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Só o povo na rua salva Lula e a democracia

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada de hoje, negando o habeas corpus para Lula, coloca o petista na iminência da prisão e correndo o risco de ficar fora do processo eleitoral na condição de candidato.

Se até esta madrugada o PT acreditava que era possível o STF construir um entendimento para livrar Lula, agora o partido cai na real e precisa redirecionar a estratégia.

Os recursos que restam junto aos tribunais serão apenas protelatórios. Os analistas políticos mais pé no chão, sem as paixões exageradas, dão como certa a prisão de Lula.

Ele será recolhido em espetáculo televisivo hollywoodiano, com requintes de humilhação, dando aos manifestoches novas motivações para ir à rua com sangue nos olhos.

Resta ao PT e ao conjunto das forças democráticas a ofensiva na rua, mobilizando o povo para manter acesa a chama da democracia, com ou sem Lula na eleição.

Não se trata mais da defesa de uma candidatura, mas de garantir o que sobrou da democracia.

As forças democráticas e progressistas precisam de unidade mínima para garantir as eleições de 2018, diante das ameaças de intervenção militar.

Se antes o bordão era “eleição sem Lula é golpe”, agora tem de ser “queremos eleições” como bandeira mínima na regra do jogo democrático.

Com Lula fora do jogo, o PT precisa encontrar uma saída com um nome próprio ou fazer aliança no campo progressista.

Chegou a hora de a base petista retomar a rua como principal lugar da guerra. Nos tribunais, a batalha está perdida.

Foto: Ricardo Stuckert

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Boulos: “só vale a pena se for para virar a mesa”

O pré-candidato a presidente da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, cumpriu agenda intensa na região tocantina e em São Luís.

Na UFMA, ao fim da tarde, lotou o auditório Ribamar Carvalho, na Área de Vivência, falando para estudantes, professores, militantes de movimentos sociais e lideranças partidárias.

Fazia muito tempo que aquele auditório não via tanta gente reunida para ouvir um líder partidário em tempos de despolitização da sociedade.

Marielle estava presente a todo momento. O assassinato dela, que teve o objetivo de intimidar as pessoas, transformou-se em movimento e ação.

Boulos é o porta-voz de um sentimento coletivo pela recomposição da política que vai, aos poucos, reconquistando os órfãos da utopia.

Ele foi direto ao ponto. A jornada eleitoral é um momento importante, mas só vale a pena se for para virar a mesa, mudar profundamente.

“A disputa não é para administrar esse sistema e sim para transformar”, cravou.

Democracia só faz sentido com participação, tendo o povo no centro do jogo, para acabar com o abismo entre Brasília e o Brasil.

Boulos encerrou o discurso com a tônica da solidariedade a Lula. Há diferenças em relação ao petista, mas não pode haver condenação injusta, demarcando o entendimento de que o golpe não é só contra o PT.

Com objetividade e clareza da conjuntura e da estrutura, disse que não adianta ganhar a eleição e tentar construir acordos com as máfias que controlam o país.

Em síntese, a palestra de Boulos sistematizou três ideias principais: a democracia indissociável da participação popular, radicalizar a distribuição de renda com uma profunda reforma tributária, manter uma agenda permanente com as maiorias violentadas e excluídas: mulheres, negros, LGBT e índios.

Fez referência especial à sua companheira de chapa na pré-candidatura, a liderança indígena Sonia Guajajara, finalizando com uma frase simbólica para os tempos de pragmatismo em alta voltagem: “a nossa vida não acaba nas eleições”.

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Rádio Educadora AM dá exemplo de tolerância religiosa e diversidade cultural

O programa “Trem das CEBs*”, apresentado todos os sábados à tarde, na rádio Educadora AM 560 Khz, fez hoje uma significativa demonstração sobre a convivência entre pessoas e práticas religiosas diferentes.

No estúdio, para dialogar sobre a Páscoa, estavam representantes do catolicismo, de religião de matriz africana e um pastor luterano. Todos expuseram seus pontos de vista sobre os sentidos da ressurreição de Jesus Cristo.

Apresentado por Cesar Soeiro, Ramon Alves e Neguinho, o “Trem das CEBs” promoveu um diálogo saudável, dando oportunidade para a audiência compreender a Páscoa e as interpretações de variadas concepções e práticas religiosas sobre esse tema celebrado em todo o mundo.

