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Movimento das bancas de revista realiza assembleia para criar associação em São Luís

Na data em que se comemora o Dia Nacional do Jornaleiro, 30 de setembro, os gestores e gestoras das bancas de revista vão realizar uma assembleia para criar a Associação dos(as) Jornaleiros(as) da Grande Ilha de São Luís.

A assembleia acontecerá no auditório do Sindicato dos Servidores Federais (Sindsep), das 9h às 11h, para a eleição da diretoria e formalização da entidade. O Sindsep fica localizado na avenida Newton Bello, 524, Monte Castelo (vizinho à igreja Nossa Senhora da Conceição).

Em São Luís houve uma redução drástica da quantidade de bancas. Havia mais de 40 estabelecimentos no final de 2019 e hoje restam apenas 25.

A iniciativa de criar uma associação tem o objetivo de congregar e organizar esse importante segmento cultural da cidade e impedir a extinção das bancas.

Durante as reformas das praças de São Luís, na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT), já foram eliminadas as bancas das praças Deodoro e João Lisboa. Houve ameaça de retirada também das duas bancas localizadas em frente ao shopping Tropical, no Renascença II, mas houve resistência e elas permanecem no local (reveja aqui e aqui).

Segundo o jornaleiro André Rios, fundador do grupo JKomics, que promove a leitura entre crianças e jovens através das histórias de quadrinhos, as bancas são fundamentais para formação de novos leitores.

As bancas, além de serem meio de sobrevivência para as famílias dos jornaleiros, são importantes meios de difusão cultural, incentivo à leitura e até mesmo de prestação de serviços para turistas e moradores que buscam informações sobre linhas de ônibus, localização de prédios públicos e outros endereços na cidade.

O movimento em defesa dos jornaleiros tem o apoio da Agência Tambor, que já proporcionou espaço no Jornal Tambor para que os jornaleiros tenham oportunidade de falar e expressar o sentido das bancas na cidade.

De acordo com o jornalista e escritor Emílio Azevedo, membro da Agência Tambor, as bancas são fundamentais para a circulação de produtos culturais na cidade e também constituem espaços de convivência entre vizinhos e grupos específicos, como os colecionadores de revistas em quadrinhos.

Azevedo é autor de vários livros e um dos fundadores do jornal Vias de Fato. “Os livros e o jornal eram vendidos nas bancas e temos uma relação muito antiga e orgânica com esses estabelecimentos que são fonte de renda para muitas famílias”, afirmou Emílio, que é candidato a vereador pelo PSB e reforça o compromisso com a defesa das bancas.

O candidato a prefeito de São Luís, Bira do Pindaré (PSB), em reunião com os gestores dos estabelecimentos, mencionou que os equipamentos e as políticas de incentivo à leitura estão registrados em seu programa de governo e as bancas constituem plataformas culturais da cidade. “Por isso reafirmamos o compromisso de defender esse segmento que é um patrimônio de São Luís”, destacou Bira.

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