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Vidotti inaugura nova exposição com temática religiosa

Cidades de cor e fé é mais nova exposição que o artista visual Fábio Vidotti apresenta no Centro Cultural Casa Gamela, na Avenida Gonçalves Dias, nº 883, no centro da cidade balneária de São José de Ribamar, na Ilha de São Luís.

“Estamos apresentando nessa exposição telas que refletem a religiosidade do povo maranhense, em especial de Ribamar, uma cidade em que a população é maior símbolo dessa fé e que transformou o local em um lugar sagrado”, refletiu.

Vidottiu contabiliza que, na exposição, são cerca de 20 telas de igrejas, onde utiliza a técnica de tinta acrílica com espátula, além de uma tela grande em homenagem à Praia Grande com a técnica dedos pincel e tinta óleo, e “Cenas Urbanas”, onde utiliza dedos/pincel a tinta óleo.

Mineiro, de Belo Horizonte, Vidotti possui um trabalho diversificado, com temas múltiplos que enfatizam as várias faces de um artista sempre em renovação.

Entre tantas vertentes e material plural que utiliza em seus trabalhos, destaque para as placas em assemblers com temas de telhados e embarcações, em tons marrons, que integram a série “O Grito”.

Antenado e preocupado com questões e temas que merecem reflexão, Vidotti disse que as placas em assemblers representam “um grito de socorro, indignação e justiça dos moradores, vítimas das tragédias ambientais como as de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais”.

O artista também já apresentou “Experimentação e Cores”, uma exposição que contou com 35 telas produzidas com as técnicas acrílica e tinta óleo, resultante de cinco anos de observação dos bailados e movimentos da cultura popular maranhense.

Nesse outro olhar e em outras perspectivas, Vidotti assinalou que optou por “traduzir alguns dos movimentos, como o bailado das penas do bumba meu boi, uma grande fonte de riqueza de cores e movimento da cultura popular do Maranhão”.

Com mais de meio século dedicado às artes visuais, Vidotti é um artista que passeia pelo mundo da pintura e da escultura, expressando sentimentos e emoções em “Múltiplas Linguagens”, exposição que incluiu ainda pinturas feitas com giz de cera, produzidas com transgressão aos formatos tradicionais, cores e linguagens.

Em suas pinturas também apresenta cenas urbanas e abstrações. Como escultor, a sua marca registrada são os “Guerreiros”, confeccionados em aço e ferro reciclados, que têm características únicas em trabalhos que chamam a atenção do público pela beleza e plasticidade das obras.

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Movimentos sociais do Maranhão articulam Comitê Estadual do FNDC

Entidades da sociedade civil que transitam pela área de Comunicação realizaram a primeira reunião preparatória da plenária que vai implantar o Comitê Estadual do Fórum Nacional pela Democratização (FNDC) no Maranhão. Representantes de sindicatos, jornalistas, CUT Nacional, Agência Tambor e Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão definiram a data da Plenária Estadual, que será realizada dia 14 de fevereiro, de forma híbrida (presencial e on line).

A reunião deliberou também mobilizar o maior número de entidades para filiar e participar da construção do Comitê Estadual (Maranhão) do FNDC.

O FNDC é uma organização surgida nos anos 1990 que reúne associações, sindicatos, movimentos sociais, organizações não-governamentais e coletivos com os seguintes objetivos: formação crítica sobre mídia e poder, construção de políticas públicas na área de Comunicação, espaço de debate e formulação teórica e prática sobre democratização da comunicação.

A Plenária Estadual vai eleger delegados à 24ª Plenária Nacional do FNDC, de 3 a 5 de março, em São Paulo. Para cada 5 (cinco) entidades presentes na estadual ou regional, será eleito(a) 1(um@) delegado(a) à nacional.

As plenárias são etapas constitutivas de um processo mais amplo de fortalecimento do FNDC.

Organizações da sociedade civil atuantes no campo progressista, blogueiros e jornalistas podem ingressar no FNDC até o dia da realização da Plenária Estadual (14 de fevereiro).

Para se filiar ou atualizar o cadastro de filiação junto ao FNDC, as entidades nacionais, regionais e comitês deverão acessar o Sistema de Filiados por meio do site sistema.fndc.org.br.

Qualquer dúvida, faça contato com o FNDC por email (secretaria@fndc.org.br) ou por telefone (61) 98121-1480 (falar com Pedro Vilela, secretário-executivo).