Em tempos de fundamentalismo político e religioso, a rádio Educadora AM, pertencente à Igreja Católica, deu uma significativa demonstração de tolerância, ecumenismo e respeito às diferenças.

O programa “Trem das CEBs” reforça o sentido pleno do rádio como uma plataforma de comunicação educativa.

Fica a sugestão para que o exemplo da Educadora AM seja seguido pelas emissoras controladas por evangélicos. A audiência ganha muito quando um tema religioso é abordado por padres, pastores e pais de santo em diálogo sobre fé e História, admitindo a diversidade.

O que é Comunidade Eclesial de Base

Segundo o site Vida Pastoral, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) surgiram no Brasil como um meio de evangelização que respondesse aos desafios de uma prática libertária no contexto sociopolítico dos anos da ditadura militar e, ao mesmo tempo, como uma forma de adequar as estruturas da Igreja às resoluções pastorais do Concílio Vaticano II, realizado de 1962 a 1965. Encontraram sua cidadania eclesial na feliz expressão do Cardeal Aloísio Lorscheider: “A CEB no Brasil é Igreja — um novo modo de ser Igreja”.

Imagem retirada deste site

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Os tiros foram contra Lula, mas o alvo é a democracia

Os tiros disparados hoje contra a caravana de Lula, no Paraná, têm como alvo o fim da política. Quem atirou manda aviso do que pode vir por aí.

A qualquer momento Lula pode ser morto. Ele sabe disso, o PT também. As autoridades federais têm pleno conhecimento de que a vida do ex-presidente está em risco.

Embora todos saibam disso, aqueles que deviam tomar providências concretas para impedir o assassinato de Lula ficam em compasso de espera.

O Ministério da Segurança, criado recentemente no governo Michel Temer (PMDB), não se pronuncia com rigor. Apenas lamenta e repudia as agressões.

Vivemos tempos difíceis. A barbárie atropela as garantias individuais e os direitos constitucionais.

As forças conservadoras sabem que o petista, mesmo que seja preso, será influente na eleição e pode ganhar.

Os inimigos da democracia fazem as contas e alinham a tese da violência como única forma de barrar a popularidade do ex-presidente.

Na falta de argumentos, apelam para ameaças e intimidações. Lula pode ter o mesmo fim de Juscelino Kubistcheck ou algo pior.

O mundo está cheio de exemplos. Na América Latina, os assassinatos de lideranças populistas e de esquerda são uma constante desde sempre.

Um dos resultados do golpe é a intolerância, subproduto do fundamentalismo político e da onda conservadora que assola o Brasil.

Alguns internautas, ao lerem esse texto, vão até torcer para que Lula seja morto, da mesma forma que fizeram estrupiando o cadáver da vereadora Marielle Franco (PSOL).

Uns celebram a violência contra a esquerda por intolerância, ódio e/ou opção de classe. Outros, por falta de oportunidade nos estudos formais para entender a conjuntura.

Para os dois tipos eu desejo paz e proteção. Hoje os tiros são contra Lula. Amanhã o tiroteio pode atingir qualquer pessoa, inclusive os que odeiam o PT.

Não desejo isso a ninguém. Pelo contrário, torço para que entendam o jogo. As balas contra a caravana de Lula são extensivas à democracia, ao Estado Democrático de Direito.

Amanhã, o cadáver pode ser do petista. E depois?! O futuro é sombrio.

A democracia, com todas as suas imperfeições, é a melhor forma de convivência.

Sem ela temos a ditadura e o fascismo, terrenos áridos onde quase nada germina, apenas o ódio.

Imagem: Marcelo Prates / Campanha Diretas Já, em Belo Horizonte, retirada deste site

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Café da manhã com Dolores Duran

A rádio comunitária Araruna FM é demais (ouça aqui)!

Hoje acordei ouvindo Dolores Duran, num desjejum com pedaços de melancia para curar a secura na boca e saborear a doçura sonora da musica “Manias” (ouça aqui)

Dolores Duran é uma dessas pessoas geniais. Já cantava aos 10 anos de idade em programas de calouros e ainda adolescente recebeu elogios até de Ella Fitzgerald. Com uma vida atribulada, mas sempre brilhando por onde passou, Duran morreu aos 29 anos, fruto de complicações cardíacas.

Tinha uma vida exagerada. Na verdade, morreu de barbitúricos, álcool, tabaco e arte.

