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Migração do rádio AM para FM pode deixar vazio na audiência

Wagner Louzeiro, o popular Waguinho, está apreensivo com a migração do rádio AM para FM.

Ambientalista e líder comunitário, ele mora na ilha de Guajerutiua, uma das 17 áreas insulares que compõem a Reserva Extrativista Marinha de Cururupu, no Maranhão.

Nesta área encantadora, também denominada Floresta dos Guarás, está localizada a ilha de Lençóis (foto), famosa pelo sebastianismo.

Em todas as ilhas os moradores só conseguem ouvir emissoras AM, no radinho de pilha, sintonizando rádios do Maranhão e do Pará.

O rádio AM, para Waguinho, é a universidade que ele não cursou, um amigo e companheiro de todas as horas.

Neste vídeo, ele conta como se relaciona com o rádio e demonstra preocupação diante do novo cenário tecnológico da migração, que ainda não oferece as condições para que ele ouça as emissoras migrantes em aplicativos de smartfones.

Celular, ele só tem um “tijolinho”, aparelho simples e barato, apenas para ligações.

A situação de Guajerutiua é a mesma de outras regiões longínquas do Brasil profundo, onde a oferta de conexão à rede mundial de computadores ainda é um sonho distante.

Como toda inovação tecnológica, a migração causa impacto e susto, tão fortes quanto o advento do cinema e da televisão, hoje tão popularizados.

Para entender melhor a migração, recomendo a leitura da obra recém-lançada no 20º Congresso da Intercom, em Joinvile (Santa Catarina), “Migração do rádio AM para o FM: avaliação de impacto e desafios frente à convergência tecnológica“, organizado pelas escritoras Nair Prata e Nelia Del Bianco, do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora.

Pesquisa de fôlego realizada em todas as regiões do país, a obra faz um amplo levantamento do cenário da migração.

O livro contém a investigação e o relato sobre a migração no Maranhão, produzidos em trabalho coletivo por Carlos Benalves, Ed Wilson Araújo, Saylon Sousa, Nayane Brito, Robson Corrêa, Rodrigo Reis, Roseane Pinheiro e Rosinete Ferreira.

A obra pode ser adquirida na Editora Insular.

Boa leitura.

Foto / divulgação neste site

3 respostas em “Migração do rádio AM para FM pode deixar vazio na audiência”

Denunciei no Seminário de Violência contra os comunicadores sociais, realizado em maio deste ano pela CCS do Congresso Nacional, no Senado Federal, essa situação calamitosa que atinge diretamente a profissão dos radialista com o desemprego e prejuízo para as comunidades distantes com os ouvintes que serão excluídos de suas programações diárias.

[…] João Filho Facebook Twitter Google+ Com a chegada da Nova FM 93,1 a Ilha de São Luís vai contar a partir desta segunda-feira (17) com 10 FM's Com a nova regulamentação as rádios AM vão desaparecer do dial e dar lugar as empresas de telefonia móvel. Com isso, a vida da rádio Difusora AM 680 KHZ que completaria 63 anos em 29 de outubro deste ano, será ceifada na próxima segunda-feira (17) para o nascimento da Nova FM 93,1 MHZ. A nova frequência de FM que vai chegar em São Luís tem um propósito diferente de tudo que já foi visto noa radiofonia do Brasil. Focada em entretenimento e jornalismo de qualidade a Nova FM terá como diretora geral a empresária Paulinha Lobão. A direção artística ficará a cargo do radialista Nilo Gomes. Moderna em tudo que existe, a  93,1 FM vem como um divisor de águas para o mercado radiofônico e publicitário. Com um estúdio moderno, tendo até palco para bandas ao vivo, a programação será moderna contemporânea jovem e pretende conquistar os ouvintes da capital e interior do Estado. A Nova FM 93,1 KHZ chega com grande expectativa justamente na dia 17 de setembro, data de aniversário do empresário Lobão Filho. “Alto investimento em tecnologia, estrutura de vanguarda e principalmente investindo em conteúdo e música de boa qualidade”, destaca Paulinha Lobão. Para o experiente radialista Nilo Gomes, que será o diretor artístico da nova rádio de São Luís, o momento é de criação para entrar na onda digital. “Nós queremos tirar os ouvintes dessa bolha do rádio que tem afastado o público que migrou para outras plataformas com maior repertório musical”, explicou Nilo Gomes. Na avaliação da direção da Nova FM, o modelo de rádio popularesca e comunicação de baixo nível tem desgastado o prazer dos ouvintes e afastado o mercado publicitário deste modelo de rádio. Por isso a 93,1 FM chega com uma nova proposta. Mesmo com todas as plataformas digitais, o rádio ainda é o único veículo de comunicação adaptável em tudo de moderno no mundo. “Com o advento da internet, a nossa ideia é levar ao ar, uma programação de alto nível que permita o ouvinte ouvir a Nova FM em qualquer lugar, mantendo-se bem informado e em sintonia com o que acontece no mundo”, argumenta Nilo Gomes. MIGRAÇÃO DO AM PARA O FM A Nova FM surge do processo de migração das rádios AM para FM que vem ocorrendo em todo o Brasil. A 93,1 FM é sucessora da Poderosa Difusora AM 680 KHZ que ficou quase 63 anos no ar e fez história na comunicação do Maranhão, sendo a emissora mais ouvida do Maranhão por décadas. Com a chegada da migração no Maranhão, quem ouvia rádio 24 horas pode ficar sem o sinal em alguns locais distantes. É o caso de ilhas na Litoral Ocidental Maranhense que só sintonizam a frequência AM. Com a troca do AM para o FM os amantes do rádio que vivem distante podem ficar carentes do rádio como única fonte de informações. SAIBA MAIS AQUI…CLIQUE AQUI.. […]

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