SOBRE O FNDC

A entidade atuou na finalização dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte de 1988 que preparava a nova Constituição Federal. Ao final, foi instituído o capítulo V da Carta Magna, com artigos que tratam especificamente da Comunicação. 

Como o resultado da Assembleia Constituinte não foi tão promissor quanto as expectativas do movimento à época, as entidades que formavam a então Frente Nacional por Políticas Democráticas de Comunicação (FNPDC) decidiram que era preciso manter um esforço permanente de mobilização e ação na busca de políticas que democratizassem de fato a área. Assim, criaram, em 1991, a associação civil FNDC, com atuação no planejamento, mobilização, relacionamento, formulação de projetos e empreendimento de medidas legais e políticas para promover a democracia na Comunicação. Quatro anos depois, no dia 20 de agosto 1995, o FNDC passou a existir como entidade. (Fonte: fndc.org.br)

PRINCIPAIS ATUAÇÕES

Colaboração junto ao Movimento de Rádios Comunitárias;

Regulamentação da cabodifusão;

Reforma da Lei de Imprensa;

Criação do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS);

Campanha contra a aprovação da Emenda Constitucional que permitia a entrada de capital estrangeiro em empresas de comunicação;

Publicação da pesquisa referência sobre a concentração da mídia no Brasil: “Os Donos da Mídia”.

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Entidades querem a devolução da proposta de revisão do Plano Diretor para a Prefeitura de São Luís

Nessa quarta-feira (8 de fevereiro), às 9h, os movimentos sociais, trabalhadores(as) e as comunidades da Zona Rural de São de Luís retornarão à Câmara Municipal de São Luís para exigir, conforme recomendação do Ministério  Público Estadual, A DEVOLUÇÃO DA PROPOSTA DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR À PREFEITURA DE SÃO LUIS e abertura imediata de discussão com a população de São Luís, da zona rural e urbana, com a publicidade e estudos técnicos exigidos pelo Estatuto das Cidades.

Não podemos aceitar essa proposta que retira uma grande área da zona rural e transforma em zona urbana/industrial, reduz as áreas de dunas, não mantêm e ampliam as áreas de lençóis freáticos que garantem água à população, não amplia o fornecimento de água, esgoto e garantia de drenagem das águas pluviais, acaba com áreas de preservação ambiental da grande ilha, não se preocupa com o grande índice de poluentes jogado pelas grandes empresas no ar, solo e águas de nossa cidade.

É um plano dos empresários, não para a maioria da população que necessita de transporte de qualidade, mobilidade e acessibilidade, moradia, prestação de serviços públicos de qualidade, garantia de produção, trabalho e renda e preservação da natureza.

Participe!

Data: 8/2 (quarta-feira)

Horário: 9h

Local: Em frente ao estacionamento da Câmara de Vereadores de São Luís, na rua do antigo Banco do Brasil

Imagem destacada: Vereador Astro de Ogum, ao centro, conduziu audiência pública dia 30 de janeiro, na Câmara Municipal

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Suzano denunciada por não cumprir direitos trabalhistas

O Maranhão abriga a maior empresa de papel e celulose do mundo, a Suzano, que provoca, no Maranhão, uma série de impactos negativos, com graves problemas de ordem social e ambiental.

E, quais as consequências para os trabalhadores? Em março deste ano, deverá acontecer em Brasília um encontro das trabalhadoras e trabalhadores da cadeia da celulose, com participação de representantes do governo federal e de parlamentares.

Para falar sobre esse tema, o Jornal Tambor ouviu Anthony Dantas, presidente do Sindcelma, o sindicato que abriga as trabalhadoras e os trabalhadores da indústria de papel.

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com entrevista de Anthony Dantas)

A Suzano atua no mercado global da celulose e conta com 11 unidades industriais localizadas em sete estados brasileiros, inclusive no Maranhão. Em 2016, a Justiça Federal proibiu a empresa de fazer novos desmatamentos na região do cerrado maranhense, por conta dos impactos ambientais negativos. O cultivo do eucalipto é um problema.

“É importante que o poder público acompanhe esse processo. Compreendemos a necessidade econômica dos empreendimentos, mas também temos que garantir os direitos sociais dos trabalhadores e, pelo menos, minimizar os impactos ambientais”, explicou o presidente do Sindselma.

Em relação aos trabalhadores da indústria, na página do Sindcelma está dito que a Suzano “não está cumprindo” vários direitos trabalhistas, como “uma hora de almoço (hora-refeição), adicionais de insalubridade e periculosidade, além do não pagamento retroativo aos trabalhadores prejudicados”.