Não estou fazendo apologia ao uso de drogas. Trata-se apenas de um texto reflexivo sobre artistas especiais (expressão redundante!), aqueles que querem sempre mais, pessoas plus.

Quantas plus poderíamos nominar aqui rapidamente?

Noel Rosa, Edgar Allan Poe, Elis Regina, Miles Davis, Kurt Cobain, Elvis Presley, Raul Seixas, Maísa, Amy Winehouse, Maísa, Nelson Cavaquinho…

Tod@s tiveram vida intensa, breve pra nós mortais e prolongada alhures. Alguns diriam, eternizada.

Não há como disfarçar. Essas pessoas estão além.

E todos, indistintamente, sabiam onde a dor iria dar.

Friedrich Nietzsche, certa vez, disse que nos momentos da doença ficava mais sensível à criação.

Mas era a dor da alma o precipício dele. Uma dor típica das pessoas plus, intensas, sensíveis, ansiosas, criativas, divinas.

Dores intensas que nenhum remédio cura, não é qualquer terapia que resolve e nem pai de santo encontra o tato da coisa.

São as dores da criação, às vezes manifestas no parto da obra de arte, seja poema, pintura, partitura, roteiro de ópera ou a letra de uma canção brega.

Sejamos justos. A dor de Noel Rosa é parente do sofrimento de Miles Davis.

Tanto faz se o artista é de Paris, da Lapa ou da Praia Grande.

E  o que falar sobre Dolores Duran, minha musa desta manhã de domingo?

Para ela, a música andava de mãos dadas com os barbitúricos. A arte, para as pessoas plus, frutifica do exagero.

“O caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria”, cravou William Blake.

Talvez, uma das melhores traduções para Dolores Duran seja o verso niilista de Nelson Cavaquinho: “tire seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor”

Tal qual Dolores Duran, Cavaquinho era radical. Na vida e na arte, porque uma coisa não se distingue da outra para as pessoas plus.

Hoje eu acordei pensando muito nessas criaturas e nas suas dores espirituais.

Mas, não pense você, car@ leitor@, que eu esteja amargurado ou depressivo. Pelo contrário. Depois de Dolores Duran eu ouvi um brega rasgado. Porque na radio Araruna FM toca o melhor som nas manhãs de domingo.

Imagem/reprodução: capa do CD “Dolores Duran entre amigos”

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Feirinha de Holandinha e os feirões sujos de São Luís

Já escrevi mais de uma vez de forma elogiosa sobre a iniciativa da Prefeitura de São Luís quando criou a feirinha da praça Benedito Leite.

É um equipamento que dá vida ao Centro Histórico aos domingos, proporciona ambiente de encontro entre as pessoas e constitui importante espaço para a geração de renda aos pequenos negócios que se instalam no local, além de ser um atrativo turístico da maior importância.

A feira, no entanto, chega a ser um acinte diante da situação de todos os mercados da cidade, que se mantêm aos trancos e barrancos, ameaçando desabar sobre os comerciantes e consumidores.

As feiras de São Luís, no geral, não cumprem as regras mínimas de higiene. São ambientes sujos, degradados e colocam em risco a segurança dos frequentadores.

Feirinha da Benedito Leire tem atrações artísticas todo domingo

O exemplo mais gritante é o Mercado Central (imagem acima), no coração da cidade, transformado em um monstrengo que ameaça cair em pedaços a qualquer momento.

Neste ano de 2018, na metade do segundo mandato do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT), o grupo que controla o cofre da Prefeitura de São Luís completa 29 anos de domínio na máquina administrativa da capital do Maranhão.

Já que não conserta nem os buracos da cidade, a Prefeitura deveria, pelo menos, colocar umas escoras na marquise do Mercado Central, que pode desabar ainda neste inverno.

Foto 1: reprodução/TV Mirante

Foto 2: reprodução

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As bibliotecas da minha vida

Nesta semana em que se comemora o Dia do(a) Bibliotecário(a), sou grato à acolhida que tive ao longo de toda a minha vida de estudante e professor entre prateleiras, balcões e salões de leitura de um dos mais importantes espaços de desenvolvimento humano.

Biblioteca tem algo de templo, lugar de silêncio e oração, ambiente de acolhida e afeto.

Desde o ginásio tomei gosto por livros. Como não tinha poder aquisitivo para comprá-los, as bibliotecas compensavam minha falta de grana e alimentavam minha gana pela leitura.

