endividados também recorrem ao aumento na carga de trabalho (horas extras, bicos, trabalhos temporários) e à venda de bens (carro, móveis, eletrodomésticos) para fazer frente às despesas.

Considerando todas as classes, 42% afirmam ter alguma dívida em atraso. Metade das famílias tomaram algum tipo de empréstimo no último ano. Familiares e amigos foram a principal fonte para a busca dos recursos entre os mais pobres, seguida por bancos.

“O consignado do Auxílio Brasil só vai fazer com que as famílias se enrolem ainda mais”, ressalta Prado. Após liberar em outubro R$ 6 bilhões em empréstimos consignados para beneficiários do Auxílio Brasil, a Caixa Econômica Federal restringiu a linha de crédito depois do segundo turno das eleições.

A média diária de contratos diários caiu de 114 mil, em outubro, para 1,5 mil em novembro.
São considerados de classes D e E domicílios com renda familiar de até R$ 2.000. Na C2, o intervalo vai de R$ 2.000 até R$ 3.000, e de R$ 3.000 até R$ 6.000 na C1. A AB é formada por lares com renda familiar acima de R$ 6.000.

Com a renda cada vez mais baixo, crédito é alternativa para sobreviver

“O crédito como complemento de renda é um caminho quase certo para o superendividamento”, avalia o coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Lauro Gonzalez.

A combinação de crescimento econômico baixo com inflação alta e um mercado de trabalho marcado pela precarização e informalidade, diz ele, levou a população de menor poder aquisitivo a utilizar cada vez mais o crédito como um complemento à renda.

Entre os brasileiros que conseguiram poupar algum valor no último ano (acima de 60%, mesmo nas classes C, D e E), a caderneta de poupança ainda é a principal alternativa. Um em cada 3 brasileiros disse que pretende fazer alguma aplicação na poupança nos próximos 12 meses.

No entanto, 57% dos entrevistados não têm poupança para lidar com um imprevisto. O principal desafio para a formação de uma taxa de poupança na base da pirâmide é a falta de renda —nos últimos 12 meses, cerca de 50% da população teve gastos maiores do que a renda, sendo 60% nas D e E e 55% nas C1 e C2.

Em outubro, a diferença entre saques e depósitos na caderneta de poupança chegou a R$ 11,006 bilhões, maior saldo negativo para o mês em toda a série histórica do Banco Central (BC), desde 1995. Em 2022, o acumulado entre janeiro e o mês passado já atinge -R$ 102,077 bilhões. Até dezembro, a saída líquida pode chegar a mais que o dobro do pior resultado da história, em 2015 (-R$ 53,567 bilhões).

Para modificar esse cenário de terra arrasada, urge priorizar os mais vulneráveis. A aprovação da PEC do Bolsa Família será o primeiro passo nesse grandioso processo de recuperação socioeconômica, tanto por meio do Bolsa Família quanto pela recomposição dos gastos com programas estratégicos para a retomada do crescimento inclusivo. Cabe ao Congresso Nacional assumir sua responsabilidade com a população.

Da Redação, com informações da Folha de S. Paulo