Anthony Dantas conta que a Sindcelma entrou com uma ação na Justiça do Trabalho para cobrar a empresa. “O sindicato continuará atuando em defesa dos direitos dos trabalhadores. A Suzano usa muitos produtos químicos, o que é muito perigoso. Vamos garantir melhor qualidade para esses trabalhadores”, pontuou Anthony Dantas.

Outro lado

A reportagem da Agência Tambor entrou em contato com número da Suzano no Maranhão (99) 3585-6000. Esse número consta na página www.rioverde.com.br. Não conseguimos resposta. Caso a empresa retorne, registraremos sua posição.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Anthony Dantas)

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Vem aí o Crioula Festival!

Fonte: Agência Tambor

A primeira edição do Crioula Festival será realizada em São Luís nos dias 09, 10 e 11 de fevereiro, a partir das 19h30, na Casa Barrica, localizada no bairro Madre Deus.

O evento é uma celebração do Tambor de Crioula do Maranhão e terá diversas atrações durante os três dias . A entrada é gratuita, aberta ao público.

Para falar sobre o Festival, o Jornal Tambor desta sexta-feira (03/02), entrevistou Emanuel Jesus, o coordenador artístico do evento.

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com a entreviste de Emanuel Jesus)

Emanuel Jesus explicou que a ideia do evento surgiu a partir de uma conversa dele com o Maestro Zé Américo Bastos. “Há dois anos a gente vem trabalhando nisso. O Crioula Festival é um evento folclórico musical para exaltar esse ritmo potente que temos que é o Tambor de Crioula”, reforçou o coordenador artístico.

Segundo ele, o objetivo do Festival é valorizar ainda mais essa manifestação popular, além de buscar misturar os ritmos do Tambor de Crioula com outros segmentos musicais do Maranhão.

“Nós vamos ter uma programação bem plural. Começando pelo Cortejo em frente a Casa das Minas, que é o local onde aconteceu a titulação do nosso Tambor de Crioula como Patrimônio Imaterial”, ressaltou Emanuel.

Confira a programação do Crioula Festival aqui.

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PT convida para celebrar os 43 anos do partido

Veja como será a programação nacional e em São Luís

No próximo dia 10 de fevereiro o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras completa 43 anos de vida. Uma vida forjada nas lutas do povo brasileiro por Democracia e por direitos.

Nestes 43 anos, o povo brasileiro sempre soube que, onde houvesse uma lutadora, um lutador social, nos campos, nas matas ou nas cidades, a nossa estrela estaria presente.

Aprendemos com a diversidade da grande nação brasileira, a força da organização popular, da solidariedade e da verdade. Semeamos estrelas de norte a sul do nosso país, consolidando sonhos de justiça social e esperança de uma vida digna para todas e todos.

Assim, nossa estrela se multiplicou em diferentes movimentos, diferentes territórios, conquistando parlamentos e governos em cidades, estados e no Brasil.

Enfrentamos o Golpe contra a Presidenta Dilma Rousseff e a prisão política de nossa maior liderança – Luiz Inácio Lula da Silva. Suportamos a violência política com confiança na nossa Democracia e no nosso povo. A jornada que percorremos, coletivamente, tem marcas intensas.

Em 2022 nós derrotamos o fascismo, a extrema-direita, o poder econômico, o aparato de Estado e inúmeras Fake News. Elegemos Lula Presidente com a maior votação da história desse país.

Iniciamos 2023 derrotando um Golpe contra a Democracia Brasileira e nos consolidando como o principal instrumento para uma tão sonhada unidade nacional.

10 de fevereiro de 2023 não será uma data qualquer, assim queremos realizar uma comemoração especial. Vamos celebrar a vitória do povo brasileiro que hoje ocupa, mais uma vez, o Palácio do Planalto com Lula Presidente.

Para isso, estamos organizando uma programação muito especial, em Brasília, nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro e queremos contar com a sua participação.

PROGRAMAÇÃO NACIONAL

Dia 12/02 –  Dia aberto à militância no Centro de Convenções Ulysses Guimarães em Brasília, com feira, oficinas de formação, banquinhas das secretarias, rodas de conversas e atrações culturais.

Os interessados em expor e vender produtos na feira devem preencher o formulário no link abaixo, lembrando que todas as despesas serão por conta dos interessados.