Ao longo de todo esse tempo, frequentando os mais distintos espaços, passei a entender melhor como é importante a profissão de bibliotecário como aquela que organiza, armazena, difunde e, sobretudo, produz conhecimento.

É fundamental reconhecer como esta profissão é importante para a pesquisa em todas as áreas. Assim, as bibliotecas assumem papel de ponta no desenvolvimento científico e tecnológico.

Sou muito grato às bibliotecárias que passaram por minha vida, sempre generosas, eficazes e atenciosas.

Quando fiz doutorado, no campus Ipiranga da PUC de Porto Alegre, passava quase o dia inteiro na biblioteca Irmão José Otão, um prédio de 18 andares, com todos os recursos para acolher os usuários da melhor maneira possível.

Sempre que estava lá, pensava na Biblioteca de Alexandria, um monumento histórico gigantesco, considerado um dos maiores centros do saber, na Antiguidade.

Aí ficava pensando. .. Estão construindo uma grande biblioteca na Ufma e breve será um dos meus locais preferidos nos intervalos das aulas.

Como tantas obras inacabadas em nosso campus do Bacanga, a biblioteca virou um monumento ao desperdício de dinheiro público, com indicativos de que o erário foi maltratado logo em uma construção do maior simbolismo para uma cidade universitária.

Aquele monstro abandonado é minha única tristeza no Dia do Bibliotecário.

Mas, aquela imagem não tira o brilho e o valor dos(as) profissionais gestores da informação. A eles, todo o mérito e parabéns por esta data querida.

Que sejam valorizadas com piso salarial à altura da importância do seu trabalho e tenham o devido reconhecimento.

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A lógica política de Lula é a lógica que o levará preso

Texto de Rodrigo Vianna é uma das melhores análises da conjuntura. Recomendo.

Não é possível ter mais qualquer ilusão: o jogo institucional conduzirá Lula para a cadeia. A lógica do golpe – iniciado nas ruas em 2013, interrompido nas urnas em 2014, e retomado com total apoio midiático após as passeatas amarelas (2015) que levaram à derrubada de Dilma (2016) – é a interdição de Lula e do PT.

Dias antes do STJ reunir-se para negar (nesta terça-feira, 6 de março) o habeas corpus pedido por Lula, li análises de advogados de esquerda que (mesmo em privado) ainda faziam apostas ilusórias, contando com votos e decisões que contrariassem a Lava-Jato – reversões todas baseadas em sólidos argumentos jurídicos.

Ilusão. A ordem jurídica de 1988 desmoronou. A hora é de jogar fora as ilusões.

A lógica do golpe conduz à prisão de Lula. E a própria lógica de Lula não permite pensar fora do institucional – que por fim o levará preso.

Lula e o PT são frutos da Democracia, respiram a ordem democrática construída desde a Anistia em 1979. E reforçada com a Constituição de 1988 e as eleições sempre bem disputadas.

Só que os tempos agora são outros.

Leia tudo na Revista Forum

Imagem: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

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Juscelino Kubistcheck, Lula e apartamentos: “velho” Judiciário é o mesmo de hoje?

Ed Wilson Araújo

O que há de comum entre o tríplex do Guarujá e um apartamento na Vieira Souto?

Os imóveis, em diferentes épocas, foram atribuídos aos ex-presidentes Juscelino Kubistcheck e Lula, respectivamente.

E qual a influência do Judiciário na atribuição da propriedade a eles?

Uma das pistas para encontrar a resposta está no “Diário do Entardecer”, obra do escritor Josué Montello, que relata as confidências de Juscelino Kubistcheck diante da angústia de uma acusação que ele considerada indevida.

Mas, não só isso. JK revela detalhes sórdidos no submundo do Supremo Tribunal Federal (STF), à época.

Transcrevo abaixo um trecho do diário montelliano, tal qual está na imagem recortada, à página 114:

“Nos atropelos da viagem para Lisboa, não esqueço de levar meu abraço de despedida a Juscelino Kubistcheck, a quem devo outro abraço, mais forte e efusivo, por sua vitória no Supremo Tribunal Federal, o qual se negou, por unanimidade, a tomar conhecimento da acusação levantada contra o ex-Presidente, como suposto proprietário de um apartamento em que reside, na avenida Vieira Souto, e que teria sido adquirido ilicitamente, tendo como testa de ferro o ex-Ministro Sebastião Paes de Almeida.