Veja como se inscrever e preencher o formulário

Dia 13/02 – Reunião do Diretório Nacional durante todo o dia na sede do PT Nacional.

– Ato Político às 18 horas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Dia 14/02 – Jantar de Arrecadação dos 43 anos do PT. Os convites podem ser reservados pelo WhatsApp número: (61) 99504-1170.

PROGRAMAÇÃO EM SÃO LUIS

Festa do PT em São Luís terá várias atividades

Vamos todas e todos, juntos, pela reconstrução do Brasil e da Democracia!

Viva o PT!

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

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CNBB emite nota em solidariedade aos Yanomami: “As dores de cada indígena são também da igreja”

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta terça-feira, 31 de janeiro, uma nota intitulada “Em defesa dos povos originários” motivada pela realidade vivida pelo povo Yanomami que, segundo o documento, é a “síntese da ofensiva contra os direitos dos povos indígenas agravada nos últimos anos”. A realidade, segundo a nota, foi denunciada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI)  em seu relatório anual.

De acordo com a nota da presidência da CNBB, “a realidade vivida pelo povo Yanomami é, pois, síntese do que apresenta o relatório do CIMI. Os povos originários, integrados à natureza, têm sido desrespeitados de modo contumaz, a partir da ganância, da exploração predatória do meio ambiente, que propaga a morte em nome do dinheiro”.

Essa realidade, defende a Conferência, deve despertar santa indignação no coração de cada pessoa, especialmente dos cristãos, que não podem fazer da defesa da vida uma simples bandeira a ser erguida sob motivação ideológica. “A vida tem que ser efetivamente defendida, não apenas em uma etapa específica, mas em todo o seu curso. E a defesa da vida humana é indissociável do cuidado com o meio ambiente”, reitera o documento. 

Na nota, a CNBB pede às autoridades um adequado tratamento dedicado ao povo Yanomami e a cada comunidade indígena presente no território brasileiro. A CNBB pede ainda que “diante da gravidade do que se verifica no Norte do País, das mortes, principalmente de crianças e de idosos, sejam apontados os responsáveis, para que a justiça prevaleça”.

A CNBB reforça que a Igreja Católica no Brasil está unida ao povo Yanomami, solidariamente, com sua rede de comunidades de fé. “As dores de cada indígena são também da Igreja, que, a partir de sua doutrina, do magistério do Papa Francisco, vem ensinando a importância dos povos originários na preservação do planeta”. Conheça, abaixo, a íntegra da nota e, aqui, o arquivo em PDF:

Em defesa dos povos originários

A ofensiva contra os direitos dos povos indígenas, agravada nos últimos anos, foi denunciada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em seu relatório anual. A realidade vivida pelo povo Yanomami é, pois, síntese do que apresenta o relatório do CIMI. Os povos originários, integrados à natureza, têm sido desrespeitados de modo contumaz, a partir da ganância, da exploração predatória do meio ambiente, que propaga a morte em nome do dinheiro.

Essa realidade deve despertar santa indignação no coração de cada pessoa, especialmente dos cristãos, que não podem fazer da defesa da vida uma simples bandeira a ser erguida sob motivação ideológica. A vida tem que ser efetivamente defendida, não apenas em uma etapa específica, mas em todo o seu curso. E a defesa da vida humana é indissociável do cuidado com o meio ambiente.

A CNBB pede às autoridades um adequado tratamento dedicado ao povo Yanomami e a cada comunidade indígena presente no território brasileiro. Diante da gravidade do que se verifica no Norte do País, das mortes, principalmente de crianças e de idosos, sejam apontados os responsáveis, para que a justiça prevaleça. O genocídio dos Yanomamis seja capítulo nunca esquecido na história do Brasil, para que não se repita crime semelhante contra a vida de nossos irmãos.

A Igreja Católica no Brasil está unida ao povo Yanomami, solidariamente, com sua rede de comunidades de fé. As dores de cada indígena são também da Igreja, que, a partir de sua doutrina, do magistério do Papa Francisco, vem ensinando a importância dos povos originários na preservação do planeta.

O momento é de tristeza e desolação, mas a Igreja Católica continuará a trabalhar, intensificando sempre mais as suas ações, em união com muitos segmentos da sociedade e do poder público, para que prevaleça a esperança, confiante de que cada Yanomami será respeitado em sua dignidade de filho e filha de Deus.