Senti-o, em nosso último encontro, há quatro dias, tenso, abatido, e vejo agora que está novamente lépido, descontraído, otimista. E é ele quem me explica sua transformação:

– Passei uma semana atormentada. Imagine você que, na quarta-feira da semana passada, quando ia ser julgado o processo, um novo Ministro do Supremo, o Thompson Flores, nomeado recentemente pelo presidente Costa e Silva, pediu vistas. Fiquei certo de que era uma manobra política, destinada a pressionar o Supremo. Ali, como você sabe, tenho muitos inimigos – uns, por não ter nomeado Embaixadores; outros, por não ter atendido em pedidos menores. Diante disso, esperei o pior. Agora, ouça o que lhe vou revelar: eu dispus tudo para me matar, caso o julgamento do Supremo fosse contrário a mim.

E ante meu espanto:

– Eu não tinha outro recurso para provar minha honradez. A sentença iníqua estouraria como uma bomba em todo o mundo. Só o recurso extremo do Presidente Vargas, com uma bala no peito, como um ato político, poderia responder à iniquidade.” (Trecho datado em 16 de maio de 1968, no Diário do Entardecer).

Jk e Lula, guardadas as devidas proporções, foram objeto de intensas campanhas midiáticas e perseguições políticas, orquestradas com o velho carimbo da UDN, a elite patrimonialista e clientelista que domina o Brasil desde tanto tempo.

A memória política do Brasil está recheada de lances obscuros, alguns deles revelados apenas em documentos secretos, trazidos a tona após longas buscas investigatórias. As ossadas do cemitério clandestino de Perus são apenas um exemplo.

JK não recorreu ao suicídio, como chegara a cogitar. Ele morreu em um acidente de carro, em circunstâncias nunca explicadas na totalidade.

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NOVO BLOG DO ED WILSON

Prezado(a) leitor(a),

Começo hoje minha terceira experiência com blog. A primeira, iniciada em 21 de fevereiro de 2008, até hoje está disponível aqui neste endereço. http://blogdoedwilson.blogspot.com.br/

Em 3 de agosto de 2016 decidi mudar da plataforma blogspot para o wordpress e passei a escrever no endereço edwilsonaraujo.com.br, hospedado pela empresa SlzHost, gerenciada por Luiz Leinad.

Esta segunda experiência foi marcada por vários problemas, principalmente “apagões” temporários no blog, resultando em prejuízos editoriais a mim e a você, estimado(a) leitor(a).

Depois de uma série de “apagões” temporários, a empresa SlzHost/Luiz Leinad simplesmente comunicou que meu blog estava todo perdido. Segundo o diretor Luiz Leinad, o apagão final ocorreu devido “problemas no servidor”, dizendo ser impossível recuperar o conteúdo de aproximadamente 1 ano (agosto/2016 a setembro/2017) depositado no endereço edwilsonaraujo.com.br

Resultado: tudo que escrevi neste período foi perdido.

Faço esse esclarecimento em respeito a você, leitor(a), que deve ter ido à procura do blog edwilsonaraujo.com.br e não encontrou.

Nesse intervalo escrevi diretamente no Facebook, até que o blog novo ficasse pronto.

Ei-lo, agora no endereço edwilsonaraujo.com

O trabalho de formatação deste novo blog é da estudante de Rádio e TV da Ufma, Patricia Adelia, que gentilmente cedeu parte do seu tempo para colaborar na nova empreitada. A ela, dedico agradecimento especial.

Vamos em frente. Espero seguir firme na ideia de fazer textos equilibrados, críticos e sem os exageros do facciosismo.

Tenho posição política, afinada ao campo democrático-popular, mas não vejo na política uma “religião” e nem encaro as minhas preferências pelo viés do fundamentalismo partidário que às vezes dificulta a leitura da realidade.

Além de escrever neste novo endereço edwilsonaraujo.com, em vôo solo, atuo também no site Agenda Maranhão (agendamaranhao.com.br), em parceria com o jornalista José Reinaldo Castro Martins.

Agenda Maranhão é um espaço voltado para arte, comportamento e turismo.

Já o blog tem foco na política.

Feitos estes esclarecimentos, agradeço a todos(as) que tiverem tempo de fazer uma visita aqui. Será uma alegria receber comentários e também críticas.

De já, o meu agradecimento.