Brasília-DF, 31 de janeiro de 2023

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

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Labcom lança livro sobre IA Generativa usando um robô

O Labcom (Laboratório de Convergência de Mídias da UFMA) lançou hoje o livro “Inteligência Artificial Generativa”, que explora os avanços na área de IA e seus impactos nas indústrias criativas, da mídia e da publicidade. Este e-book é parte de um projeto maior do laboratório de pesquisa, que visa explorar novas ferramentas, metodologias e abordagens na área de Comunicação e Informação, usando recursos computacionais intensivos.

A Inteligência Artificial Generativa – IAG é um ramo da inteligência artificial que, em termos simples, tenta simular a própria criatividade humana, através da geração de textos e imagens, com diversos cenários de utilização, em projetos de design e artes, música, jornalismo, marketing e publicidade, entre outros.

O livro “Inteligência Artificial Generativa” é uma introdução acessível ao assunto, destinada a leitores sem conhecimento prévio em IA. Ele apresenta uma visão geral das possibilidades e aplicações da Inteligência Artificial Generativa, discutindo suas implicações éticas e morais, bem como suas limitações atuais.

Uma particularidade do projeto é que uma parte do livro foi gerada com a ajuda da ferramenta ChatGPT, da OpenAI, com a supervisão do autor; o que foi feito de forma deliberada, justamente para que no experimento se pudesse avaliar o seu potencial de uso. As ilustrações foram criadas usando MidJourney.

Segundo o professor Márcio Carneiro, autor do livro e coordenador do Labcom, “o projeto é um movimento interdisciplinar que busca atualizar o estado da arte da Comunicação, integrando o conhecimento de outras áreas, que têm interfaces cada vez mais nítidas com a nossa.”

Falando sobre a ferramenta que usou, o bot ChatGPT, que tem recebido grande atenção da mídia por ter conseguido mais de um milhão de usuários, ainda no primeiro mês após seu lançamento experimental em novembro de 2022, o professor explica que para avaliar os impactos e os processos de adoção das tecnologias é preciso entender que elas têm lógicas próprias e, normalmente complexas, integrando vetores não apenas tecnológicos, mas também econômicos e sociais.

“As pessoas, ao perceberem valor em determinada inovação, geram usos e apropriações, muitas vezes diferentes até dos que foram idealizados pelos desenvolvedores e no ambiente digital, com a circulação de informação acelerada, tais processos podem atingir números e escala muito significativos, como parece ser o caso do robô da OpenAi. No projeto já levantei mais de 130 utilizações diferentes para o bot, muitas delas pensadas pelos utilizadores ”

O professor também aposta que a nova geração de IAG vai criar novas funções no mercado, entre elas o Prompt Designer, um especialista nestas plataformas, que consegue resultados mais assertivos para uso profissional das mesmas. O LABCOM vai fazer a segunda turma de um curso de formação nesta área em março, segundo o coordenador, o primeiro do tipo no Brasil.

Da iniciativa maior à qual o experimento do livro é conectado, constam também o projeto de um livro infantil com texto humano, mas com todas as ilustrações feitas com MidJourney; um app de análise de grandes volumes de texto, baseado na API do ChatGPT, para uso por pesquisadores da Comunicação e mais 4 artigos acadêmicos avaliando aspectos diferentes desta temática: o uso de IAG pelo jornalismo, uma metodologia de avaliação de ferramentas de IAG, a aplicação de ChatGPT em assessorias na área de gestão de crises e a exploração de IAG para produção de desinformação. 

O Labcom disponibiliza vários canais de difusão científica onde compartilha seu trabalho para a comunidade em geral. Entre eles um canal no YouTube onde há uma playlist inteira só sobre IAG. Para fins acadêmicos, uma versão simplificada do livro pode ser baixada gratuitamente através do site do laboratório a partir da página https://www.labcomdata.com.br/iag . A versão integral, que terá vários recursos multimídia para o ensino das ferramentas e das técnicas de Prompt Design, será lançada no evento Aplicom 23 do LABCOM, previsto para julho deste ano. Em anexo segue a capa do livro para divulgação.

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Geraldo Azevedo para celebrar a chegada de fevereiro

CHORANDO E CANTANDO

Quando fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua no ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri a gente chora
Ai ai ai a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Faz mais Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois depois amor ô ô ô ô

Ninguém ninguém verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguém verá o sonho que eu sonhei

Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Na luz de cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz virar um astro incandescente
Teu amor faz cometer loucuras
Faz mais, depois faz acordar chorando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois depois do amor
Amor ô ô

Ninguém, Niguém, Niguem Verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguem verá o sonho que eu sonhei

Imaem destacada capturada aqui

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O PT maior que Lula em 2026

Ed Wilson Araújo

A morte de Pelé inspira dizer que temos um rei da política. É Lula. Ele chega ao terceiro mandato superando a prisão, as perdas de um neto, da ex-esposa Marisa Letícia e de um irmão.

Um ser humano que passou por tudo isso e se apaixona, casa novamente, fala de amor, refaz a vida, ganha uma eleição de forma épica e volta ao palco principal da política admirado no mundo inteiro não é só uma pessoa, é uma entidade, um corpo político coletivo, uma ideia que não pode ser aprisionada.

Quando ele partir, ficará o lulismo, símbolo do pragmatismo humanitário porque fez a opção pelos pobres.

Ao anunciar o ministério completo, Lula fez analogia ao time escalado por Tite para a Copa do Mundo de 2022. O técnico da seleção brasileira convocou os melhores craques, mas não levou a taça.

No fim da apresentação da sua equipe ministerial, deu o recado: vamos ganhar.

A política é feita de contradições. No time de Lula há uma composição heterogênea, da esquerda a uma parte do Centrão, corroborando a tática eleitoral na estratégia da governabilidade.

Lula é o Pelé da política, mas não é santo. Ele foi candidato a presidente e não ao papado. Por isso está correto na composição do governo com uma parte dos seus algozes.

O ministério, apesar de algumas impurezas, está hegemonizado pelo campo democrático-popular em uma conjuntura de desafios gigantes.

E não basta fazer uma boa gestão. É preciso bloquear o avanço da extrema direita, que foi derrotada eleitoralmente, mas está viva na mentalidade do eleitorado, parte dele incauto e a outra banda fanática.

Eis o sentido mais apropriado para discutir o papel do Partido dos Trabalhadores na perspectiva da hegemonia na Frente Ampla e do seu maior desafio – recompor a democracia no Brasil.

Lula entra na História como o maior presidente de todos os tempos; no entanto, ele vai passar e o partido segue.

O que será do PT sem Lula?

Tudo mudou profundamente das origens da legenda até o impeachment da presidenta Dilma Roussef.

Ao longo desse tempo, o partido não tinha experimentado o golpe, os níveis grotescos de desinformação e o crescimento da extrema direita turbinado pela nova cultura do mundo digital.

Esse novo cenário impõe ao partido alguns desafios e velhas lições do passado: retomar o trabalho de base, zelar pelo primado da formação política, compreender e agir sobre os mundos evangélico e digital.

Apenas o partido burocrático e de mandatos não vai dar conta de atenuar a avalanche dos conservadorismos tradicional e surreal.

Olhemos para os evangélicos em um domingo de sol, caminhando de casa em casa, entregando panfletos, conversando com as pessoas…

Esses indivíduos mais simples alimentam gigantescas estruturas de poder econômico e religioso disseminados nas igrejas neopentecostais e nos pastores pop star, habilidosos nos usos e abusos das redes sociais.

Lula é um fenômeno de popularidade sem nunca ter usado um e_mail. Não haverá outra liderança nas esquerdas com esse perfil nos próximos 100 anos.

Enquanto o campo democrático apega-se ao lulismo, centenas de pastores influenciadores vão surgindo a cada dia, obtendo um crescimento assustador entre a juventude, principalmente.

Mas os crentes também fazem eventos presenciais, distribuem folhetos nas ruas e paradas de ônibus. É uma militância permanente, incansável e metódica.

Sem as ruas, a formação política e a inserção no mundo digital o PT olha ainda atônito as habilidades perversas dos seus inimigos.

A grande tarefa do partido, como intelectual orgânico coletivo, passa por uma retomada do seu sentido primordial de ser uma chama permanente de esperança, palavra que alimenta sonhos, mas se realiza também na materialidade da política feita de gente olhando face a face e à distância, pelas telas.

Tomando de empréstimo a letra de um jingle “São milhões de Lulas povoando esse Brasil”, seria o caso de emendar: são milhões de militantes antenados por esse Brasil.

O PT precisa sempre pensar grande. E agora é perceber que necessitamos ser maiores que Lula.

Imagem destacada: multidão vestida com tons de vermelho estica sobre a cabeça bandeiras gigantes do Brasil, durante ato da campanha eleitoral de 2022, em Teresina (PI). Foto: Ricardo Stuckert